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(Cap. 1 – Representações)
“Elementos da fachada social de uma determinada prática não são encontradas somente
nas fachadas sociais de toda uma série de práticas, mas também que a série inteira de
práticas na qual se encontra um elemento do equipamento de sinais diferirá da série de
práticas na qual outro elemento da mesma fachada social será encontrado. (...) Sem
dúvida, em ocasiões de grande cerimônia, o cenário, a maneira e a aparência podem ser
únicos e específicos, usados somente para representações de um único tipo de prática,
mas este uso exclusivo do equipamento de sinais é a exceção, não a regra." (P. 36)
Uma máscara de atitude pode ser mantida firme no lugar por dentro, com ganchos presos
ao corpo, ocultos ou à mostra.
“Embora possamos ter uma opinião desfavorável de atores como os vigaristas que
propositadamente falseiam todos os fatos relativos à sua vida, podemos ter alguma
simpatia pelos que possuem apenas um defeito moral e tentam esconder o fato de serem
por exemplo, ex-condenados, moças defloradas, epiléticos ou pessoas racialmente
impuras, em lugar de admitir seu erro e fazer uma honrosa tentativa de viver de modo a
redimir-se. (...) também julgamos de modo diferente aqueles que falsificam sua
personalidade para promover o que acham constituir as justas pretensões de uma
coletividade, ou os que o fazem acidentalmente ou por brincadeira, e aqueles que se
apresentam falsamente para obter vantagem psicológicas ou materiais pessoais”. (p.61)
MACHISTA E MORALISTA
“É algo culposo o fato de um menino de quinze anos que dirige um carro ou bebe em um
bar fazer-se passar por tendo dezoito, mas há muitos contextos sociais nos quais seria
inconveniente para uma mulher não fingir ser mais jovem e sexualmente atraente do que
na realidade é”. (p. 62)
“Se considerarmos a percepção como uma forma de contacto e participação, então o
controle sobre o que é percebido é o controle sobre o contacto feito, e a limitação e
regulação do que é mostrado é limitação e regulação do contacto. (...) O fracasso em
regular o contacto implica a possível contaminação ritual do ator”. (p. 67)
“O mundo todo não constitui evidentemente um palco, mas não é fácil especificar os
aspectos essenciais em que não é”. (P. 71)