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Na caverna de Platão
Whitman – poeta norte americano. Contesta através das fotos da Diana Airbus
Objetos de melancolia
“O fotógrafo é o ser contemporâneo por excelência: através dos seus olhos, o agora se torna
passado”.
Fala sobre a referência da morte e cita o filme “Pessoas aos domingos”, de Robert
Siodmak, cineasta norte-americano nascido na Alemanha.
Fala da sedução das fotos – O poder sobre os homens graças a uma aceitação
promíscua do mundo.
Proliferação das Fotos - GOSTO KITSCH – objeto que simula obra de arte é uma
imitação de MAU GOSTO para desfrute do público que alimenta a indústria cultural.
O mundo imagem
Cita o filósofo alemão Ludwig Feuerbach (a essência do cristianismo – 1843): Nossa era
prefere “a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a
aparência ao ser”.
Mundo-imagem está tomando o lugar do mundo real.
“uma foto não é apenas uma imagem (como uma pintura é uma imagem), uma
interpretação do real; é também um vestígio, algo diretamente decalcado do real,
como uma pegada ou uma máscara mortuária”.
Imagem fotográfica – verdadeira na medida em que se assemelha a algo real, falsa pq
não passa de uma semelhança.
”Ninguém supõe que uma pintura de cavalete seja, em nenhum sentido,
cossubstancial a seu objeto; ela somente representa ou alude. Mas uma foto não é
apenas semelhante a seu tema, uma homenagem a seu tema”
A fotografia é, de várias maneiras, uma aquisição. Em sua forma mais simples, temos
numa foto uma posse vicária de uma pessoa ou de uma coisa querida. Por meio das
fotos, temos também uma relação de consumidores com os eventos, tanto com os
eventos que fazem parte de nossa experiência como com aqueles que dela não fazem
parte. Uma terceira forma de aquisição é que, mediante máquinas que criam imagens
e duplicam imagens, podemos adquirir algo como informação.
Quando algo é fotografado passa a ser um sistema de informações e serve para estudo
de várias áreas: astronomia, polícia, história da arte, diagnóstico médico...
A realidade como tal é redefinida – uma peça em exposição para ser examinada, como
algo a ser vigiado.
Balzac tinha um tipo semelhante de “pavor vago” de ser fotografado. Todo corpo, em
seu estado natural, era feito de uma série camadas — qualquer operação daguerriana,
por conseguinte, havia de se apoderar de uma das camadas do corpo que tinha em
foco, destacá-la e usá-la.
Feuerbach - entre “original” e “cópia” - ele supunha que o real persistia, intacto e
sem alterações, ao passo que só as imagens mudavam: escoradas pelas mais frouxas
exigências de credibilidade, elas de algum modo se tornavam mais sedutoras. Mas as
noções de imagem e de realidade são complementares. Quando a noção de realidade
muda, o mesmo ocorre com a noção de imagem, e vice-versa.
Fotos são um meio de aprisionar a realidade.
No mundo real, algo está acontecendo e ninguém sabe o que vai acontecer. No
mundo-imagem, aquilo aconteceu e sempre acontecerá daquela maneira.
Imagens não são um tesouro em cujo benefício o mundo tem de ser saqueado; são
exatamente aquilo que está à mão onde quer que o olhar recaia.