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Fichamento: O ato fotográfico

Disciplina: Fotográfia publicitária


Docentes: Adeilton Júnior

Mikael Vinicius de Souza Sobreira

RESUMO DO CAPÍTULO 1, tópico 2: A fotografia como transformação do real


O segundo tópico vem com uma questão interessante relacionado a realidade aparente e
realidade interna. A realidade aparente séria aquela que deixa dúvidas ao tentar entender, é
só uma aparência, nada concreto. Já a realidade interna séria aquela que é projetada por
meio da projeção. Nesse tópico “A fotografia como transformação do real” do livro “O Ato
Fotográfico” cita o mito platônico da caverna, que resumidamente Para Platão,
a caverna simbolizava o mundo onde todos os seres humanos vivem. As sombras projetadas
em seu interior representam a falsidade dos sentidos, enquanto as correntes significam os
preconceitos e a opinião que aprisionam os seres humanos à ignorância e ao senso comum.
No século XX, segundo o livro, insiste mais na ideia da transformação do real pela foto,
enquanto no seculo XIX o discurso sobre a imagem fotografica é o de semelhança.
Ao decorrer do capitulo o autor, Philippe Dubois, fica fazendo essa comparação entre o
século XIX e o século XX. Um dos exeplos séria quando ele fala que no século XIX a essência
da fotografia estaria em ser unicamente uma reprodução mecânica fiel e objetiva da
realidade, enquanto no século XX eles retomam essa argumentação e é citado o livro “Film
as art” de Rudolf Arnheim. Se o discurso dominante do século XIX sobre a imagem
fotográfica é o da capacidade de imitar, pode-se dizer que o século XX predomina a idéia da
transformação do real pela foto. Philippe Dubois aponta para existência de no mínimo três
discursos contrários a idéia de foto como registro objetivo e fiel da realidade.
A fotografia apresenta uma imagem determinada pelo ângulo e pelo enquadramento que
estabelece o caminho proposto para a leitura da fotografia. A tridimensionalidade do objeto
é reduzida a uma imagem bidimensional, bem como suas variações cromáticas são limitadas
a um contraste branco e preto. E, por fim, o ponto preciso do espaço-tempo é puramente
visual, excluindo qualquer sensação olfativa ou tátil. Nesse sentido, seria possível ver nesse
tipo de considerações uma espécie de atitude puramente negativa do processo, na tentativa
de reagir contra o discurso do mimetismo, ainda predominante na época (DUBOIS, 1993,
p.39-40).
A fotografia deve ser considerada produto cultural, fruto de trabalho social de produção
sígnica. Nesse sentido, toda a produção da mensagem fotográfica está associada aos meios
técnicos de produção cultural. Dentro desta perspectiva, a fotografia pode, por um lado,
contribuir para a veiculação de novos comportamentos e representações da classe que
possui o controle de tais meios, e, por outro, atuar como eficiente forma de controle social,
por intermédio da educação do olhar.
   De maneira geral, todas essas linhagens teóricas tratam do pseudodiscurso da mimese e da
transparência, sublinhando que a foto é eminentemente codificada (sob todas as variáveis
possíveis: técnico, cultural, sociológico, estético etc.). Enfim, insistem mais na ideia de
transformação do real pela foto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dubois, Philipe. O Ato fotográfico e outros ensaios / Philippe Dubois; tradução Marina
Appenzeller. – Campinas, SP: Papirus, 1993. – (Coleção Ofício de arte e forma).
Faculdade Unibras
Publicidade e Propaganda

Maria Gisele
Mikael Sobreira
Vitor Lucas

O Ato Fotográfica

Juazeiro
2020

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