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Aula Extra (2)

Direito Administrativo p/ TRE-SP (Técnico Judiciário - Área Administrativa) - Com


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Professor: Herbert Almeida

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Noções de Direito Administrativo p/ TRE-SP
Técnico Judiciário (Área Administrativa)
Teoria e exercícios comentados
Prof. Herbert Almeida – Aula Extra (2)
AULA EXTRA (2): QUESTÕES FCC ATUALIZADAS

Sumário
QUESTÕES FCC - ATUALIZADAS ..................................................................................................... 2
Princípios administrativos ................................................................................................................... 2
Organização administrativa ................................................................................................................ 8
Atos administrativos ......................................................................................................................... 14
Poderes administrativos ................................................................................................................... 26
Licitação pública ................................................................................................................................ 34
Pregão ............................................................................................................................................... 48
Controle da Administração ............................................................................................................... 53
Responsabilidade civil do Estado ...................................................................................................... 55
Agentes públicos ............................................................................................................................... 58
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA ............................................................................................ 65
GABARITO ................................................................................................................................. 88

Olá pessoal, tudo certo?

Hoje continuaremos com a resolução de questões atualizadas da FCC.


Serão várias questões de 2016, e também algumas questões de 2015.

Vamos rápido, o tempo está passando!

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Técnico Judiciário (Área Administrativa)
Teoria e exercícios comentados
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QUESTÕES FCC - ATUALIZADAS

Princípios administrativos

1. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) Sobre os princípios da


Administração pública é exemplo de infração ao princípio da:
I. legalidade, atuação administrativa conforme o Direito.
II. moralidade, desapropriar imóvel pelo fato de a autoridade pública pretende
prejudicar um inimigo.
III. publicidade, se negar a publicar as contas de um Município.
IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu gabinete.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
Comentário: nesse tipo de questão, a FCC exige, na verdade, que julguemos
cada item conforme o “principal” princípio envolvido no caso. Então, vamos
analisar cada tópico:
I – se a atuação administrativa ocorrer de acordo com o Direito, significa, na
verdade, que o princípio da legalidade foi observado, e não infringido –
ERRADO;
II – quando um prefeito desapropria um imóvel para prejudicar um inimigo,
estará atuando com desvio de finalidade, o que ofende o princípio da
moralidade – CORRETO;
III – o princípio da publicidade se relaciona com a transparência. Assim, quando
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um prefeito não divulga as contas do município, estará ofendendo o princípio


da publicidade – CORRETO;
IV – quando um prefeito contrata a filha para ser sua assessora, estará
infringindo, principalmente, os princípios da impessoalidade e da moralidade.
Pode-se dizer também que houve ofensa ao postulado da eficiência, pois ele
poderia ter contratado alguém com base no mérito e não por ser sua filha.
Porém, esse é um princípio que é afetado de forma secundária. Por isso, a banca
não considerou este tópico como certo – ERRADO.

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Portanto, lembre-se: o nepotismo ofende os princípios da impessoalidade e da
moralidade, diretamente. Já o princípio da eficiência também é infringido, mas
de forma indireta.
Logo, apenas os itens II e III estão corretos.
Gabarito: alternativa B.

2. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São princípios da


Administração pública expressos na Constituição brasileira:
a) moralidade e eficiência.
b) legalidade e proporcionalidade.
c) eficiência e razoabilidade.
d) motivação e publicidade.
e) moralidade e proporcionalidade.
Comentário: sim, ainda existem questões como essa! Os princípios
constitucionais expressos são os da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.
Os princípios da proporcionalidade (letras B e E), da razoabilidade (letra C) e da
motivação (letra D) são princípios implícitos na Constituição Federal.
Gabarito: alternativa A.

3. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-23/2016) O Supremo Tribunal Federal, em


importante julgamento, considerou legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico
mantido pela Administração pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos
correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias, não havendo qualquer
ofensa à Constituição Federal, bem como à privacidade, intimidade e segurança dos
servidores. Pelo contrário, trata-se de observância a um dos princípios básicos que
regem a atuação administrativa, qual seja, o princípio específico da
a) proporcionalidade. 01044363878

b) eficiência.
c) presunção de legitimidade.
d) discricionariedade.
e) publicidade.
Comentário: a divulgação de informações guarda relação com o princípio da
publicidade. A decisão mencionada na questão ocorreu no julgamento do ARE
652.777/SP, julgado em 23/4/2015, com a seguinte ementa:
CONSTITUCIONAL. PUBLICAÇÃO, EM SÍTIO ELETRÔNICO MANTIDO
PELO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, DO NOME DE SEUS SERVIDORES E
DO VALOR DOS CORRESPONDENTES VENCIMENTOS. LEGITIMIDADE.
1. É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela

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Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos
correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. 2. Recurso
extraordinário conhecido e provido

Vamos evitar comentar os demais princípios, tendo em vista que a FCC possui
várias questões semelhantes a essa.
Gabarito: alternativa E.

4. (FCC – Juiz do Trabalho Substituto/TRT-1/2016) São princípios previstos na


Constituição Federal e que devem ser obedecidos pela Administração Pública Direta
e Indireta de qualquer dos poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios:
I. Pessoalidade
II. Legalidade
III. Formalidade
IV. Eficiência

Está correto o que consta em


a) II e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e III, apenas.
Comentário: veja que uma questão dessas cai até em prova para Juiz! São
princípios constitucionais expressos: legalidade, impessoalidade, publicidade
e eficiência – LIMPE. Portanto, apenas os itens II e IV estão corretos.
No lugar de “pessoalidade”, o certo é “impessoalidade”. A formalidade, por sua
vez, não representa um princípio constitucional.
Além disso, atualmente, adota-se na Administração pública a ideia de
“formalismo moderado”, buscando adotar formas simples, suficientes para
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propiciar um grau de certeza, segurança, respeito aos direitos dos sujeitos, o


contraditório e a ampla defesa. Ademais, as formalidades devem ser flexíveis e
razoáveis, para evitar que elas sejam vistas como um fim em si mesmas,
desligadas das verdadeiras finalidades do processo.
Gabarito: alternativa A.

5. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) A Administração Pública Federal,


enquanto não concluído e homologado determinado concurso público para Auditor
Fiscal da Receita Federal, alterou as condições do certame constantes do respectivo
edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie. E, assim ocorreu, porque

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antes do provimento do cargo, o candidato tem mera expectativa de direito à
nomeação. Trata-se de aplicação do Princípio da
a) Eficiência.
b) Publicidade.
c) Legalidade.
d) Motivação.
e) Supremacia do interesse privado.
Comentário: de acordo com o enunciado da questão, as alterações do edital
destinam-se a adaptá-lo à nova legislação. O edital de concurso público é um
ato administrativo e, como tal, deve seguir o que consta em lei, em respeito ao
princípio da legalidade. Nesse sentido, vejamos o que já estabeleceu o STF:
Em face do princípio da legalidade, pode a administração pública, enquanto
não concluído e homologado o concurso público, alterar as condições do
certame constantes do respectivo edital, para adaptá-las à nova legislação
aplicável à espécie, visto que, antes do provimento do cargo, o candidato tem
mera expectativa de direito à nomeação ou, se for o caso, à participação na
segunda etapa do processo seletivo. (RE 290.346, Rel. Min. Ilmar Galvão,
julgamento em 29-5-2001, Primeira Turma, DJ de 29-6-2001.) No mesmo
sentido: RE 646.491-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 25-10-2011,
Primeira Turma, DJE de 23-11-2011. (grifos nossos)

Podemos perceber, com tranquilidade, que a banca copiou a ementa do RE


290.346 do STF, que se refere ao princípio da legalidade (alternativa C).
Contudo, mesmo sem conhecer o texto do precedente, poderíamos chegar à
resposta, bastando verificar que as alterações tiveram a finalidade de seguir a
nova legislação.
Gabarito: alternativa C.

6. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) O controle sobre os órgãos da


Administração Direta é um controle interno e decorre do poder de
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a) tutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais, apenas.
b) tutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais,
inoportunos ou inconvenientes.
c) autotutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais ou
inoportunos, apenas.
d) autotutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais,
inoportunos ou inconvenientes.
e) autotutela e tutela, sendo possível a análise legal e de mérito dos atos.
Comentário: não devemos confundir os princípios da tutela e da autotutela. A
tutela é o controle que a Administração direta exerce sobre a Administração
indireta.

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Já o controle interno que a Administração exerce sobre os seus próprios atos
é chamado de autotutela.
Com efeito, a autotutela é ampla, permitindo que a Administração anule os atos
ilegais ou revogue os atos inconvenientes e inoportunos. Por isso, o gabarito é
a letra D.
As alternativas A, B e E estão incorretas, pois trocaram ou incluíram
indevidamente a “tutela”, quando seria apenas o caso de autotutela. Observa-
se que, pela tutela, até seria possível, em situações excepcionais, rever a
legalidade ou o mérito dos atos da Administração indireta, mas essa é uma
situação excepcional, já que não existe hierarquia entre os órgãos da
Administração direta e as entidades da Administração indireta.
Por fim, a opção C está errada, pois limitou a autotutela à análise dos atos
ilegais e inoportunos, faltando assim os inconvenientes.
Gabarito: alternativa D.

7. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) O Supremo Tribunal Federal, em


importante julgamento ocorrido no ano de 2011, julgou inconstitucional lei que vedava
a realização de processo seletivo para o recrutamento de estagiários por órgãos e
entidades do Poder Público do Distrito Federal. O aludido julgamento consolidou fiel
observância, dentre outros, ao princípio da
a) segurança jurídica.
b) publicidade.
c) presunção de legitimidade.
d) motivação.
e) impessoalidade.
Comentário: a realização de processo seletivo tem a finalidade de proporcionar
a todos os candidatos oportunidades iguais de acesso ao estágio. Portanto,
trata-se de aplicação do princípio da impessoalidade, na acepção de
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isonomia/igualdade.
Para conhecimento, o julgamento que a questão mencionou é a ADI 3.795/DF:
Ação direta de constitucionalidade. Art. 4º da Lei 3.769, de 26 de janeiro de
2006, que veda a realização de processo seletivo para o recrutamento de
estagiários pelos órgãos e entidades do Poder Público do Distrito Federal.
Violação aos princípios da igualdade (art. 5º, caput) e da impessoalidade
(caput do art. 37). (ADI 3.795, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 24-2-
2011, Plenário, DJE de 16-6-2011.) (grifos nossos)

A segurança jurídica tem o objetivo de preservar as relações já consolidadas,


vedando a aplicação retroativa de nova interpretação da legislação. A
publicidade trata, em linhas gerais, da transparência da atuação administrativa.

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A presunção de legitimidade é um atributo dos atos administrativos, que
presumem-se de acordo com a lei quando editados. Por fim, o princípio da
motivação exige que a administração pública apresenta os fundamentos de fato
e de direito das decisões administrativas.
Gabarito: alternativa E.

8. FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) O Supremo Tribunal Federal, ao julgar


ação direta de inconstitucionalidade, concedeu medida cautelar para suspender a
eficácia de lei estadual de incentivo a pilotos de automobilismo sob o fundamento de
que a citada lei singulariza de tal modo os beneficiários que apenas uma única pessoa
se beneficiaria com mais de 75% dos valores destinados ao programa de incentivo
fiscal, o que afronta, em tese, um dos princípios básicos da Administração pública.
Trata-se do princípio da
a) eficácia.
b) publicidade.
c) legalidade.
d) supremacia do interesse privado.
e) impessoalidade.
Comentário: o enunciado descreve que a lei singularizou os beneficiários – isto
é, descreveu as pessoas que receberiam o benefício –, concedente mais de 75%
a uma única pessoa. Em tal situação, podemos verificar que poucas pessoas
iriam usufruir de um privilégio, infringindo assim o princípio da impessoalidade.
O precedente do STF utilizado na questão foi o seguinte1:
Lei 8.736/2009 do Estado da Paraíba que institui programa de incentivo aos
pilotos de automobilismo. (...) A Lei estadual 8.736/2009 singulariza de tal
modo os beneficiários que apenas uma única pessoa se beneficiaria com mais
de 75% dos valores destinados ao programa de incentivo fiscal, o que afronta,
em tese, o princípio da impessoalidade. Medida cautelar concedida para
suspender, com efeito ex nunc, até o julgamento final da ação a Lei 8.736, de
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24-3-2009, do Estado da Paraíba. (ADI 4.259-MC, Rel. Min. Ricardo


Lewandowski, julgamento em 23-6-2010, Plenário, DJE de 20-8-2010.)

As demais opções podem ser facilmente descartadas: a eficácia se refere ao


cumprimento dos objetivos estabelecidos (raramente é mencionada como um
princípio); a publicidade relaciona-se com a transparência na Administração; a

1
Novamente, a FCC copiou um trecho da ementa de um dos julgados do STF. Todos os julgados das questões de
princípios aplicadas em 2015 foram retiradas da Constituição Federal Anotada do STF. Mesmo sem ler as
ementas, seria possível, pelo que vimos na aula, responder as questões. No entanto, para quem tiver interesse,
o documento está disponível no seguinte endereço (somente a leitura da parte relativa ao caput do art. 37 seria
suficiente): http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigoBD.asp?item=511

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legalidade trata do cumprimento das leis; a supremacia do interesse público
refere-se às prerrogativas públicas.
Gabarito: alternativa E.

Organização administrativa

9. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São conceitos de


centralização, descentralização e desconcentração da atividade administrativa do
Estado, respectivamente:
a) a sua não distribuição interna no âmbito de um mesmo órgão; a sua distribuição
interna no âmbito de um mesmo órgão; a sua distribuição a outras entidades
administrativas.
b) a sua reunião no âmbito do ente político competente; a sua distribuição a outras
entidades administrativas; a sua distribuição interna no âmbito de um mesmo órgão.
c) a sua reunião no ente político competente; a redistribuição aos demais entes
políticos; a sua distribuição interna no âmbito de um mesmo ente político.
d) a sua reunião no âmbito do ente político competente; a sua distribuição a outras
entidades administrativas, integrantes do mesmo ente político; a sua distribuição
interna no âmbito de um mesmo ente político.
e) a sua reunião no âmbito do ente político competente; a sua distribuição a outras
entidades administrativas; a sua distribuição a outros entes políticos.
Comentário: na centralização, as competências para a prestação de serviços
públicos ficam reunidas no ente político competente. Em termos mais simples,
os serviços são prestados pela própria Administração Direta.
Por outro lado, na descentralização, a Administração outorga ou delega o
serviço para uma outra entidade. No primeiro caso (outorga), são criadas
entidades administrativas pelo ente político, para prestar determinado serviço
de forma especializada; no segundo caso, há delegação de serviços para
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pessoas privadas, mediante contrato ou ato administrativo de delegação


(concessão, permissão ou autorização).
Por fim, na desconcentração, há uma distribuição interna de competências no
âmbito de um mesmo ente (político ou administrativo).
Note que a opção D não está “completa”, mas isso não a torna incorreta. No
caso da descentralização, a questão só mencionou a distribuição das
competências a outras entidades administrativas, mas isso não exclui as outras
formas de descentralização, como a delegação. Da mesma forma, na parte final,
a questão limitou a desconcentração no âmbito de um “ente político”, mas a
doutrina informa que a desconcentração ocorre internamente nos entes

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políticos ou administrativos. Em qualquer caso, foram dados exemplos de
situações que representam a descentralização e a desconcentração, o que torna
a letra D correta.
Agora, vejamos as demais alternativas:
a) a alternativa possui vários erros, pois todos os conceitos foram trocados. A
centralização envolve a manutenção das competências no âmbito do ente
central; na descentralização as competências são distribuídas para outros
entes; por fim, na desconcentração as competências são distribuídas entre
órgãos – ERRADA;
b) essa alternativa estava quase correta, mas a desconcentração é um
fenômeno de distribuição “no ente” e não “no órgão” – ERRADA;
c) a opção não está “totalmente errada”. Note que ela trouxe os mesmos
conceitos para centralização (“a sua reunião no ente político competente”) e
desconcentração (“distribuição interna no âmbito de um mesmo ente político”)
previstos na letra D. Logo, esses dois conceitos estão corretos. Além disso, a
questão definiu “descentralização” como a “redistribuição aos demais entes
políticos”. Lembro que a “distribuição” de competências entre os entes
políticos é chamada de descentralização política. A alternativa utilizou a palavra
“redistribuição”, mas não creio que foi esse o motivo de a banca dar a opção
como errada. Acredito que o avaliador queria o conceito de “descentralização
administrativa”, por isso deu a opção C como errada, mas isso não foi
especificado no enunciado. Acredito que o avaliador considerou o item errado
por não ser a definição de “descentralização administrativa”. Portanto, em
outras questões, se o enunciado não especificar o tipo de descentralização
(política ou administrativa), devemos presumir que se trata da administrativa –
ERRADA;
e) a distribuição de competências “a outros entes políticos” é chamada de
“descentralização política” – ERRADA.
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Gabarito: alternativa D.

10. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) As autarquias


devem ser criadas por
a) lei e com personalidade jurídica de direito público.
b) decreto pelo Ministério ou Secretaria ao qual estejam vinculadas e podem ter
personalidade jurídica de direito privado ou de direito público.
c) decreto quando tiverem personalidade jurídica de direito privado; e lei quando
tiverem personalidade jurídica de direito público.
d) lei e sua personalidade jurídica pode ser definida via decreto.

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e) lei e podem atuar no mercado financeiro, uma vez que podem ter personalidade
jurídica de direito privado.
Comentário: de acordo com José dos Santos Carvalho Filho, autarquia é a
“pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada
por lei para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam
próprias e típicas do Estado”. Portanto, as autarquias são criadas por lei e
possuem personalidade jurídica de direito público (letra A).
A opção D está errada, uma vez que a personalidade jurídica das autarquias é
sempre de direito público (não se pode mudá-la ou defini-la por decreto). Todas
as demais (letras B, C e E) mencionam a possibilidade de as autarquias
possuírem personalidade de direito privado, o que é errado, afora outros erros.
Gabarito: alternativa A.

11. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São exemplos de


empresa pública e sociedade de economia mista, respectivamente:
a) Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal.
b) Agência Nacional de Energia Elétrica e Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos.
c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Caixa Econômica Federal.
d) Companhia Nacional de Abastecimento e Banco do Brasil S.A.
e) Banco do Brasil S.A. e Companhia Nacional de Abastecimento.
Comentário: esse é o tipo de questão que pouca avalia conhecimento. Na
verdade, o candidato precisava saber quais entidades são empresas públicas e
quais são sociedades de economia mista (sinceramente, não sei o quanto esse
conhecimento tornaria o candidato um servidor melhor, mas concursos têm
dessas coisas).
Para você não sair por aí decorando a natureza de cada empresa estatal, basta
saber as principais:
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 Caixa e Correios: empresas públicas


 Banco do Brasil: sociedade de economia mista
Sabendo essas três, já dava para chegar ao gabarito!
Lembro ainda que a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel é uma agência
reguladora, ou seja, é uma autarquia.
Logo, podemos eliminar as letras A e E (pois começam com uma sociedade de
economia mista – Banco do Brasil S.A.), a letra B (já que a Aneel é uma
autarquia) e a letra C, pois ambas são empresas públicas.

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Dessa forma, mesmo sem saber o que é a “Companhia Nacional de
Abastecimento”, já sabemos que a opção D é o gabarito, uma vez que a
alternativa termina com uma sociedade de economia mista. Daí, concluímos que
a Companhia Nacional de Abastecimento é uma empresa pública (respondido
por “eliminação”).
Gabarito: alternativa D.

12. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São exemplos de


órgãos da Administração pública direta:
I. Partidos Políticos e Congresso Nacional.
II. Secretaria Estadual de Finanças e Secretaria Municipal de Planejamento.
III. Secretaria Estadual de Finanças e Partidos Políticos.
IV. Secretaria Municipal de Planejamento e Ministério do Turismo.
V. União e Instituto Nacional de Seguridade Social.

Está correto o que consta APENAS em


a) I e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) IV e V.
e) I e V.
Comentário: os órgãos são centros de competências, sem personalidade
jurídica. Como exemplos temos a Presidência da República, as casas
legislativas, os tribunais do Poder Judiciário, os ministérios, as secretarias
estaduais e municipais, etc.
Os itens I e III estão incorretos porque os partidos políticos são entidades
privadas, particulares, e por isso não fazem parte da Administração Pública
(nem direta, nem indireta). Já os itens II e IV trouxeram exemplos de órgãos
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(secretarias e ministérios) e por isso estão corretos.


Por fim, o item V trouxe uma entidade política (União) e uma entidade
administrativa (INSS, que é uma autarquia).
Dessa forma, apenas os itens II e IV estão corretos.
Gabarito: alternativa C.

13. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São exemplos de


autarquias:
a) Banco do Brasil S.A. e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.
b) Caixa Econômica Federal e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.

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c) Petróleo Brasileiro S.A. e Instituto Nacional de Seguridade Social.
d) Casa da Moeda do Brasil e Serviço Federal de Processamento de Dados.
e) Instituto Nacional de Seguridade Social e Instituto de Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional.
Comentário: mais uma questão sobre identificação das entidades
administrativas. Vamos colocar cada alternativa, escrevendo ao lado o tipo de
entidade:
a) Banco do Brasil S.A. (sociedade de economia mista) e Conselho de Arquitetura
e Urbanismo do Brasil (é um conselho de fiscalização de profissão, logo é uma
autarquia federal).
b) Caixa Econômica Federal (empresa pública) e Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (autarquia federal).
c) Petróleo Brasileiro S.A. (sociedade de economia mista) e Instituto Nacional de
Seguridade Social (autarquia federal).
d) Casa da Moeda do Brasil (empresa pública) e Serviço Federal de Processamento
de Dados (empresa pública).
e) Instituto Nacional de Seguridade Social (autarquia federal) e Instituto de
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (autarquia federal).
Gabarito: alternativa E.

14. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Pessoa


jurídica de direito privado, constituída sob a forma da legislação brasileira, com parte
do capital pertencente a entes públicos, na condição de detentores do controle,
prestadora de serviço público, sujeita a regime licitatório para contratação das
atividades meio, descreve uma
a) sociedade de economia mista.
b) autarquia. 01044363878

c) fundação.
d) empresa pública.
e) autarquia especial.
Comentário: tanto as empresas públicas como as sociedades de economia
mista possuem personalidade de direito privado e podem explorar a prestação
de serviços públicos. Contudo, segundo o enunciado, “parte do capital
pertence a entes públicos”, o que caracteriza a entidade como uma sociedade
de economia mista, já que, nas empresas públicas, todo o capital pertence a
entes públicos.
Gabarito: alternativa A.

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15. (FCC – Analista Judiciário/TRT-23/2016) Determinada autarquia do Estado do
Mato Grosso foi condenada a pagar indenização a um de seus servidores. Após a
condenação, utilizou-se do prazo em quádruplo para recorrer, e, na fase de execução
da condenação, alegou a impossibilidade de arcar com a indenização por não ter
patrimônio próprio. A propósito dos fatos,
a) incorreto o prazo recursal, que é em dobro para recorrer, bem como o fundamento
do patrimônio, pois a autarquia tem patrimônio próprio.
b) correto tanto o prazo recursal, como o argumento relativo ao patrimônio.
c) correto o prazo recursal, mas incorreto o fundamento do patrimônio, pois a
autarquia tem patrimônio próprio.
d) incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é prazo simples, mas correto o
fundamento do patrimônio.
e) incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é em dobro, mas correto o fundamento
do patrimônio.
Comentário: uma das prerrogativas das autarquias, e das demais entidades de
direito público, é que elas gozam do prazo em dobro para todas as suas
manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação
pessoal (Novo CPC, art. 183).
Antigamente, esse era em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer,
mas agora é tudo em dobro.
Pela antiga ou pela nova redação, o prazo recursal está incorreto.
Além disso, as autarquias possuem a sua própria personalidade jurídica, motivo
pelo qual possuem também o seu próprio patrimônio. Portanto, em relação aos
fatos alegados, está incorreto o prazo recursal (é em dobro) e também o
fundamento do patrimônio, eis que a autarquia possui patrimônio próprio (letra
A).
Gabarito: alternativa A.
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16. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Os órgãos públicos consultivos


a) são exemplos típicos de órgãos onde se exclui totalmente a interferência de órgãos
superiores.
b) estão excluídos da hierarquia administrativa para fins disciplinares.
c) admitem a avocação de atribuições, porém não a delegação de atribuições.
d) admitem a delegação de atribuições, porém não a avocação de atribuições.
e) fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções.

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Comentário: essa questão foi retirada de um pequeno trecho da obra da Prof.
Maria Di Pietro, vejamos:2
Há de se observar que a relação hierárquica é acessória da organização
administrativa. Pode haver distribuição de competências dentro da
organização administrativa, excluindo-se a relação hierárquica com relação
a determinadas atividades. É o que acontece, por exemplo, nos órgãos
consultivos que, embora incluídos na hierarquia para fins disciplinares,
por exemplo, fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício
de suas funções. Trata-se de determinadas atividades que, por sua natureza,
são incompatíveis com uma determinação de comportamento por parte do
superior hierárquico. Outras vezes, acontece o mesmo porque a própria lei
atribui uma competência, com exclusividade, a determinados órgãos
administrativos, em especial os colegiados, excluindo, também, a interferência
de órgãos superiores.

Portanto, os órgãos consultivos, a exemplo das consultorias jurídicas, fogem


da hierarquia para o desempenho de suas funções, uma vez que a emissão de
pareceres ou opiniões deve ser exercida com independência e imparcialidade.
Porém, ficam esses órgãos subordinados para fins disciplinares, por exemplo.
Com isso, o nosso gabarito é a opção E.
As letras A e B estão incorretas, pois os órgãos consultivos estão
subordinados, pelo menos, para fins disciplinares.
Também não há que se falar em avocação e delegação de atribuições dos
órgãos consultivos, pois isso faria perder o sentido a emissão de um parecer.
Bastaria a autoridade competente avocar as atribuições do órgão consultivo
para poder emitir um parecer jurídico conforme quisesse. Da mesma forma, não
há que se falar em delegação das funções dos órgãos consultivos, pois em geral
as atribuições deles são exclusivas. A avocação e a delegação somente seriam
possíveis dentro do próprio órgão consultivo, mas aí estaríamos no nível dos
agentes públicos e não dos órgãos. Em qualquer caso, as letras C e D estão
incorretas: no nível do órgão, não há que se falar em avocação e delegação; no
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nível de cada agente público, poderia ser possível delegar e avocar, respeitando
as atribuições exclusivas.
Gabarito: alternativa E.

Atos administrativos

17. (FCC – Analista Judiciário/TRT-14/2016) Sobre o ato administrativo, considere:


I. O ato administrativo nulo não comporta revogação.

2
Di Pietro, 2014, p. 97.

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II. O ato administrativo com vício de competência poderá, em determinadas hipóteses,
ser convalidado.
III. Em regra, a anulação do ato administrativo ocorre com efeito ex nunc.
IV. A anulação do ato administrativo, quando feita pela Administração pública,
independe de provocação do interessado.

Está correto o que se afirma em


a) I, II e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e IV, apenas.
d) III, apenas.
e) II, apenas.
Comentário:
I – os atos nulos não podem ser revogados, mas apenas anulados – CORRETO;
II – são passíveis de convalidação os atos anuláveis, isto é, aqueles que
possuem algum vício sanável. São vícios sanáveis os vícios de competência
(desde que não seja exclusiva nem em relação à matéria) e os vícios de forma
(desde que não seja forma essencial) – CORRETO;
III – em regra, a anulação possui efeitos retroativos, isto é, ex tunc – ERRADO;
IV – a anulação poderá ser procedida pela Administração ou pelo Judiciário.
Este último somente atua quando provocado, enquanto a Administração poderá
atuar de ofício ou mediante provocação. Portanto, quando a anulação é feita
pela Administração, não há necessidade de provocação dos interessados –
CORRETO.
Assim, estão corretos os itens I, II e IV.
Gabarito: alternativa A.
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18. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-14/2016) Sobre atos administrativos, considere:


I. Os atos administrativos vinculados comportam anulação e revogação.
II. Em regra, os atos administrativos que integram um procedimento podem ser
revogados.
III. A competência para revogar é intransferível, salvo por força de lei.

Está correto o que se afirma em


a) III, apenas.
b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.

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e) II, apenas.

Comentário:
I – a revogação é uma medida discricionária da Administração, que retira os
efeitos de um outro ato administrativo discricionário. Logo, como decorre da
análise da conveniência e oportunidade, não há que se falar em revogação de
ato administrativo vinculado, pois estes somente admitem anulação – ERRADA;
II – de acordo com a doutrina, além dos atos viciados, não são passíveis de
revogação:

 atos consumados – umas vez que já exauriram os seus efeitos;

 atos vinculados – exceto licença para construir, desde que a obra não
tenha começado;

 atos que geraram direito adquirido;

 atos que integram um procedimento após a prática do ato seguinte


(preclusão administrativa);

 quando exaurir a competência em relação ao objeto – por exemplo,


quando o processo “sobe” para análise da autoridade superior, a
autoridade inferior perde a competência para revogá-lo;

 atos de conteúdo declaratório (meros atos administrativos): certidões,


atestados, pareceres.
Portanto, os atos que integram um procedimento não podem ser revogados a
partir da edição do ato seguinte – ERRADO;
III – uma das características da competência administrativa é que ela é
intransferível, isto é, uma autoridade não pode, por mero ato administrativo,
transferir a titularidade de uma competência para outro, em respeito ao
princípio da legalidade. É possível, contudo, delegar ou avocar a execução de
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determinadas competências, mas não a sua titularidade. Logo, somente a lei


pode transferir a competência para revogar um ato – CORRETO.
Portanto, apenas o item III está correto.
Gabarito: alternativa A.

19. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Nas


palavras de José dos Santos Carvalho Filho, quando o “agente que elege a situação
fática geradora da vontade, permitindo, assim, maior liberdade de atuação, embora
sem afastamento dos princípios administrativos”, está se referindo ao poder
discricionário dos agentes públicos, que demanda a

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a) previsão legal das opções postas ao administrador, bem como possibilita
revogação pela própria Administração ou pelo Judiciário, preservado o mérito do ato
administrativo.
b) existência de opções juridicamente válidas para que o administrador possa exercer
seu juízo de conveniência e oportunidade, o que não afasta a possibilidade de
controle dessa atuação, tanto pela Administração, quanto pelo Judiciário e pelo
Tribunal de Contas.
c) revisão dos atos discricionários pela própria Administração ou pelo Poder
Judiciário, não retroagindo efeitos seja no caso da anulação ou da revogação, em
razão da presunção de veracidade que reveste os atos administrativos.
d) possibilidade de anulação de atos discricionários somente pela própria
administração ou pelo Tribunal de Contas, nos casos de atos administrativos.
e) análise pelo Poder Judiciário de todos os aspectos dos atos discricionários,
anulando-os ou revogando-os diante do controle de políticas públicas realizado por
esse Poder.
Comentário: a discricionariedade surge quando, diante de uma situação, a
legislação preveja mais de uma opção juridicamente válida para o administrador
público. Nesse caso, caberá ao agente público definir a melhor ação para o
interesse público, dentro dos limites previstos em lei. Lembra-se, contudo, que
até mesmo os atos discricionários são passíveis de controle, seja pela própria
Administração, ou ainda por órgãos específicos de controle, como o Poder
Judiciário e o Tribunal de Contas. Contudo, o controle judicial não adentra nos
aspectos de mérito do ato discricionário, ele apenas verifica se o ato foi
praticado dentro dos limites da lei, ou ainda dentro dos parâmetros da
razoabilidade e da proporcionalidade. Com isso, o nosso gabarito é a letra C.
Agora, vejamos as demais alternativas:
a) o Judiciário não pode revogar um ato praticado pela Administração –
ERRADA; 01044363878

b) primeiramente, o item dá a ideia de que o Judiciário poderia revogar os atos


administrativos, o que não é correto. Além disso, a anulação gera efeitos
retroativos, enquanto a revogação possui efeitos apenas prospectivos –
ERRADA;
d) a anulação pode ser decretada pela Administração ou pelo Poder Judiciário,
motivo pelo qual o item está incorreto. Lembra-se ainda que o Tribunal de
Contas não possui competência para anular diretamente atos administrativos,
mas apenas para determinar que a autoridade competente proceda a anulação
– ERRADA;

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e) primeiramente, o Judiciário não pode invadir todos os aspectos dos atos
discricionários, uma vez que não lhe convém adentrar no mérito desses atos.
Ademais, não compete ao Poder Judiciário revogar atos administrativos
praticados pela Administração – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

20. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Os atos


administrativos são dotados de atributos que lhes conferem distinções em relação aos
atos praticados na esfera privada, daqueles podendo decorrer efeitos com maior
alcance e projeção, como no caso da
a) presunção de veracidade, em razão da qual presumem-se verdadeiras as
alegações de fato e de direito, administrativas e judiciais, feitas pela Administração
pública em todos os documentos e instrumentos por ela firmados.
b) presunção de eficácia, em razão da qual todos os atos administrativos editados
podem possuir eficácia estendida a terceiros, mediante requerimento administrativo.
c) presunção de veracidade, pela qual se presumem verdadeiras as afirmações de
fato feitas pela Administração pública, por exemplo, em documentos administrativos
por ela firmados.
d) presunção de legitimidade, que atesta a legalidade da atuação da Administração
pública, o que possibilita a extensão erga omnes de seus efeitos.
e) autoexecutoriedade que permite a atuação da administração independentemente
de previsão legal e de autorização do judiciário para coibir, por meios indiretos,
situação que viole a legislação.
Comentário: os atos administrativos são dotados de alguns atributos
peculiares, são eles: presunção de veracidade e de legitimidade,
autoexecutoriedade, imperatividade e tipicidade.
A presunção de veracidade trata dos fatos, ou seja, das circunstâncias
concretas alegadas pela Administração para praticar o ato; por outro lado, a
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presunção de legitimidade refere-se ao direito, ou seja, significa que a medida


administração está de acordo com a lei. Por exemplo: quando um agente de
trânsito aplica uma multa sob alegação que o motorista falava ao celular, a
presunção de veracidade significa que se presume que, de fato, a pessoa falava
ao celular, ao passo que a presunção de legitimidade trata da presunção de que,
de fato, existia previsão legal para aplicar a multa.
Vejamos as alternativas:
a) a presunção de veracidade trata apenas dos fatos, e não do direito. A
presunção de que o ato está de acordo com o direito trata da presunção de
legitimidade – ERRADA;

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b) não existe ato com “presunção de eficácia”. Para ter eficácia, ou seja, para
produzir os seus efeitos, os atos precisam preencher alguns requisitos. Quando
os efeitos atingirem terceiros, um ato precisa de publicação. Portanto, mesmo
que o ato seja perfeito, ele só produzirá os seus efeitos perante terceiros com a
publicação – ERRADA;
c) exato! Pela presunção de veracidade, os fatos alegados pela Administração
presumem-se verdadeiros. Nota-se, ademais, que esses fatos podem ser
expressos na motivação do ato, o que, em geral, ocorre em documentos
administrativos – CORRETA;
d) ter efeitos ergam omnes significa que uma medida possuirá efeitos “para
todos”. A presunção de legitimidade não “atesta” a legalidade, mas faz com que
ela seja presumida, de tal forma que o ato somente deixará de produzir os seus
efeitos quando declarada a sua ilegalidade, se for o caso. Além disso, em geral,
os atos possuem efeitos perante os seus destinatários (inter partes) – ERRADA;
e) a autoexecutoriedade permite que um ato seja executado diretamente pela
Administração, independentemente de provocação do Poder Judiciário. A
doutrina até depende que poderá existir autoexecutoriedade,
independentemente de previsão legal, em situações de emergência, mas essa é
uma exceção, aplicada a casos específicos, devidamente justificados. Além
disso, a autoexecutoriedade trata da adoção de meios diretos de coação, como
o uso da força – ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

21. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-23/2016) Considere:


I. A revogação é sempre discricionária.
II. O ato vinculado, em regra, pode ser revogado.
III. O ato discricionário não comporta anulação.
IV. Na revogação, extingue-se ato válido.01044363878

Está correto o que consta APENAS em


a) IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) I, II e IV.
Comentário:
I – a revogação é uma medida discricionária que recai sobre outro ato
discricionário. Vale dizer, a Administração somente pode revogar, em regra,

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atos discricionários. Além disso, quando exerce um juízo de conveniência e
oportunidade para decidir se revoga, ou não, está-se diante de outro ato
discricionário. Logo, pode-se afirmar que a revogação é sempre discricionária
– CORRETO;
II – os atos vinculados, em regra, não podem ser revogados. A ideia aqui é
lógica: se a Administração é obrigada a praticar o ato, não poderá revogá-lo.
Senão, bastaria praticar o ato, para dizer que cumpriu a lei, e na sequência
revogá-lo. Porém, existe uma exceção, que trata da licença para construir, que
de acordo com o STJ é passível de revogação, desde que a obra não tenha sido
iniciada – ERRADO;
III – anulação poderá recair sobre atos vinculados ou discricionários, uma vez
que o seu fundamento é a legalidade – ERRADO;
IV – a revogação recai sobre um ato válido, ou seja, sobre um ato de acordo
com a legislação. Isso porque o fundamento da revogação é a conveniência e
oportunidade, e não a legalidade. Logo, a revogação extingue um ato válido. Se
o ato fosse inválido, o meio de desfazimento seria a anulação – CORRETO.
Com isso, os itens I e IV estão corretos.
Gabarito: alternativa D.

22. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Municipal/Prefeitura de Teresina-PI/2016)


Agente público competente, no exercício de fiscalização, constata que determinada
licença municipal de funcionamento de estabelecimento comercial foi recém-expedida
mediante grave insuficiência de comprovação documental, pelo interessado, de
atendimento aos requisitos legais. Diante de tal constatação, providência a ser
adotada pelo agente público consiste em
a) revogar o ato administrativo de licença municipal de funcionamento, por estar sua
expedição em desconformidade com os requisitos legais.
b) anular, de imediato, o ato administrativo de licença municipal de funcionamento,
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por estar sua expedição em desconformidade com os requisitos legais, notificando-


se o interessado para, querendo, apresentar recurso administrativo, na forma da lei.
c) reputar válido o ato administrativo de licença municipal de funcionamento, porque
opera em favor de sua validade a presunção de legitimidade dos atos da
Administração pública, independentemente de vício no seu processo de produção.
d) lavrar autuação circunstanciada do fato constatado, dando-se ciência ao
interessado acerca da pretensão municipal de anulá-lo e oferecendo-lhe a
oportunidade de, querendo, apresentar os esclarecimentos que julgar necessários,
inclusive em defesa da validade da licença supostamente eivada de nulidade.
e) anular, de imediato, o ato administrativo de licença municipal de funcionamento,
aplicando-se, no exercício do poder de polícia, as penalidades cabíveis ao

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interessado e a eventuais outros agentes eventualmente responsáveis pela infração
à lei.
Comentário: essa questão é brilhante, pois vai muito além da análise teórica,
entrando no “mundo real”. Sempre que estudamos, vemos que diante de um
ato ilegal, deverá ser realizada a anulação, salvo quando cabível a convalidação.
Assim, como a concessão da licença não observou os requisitos legais, ela é
passível de anulação (não cabe revogação diante de ato ilegal).
Todavia, para proceder a anulação de um ato, é indispensável que se observe,
primeiro, o direito de defesa da pessoa que será afetada pela anulação. Logo,
para fazer a anulação, existe uma “formalidade essencial”, que trata do direito
do contraditório e da ampla defesa.
Assim, o STF possui várias decisões no sentido da obrigatoriedade de se
instaurar procedimento para que as pessoas afetadas possam exercer o
contraditório e a ampla defesa, vejamos um relevante precedente (RE 776.662
PE):
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público.
Pagamento indevido. Retificação operada de forma unilateral pela
Administração. Impossibilidade. Observância dos princípios do contraditório e
da ampla defesa. Processo administrativo. Necessidade. Precedentes. 1.
Consoante a jurisprudência desta Corte, a anulação dos atos
administrativos que repercutam no campo de interesses individuais do
cidadão deverá ser precedida de prévio procedimento em que se
assegure ao interessado o efetivo exercício do direito ao contraditório e
à ampla defesa. 2. Agravo regimental não provido.

Dessa forma, antes de realizar a anulação, a autoridade deverá registrar o fato


(lavrar autuação circunstanciada do fato constatado) e notificar o interessado
sobre a possibilidade de se realizar a anulação, concedendo a ele o direito de
se manifestar sobre os fatos, inclusive para tentar defender a legalidade da
licença. O interessado não é obrigado a se manifestar, mas possui o direito de
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fazê-lo. Após decorrido o prazo para apresentação da defesa, a Administração


analisará a defesa apresentada (se ela foi apresentada) e tomará a decisão. Se
comprovada a ilegalidade, a concessão da licença será anulada. Com isso, o
gabarito é a letra D.
Vamos analisar as demais alternativas:
a) não há revogação de ato inválido. Se a expedição ocorreu em desacordo com
os requisitos legais, será o caso de anulação, após a concessão do direito de
defesa – ERRADA;
b) a simples possibilidade de se interpor recurso administrativo não afasta a
necessidade de conceder o direito de defesa prévio. Vale dizer, a Administração

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não pode desfazer um ato sem prévia notificação do interessado para se
defender sob o argumento de que ele poderá, depois, interpor recurso. Com
isso, a necessidade de prévia manifestação do interessado não se confunde
com o recurso administrativo nem pode ser por ele substituída – ERRADA;
c) de fato, os atos administrativos possuem presunção de legitimidade. Porém,
essa presunção não é absoluta, de tal forma que, uma vez constatada a
irregularidade, o ato é passível de anulação – ERRADA;
e) realmente seria o caso de anulação e aplicação das penalidades aos
envolvidos. Porém, isso não será feito de imediato, mas apenas após a
manifestação do interessado e a realização do processo administrativo para
sancionar quem deu causa à irregularidade – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

23. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Paola, servidora pública estadual,


praticou ato administrativo com vício em seu motivo (indicação de motivo falso).
Carlos, particular interessado no aludido ato, ao constatar o vício, requereu a
aplicação da teoria dos motivos determinantes, sendo seu pleito prontamente
acolhido pela Administração pública. Nesse caso, o ato administrativo praticado por
Paola
a) será nulo.
b) poderá ser convalidado pelo mesmo ato administrativo.
c) será válido, desde que corrigido integralmente o vício.
d) poderá ser convalidado por outro ato administrativo.
e) será válido, independentemente do vício narrado, haja vista o direito adquirido e o
ato jurídico perfeito.
Comentário: a teoria dos motivos determinantes significa que a validade de um
ato, quando motivado, fica adstrita a veracidade dos motivos alegados para a
sua prática. Assim, sendo os motivos alegados falsos ou inexistentes, o ato
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será nulo (opção A).


Além disso, somente são passíveis de convalidação os vícios de competência
(se não exclusiva e não for em relação à matéria) e de forma (desde que não
seja essencial). Assim, os vícios de motivo não são passíveis de convalidação.
Daí o erro das letras B e D. Da mesma forma, não há como afirmar que o ato
será “válido”, já que o vício não é passível de convalidação, motivo pelo qual a
letra C também é errada. Por fim, como o ato é ilegal, não há que se falar em
direito adquirido ou ato jurídico perfeito.
Gabarito: alternativa A.

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24. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Henrique, servidor público e chefe de
determinada repartição pública, publicou portaria na qual foram expedidas
determinações especiais a seus subordinados. No que concerne à classificação dos
atos administrativos, a portaria constitui ato administrativo
a) punitivo.
b) normativo.
c) enunciativo.
d) ordinatório.
e) negocial.
Comentário:
a) os atos punitivos são os meios pelos quais a Administração impõe sanções
aos servidores ou aos administrados em geral, no âmbito do poder disciplinar
ou do poder de polícia. São exemplos a aplicação da pena de demissão a um
servidor público ou a aplicação de uma multa de trânsito a um particular –
ERRADA;
b) os atos normativos são aqueles que contêm determinações gerais e
abstratas, ou seja, aqueles que se aplicam a situações e usuários
indeterminados. São semelhantes às leis, mas com elas não se confundem, uma
vez que não são oriundas do Poder Legislativo nem inovam na ordem jurídica.
São exemplos de atos normativos os decretos regulamentares e as instruções
normativas – ERRADA;
c) os atos enunciativos são aqueles que não geram efeitos jurídicos imediatos,
uma vez que representam a expressão de um juízo de valor, uma opinião,
recomendação ou sugestão sobre determinada atuação administrativa. Além
disso, os atos enunciativos podem ter conteúdo declaratório, pois expressam
determinado fato (por exemplo: uma certidão de tempo de serviço meramente
declara o tempo de serviço do servidor). São exemplos de atos enunciativos os
pareceres, as certidões e os atestados – ERRADA;
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d) os atos ordinatórios são atos administrativos internos, destinados aos


servidores públicos, que veiculam determinações relacionadas ao adequado
desempenho de suas atribuições. Eles são praticados com fundamento no
poder hierárquico, aplicando-se exclusivamente aos servidores subordinados
à autoridade que o expediu. São exemplos de atos ordinatórios: as instruções,
as circulares internas, as portarias, as ordens de serviço, os memorandos e os
ofícios. Portanto, a portaria na qual foram expedidas determinações especiais
aos subordinados é exemplo de ato ordinatório – CORRETA;
e) os atos negociais são aqueles em que a legislação exige a prévia anuência
da Administração para que o particular possa exercer uma atividade ou usufruir

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de um direito. Um exemplo é a concessão da licença para dirigir. Para que você
possa dirigir um veículo automotor, precisa obter previamente a anuência da
Administração, concedida por meio da licença para dirigir (a famosa CNH). São
exemplos de atos enunciativos as licenças, as autorizações e as permissões
Gabarito: alternativa D.

25. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) Considere os seguintes atos


administrativos:
I. Ato administrativo discricionário.
II. Ato Administrativo vinculado.
III. Ato administrativo com vício de forma.
IV. O mero ato administrativo, como, por exemplo, a certidão.

Pode ser objeto de anulação, quando eivado de vício de legalidade, o descrito em:
a) I, II, III e IV.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, apenas.
e) III, apenas.
Comentário: a questão é bem simples. A anulação decorre de uma ilegalidade,
assim, em regra, qualquer ato nulo será passível de anulação, a não ser que
tenha decaído o direito de a Administração anular o ato.
Portanto, tanto o ato discricionário quanto o vinculado são passíveis de
anulação. Da mesma forma, o ato com vício em qualquer elemento de formação
(competência, finalidade, forma, motivo e objeto) também é passível de
anulação.
Por fim, os meros atos administrativos, como as certidões e os atestados,
também podem ser anulados. Por exemplo: uma certidão de tempo de serviço
01044363878

emitido de forma fraudulenta, marcando um tempo de serviço muito além do


real, será passível de anulação.
Logo, todos os itens tratam de atos passíveis de anulação (itens I, II, III e IV).
A banca quis confundir o aluno com a limitação ao poder de revogar, uma vez
que não podem ser revogados os atos vinculados, os atos viciados, os meros
atos administrativos e outros. Mas essa limitação é para revogar, ou seja, para
fazer a análise do juízo de conveniência e oportunidade, mas não para anular
(juízo de legalidade).
Gabarito: alternativa A.

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26. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) Considere duas situações hipotéticas:
O Prefeito de Boa Vista praticou ato administrativo de competência exclusiva da
Presidente da República. Josefina, servidora pública, demitiu o também servidor
público José por ser seu desafeto, inexistindo qualquer falta grave que justificasse a
punição. A propósito da validade dos atos administrativos narrados,
a) apenas o segundo ato é nulo.
b) ambos os atos são nulos, existindo, no primeiro, vício de competência e, no
segundo, vício relativo à finalidade.
c) ambos os atos são válidos.
d) apenas o primeiro ato é nulo.
e) ambos os atos são nulos, existindo, no primeiro, vício de competência e, no
segundo, vício de objeto.
Comentário: no primeiro caso, houve um vício de competência, já que o Prefeito
praticou ato de competência exclusiva do Presidente da República. Lembra-se
que, nesse caso, o ato sequer seria passível de convalidação, por se tratar de
competência exclusiva.
No segundo caso, Josefina aplicou a demissão porque José era seu desafeto.
Dessa forma, o ato foi praticado com finalidade diversa do interesse público, já
que foi praticada com o objetivo de prejudicar um desafeto da autoridade.
Portanto, o vício foi de finalidade.
Também podemos considerar que houve vício de motivo, uma vez que os
motivos da punição são inexistentes (não houve falta grave). Porém, isso não
prejudica a questão.
Portanto, ambos os atos são nulos, o primeiro por vício de competência e o
segundo por vício de finalidade (letra B).
As letras A, C e D estão incorretas, pois consideraram que um ou ambos os atos
são válidos. Já a letra E está incorreta, já que não houve vício de objeto no
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segundo caso.
Gabarito: alternativa B.

27. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) Jonas, servidor público, revogou ato


administrativo que já havia exaurido seus efeitos. No mesmo dia, anulou ato
administrativo que, embora válido, era inoportuno ao interesse público. Sobre o tema,
a) incorretas ambas as condutas, haja vista a inexistência dos requisitos legais para
a adoção dos citados institutos.
b) corretas a revogação e a anulação.
c) correta apenas a anulação.
d) correta apenas a revogação.

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e) incorretas as condutas, pois não é válido na mesma data utilizar-se de ambos os
institutos.
Comentário: analisando ambas as situações, temos:
1 - Jonas, servidor público, revogou ato administrativo que já havia exaurido
seus efeitos: como a revogação não retroage, mas apenas impede que o ato
continue a produzir efeitos, se o ato já se exauriu, não há mais que falar em
revogação;
2 - No mesmo dia, anulou ato administrativo que, embora válido, era
inoportuno ao interesse público: a anulação de um ato só ocorre quando da
existência de ilegalidade. A supressão de um ato administrativo válido e
discricionário por motivo de interesse público superveniente, que o tornou
inconveniente ou inoportuno, é feita por meio de revogação.
Posto isso, foram incorretas ambas as condutas, haja vista a inexistência dos
requisitos legais para a adoção dos citados institutos – não cabia revogação no
primeiro caso nem anulação no segundo (alternativa A).
Gabarito: alternativa A.

Poderes administrativos

28. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) O poder de


polícia caracteriza-se como atividade da Administração pública que impõe limites ao
exercício de direitos e liberdades, tendo em vista finalidades de interesse público.
Considere os atos ou contratos administrativos a seguir:
I. concessão de serviços públicos.
II. autorização para vendas de material de fogos de artifícios.
III. permissão de serviços públicos.
IV. concessão de licença ambiental para construção.
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Caracterizam-se como manifestação do poder de polícia APENAS os constantes em


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) I e III.
Comentário: segundo Hely Lopes Meirelles, o poder de polícia é “a faculdade
de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e
gozo de bens, atividades, e direitos individuais, em benefício da coletividade ou
do próprio Estado”.

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Assim, atos característicos do poder de polícia são aqueles em que o Estado
concede anuência aos particulares para desempenharem algum tipo de
atividade privada. Por exemplo, para poder dirigir, você precisa de uma licença
para dirigir (a carteira nacional de habilitação).
Alguns exemplos de atos de polícia são, portanto, a autorização, a permissão e
a licença. As duas primeiras são discricionárias e precárias, diferenciando-se
pelo fato de a autorização ter o interesse do particular como predominante e
pela permissão ter o interesse público como preponderante. Já a licença é ato
vinculado em que o poder público permite que o particular exerça uma atividade
para o qual ele preencheu os requisitos legais (licença para dirigir, licença para
construir, etc.).
Não devemos confundir, entretanto, a permissão do poder de polícia (como ato
administrativo discricionário e precário) com a permissão de serviço público
(que atualmente é um contrato administrativo precário).
Além disso, a concessão de serviços públicos também não é um ato de polícia,
mas sim um contrato administrativo, precedido de licitação, para a prestação
de serviços públicos.
Logo, estão corretos os itens II (autorização para vendas de material de fogos
de artifícios – como uma atividade de fiscalização desse comércio pelo Estado)
e IV (licença ambiental – outra atividade de fiscalização do Estado). Note que o
avaliador colocou o termo “concessão de licença” para confundir o candidato,
mas o ponto central nesse item era a “licença ambiental”.
Portanto, os itens II e IV são atos de polícia, enquanto os itens I e III refletem
contratos de prestação de serviços públicos.
Gabarito: alternativa D.

29. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) O processo


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disciplinar é derivado dos poderes:


a) hierárquico e disciplinar.
b) regulamentar e de polícia.
c) disciplinar e de polícia.
d) de polícia e hierárquico.
e) hierárquico e regulamentar.
Comentário: os poderes administrativos são prerrogativas dos agentes
públicos para exercerem a função administrativa em defesa do interesse
público. O processo disciplinar, por sua vez, é a forma de apurar os indícios de
cometimento de irregularidades e, se for o caso, conceder o direito de defesa e
impor as sanções administrativas cabíveis.

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A possibilidade de instaurar o procedimento disciplinar decorre de dois
poderes administrativos:
(i) do poder hierárquico: uma vez que esse poder concede a competência à
autoridade para fiscalizar os seus subordinados, sendo que o procedimento
disciplinar é um dos meios de fiscalização;
(ii) do poder disciplinar: já que o próprio conceito de poder disciplinar
envolve a capacidade de apurar e sancionar a ocorrência de faltas
disciplinares às pessoas sujeitas à disciplina interna da Administração
(servidores públicos e particulares com vínculo especial com o Poder
Público).
Logo, o gabarito é a opção A.
O poder de polícia trata do condicionamento do uso de bens, atividades e
direitos individuais, em benefício da coletividade. No poder de polícia, é
possível apurar e punir as pessoas que não se submetem à disciplina interna
do Poder Público, ou seja, a população em geral. Portanto, o poder de polícia
não fundamenta o procedimento disciplinar, eis que este último (procedimento
disciplinar) se aplica apenas às pessoas sujeitas à disciplina interna da
Administração.
Já o poder regulamentar trata de prerrogativa do chefe do Executivo para
regulamentar as leis, dando-lhes fiel execução.
Gabarito: alternativa A.

30. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Os poderes


da Administração pública lhe foram atribuídos para possibilitar o exercício de suas
funções, que sempre devem ser norteadas em benefício da coletividade. Conferem,
portanto, prerrogativas à Administração pública, que não são ilimitadas. É exemplo
disso
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a) o poder normativo conferido à Administração, por meio da edição de decreto


autônomo, que somente pode ter lugar sempre que houver lacunas ou ausência de
lei.
b) o poder hierárquico, que atribui dever de subordinação dos servidores aos seus
superiores, cabendo a estes a apuração de infrações e aplicação de penalidades
disciplinares.
c) o exercício do poder disciplinar, que se estende aos particulares e empresas
contratados pelo poder público para prestação de serviços em repartições públicas.
d) o exercício do poder de polícia, que pode limitar os direitos individuais com algum
grau de discricionariedade, mas sempre deve ter previsão legal.

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e) o exercício do poder normativo-disciplinar, que se exterioriza na edição de normas
de conduta disciplinar, com elenco de infrações e sanções.
Comentário:
a) os decretos autônomos não são meios de suprir lacunas nem falta de leis.
Eles, na verdade, só podem ser adotados nos casos previstos na Constituição
Federal (art. 84, VI, “a” e “b”), ou seja, para dispor sobre “organização e
funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos” e “extinção de funções
ou cargos públicos, quando vagos” – ERRADA;
b) a aplicação de penalidades decorre do poder disciplinar e não do poder
hierárquico – ERRADA;
c) o poder disciplinar alcança os servidores e os particulares sujeitos à
disciplina interna da Administração (exemplo: empresa que firma um contrato
administrativo). Quando não há vinculo especial, a aplicação de sanções a
particulares decorrerá do poder de polícia. Da forma como está na questão,
parece que todos os particulares se sujeitam ao poder disciplinar – ERRADA;
d) uma das características do poder de polícia é a discricionariedade (exemplos:
escolha do que será fiscalizado; escolha do valor de multas, dentro dos limites
legais, etc.). Logo, no exercício do poder de polícia, é possível restringir direitos
individuais, com algum grau de discricionariedade – CORRETA;
e) a definição de sanções depende sempre de previsão legal. Logo, não existe
poder “normativo-disciplinar”, já que normas infralegais não são hábeis para
criar sanções – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

31. (FCC – Analista Judiciário/TRT-23/2016) Considere:


I. A Administração pública não pode, no exercício do poder de polícia, utilizar-se de
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meios diretos de coação, sob pena de afronta ao princípio da proporcionalidade.


II. O objeto da medida de polícia, isto é, o meio de ação, sofre limitações, mesmo
quando a lei lhe dá várias alternativas possíveis.
III. A impossibilidade de licenciamento de veículo enquanto não pagas as multas de
trânsito corresponde a exemplo da utilização de meios indiretos de coação,
absolutamente válido no exercício do poder de polícia.

Está correto o que consta em


a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.

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d) I, apenas.
e) II, apenas.
Comentário: o poder de polícia é atividade administrativa que consiste em
restringir ou condicionar o gozo de direitos, bens e atividades privadas em prol
do interesse coletivo. Com base nisso, vamos julgar os itens:
I – são atributos dos atos de polícia, em regra, a discricionariedade, a
autoexecutoriedade e a coercibilidade. A autoexecutoriedade é formada,
segundo parte da doutrina, pela exigibilidade e executoriedade. A primeira trata
da adoção de meios indiretos de coação, como a aplicação de uma multa; ao
passo que a executoriedade refere-se à adoção de medidas diretas de coação,
a exemplo do uso da força para apreender uma mercadoria ou interditar um
estabelecimento. Logo, no exercício do poder de polícia, é sim possível adotar
medidas diretas de coação – ERRADA;
II – um dos atributos das medidas de polícia é a presença da discricionariedade.
Contudo, essa discricionariedade não é ilimitada. Em um primeiro momento, a
discricionariedade é limitada pela própria lei, que atribui uma medida máxima e
uma mínima para cada caso. Além disso, mesmo dentro da margem de
liberdade prevista em lei, a ação de polícia limita-se pelos princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade. Por exemplo, uma lei poderá fixar uma
multa “entre R$ 1 mil e R$ 10 mil”; porém, no caso concreto, o agente público
deverá analisar os fatos, não podendo aplicar uma multa máxima se a infração
não for tão grave, sob pena de ofender os parâmetros da razoabilidade e da
proporcionalidade. Logo, o objeto (conteúdo ou meio de ação) da medida de
polícia encontra limitações, mesmo quando se tratar de um ato discricionário –
CORRETA;
III – conforme já mencionado, os atos de polícia possuem autoexecutoriedade,
permitindo o emprego de meios diretos ou indiretos de coação. Um exemplo
típico de meio indireto de coação é a impossibilidade de licenciar um veículo
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com multas de trânsito não pagas. Com essa ação, a Administração não
“executa” a multa, mas tenta convencer a pessoa a pagar a multa, o que
representa um meio indireto de coação – CORRETA.
Dessa forma, os itens II e III estão corretos.
Gabarito: alternativa B.

32. (FCC – Analista Judiciário/TRT-23/2016) O exercício dos poderes inerentes à


função executiva e a regular atuação da Administração pública não estão dissociados
da influência dos princípios que regem a Administração pública em toda sua atuação.
Essa relação

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a) expressa-se, no caso do poder de polícia, à submissão ao princípio da supremacia
do interesse público, que fundamenta a atuação da Administração pública quando
não houver fundamento legal para embasar as medidas de polícia.
b) de subordinação aos princípios da legalidade e da impessoalidade não afasta a
possibilidade da Administração pública adotar medidas administrativas de urgência
ou de firmar relações jurídicas diretamente com alguns administrados, sem
submissão a procedimento de seleção público, desde que haja previsão legal para
tanto.
c) que impõe presunção de legitimidade e veracidade aos atos praticados pela
Administração pública não admite revisão administrativa, somente questionamento
judicial, cabendo ao administrado o ônus da prova em contrário.
d) existente entre o poder disciplinar e o princípio da legalidade informa o poder de
tutela exercido sobre os atos praticados pelos entes que integram a Administração
indireta, permitindo que a Administração central promova a revisão dos mesmos para
adequá-los à legalidade.
e) que se forma entre o princípio da legalidade e o poder regulamentar autoriza a
edição de atos de natureza originária nas hipóteses de organização administrativa e,
nos demais casos, sempre que houver lacuna ou ausência de lei.
Comentário:
a) o poder de polícia realmente está fundamentado no princípio da supremacia
do interesse público, pois permite a aplicação de restrições e
condicionamentos às atividades individuais em prol do interesse coletivo. No
entanto, as atividades restritivas ou condicionantes de direitos devem estar
embasadas na lei – ERRADA.
b) a atuação administrativa está subordinada aos princípios da legalidade e da
impessoalidade. Isso, no entanto, não impede que, em casos de urgência, a
Administração adote medidas para defender o interesse público, a exemplo das
contratações temporárias para atender a necessidades temporárias de
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excepcional interesse público (CF, art. 37, IX) ou dos casos de dispensa e
inexigibilidade de contratação, que podem ser realizados sem procedimento de
seleção3. Portanto, nesses casos, as relações jurídicas foram firmadas com os
administrados sem um processo específico de seleção (concurso público,
licitação pública) – CORRETA.
c) a presunção de legitimidade e de veracidade significa que os atos
administrativos presumem-se legítimos e verdadeiros até que se prova o
contrário. No entanto, essa prova da ilegalidade poderá surgir mediante

3
As contratações temporárias, em regra, devem ser precedidas de um processo de seleção, que não se confunde
com o concurso público. Porém, em casos de urgência, a contratação poderá ocorrer diretamente, sem a
realização da seleção pública.

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controle administrativo (de ofício ou por provocação) ou controle judicial
(somente por provocação) – ERRADA.
d) o controle exercido pela Administração direta sobre a indireta é denominado
tutela. No entanto, esse controle não decorre do “poder disciplinar”, mas sim
da própria tutela ou ainda dos princípios da legalidade e da especialidade. Além
disso, observa-se que o controle do ente central sobre as entidades
administrativas é um controle limitado, já que somente ocorrerá nos casos
previstos em lei – ERRADA.
e) o poder regulamentar surge pela edição de atos normativos complementares
à lei. De fato, o chefe do Poder Executivo até poderá editar normas primárias,
dispondo mediante decreto sobre parte dos assuntos da organização
administrativa, quais sejam (CF, art. 84, VI): (i) organização e funcionamento da
administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação
ou extinção de órgãos públicos; (ii) extinção de funções ou cargos públicos,
quando vagos.
Porém, nas demais hipóteses de organização administrativa, as alterações não
ocorrerão no âmbito do poder regulamentar, pois não poderão ser realizadas
por meio de decreto.
Só que o principal erro está na parte final, já que o poder regulamentar não
serve para suprir falta de lei, mas sim para dar fiel execução a uma lei já editada
– ERRADA
Gabarito: alternativa B.

33. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Claudio, fiscal do Procon de Roraima,


ao receber denúncia anônima acerca de irregularidades em restaurante, comparece
ao local e apreende gêneros alimentícios impróprios para o consumo, por estarem
deteriorados. A postura adotada concerne a uma das características do poder de
polícia, qual seja, 01044363878

a) discricionariedade.
b) inexigibilidade.
c) consensualidade.
d) normatividade.
e) autoexecutoriedade.
Comentário: são características (atributos) do poder de polícia a
discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade.
A discricionariedade significa que o agente público possui certa margem de
liberdade no exercício do poder de polícia, como na definição do que será
fiscalizado e na fixação de sanções, dentro dos limites da lei. Ressalta-se que

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nem todo ato de polícia é discricionário (exemplo: as licenças são atos de
polícia vinculados).
A autoexecutoriedade significa que a Administração poderá decidir e executar
diretamente sua decisão por seus próprios meios, sem intervenção do
Judiciário. A apreensão e a destruição de mercadorias irregulares ou
estragadas são exemplos de atividades autoexecutórias por parte da
Administração. Assim como ocorre com a discricionariedade, nem todos os
atos de polícia são autoexecutórios (exemplo: a cobrança de multas não
quitadas depende, em regra, de manifestação do Judiciário).
Por fim, coercibilidade significa que o ato se tornará obrigatório
independentemente da vontade do administrado (exemplo: a interdição de um
estabelecimento ocorrerá independente de concordância do particular – o
máximo que ele poderá fazer é interpor recursos ou ações judiciais para afastar
a interdição). Novamente, nem todo ato de polícia terá coercibilidade (exemplo:
a concessão de licença não é coercitiva, já que depende de prévia requisição
do beneficiário).
Pelo que vimos, a apreensão de gêneros alimentícios impróprios para o
consumo, por estarem deteriorados, é exemplo de manifestação da
autoexecutoriedade (letra E).
Gabarito: alternativa E.

34. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) A edição de atos normativos de


efeitos internos, com o objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados
decorre do poder
a) regulamentar.
b) hierárquico.
c) de polícia.
d) normativo. 01044363878

e) disciplinar.
Comentário: a hierarquia é a relação de subordinação existente entre os vários
órgãos e agentes administrativos, com a distribuição de funções e a gradação
de autoridade de cada um. Com esse foco, poder hierárquico “é o de que dispõe
o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e
rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação
entre os servidores do seu quadro de pessoal”.
Uma das consequências do poder hierárquico é a possibilidade de a autoridade
estabelecer os denominados atos ordinatórios, que são atos internos que

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veiculam determinações concernentes ao adequado desempenho das funções
dos subordinados.
O que poderia causar bastante confusão é que a questão trata da edição de
“atos normativos de efeitos internos”, o que também abrangeria o exercício do
poder normativo. Todavia, a questão se direciona muito para os atos
ordinatórios, cujo principal fundamento é o poder hierárquico, já que os atos
são de efeitos internos, direcionados especificamente para ordenar a atuação
dos órgãos subordinados. Logo, a “melhor resposta” é o poder hierárquico
(letra B).
Fique atento para uma futura questão no mesmo estilo!
Gabarito: alternativa B.

Licitação pública

35. (FCC – Analista Judiciário/TRT-14/2016) O Estado do Acre realizou


procedimento licitatório na modalidade concorrência para a construção de vultosa
obra pública. Após o encerramento do certame e a contratação da empresa
vencedora, iniciou-se a fase da execução contratual. Nos termos da Lei no
8.666/1993, a execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão
e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas
anteriores, à exceção do projeto executivo, que
a) poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução da obra, desde que
também autorizado pela Administração.
b) é dispensável.
c) deverá obrigatoriamente ser desenvolvido antes da execução da obra.
d) deverá obrigatoriamente ser desenvolvido após a execução da obra.
e) poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução da obra, não sendo
necessário autorização da Administração, pois decorre de previsão legal.
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Comentário: de acordo com o art. 7º da Lei 8.666/1993, as licitações para a


execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão à seguinte
sequência: (i) projeto básico; (ii) projeto executivo; (iii) execução das obras e
serviços.
Ademais, a execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da
conclusão e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às
etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser
desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde
que também autorizado pela Administração (art. 7º, § 1º).
Gabarito: alternativa A.

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36. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-14/2016) Em razão do caos da limpeza pública
em determinado Município do Acre, que afetou, inclusive, a situação ambiental da
Cidade, a Prefeitura dispensou o procedimento licitatório, justificando tratar-se de
situação emergencial. Assim, efetivou a contratação direta e imediata de empresa
para a prestação dos serviços de limpeza. Nesse caso, os serviços deverão ser
concluídos em prazo máximo, contado, em dias consecutivos e ininterruptos, da
ocorrência da emergência, sendo vedada a prorrogação do respectivo contrato. Nos
termos da Lei no 8.666/1993, o prazo a que se refere o enunciado é de
a) 210 dias.
b) 120 dias.
c) 90 dias.
d) 60 dias.
e) 180 dias.
Comentário: de acordo com a Lei 8.666/1993, a licitação será dispensável nos
casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência
de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a
segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos
ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da
situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que
possam ser concluídas no prazo máximo de 180 dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a
prorrogação dos respectivos contratos (art. 24, IV).
Gabarito: alternativa E.

37. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) Segundo previsão da


Lei no 8.666 de 1993, são hipóteses de dispensa de licitação, EXCETO:
a) A contratação de obras e serviços de engenharia de valor até quinze mil reais.
b) Aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos
por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de
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marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado


fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação
ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou,
ainda, pelas entidades equivalentes.
c) Nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer
a segurança de pessoas.
d) A compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades
precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização
condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de
mercado, segundo avaliação prévia.

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e) As compras de valor até oito mil reais.
Comentário: a aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só podem
ser prestados por fornecedor exclusivo constitui exemplo de inexigibilidade de
licitação, nos termos do art. 25, I, da Lei 8.666/1993. Logo, o gabarito é a letra B.
Todas as demais alternativas tratam de casos de licitação dispensável,
conforme dispositivos mencionados abaixo:
a) A contratação de obras e serviços de engenharia de valor até quinze mil reais (art.
24, I) – CORRETA;
c) Nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer
a segurança de pessoas (art. 24, IV) – CORRETA;
d) A compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades
precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização
condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de
mercado, segundo avaliação prévia (art. 24, X) – CORRETA;
e) As compras de valor até oito mil reais (art. 24, II) – CORRETA.
Gabarito: alternativa B.

38. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-23/2016) Considere três licitações na


modalidade convite:
(i) No primeiro convite, o interessado cadastrado na correspondente especialidade
manifestou interesse em participar do certame 36 horas antes da apresentação das
propostas.
(ii) O segundo convite, em virtude de limitações do mercado devidamente justificadas
no processo, foi realizado com apenas dois interessados do ramo pertinente a seu
objeto, cadastrados, escolhidos e convidados pela respectiva unidade administrativa.
(iii) O terceiro convite foi realizado com apenas três interessados do ramo pertinente
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a seu objeto, não cadastrados, escolhidos e convidados pela respectiva unidade


administrativa.

A propósito dos fatos narrados e nos termos da Lei no 8.666/1993, está


a) correto apenas o que ocorreu no primeiro convite.
b) correto o que ocorreu em todos os convites.
c) correto apenas o que ocorreu no primeiro e no terceiro convites.
d) correto apenas o que ocorreu no segundo convite.
e) incorreto o que ocorreu em todos os convites.

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Comentário: o convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em
número mínimo de três pela unidade administrativa, a qual afixará, em local
apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais
cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse
com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das
propostas (Lei 8.666/1993, art. 22, § 3º).
O “até 24 (vinte e quatro) horas” deve ser lido no sentido de “no mínimo 24
horas de antecedência”. Assim, os não convidados que desejarem participar do
convite devem manifestar o interesse com no mínimo 24 horas de antecedência,
ou mais (30, 36, 48 ou mais horas). Dessa forma, o primeiro convite está de
acordo com a legislação.
Vimos, além disso, que devem existir pelo menos três convidados pela unidade
administrativa. Contudo, o art. 22, § 7º, da Lei de Licitações permite a
participação de um número menor, desde que não seja possível obter o número
mínimo de licitantes em virtude de limitações do mercado ou manifesto
desinteresse dos convidados, situação que deverá ser justificada no processo,
sob pena de repetição do convite. Assim, o segundo convite também está de
acordo com a legislação, pois o menor número de convidados decorreu de
limitação de mercado devidamente justificada no processo.
Por fim, é importante saber que os convidados não precisam ser cadastrados,
ao passo que os não convidados, mas que manifestarem interesse, devem ser
cadastrados. Logo, o terceiro convite também ocorreu de acordo com a
legislação, já que os três interessados não cadastrados foram convidados pela
Administração.
Em resumo, está correto o que ocorreu em todos os convites.
Gabarito: alternativa B.
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39. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016)


Determinado município realizou uma licitação para contratação de obras de
construção de casas populares. Findo o procedimento e celebrado o contrato, o
Ministério público recebeu denúncia de irregularidades na instrução do procedimento,
vícios que teriam eivado o certame de ilegalidade, a ponto de levantar suspeita sobre
o resultado do mesmo, ensejando o ajuizamento de ação para a anulação da licitação.
O contrato já estava em execução, sendo que a ação judicial ainda tramitava. A
decisão judicial
a) pode acarretar a anulação do procedimento licitatório, se apurada ilegalidade, o
que alcançará o contrato firmado, cabendo, se não houver culpa do contratado,
indenização pelos serviços executados e eventuais prejuízos comprovados.

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b) pode ensejar a nulidade do contrato em execução, não alcançando mais o
procedimento licitatório, porque findo, sendo possível a apuração de responsabilidade
dos envolvidos.
c) poderá revogar a licitação e o contrato, independentemente do início da execução,
não cabendo indenização ao contratado, por presunção de culpa em razão do
resultado viciado do certame.
d) não pode adentrar no exame de legalidade da licitação após seu término, em razão
do exaurimento do ato administrativo, apurando-se a responsabilidade do contratado
e dos servidores envolvidos para ressarcimento ao erário do prejuízo sofrido.
e) poderá adentrar na análise de legalidade da licitação e da contratação, mas em
havendo vício, determinará a anulação ou revogação, conforme o caso, pela
Administração pública, alcançando o contrato, com a consequente indenização, se
couber.
Comentário: a nulidade do procedimento licitatório gera a nulidade do contrato
firmado (art. 49, § 2º), uma vez que a anulação, em regra, desconstitui todos os
efeitos do ato anulado. Assim, como a licitação foi irregular, o contrato, que é
consequência da licitação, também terá que ser anulado.
Além disso, a Lei 8.666/1993 determina que a declaração de nulidade do
contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos
que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já
produzidos. Porém, essa nulidade do contrato não exonera a Administração do
dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em
que a nulidade for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados,
desde que a nulidade não seja imputável ao próprio contratado (art. 59).
Portanto, se comprovada a ilegalidade, a decisão judicial poderá acarretar a
anulação do procedimento licitatório, o que também alcançará o contrato
administrativo firmado, devendo ocorrer a indenização do contratado pelos
serviços executados e eventuais prejuízos comprovados, desde que ele não
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seja o culpado pela ilegalidade. Logo, o gabarito é a letra A.


Vejamos as demais alternativas:
b) a nulidade pode alcançar tanto o contrato como a licitação, uma vez que a
declaração de nulidade possui efeitos retroativos, situação que permite que
seja declarada a nulidade de um procedimento já encerrado. O trecho final, por
outro lado, está correto, já que será possível apurar a responsabilidade dos
envolvidos (art. 59, parágrafo único) – ERRADA;
c) não há revogação de procedimento nulo (mas sim anulação) e, além disso,
caberá a indenização se a culpa não for do contratado – ERRADA;

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d) será mesmo possível apurar a responsabilidade de todos os envolvidos,
incluindo o contratado se for o caso. Porém, a decisão judicial analisará
justamente a legalidade da licitação, independentemente de sua conclusão –
ERRADA;
e) novamente, não há que se falar em revogação de um ato ilegal. Além disso,
o próprio Judiciário poderá promover a declaração de nulidade (não precisa
determina que a Administração Pública o faça) – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

40. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) O processo


licitatório é exigência constitucional para que a Administração pública contrate
a) obras, serviços e compras, não se aplicando para as hipóteses de alienação de
bens públicos, que podem ser livremente contratados, em razão de exceção
constante do próprio texto constitucional.
b) obras, serviços e compras, de grande vulto e complexidade, sendo permitida a
contratação direta, sem licitação, nas hipóteses de bens e serviços comuns ou de
bens cujo valor não exceda R$ 8.000,00.
c) obras, serviços, compras e alienações, sendo, em razão do princípio da igualdade
e do julgamento objetivo, vedadas exigências de qualificação técnica e econômico-
financeira mesmo que concernentes à garantia do cumprimento das obrigações
contratadas.
d) obras, serviços, compras e alienações, que, nos termos da lei de regência, podem,
em certas hipóteses, ser contratadas diretamente, por meio de dispensa ou
inexigibilidade de licitação.
e) obras, serviços, compras e alienações, que, nos termos da lei de regência, podem,
em certas hipóteses, ser contratadas diretamente, por meio de dispensa ou
inexigibilidade de licitação, exceção que não se aplica as alienações, que não podem
ser contratadas diretamente sem processo licitatório.
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Comentário: a regra constitucional da obrigatoriedade de licitar consta no art.


37, XXI, que prevê o seguinte:
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações.

Portanto, as licitações são procedimentos de seleção que precedem a


contratação, sendo aplicadas às obras, aos serviços, às compras e às
alienações. Todavia, existem situações em que a legislação poderá ressalvar a

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aplicação das licitações públicas, permitindo que a contratação ocorra
diretamente, nos casos chamados de dispensa e inexigibilidade de licitação
(letra D).
Vejamos o erro nas demais alternativas:
a) alienação de bens públicos também depende, em regra, de licitação –
ERRADA;
b) consideram-se obras, serviços e compras de grande vulto aquelas cujo valor
estimado seja superior a R$ 37,5 milhões (art. 6º, V). Assim, é fácil notar que
existem contratações que não são de grande vulto, mas que dependem de
licitação pública. Além disso, ainda que o bem ou serviço seja comum, ele
também terá que ser licitado, podendo ser adotada, neste caso, a modalidade
de licitação pregão. Dessa forma, apenas a parte final da questão está correta,
pois a licitação para as contratações de bens de valor que não exceda a R$ 8
mil poderá ser dispensada, nos termos do art. 24, II, da Lei 8.666/1993 –
ERRADA;
c) as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia
do cumprimento das obrigações são permitidas nas licitações – ERRADA;
e) a licitação para as alienações também está sujeita à dispensa, em especial
nos casos enumerados no art. 17 da Lei 8.666/1993 – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

41. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) A compra


de um terreno por uma autarquia, para instalação de uma delegacia de polícia,
a) pode se dar por meio de dispensa de licitação, caso, dentre outros requisitos, a
Administração demonstre que o local atende as necessidades de instalação e
localização do equipamento público em razão da demanda de segurança pública da
região. 01044363878

b) deve ser objeto de licitação, pois é necessário respeitar o menor valor para
aquisição de bens imóveis pelos entes públicos, pois se consubstancia em
investimento e se destina a integrar o ativo patrimonial do ente.
c) não se mostra adequada para a Administração, tendo em vista que por meio da
desapropriação é possível escolher fisicamente o local onde pretende instalar o
equipamento público, de modo que esse instituto deve ser utilizado.
d) deve ser feita por meio de dispensa de licitação, tendo em vista que se trata de
hipótese expressamente prevista na lei como licitação dispensada.
e) pode ser objeto de inexigibilidade de licitação, caso a autarquia consiga demonstrar
que o valor do terreno escolhido é o menor valor dentre os elementos comparativos
disponíveis no mercado.

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Comentário:
a) a situação enquadra-se no previsto no art. 24, X, que prevê que a licitação
será dispensável para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento
das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação
e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível
com o valor de mercado, segundo avaliação prévia. Portanto, a situação poderá
ocorrer mediante dispensa de licitação – CORRETA;
b) seria possível licitar no presente caso, mas a licitação não é obrigatória, já
que o caso é de dispensa de licitação – ERRADA;
c) a compra é sim aplicável ao presente caso, podendo ocorrer mediante
licitação ou por dispensa – ERRADA;
d) a dispensa é o gênero que envolve os casos de licitação dispensável e
dispensada. Na primeira, faculta-se ao administrador licitar ou não; na segunda,
a legislação proíbe o administrador de licitar. Para a compra de imóvel, desde
que observados os demais requisitos, a licitação é dispensável, conforme
previsto no art. 24, X. Se a aquisição ocorre mediante permuta, seria o caso de
licitação dispensada, mas não houve essa informação na questão, logo a
situação é de licitação dispensável – ERRADA;
e) a inexigibilidade somente ocorrerá no caso de inviabilidade de competição.
Se o preço for o menor, significa que existem outras opções, logo é sim possível
que ocorra competição, motivo pelo qual não se aplica a inexigibilidade –
ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

42. (FCC – Defensor Público/DPE-BA/2016) No âmbito da Administração Pública,


questionou-se a possibilidade de se dispensar licitação para a compra de materiais
para a manutenção de fogão industrial. Isso seria juridicamente possível se
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a) houvesse aquisição de materiais que só pudessem ser fornecidos por empresa ou


representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de
registro do comércio do local em que se realizaria a licitação.
b) a aquisição desses componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira fosse
necessária à manutenção desse equipamento durante o período de garantia técnica,
junto ao fornecedor original, sendo essa condição de exclusividade indispensável
para a vigência da garantia.
c) a contratação desse serviço técnico resultasse em restauro para bem de valor
histórico, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória
especialização.

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d) houvesse autorização do setor municipal responsável pela autorização e liberação
da dispensa de licitação.
e) não houvesse no mercado quantidade suficiente de fornecedores, o que
impossibilitaria a competição.
Comentário:
a) a existência de um fornecedor exclusivo é causa de inexigibilidade de
licitação (art. 25, I) – ERRADA;
b) de acordo com o art. 24, XVII, da Lei 8.666/1993, a licitação será dispensável
“para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira,
necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia
técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal
condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia” –
CORRETA;
c) a contratação de serviço técnico, de natureza singular, com profissional ou
empresa de notória especialização é causa de inexigibilidade – ERRADA;
d) a simples autorização de determinado setor não é condição suficiente para a
dispensa de licitação, pois a dispensabilidade somente ocorrerá nos casos
enquadrados na Lei de Licitações – ERRADA;
e) nos casos de inviabilidade de competição, a licitação é inexigível – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

43. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) O Estado de Pernambuco, atingido


por grave seca durante o verão, pretende contratar entidade privada sem fins
lucrativos para a implementação de tecnologia social de acesso à água para consumo
da população, bem como para a produção de alimentos, de modo a beneficiar as
famílias rurais de baixa renda atingidas pela mencionada seca. Na hipótese narrada,
consoante preceitua os ditames da Lei no 8.666/1993, a licitação é
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a) obrigatória na modalidade pregão.


b) inexigível.
c) obrigatória na modalidade convite.
d) dispensável.
e) obrigatória na modalidade concorrência.
Comentário: de acordo com a Lei de Licitações, a licitação será dispensável “na
contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementação
de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo
humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa
renda atingidas pela seca ou falta regular de água” (art. 24, XXXIII). Assim, no
caso abordado na questão, a licitação será dispensável.

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Não é inexigível porque não se trata de inviabilidade de competição. Também
não é possível adotar o pregão, já que o objeto não se trata de um serviço
comum. Ademais, a despeito de a situação se enquadrar em caso de dispensa,
não podemos dizer que é obrigatória a licitação na modalidade concorrência, já
que não há informações sobre valor do objeto, nem que seria obrigatório o
convite, pois essa modalidade, quando viável, poderia ser substituída pela
tomada de preços e pela concorrência.
Gabarito: alternativa D.

44. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) A empresa XYZ constatou


irregularidade em edital de concorrência, na qual pretende participar, razão pela qual
impugnou os termos do edital, dentro do prazo previsto para tanto, conforme os
ditames da Lei no 8.666/93. O prazo a que se refere o enunciado é de até
a) três dias úteis, posteriores à abertura dos envelopes de habilitação.
b) um dia útil, antecedente à abertura dos envelopes de habilitação.
c) dois dias úteis, antecedentes à abertura dos envelopes de habilitação.
d) cinco dias úteis, posteriores à abertura dos envelopes de habilitação.
e) vinte horas antes da abertura dos envelopes de habilitação.
Comentário: vamos aproveitar para ver um pouco mais do texto da Lei
8.666/1993. A resposta da questão encontra-se no art. 41, vejamos:
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do
edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por
irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5
(cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de
habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em
até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113.
§ 2º Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a
administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder
a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos
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envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a


realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital,
hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso.
§ 3º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de
participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela
pertinente.

Assim, temos duas regras distintas. Para “qualquer cidadão”, o prazo de


impugnação é de cinco dias úteis antes da abertura dos envelopes de
habilitação.
Já para os licitantes, o prazo de impugnação é de dois dias úteis que anteceder
a abertura dos envelopes de habilitação, nas concorrências; ou que anteceder
a abertura com os envelopes das propostas nas demais modalidades.

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Portanto, como se trata de uma concorrência, o prazo para a empresa XYZ
impugnar o edital era de dois dias úteis, antecedentes à abertura dos envelopes
de habilitação (letra D).
Outro dispositivo de importante leitura é o art. 113 da Lei de Licitações:
Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais
instrumentos regidos por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas
competente, na forma da legislação pertinente, ficando os órgãos interessados
da Administração responsáveis pela demonstração da legalidade e
regularidade da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem
prejuízo do sistema de controle interno nela previsto.
§ 1o Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá
representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema
de controle interno contra irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins
do disposto neste artigo.
§ 2o Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de controle
interno poderão solicitar para exame, até o dia útil imediatamente anterior à
data de recebimento das propostas, cópia de edital de licitação já publicado,
obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração interessada à adoção
de medidas corretivas pertinentes que, em função desse exame, lhes forem
determinadas.

Assim, além da impugnação feita à Administração (prevista no art. 41), os


licitantes ou qualquer outra pessoa poderão representar ao Tribunal de Contas
ou ao sistema de controle interno sobre irregularidades na aplicação da Lei de
Licitações (art. 113).
Gabarito: alternativa C.

45. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Nos termos da Lei no 8.666/1993,


existindo na praça mais de três possíveis interessados, a cada nova licitação na
modalidade convite, realizada para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o
convite a, no mínimo, mais um determinado número de interessado(s), enquanto
existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. O número mínimo de
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interessados a que se refere o enunciado é de


a) seis.
b) um.
c) cinco.
d) dois.
e) três.
Comentário: segundo a Lei de Licitações, no convite, existindo na praça mais
de três possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto
idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um
interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas
licitações (art. 22, § 6º). Assim, o gabarito é a letra B.

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Gabarito: alternativa B.

46. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) O Estado de Roraima pretende


contratar serviços de informática, a serem prestados por órgão que integra a
Administração Pública, criado para esse fim específico. Nesse caso e nos termos da
Lei no 8.666/1993, a licitação é
a) obrigatória na modalidade pregão.
b) inexigível.
c) obrigatória na modalidade convite.
d) dispensável.
e) obrigatória na modalidade concorrência.
Comentário: de acordo com o art. 24, XVI, da Lei 8.666/1993, a licitação será
dispensável:
XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de
uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para
prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público
interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública,
criados para esse fim específico;

Portanto, a contratação de serviços de informática, a serem prestados por


órgão que integra a Administração Pública e que foi criado para esse fim
específico, poderá ser feita por dispensa de licitação.
Gabarito: alternativa D.

47. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) Um determinado órgão público


pretende contratar associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos
e de comprovada idoneidade, para a prestação de serviços, desde que o preço
contratado seja compatível com o praticado no mercado. Nesse caso e nos termos
da Lei no 8.666/93, a licitação é
a) inexigível. 01044363878

b) dispensável.
c) obrigatória na modalidade convite.
d) obrigatória na modalidade pregão.
e) obrigatória na modalidade concorrência.
Comentário: de acordo com o art. 24, XX, da Lei 8.666/1993, a licitação será
dispensável: “na contratação de associação de portadores de deficiência física,
sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da
Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-
de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no
mercado”.

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48. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) O Estado de Roraima pretende


realizar procedimento licitatório para a construção de obra pública. Ressalte-se que o
valor da contratação será de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais). Na hipótese
narrada, a modalidade de licitação apropriada é
a) concorrência.
b) convite.
c) tomada de preços.
d) pregão.
e) registro de preços.
Comentário: por se tratar de uma construção de obra pública, já podemos
descartar a alternativa D (pregão), pois essa seria a opção apenas para a
aquisição de bens e serviços comuns.
Também não se pode utilizar o registro de preços para essa situação, pois o
seu uso é destinado à prestação de serviços e à aquisição de bens, refletindo
um registro formal de preços para contratações futuras.
As demais alternativas trabalham com valores. Vejamos os valores para cada
modalidade de licitação:

Obras e Serviços de Engenharia Compras e Demais


Serviços
Concorrência Acima de 1,5 milhão Acima de R$ 650 mil
Tomada de preços Até R$ 1,5 milhão Até R$ 650 mil
Convite Até R$ 150 mil Até R$ 85 mil

Como o valor da contratação será de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais), a


modalidade de licitação apropriada é tomada de preços (até 1,5 milhão). Ao “pé
da letra”, também caberia a concorrência, pois a Lei de Licitações prevê que
“nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de
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preços e, em qualquer caso, a concorrência” (art. 23, § 4º). Porém, nesse tipo
de questão, o avaliador normalmente que saber qual a modalidade “principal”
que seria viável, e no caso seria a tomada de preços.
Gabarito: alternativa C.

49. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) Um determinado Município do Estado


de Roraima, ao concluir procedimento licitatório, deixou, injustificadamente, de atribuir
o objeto da licitação ao vencedor do certame. Nesse caso, houve violação ao princípio
a) do julgamento objetivo.
b) da ampla defesa.

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c) da adjudicação compulsória.
d) da vinculação ao instrumento convocatório.
e) da publicidade.
Comentário: podemos aproveitar essa questão para relembrar os princípios
citados nela. Vamos lá?!
 Julgamento objetivo: decorre do princípio da legalidade, estabelecendo que o
julgamento das propostas há de ser feito de acordo com os critérios fixados
objetivamente no edital;
 Ampla defesa: assegura a oportunidade de defesa e contraditório no caso de
desfazimento do processo licitatório, de aplicação de sanções ou de outra medida
que possa impactar nos interesses dos licitantes;
 Adjudicação compulsória: determina que o objeto da licitação terá que ser
atribuído ao vencedor do certame. Não gera direito subjetivo ao contrato, mas
apenas confirma quem de fato é o vencedor da licitação, com o qual a
Administração firmará o contrato se optar pela contratação. Dessa forma, a
adjudicação é o ato unilateral pelo qual a Administração declara que, se vier a
celebrar o contrato referente ao objeto da licitação, obrigatoriamente o fará com
o licitante vencedor4;
 Vinculação ao instrumento convocatório: segundo o art. 41 da Lei de
Licitações, “a Administração não pode descumprir as normas e condições do
edital, ao qual se acha estritamente vinculada”. Em complemento, o inciso V do
art. 43 estabelece que o: “julgamento e classificação das propostas de acordo
com os critérios de avaliação constantes do edital”. Dessa forma, o edital constitui
a lei interna da licitação, ao qual estão vinculados a entidade licitante e todos os
concorrentes;
 Publicidade: diz respeito não apenas à divulgação do procedimento para
conhecimento de todos os interessados (publicação do edital, divulgação da
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carta-convite), como também aos atos da Administração praticados nas várias


fases do procedimento. Ressalva-se da publicidade o conteúdo das propostas,
até a sua abertura.
Logo, se um determinado Município, ao concluir procedimento licitatório,
deixou, injustificadamente, de atribuir o objeto da licitação ao vencedor do
certame, houve violação ao princípio da adjudicação compulsória (alternativa
C).
Gabarito: alternativa C.

4
Barchet, 2008, p. 427.

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50. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) A União Federal pretende contratar
fornecimento de energia elétrica e gás natural com empresa concessionária de
serviços públicos, segundo as normas da legislação específica. Nesse caso e nos
termos da Lei no 8.666/93, a licitação é
a) obrigatória na modalidade concorrência.
b) obrigatória na modalidade convite.
c) inexigível.
d) obrigatória na modalidade pregão.
e) dispensável.
Comentário: com base no art. 24, XXII, a licitação será dispensável na
contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural
com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da
legislação específica (alternativa E).
Vimos várias questões da FCC nesse estilo e, em quase todas, a resposta era
“dispensável”. Fique atento(a)!
Gabarito: alternativa E.

Pregão

51. (FCC – Analista Judiciário/TRT-14/2016) Nos termos da Lei no 10.520/2002, a


equipe de apoio do pregão deverá ser integrada
a) em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da
Administração, obrigatoriamente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou
entidade promotora do evento.
b) apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração,
pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento.
c) em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da
Administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou
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entidade promotora do evento.


d) apenas por servidores ocupantes de cargo em comissão, obrigatoriamente
pertencentes ao quadro do órgão ou entidade promotora do evento.
e) apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração,
não se exigindo que sejam do quadro do órgão ou entidade promotora do evento.
Comentário: no pregão, a competência decisória é do pregoeiro, que é
encarregado do recebimento das propostas e lances, da análise de sua
aceitabilidade e sua classificação, bem como da habilitação e da adjudicação
do objeto do certame ao licitante vencedor (art. 3º, IV).

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Ademais, o pregoeiro será auxiliado pela equipe de apoio, que deverá ser
integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou
emprego da administração, preferencialmente pertencentes ao quadro
permanente do órgão ou entidade promotora do evento (art. 3º, § 1º). Com isso,
o gabarito é a opção C.
A opção A está errada, pois os servidores devem ser preferencialmente do
quadro permanente e não “obrigatoriamente”. Já as letras B, D e E estão erradas
por exigirem integralmente servidores ocupantes de cargo efetivo (B e E) ou em
comissão (D).
Gabarito: alternativa C.

52. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) O pregão é


modalidade de licitação adequada para ser utilizada pela Administração pública
quando da
a) alienação de bens móveis de valor inferior a R$ 10.000,00.
b) alienação de bens móveis inservíveis.
c) contratação de projeto de engenharia para construção de escola.
d) aquisição de software para desenvolvimento e instalação de processo eletrônico
em determinado ente público.
e) contratação para aquisição de café em pó para unidades administrativas.
Comentário: o pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e
serviços comuns, independentemente do valor estimado da contratação. Bem
ou serviço comum é aquele que pode ser objetivamente definido no edital,
mediante especificações usuais de mercado. O café em pó é um exemplo, uma
vez que poderá ser definido no edital. Logo, o gabarito é a letra E.
As letras A e B estão erradas, pois o pregão não serve para alienações, mas
somente para aquisições.
A letra C está incorreta, uma vez que a elaboração de projetos decorre de
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conteúdo intelectual, de tal forma que não poderá ser definido de forma
objetiva.
A letra D não está “tão” errada. A aquisição de alguns softwares pode ser
definida de forma objetiva no edital. Assim, em alguns casos, até mesmo a
aquisição de software poderia ser objeto de pregão. Contudo, a questão disse
que o software seria adotado para “desenvolvimento e instalação de processo
eletrônico em determinado ente público”, o que poderia ensejar a aplicação de
especificações especiais, intelectuais, não tão objetivas. Assim, é possível que
esse software não seja “tão simples assim”. De qualquer forma, a letra E trata

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de um bem que, certamente, poderá ser definido melhor que o software, de tal
forma que a opção E seja realmente a melhor opção.
Gabarito: alternativa E.

53. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) A instituição


do pregão como modalidade de licitação trouxe agilidade para a Administração
pública, que passou a fazer uso dele com bastante frequência. Essa agilidade do
procedimento se exterioriza, por exemplo,
a) no julgamento dos recursos interpostos pelos licitantes, que é feito no mesmo dia
da sessão única onde ocorre o pregão.
b) pela proposta dos licitantes ser verbal, o que possibilita disputa para redução do
valor e obtenção do menor preço para a Administração, com decisão na mesma
sessão.
c) pela simplificação da fase de habilitação, que fica restrita à garantia da proposta e
da execução do contrato.
d) com a concentração das fases de classificação, habilitação, homologação e
adjudicação, nessa ordem, em uma única sessão.
e) com a possibilidade de reiniciar a sessão no caso do licitante classificado com a
melhor proposta na primeira sessão não ser habilitado.
Comentário: essa questão foi mal elaborada. Não sugiro que ela seja adotada
como uma “referência”, pois contraria frontalmente a legislação. De acordo com
a Lei 10.520/2002, a fase de adjudicação ocorre antes da homologação. Essa é,
inclusive, uma das principais diferenças entre o procedimento constante na Lei
8.666/1993 com a Lei 10.520/2002.
Essa ordem depreende-se do que consta nos incisos XX, XXI e XXII do art. 4º da
Lei 10.520/2002:
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos
interessados e observará as seguintes regras:
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XX - a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a


decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo
pregoeiro ao vencedor;
XXI - decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do
objeto da licitação ao licitante vencedor;
XXII - homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudicatário
será convocado para assinar o contrato no prazo definido em edital;

Assim, após a decisão sobre os recursos, procede-se a adjudicação para


somente depois se realizar a homologação. Ademais, se não houver
manifestação da intenção de recorrer, o próprio pregoeiro realizará a
adjudicação e depois encaminhará o processo à autoridade competente para
que ela homologue.

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Por isso, o gabarito jamais poderia ser a letra D, mas foi!
Além disso, não necessariamente as fases de classificação, habilitação,
homologação e adjudicação ocorrerão em uma única sessão. Se não houver
manifestação imediata e motivada da intenção de recorrer, constante no art. 4º,
XVIII, aí sim tudo ocorrerá em uma única sessão. Porém, se algum licitante
apresentar a intenção de recorrer, ser-lhe-á concedido o prazo de três dias para
apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo
intimados para apresentar contrarrazões em igual número de dias, que
começarão a correr do término do prazo do recorrente. Logo, nesse caso, não
será possível fazer tudo em uma única sessão.
O pregão é mais rápido por várias características, como a fase recursal única
(realizada após a classificação e habilitação), a inversão das fases de
classificação e habilitação e por aí vai. Porém, a FCC complicou a coisa e, no
meu ponto de vista, deu um gabarito totalmente equivocado. Enfim, não adote
essa questão como referência para provas futuras!
Vejamos os comentários das demais alternativas:
a) os recursos não são julgados no mesmo dia, uma vez que quem interpor
recurso tem o prazo de três dias para apresentá-lo, ao passo que os demais
licitantes terão o mesmo prazo, contados do fim do prazo do recorrente, para
apresentar contrarrazões. Assim, não é possível julgar os recursos na mesma
sessão do pregão – ERRADA;
b) o primeiro erro da questão é que as “propostas” no pregão são realizadas
em envelopes ou pelo sistema eletrônico, ou seja, elas não são verbais. Após a
apresentação da proposta inicial é que será possível apresentar os “lances
verbais” (ou eletrônicos). Assim, não devemos confundir “proposta” com os
“lances”. Além disso, a apresentação de lances não é um fator que aumenta a
agilidade. Pelo contrário, nesse caso, os lances verbais constituem uma fase
que não ocorre nas licitações constantes na Lei 8.666/1993 – ERRADA;
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c) a Lei 10.520/2002 expressamente veda a exigência de garantia de proposta


(art. 5º, I) – ERRADA;
e) se o licitante com a melhor proposta for inabilidade, não ocorrerá a reabertura
da sessão. Nesse caso, a Administração convocará o segundo colocado,
conforme dispõe o art. 4º, XVI, da Lei do Pregão, vejamos:
XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências
habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a
qualificação dos licitantes, na ordem de classificação, e assim
sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o
respectivo licitante declarado vencedor;

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Logo, não há reabertura da sessão – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

54. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Considere as afirmativas abaixo


concernentes ao pregão.
I. A Lei Geral de Licitações (Lei no 8.666/1993) não se aplica ao pregão, já que é
regido por lei específica.
II. Os atos essenciais do pregão, quando decorrentes de meios eletrônicos, não
precisam ser documentados no processo respectivo, vez que a sistemática eletrônica
dispensa tal formalidade.
III. A fase externa do pregão será iniciada com a sessão pública para recebimento
das propostas, devendo o interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for
o caso, comprovar a existência dos necessários poderes para formulação de
propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes ao certame.
IV. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos do objeto do pregão,
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

Nos termos da Lei no 10.520/2002, está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) II, III e IV.
c) IV.
d) I, II e III.
e) III e IV.
Comentário:
I – no pregão, a Lei 8.666/1993 é aplicável também, mas de forma subsidiária,
ou seja, nos casos não abordados na Lei 10.520/2002 – ERRADO;
II – segundo o art. 9º da Lei 10.520/2002, os atos essenciais do pregão, inclusive
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os decorrentes de meios eletrônicos, serão documentados no processo


respectivo, com vistas à aferição de sua regularidade pelos agentes de controle
– ERRADO;
III – a fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados.
Portanto, a fase externa começa antes da sessão pública, ou seja, começa com
a convocação dos interessados, que deverá ocorrer com pelo menos oito dias
úteis de antecedência em relação à sessão de apresentação das propostas (art.
4º, caput e incs. I e V) – ERRADO;
IV – o art. 1º, parágrafo único, a Lei 10.520/2002 define bens e serviços comuns
como “aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser

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objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no
mercado” – CORRETO.
Assim, apenas o item IV está correto.
Gabarito: alternativa C.

55. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) A empresa ABC, vencedora de


importante pregão, fraudou na execução do contrato administrativo. Nos termos da
Lei no 10.520/2002, referida empresa, sem prejuízo de outras sanções, ficará
impedida de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios
pelo prazo de até
a) sete anos.
b) dez anos.
c) cinco anos.
d) seis anos.
e) oito anos.
Comentário: vejamos a redação do art. 7º da Lei 10.520/2002:
Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não
celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa
exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto,
não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato,
comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de
licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e,
será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de
fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de
até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no
contrato e das demais cominações legais.

Assim, a empresa que cometer fraude na execução do contrato poderá sofrer a


sanção de impedimento de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito
Federal ou Municípios pelo prazo de cinco anos, sem prejuízo das multas
previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.
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Gabarito: alternativa C.

Controle da Administração

56. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São finalidades


do controle interno da Administração pública, EXCETO:
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

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c) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado.
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
e) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu
recebimento.
Comentário: as competências do controle interno constam no art. 74 da
Constituição Federal:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

A letra E, que é o gabarito, trata de uma competência do Tribunal de Contas da


União (controle externo), prevista no art. 71, I, da Constituição Federal.
Gabarito: alternativa E.

57. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) O Poder Judiciário


exerce o controle
a) interno da Administração pública, podendo controlar tanto o mérito do ato
administrativo, quanto a sua forma.
b) externo da Administração pública, podendo decidir sobre o mérito do
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ato
administrativo, mas não sobre sua legalidade.
c) administrativo da Administração pública, podendo controlar tanto o mérito do ato
administrativo, quanto a sua forma.
d) externo da Administração pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato
administrativo, mas não sobre o seu mérito.
e) interno da Administração pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato
administrativo, mas não sobre o seu mérito.
Comentário: denomina-se controle externo o controle realizado por um poder
sobre os atos de outro. Assim, quando o Judiciário exerce o controle de
legalidade dos atos da Administração Pública, está exercendo controle externo.
Ademais, lembra-se que o controle judicial recai apenas sobre a legalidade,

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motivo pelo qual o Judiciário apenas poderá anular os atos viciados da
Administração. Por outro lado, o controle judicial não pode analisar questões
de conveniência e oportunidade (mérito) do ato. Por isso, o gabarito é a letra D.
Gabarito: alternativa D.

Responsabilidade civil do Estado

58. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) Maria, cidadã brasileira,


estava andando na calçada quando foi atropelada por um ônibus da concessionária
X. Diante disso, é correto afirmar que o Estado responde pelo dano causado à Maria
de forma
a) subjetiva, na medida da culpabilidade de Maria.
b) acessória, uma vez que se trata de pessoa jurídica de direito privado.
c) objetiva, sendo assegurado o direito de regresso contra o responsável pelos danos.
d) objetiva, mas apenas acessória, uma vez que quem praticou o ato foi a
concessionária.
e) subjetiva, sendo assegurado o direito de regresso contra o responsável pelos
danos.
Comentário: deve-se anotar que o conceito de “Estado”, na questão, foi
ampliado para o que se estuda quando tratamos da responsabilidade civil do
Estado, envolvendo as pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos. Portanto, quem responderá, nesse
caso, é a própria concessionária, mas que foi chamada de “Estado” para fins
de responsabilidade civil.
Com efeito, sabe-se que a responsabilidade civil do Estado, por atos
comissivos, é objetiva, assegurando-se, nos termos do art. 37, § 6º, da
Constituição Federal, o direito de regresso contra os agentes causadores do
dano, desde que estes tenham atuado com dolo ou culpa.
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Agora, vamos analisar as opções:


a) a responsabilidade é objetiva e, além disso, não há que se falar em
culpabilidade de Maria, uma vez que ela foi a vítima do dano – ERRADA;
b) a responsabilidade acessória é aquela que surge em contratos quando há
uma obrigação principal e uma segunda decorrente desta. Assim, não há que
se falar em responsabilidade acessória quando estamos tratando de
responsabilidade civil do Estado, pois estamos tratando de responsabilidade
extracontratual – ERRADA;
c) exato! A responsabilidade é objetiva, sendo assegurado o direito de regresso
contra o agente causador. A questão só não especificou que o direito de

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regresso somente surge quando houver dolo ou culpa do agente. Mesmo assim,
é a melhor alternativa entre as disponíveis – CORRETA;
d) é justamente a concessionária quem responderá pelo dano, que está atuando
representando o Estado no caso – ERRADA;
e) a responsabilidade é objetiva, uma vez que se trata de ato comissivo –
ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

59. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) A


responsabilização do Estado, nos casos de morte de detento, causada por terceiro,
durante rebelião, dá-se sob a modalidade
a) subjetiva, cabendo ao autor demonstrar a culpa do agente público que deu causa
ou deixou acontecer o falecimento, demandando-o em litisconsórcio com o poder
público.
b) objetiva, pois fica demonstrado o nexo de causalidade entre o dever legal do Estado
preservar a incolumidade física do detento e o falecimento ocorrido.
c) subjetiva, presumindo-se a culpa do agente público para formação do nexo de
causalidade entre a atuação do Estado e o evento danoso, evitável ou inevitável.
d) da teoria do risco integral, admitidas as excludentes de responsabilidade para os
casos em que demonstrado que não fora possível agir para evitar o evento danoso.
e) objetiva, quando o falecimento é causado comissivamente por agente público e
sob a modalidade subjetiva em relação ao agente que deve ser demandado em
litisconsórcio, em razão do dolo.
Comentário: a responsabilidade civil do Estado por atos comissivos (ações) é
do tipo objetiva, ao passo que a responsabilidade civil por omissão, em regra,
é do tipo subjetiva.
Ocorre que, em determinadas situações, o Estado tem um dever específico de
cuidado de determinadas pessoas que estão sob sua guarda. Esse tipo de
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situação é chamado de “Estado como garante”, uma vez que o Estado tem um
dever de garantia das pessoas sob sua guarda. Essa situação ocorre,
especialmente, em relação a detentos ou escolares.
Tratando-se de detento, o STF entende que há um dever geral de cuidado do
Estado. Assim, mesmo que ocorra suicídio do detento ou morte por culpa de
terceiros, o Estado será considerado responsável. No julgamento do RE
841.526, com repercussão geral, o STF firmou a tese que “em caso de
inobservância de seu dever específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso
XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte de detento”.
Complementando, em seu voto, o Ministro Relator, Luiz Fux, asseverou que “até

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mesmo em casos de suicídio de presos ocorre a responsabilidade civil do
Estado”.
Logo, mesmo que a morte tenha ocorrido em meio a uma rebelião, causada por
terceiro, haverá o nexo de causalidade entre o dever de cuidado do Estado e a
morte do detento. Assim, o gabarito é a letra B.
As letras A e C estão incorretas, pois a responsabilidade é objetiva. O erro na
letra D é que não se aplica a teoria do risco integral. Por essa teoria, o Estado é
responsável em qualquer caso, não se admitindo qualquer excludente de
responsabilidade.
Por fim, o erro na letra E é que não é preciso comprovar que o falecimento
decorreu de conduta de agente público.
Gabarito: alternativa B.

60. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) João, Prefeito Municipal, dispensou


procedimento licitatório e contratou diretamente a empresa MM para a prestação de
serviço público de fornecimento de merenda escolar, sendo devidamente justificada
a situação emergencial da contratação. Comprovou-se, posteriormente, que houve
superfaturamento no mencionado contrato administrativo. Nos termos da Lei no
8.666/93, nos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem pelo
dano causado à Fazenda Pública o prestador de serviço e o agente público
responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. A responsabilidade da
empresa MM e de João é
a) objetiva negativa.
b) subsidiária.
c) disjuntiva.
d) solidária.
e) excludente.
Comentário: de acordo com o art. 25, § 2º, da Lei 8.666/1993, nas hipóteses de
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inexigibilidade e em qualquer caso de dispensa de licitação, se comprovado


superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda
Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público
responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.
Logo, a responsabilidade pelo dano é solidária, o que significa que ambos serão
responsáveis pelo dano até que o montante devido seja integralmente pago.
Explicando: imagine que seja causado um dano de R$ 10 mil e sejam
considerados responsáveis um agente público e um fornecedor. O dano não
será imediatamente dividido, ou seja, o agente não ficará devendo R$ 5mil e o
fornecedor outros R$ 5 mil. Os dois ficarão devendo em conjunto os R$ 10 mil.
Logo, o simples fato de uma das partes pagar R$ 5 mil não a livrará do débito

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total, pois ainda existirá a dívida de R$ 5 mil, que terá que ser paga por um dos
dois (ou pelos dois em conjunto). Se o fornecedor pagar os R$ 10 mil sozinho,
somente poderá reclamar a “parte do servidor” em ação específica, ou seja, terá
que mover uma ação para cobrar do agente público a sua “parte”.
A responsabilidade subsidiária é aquela que ocorre quando uma pessoa é
responsável por um dano, sendo que a outra somente responderá no caso de
incapacidade da primeira de quitar o débito. Por exemplo: a União responde
subsidiariamente pelos débitos de uma empresa pública federal prestadora de
serviço público que for insolvente, ou seja, apenas se a empresa pública não
for capaz de quitar o débito é que a União poderá arcar com o pagamento.
As demais alternativas tratam de temas não vistos na doutrina ou pouco
abordados, com pouca ou nenhuma relevância para a nossa disciplina. Vou
apresentar um breve comentário, apenas para que você tenha ciência, mas não
se preocupe, no direito administrativo, com esses conceitos.
A responsabilidade disjuntiva não costuma ser abordada em direito
administrativo, já que é uma matéria do direito civil. Essa forma ocorre quando
existirem vários devedores que se obrigam de forma alternativa no pagamento
da dívida, ou seja, o credor poderá “escolher” de quem ele vai cobrar toda a
dívida, exonerando os demais da responsabilidade.
Também não é comum se adotar a expressão “responsabilidade excludente”,
mas ela corresponderia à responsabilidade disjuntiva, ou seja, quando a
escolha de um devedor exoneraria os demais da responsabilidade.
Por fim, não existe “responsabilidade objetiva negativa”.
Gabarito: alternativa D.

Agentes públicos
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61. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Uma


empresa pública pretende ampliar seu quadro de servidores em razão de ter
celebrado, recentemente, um novo contrato para prestação dos serviços públicos que
são seu escopo institucional. Considerando que essa empresa foi contratada por
dispensa de licitação por um ente público para a prestação desses serviços,
a) a contratação de seus servidores também poderá ser feita com dispensa de
licitação, de forma que não será necessária a realização de concurso.
b) será necessária a realização de concurso público de provas e títulos, mas o regime
jurídico a que estarão sujeitos seus servidores não se altera, pois é definido pelos
administradores da mesma, mediante aprovação do Conselho de Administração.

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c) a contratação de seus servidores ainda dependerá da realização de concurso
público, independentemente do regime jurídico que vierem a se submeter, celetistas
ou estatutários, na forma da lei.
d) os servidores que vierem a ser contratados se submeterão ao regime celetista e a
prévio concurso público, tendo em vista que a atividade desenvolvida pela empresa
não interfere nesse vínculo, podendo ser dispensados posteriormente por decisão
motivada.
e) pode haver contratação de servidores vinculados ao contrato de prestação de
serviços em execução, remunerados diretamente pelas receitas oriundas desse
instrumento, não gerando vínculo funcional com a empresa estatal.
Comentário: a Constituição Federal determina que a investidura em cargo ou
emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração (CF, art. 37, II).
Portanto, tanto para ingresso em cargos públicos quanto nos empregos
públicos será necessária a prévia aprovação em concurso público.
Entretanto, os empregados públicos não possuem a garantia da estabilidade,
uma vez que se submetem ao regime celetista, na forma de contrato. Logo,
poderão ser dispensados, com ou sem justa causa.
Porém, segundo o STF, em atenção aos princípios da impessoalidade e
isonomia, que regem a admissão por concurso público, a dispensa do
empregado de empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam
serviços públicos deve ser motivada, assegurando-se, assim, que tais
princípios, observados no momento daquela admissão, sejam também
respeitados por ocasião da dispensa.
Dessa forma, a motivação do ato de dispensa tem por objetivo resguardar o
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empregado de uma possível quebra do princípio da impessoalidade por parte


do agente estatal investido do poder de demitir (RE 589.998-PI).
No caso, por se tratar de uma empresa pública prestadora de serviços públicos,
a contratação dos empregados dependerá de concurso público, porém os
contratados poderão ser, futuramente, dispensados, desde que de forma
motivada (letra D).
Vejamos, rapidamente, o erro nas outras alternativas:
a) não há licitação, nem mesmo dispensa, no caso. O que deveria ocorrer era a
realização de concurso público – ERRADA;

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b) o regime jurídico dos empregados não é definido pelo Conselho de
Administração, pois se trata de regime celetista, na forma do contrato de
trabalho – ERRADA;
c) os empregados públicos não se submetem ao regime estatutário – ERRADA;
e) a Constituição Federal não admite esse tipo de contratação, observando
ainda que os empregados públicos estarão vinculados à respectiva estatal –
ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

62. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) O


denominado Regime Próprio de Previdência Social, a que se refere o artigo 40 da
Constituição Federal, abrange os servidores
a) titulares de cargos de provimento efetivo de todos os entes da federação, incluídas
suas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedade de economia mista.
b) titulares de cargo em comissão de todos os entes da federação, incluídas suas
autarquias e fundações e excluídas as empresas públicas e sociedade de economia
mista.
c) titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, excluídas suas autarquias e fundações.
d) ocupantes, exclusivamente, de cargos em comissão, os servidores temporários e
os empregados públicos, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,
incluídas suas autarquias e fundações.
e) titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, incluídas suas autarquias e fundações.
Comentário: o regime próprio de previdência social aplica-se aos servidores
titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, incluídas suas autarquias e fundações, conforme dispõe o art. 40,
caput, da Constituição da República. Logo, o nosso gabarito é a letra E.
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Os empregados públicos, os ocupantes exclusivamente de cargo em comissão


e os servidores temporários não se submetem ao regime próprio, mas apenas
ao regime geral de previdência social. Por esse motivo que as opções A, B e D
estão incorretas. Por fim, a opção C está errada, pois excluiu os servidores das
autarquias e das fundações.
Gabarito: alternativa E.

63. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Conforme


estabelece a Constituição Federal, a avaliação especial de desempenho é condição
necessária para que

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a) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo ou emprego público
adquiram estabilidade, sendo o primeiro após três anos de efetivo exercício e o
segundo após dois anos de exercício, continuados ou não.
b) os titulares de cargo em comissão adquiram estabilidade, após cinco anos de
exercício efetivo e ininterrupto.
c) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso
público, adquiram estabilidade, após três anos de efetivo exercício.
d) os servidores temporários, desde que concursados, adquiram estabilidade, após
dez anos de efetivo exercício, que pode ser interrompido apenas e tão somente nas
hipóteses de afastamento decorrentes de doença laboral.
e) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso
público ou não, adquiram estabilidade, após dois anos de efetivo exercício.
Comentário: segundo a Constituição Federal, são estáveis após três anos de
efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público. Porém, a Emenda Constitucional 19/1998 incluiu
como condição obrigatória para a aquisição da estabilidade a avaliação especial
de desempenho por comissão instituída para essa finalidade (CF, art. 41, § 4º).
Portanto, a avaliação especial de desempenho é condição necessária para que
o servidor ocupante de cargo efetivo adquira a sua estabilidade.
Vamos aproveitar a questão, então, para revermos os requisitos para a
aquisição da estabilidade:
 o cargo ser de provimento efetivo, o que significa que houve prévia
aprovação em concurso público;
 três anos de efetivo exercício; e
 aprovação em avaliação especial de desempenho.
Logo, o nosso gabarito está na letra C.
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Vejamos as outras alternativas:


a) os ocupantes de emprego público não adquirem estabilidade – ERRADA;
b) a estabilidade é prerrogativa dos servidores ocupantes de cargo efetivo. Os
servidores que ocupam exclusivamente cargo em comissão não adquirem a
estabilidade – ERRADA;
d) os servidores temporários também não possuem estabilidade. Além disso, a
“escolha” dos temporários não ocorre mediante concurso público, mas sim por
meio de “processo seletivo simplificado”, que poderá ainda ser dispensado em
caso de urgência na contratação – ERRADA;

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e) para ocupar cargo efetivo, é obrigatória a aprovação em concurso público.
Assim, o “ou não” torna a alternativa errada. Além disso, o prazo é de três anos
– ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

64. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Municipal/Prefeitura de Teresina-PI/2016)


Empresa pública municipal dependente, sujeita a regime de direito privado, pretende
contratar novos empregados, para ocuparem postos que não sejam em comissão.
Para tanto, é lícito que adote como providência contratar novos empregados,
a) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior ao
subsídio mensal do Prefeito.
b) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior ao subsídio
mensal do Prefeito.
c) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior ao
subsídio mensal do Prefeito.
d) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior
ao subsídio mensal do Prefeito, exceto se a empresa em questão for uma exploradora
de atividade econômica de comercialização de bens e serviços.
e) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior
ao subsídio mensal do Prefeito.
Comentário: primeiramente, devemos lembrar que o provimento nos empregos
públicos também depende de aprovação em concurso público. Agora, o outro
ponto da questão trata da aplicação do teto constitucional remuneratório.
Nessa linha, vejamos o que estabelece o art. 37, XI, da Constituição Federal:
Art. 37. [...] XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos
demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
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remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens


pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-
se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder
Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos;

Assim, o teto remuneratório aplica-se, em regra, aos agentes públicos da


Administração direta, autárquica e fundacional. Portanto, a princípio, o teto

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remuneratório, no âmbito da Administração indireta, alcançaria tão somente as
autarquias e as fundações públicas.
Contudo, o art. 37, § 9º, da Constituição Federal estende o teto remuneratório
para as empresas públicas e as sociedades de economia mista, e suas
subsidiárias, que receberem recursos para pagamento de despesas de pessoal
ou de custeio em geral.
Além disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal define empresa estatal
dependente como a empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio
em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de
aumento de participação acionária (art. 2º, II).
Portanto, as empresas estatais dependentes se submetem ao teto
remuneratório.
Além disso, nos municípios, o teto remuneratório é o subsídio do prefeito
municipal.
Em resumo, a contratação dos empregados públicos para a empresa pública
municipal dependente se submeterá à prévia realização de concurso público e
os contratados não poderão receber remuneração mensal superior ao subsídio
mensal do prefeito (letra E).
As letras B e C estão incorretas, pois excluíram a realização de concurso
público. A letra A está errada, pois remuneração não poderá superar o subsídio
do prefeito. Por fim, a letra D está errada porque não existe essa exceção para
o fato de a empresa explorar atividade econômica, uma vez que o que define a
aplicação do teto não é a atividade realizada, mas sim a condição de empresa
dependente ou não.
Gabarito: alternativa E.
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65. (FCC – Juiz do Trabalho Substituto/TRT-1/2016) A Constituição Federal


assegura, em seu art. 39, §3º, entre outros, aos servidores ocupantes de cargos
públicos os seguintes direitos também previstos em seu art. 7º:
I. adicional para as atividades insalubres.
II. irredutibilidade de salário.
III. repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
IV. licença-paternidade.

Está correto o que consta APENAS em


a) II e IV.
b) I, II e IV.

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c) I, II e III.
d) I e III.
e) III e IV.
Comentário: o art. 39, § 3º, da Constituição Federal estende aos servidores
ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI,
XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Agora, vejamos quais são esses direitos:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender
a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa
renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
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XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos


específicos, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério
de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Dessa forma, apenas os itens III e IV constituem direitos trabalhistas que são
estendidos aos servidores públicos por meio de determinação do art. 39, § 3º,
da Constituição Federal. Por isso, o gabarito é a letra E.

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Isso não significa que os servidores públicos não poderão gozar dos outros
direitos, mas apenas que eles não estão previstos no art. 7º, combinado com o
art. 39, § 3º, da Constituição.
Por exemplo: a irredutibilidade de salários também é aplicável aos servidores,
mas o fundamento consta no art. 37, XV, da Constituição Federal.
Gabarito: alternativa E.

Show! Finalizamos nosso curso. Espero que tenham gostado.

Sucesso na prova e bons estudos.

HERBERT ALMEIDA.

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) Sobre os princípios da


Administração pública é exemplo de infração ao princípio da:
I. legalidade, atuação administrativa conforme o Direito.
II. moralidade, desapropriar imóvel pelo fato de a autoridade pública pretende
prejudicar um inimigo.
III. publicidade, se negar a publicar as contas de um Município.
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IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu gabinete.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
2. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São princípios da
Administração pública expressos na Constituição brasileira:

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a) moralidade e eficiência.
b) legalidade e proporcionalidade.
c) eficiência e razoabilidade.
d) motivação e publicidade.
e) moralidade e proporcionalidade.
3. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-23/2016) O Supremo Tribunal Federal, em
importante julgamento, considerou legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico
mantido pela Administração pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos
correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias, não havendo qualquer
ofensa à Constituição Federal, bem como à privacidade, intimidade e segurança dos
servidores. Pelo contrário, trata-se de observância a um dos princípios básicos que
regem a atuação administrativa, qual seja, o princípio específico da
a) proporcionalidade.
b) eficiência.
c) presunção de legitimidade.
d) discricionariedade.
e) publicidade.
4. (FCC – Juiz do Trabalho Substituto/TRT-1/2016) São princípios previstos na
Constituição Federal e que devem ser obedecidos pela Administração Pública Direta
e Indireta de qualquer dos poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios:
I. Pessoalidade
II. Legalidade
III. Formalidade
IV. Eficiência

Está correto o que consta em


a) II e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e IV, apenas.
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d) II e III, apenas.
e) I e III, apenas.
5. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) A Administração Pública Federal,
enquanto não concluído e homologado determinado concurso público para Auditor
Fiscal da Receita Federal, alterou as condições do certame constantes do respectivo
edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie. E, assim ocorreu, porque
antes do provimento do cargo, o candidato tem mera expectativa de direito à
nomeação. Trata-se de aplicação do Princípio da
a) Eficiência.
b) Publicidade.

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c) Legalidade.
d) Motivação.
e) Supremacia do interesse privado.
6. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) O controle sobre os órgãos da
Administração Direta é um controle interno e decorre do poder de
a) tutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais, apenas.
b) tutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais,
inoportunos ou inconvenientes.
c) autotutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais ou
inoportunos, apenas.
d) autotutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais,
inoportunos ou inconvenientes.
e) autotutela e tutela, sendo possível a análise legal e de mérito dos atos.
7. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) O Supremo Tribunal Federal, em
importante julgamento ocorrido no ano de 2011, julgou inconstitucional lei que vedava
a realização de processo seletivo para o recrutamento de estagiários por órgãos e
entidades do Poder Público do Distrito Federal. O aludido julgamento consolidou fiel
observância, dentre outros, ao princípio da
a) segurança jurídica.
b) publicidade.
c) presunção de legitimidade.
d) motivação.
e) impessoalidade.
8. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) O Supremo Tribunal Federal, ao
julgar ação direta de inconstitucionalidade, concedeu medida cautelar para suspender
a eficácia de lei estadual de incentivo a pilotos de automobilismo sob o fundamento
de que a citada lei singulariza de tal modo os beneficiários que apenas uma única
pessoa se beneficiaria com mais de 75% dos valores destinados ao programa de
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incentivo fiscal, o que afronta, em tese, um dos princípios básicos da Administração


pública. Trata-se do princípio da
a) eficácia.
b) publicidade.
c) legalidade.
d) supremacia do interesse privado.
e) impessoalidade.
9. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São conceitos de
centralização, descentralização e desconcentração da atividade administrativa do
Estado, respectivamente:

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a) a sua não distribuição interna no âmbito de um mesmo órgão; a sua distribuição
interna no âmbito de um mesmo órgão; a sua distribuição a outras entidades
administrativas.
b) a sua reunião no âmbito do ente político competente; a sua distribuição a outras
entidades administrativas; a sua distribuição interna no âmbito de um mesmo órgão.
c) a sua reunião no ente político competente; a redistribuição aos demais entes
políticos; a sua distribuição interna no âmbito de um mesmo ente político.
d) a sua reunião no âmbito do ente político competente; a sua distribuição a outras
entidades administrativas, integrantes do mesmo ente político; a sua distribuição
interna no âmbito de um mesmo ente político.
e) a sua reunião no âmbito do ente político competente; a sua distribuição a outras
entidades administrativas; a sua distribuição a outros entes políticos.
10. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) As autarquias
devem ser criadas por
a) lei e com personalidade jurídica de direito público.
b) decreto pelo Ministério ou Secretaria ao qual estejam vinculadas e podem ter
personalidade jurídica de direito privado ou de direito público.
c) decreto quando tiverem personalidade jurídica de direito privado; e lei quando
tiverem personalidade jurídica de direito público.
d) lei e sua personalidade jurídica pode ser definida via decreto.
e) lei e podem atuar no mercado financeiro, uma vez que podem ter personalidade
jurídica de direito privado.
11. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São exemplos de
empresa pública e sociedade de economia mista, respectivamente:
a) Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal.
b) Agência Nacional de Energia Elétrica e Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos.
c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Caixa Econômica Federal.
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d) Companhia Nacional de Abastecimento e Banco do Brasil S.A.


e) Banco do Brasil S.A. e Companhia Nacional de Abastecimento.
12. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São exemplos de
órgãos da Administração pública direta:
I. Partidos Políticos e Congresso Nacional.
II. Secretaria Estadual de Finanças e Secretaria Municipal de Planejamento.
III. Secretaria Estadual de Finanças e Partidos Políticos.
IV. Secretaria Municipal de Planejamento e Ministério do Turismo.
V. União e Instituto Nacional de Seguridade Social.

Está correto o que consta APENAS em

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a) I e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) IV e V.
e) I e V.
13. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São exemplos de
autarquias:
a) Banco do Brasil S.A. e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.
b) Caixa Econômica Federal e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
c) Petróleo Brasileiro S.A. e Instituto Nacional de Seguridade Social.
d) Casa da Moeda do Brasil e Serviço Federal de Processamento de Dados.
e) Instituto Nacional de Seguridade Social e Instituto de Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional.
14. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Pessoa
jurídica de direito privado, constituída sob a forma da legislação brasileira, com parte
do capital pertencente a entes públicos, na condição de detentores do controle,
prestadora de serviço público, sujeita a regime licitatório para contratação das
atividades meio, descreve uma
a) sociedade de economia mista.
b) autarquia.
c) fundação.
d) empresa pública.
e) autarquia especial.
15. (FCC – Analista Judiciário/TRT-23/2016) Determinada autarquia do Estado do
Mato Grosso foi condenada a pagar indenização a um de seus servidores. Após a
condenação, utilizou-se do prazo em quádruplo para recorrer, e, na fase de execução
da condenação, alegou a impossibilidade de arcar com a indenização por não ter
patrimônio próprio. A propósito dos fatos,
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a) incorreto o prazo recursal, que é em dobro para recorrer, bem como o fundamento
do patrimônio, pois a autarquia tem patrimônio próprio.
b) correto tanto o prazo recursal, como o argumento relativo ao patrimônio.
c) correto o prazo recursal, mas incorreto o fundamento do patrimônio, pois a
autarquia tem patrimônio próprio.
d) incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é prazo simples, mas correto o
fundamento do patrimônio.
e) incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é em dobro, mas correto o fundamento
do patrimônio.
16. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Os órgãos públicos consultivos

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a) são exemplos típicos de órgãos onde se exclui totalmente a interferência de órgãos
superiores.
b) estão excluídos da hierarquia administrativa para fins disciplinares.
c) admitem a avocação de atribuições, porém não a delegação de atribuições.
d) admitem a delegação de atribuições, porém não a avocação de atribuições.
e) fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções.
17. (FCC – Analista Judiciário/TRT-14/2016) Sobre o ato administrativo, considere:
I. O ato administrativo nulo não comporta revogação.
II. O ato administrativo com vício de competência poderá, em determinadas hipóteses,
ser convalidado.
III. Em regra, a anulação do ato administrativo ocorre com efeito ex nunc.
IV. A anulação do ato administrativo, quando feita pela Administração pública,
independe de provocação do interessado.

Está correto o que se afirma em


a) I, II e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e IV, apenas.
d) III, apenas.
e) II, apenas.
18. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-14/2016) Sobre atos administrativos, considere:
I. Os atos administrativos vinculados comportam anulação e revogação.
II. Em regra, os atos administrativos que integram um procedimento podem ser
revogados.
III. A competência para revogar é intransferível, salvo por força de lei.

Está correto o que se afirma em


a) III, apenas. 01044363878

b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II, apenas.
19. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Nas
palavras de José dos Santos Carvalho Filho, quando o “agente que elege a situação
fática geradora da vontade, permitindo, assim, maior liberdade de atuação, embora
sem afastamento dos princípios administrativos”, está se referindo ao poder
discricionário dos agentes públicos, que demanda a

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a) previsão legal das opções postas ao administrador, bem como possibilita
revogação pela própria Administração ou pelo Judiciário, preservado o mérito do ato
administrativo.
b) existência de opções juridicamente válidas para que o administrador possa exercer
seu juízo de conveniência e oportunidade, o que não afasta a possibilidade de
controle dessa atuação, tanto pela Administração, quanto pelo Judiciário e pelo
Tribunal de Contas.
c) revisão dos atos discricionários pela própria Administração ou pelo Poder
Judiciário, não retroagindo efeitos seja no caso da anulação ou da revogação, em
razão da presunção de veracidade que reveste os atos administrativos.
d) possibilidade de anulação de atos discricionários somente pela própria
administração ou pelo Tribunal de Contas, nos casos de atos administrativos.
e) análise pelo Poder Judiciário de todos os aspectos dos atos discricionários,
anulando-os ou revogando-os diante do controle de políticas públicas realizado por
esse Poder.
20. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Os atos
administrativos são dotados de atributos que lhes conferem distinções em relação aos
atos praticados na esfera privada, daqueles podendo decorrer efeitos com maior
alcance e projeção, como no caso da
a) presunção de veracidade, em razão da qual presumem-se verdadeiras as
alegações de fato e de direito, administrativas e judiciais, feitas pela Administração
pública em todos os documentos e instrumentos por ela firmados.
b) presunção de eficácia, em razão da qual todos os atos administrativos editados
podem possuir eficácia estendida a terceiros, mediante requerimento administrativo.
c) presunção de veracidade, pela qual se presumem verdadeiras as afirmações de
fato feitas pela Administração pública, por exemplo, em documentos administrativos
por ela firmados.
d) presunção de legitimidade, que atesta a legalidade da atuação da Administração
pública, o que possibilita a extensão erga omnes de seus efeitos.
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e) autoexecutoriedade que permite a atuação da administração independentemente


de previsão legal e de autorização do judiciário para coibir, por meios indiretos,
situação que viole a legislação.
21. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-23/2016) Considere:
I. A revogação é sempre discricionária.
II. O ato vinculado, em regra, pode ser revogado.
III. O ato discricionário não comporta anulação.
IV. Na revogação, extingue-se ato válido.

Está correto o que consta APENAS em

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a) IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) I, II e IV.
22. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Municipal/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
Agente público competente, no exercício de fiscalização, constata que determinada
licença municipal de funcionamento de estabelecimento comercial foi recém-expedida
mediante grave insuficiência de comprovação documental, pelo interessado, de
atendimento aos requisitos legais. Diante de tal constatação, providência a ser
adotada pelo agente público consiste em
a) revogar o ato administrativo de licença municipal de funcionamento, por estar sua
expedição em desconformidade com os requisitos legais.
b) anular, de imediato, o ato administrativo de licença municipal de funcionamento,
por estar sua expedição em desconformidade com os requisitos legais, notificando-
se o interessado para, querendo, apresentar recurso administrativo, na forma da lei.
c) reputar válido o ato administrativo de licença municipal de funcionamento, porque
opera em favor de sua validade a presunção de legitimidade dos atos da
Administração pública, independentemente de vício no seu processo de produção.
d) lavrar autuação circunstanciada do fato constatado, dando-se ciência ao
interessado acerca da pretensão municipal de anulá-lo e oferecendo-lhe a
oportunidade de, querendo, apresentar os esclarecimentos que julgar necessários,
inclusive em defesa da validade da licença supostamente eivada de nulidade.
e) anular, de imediato, o ato administrativo de licença municipal de funcionamento,
aplicando-se, no exercício do poder de polícia, as penalidades cabíveis ao
interessado e a eventuais outros agentes eventualmente responsáveis pela infração
à lei.
23. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Paola, servidora pública estadual,
praticou ato administrativo com vício em seu motivo (indicação de motivo falso).
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Carlos, particular interessado no aludido ato, ao constatar o vício, requereu a


aplicação da teoria dos motivos determinantes, sendo seu pleito prontamente
acolhido pela Administração pública. Nesse caso, o ato administrativo praticado por
Paola
a) será nulo.
b) poderá ser convalidado pelo mesmo ato administrativo.
c) será válido, desde que corrigido integralmente o vício.
d) poderá ser convalidado por outro ato administrativo.
e) será válido, independentemente do vício narrado, haja vista o direito adquirido e o
ato jurídico perfeito.

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24. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Henrique, servidor público e chefe de
determinada repartição pública, publicou portaria na qual foram expedidas
determinações especiais a seus subordinados. No que concerne à classificação dos
atos administrativos, a portaria constitui ato administrativo
a) punitivo.
b) normativo.
c) enunciativo.
d) ordinatório.
e) negocial.
25. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) Considere os seguintes atos
administrativos:
I. Ato administrativo discricionário.
II. Ato Administrativo vinculado.
III. Ato administrativo com vício de forma.
IV. O mero ato administrativo, como, por exemplo, a certidão.

Pode ser objeto de anulação, quando eivado de vício de legalidade, o descrito em:
a) I, II, III e IV.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, apenas.
e) III, apenas.
26. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) Considere duas situações hipotéticas:
O Prefeito de Boa Vista praticou ato administrativo de competência exclusiva da
Presidente da República. Josefina, servidora pública, demitiu o também servidor
público José por ser seu desafeto, inexistindo qualquer falta grave que justificasse a
punição. A propósito da validade dos atos administrativos narrados,
a) apenas o segundo ato é nulo. 01044363878

b) ambos os atos são nulos, existindo, no primeiro, vício de competência e, no


segundo, vício relativo à finalidade.
c) ambos os atos são válidos.
d) apenas o primeiro ato é nulo.
e) ambos os atos são nulos, existindo, no primeiro, vício de competência e, no
segundo, vício de objeto.
27. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) Jonas, servidor público, revogou ato
administrativo que já havia exaurido seus efeitos. No mesmo dia, anulou ato
administrativo que, embora válido, era inoportuno ao interesse público. Sobre o tema,
a) incorretas ambas as condutas, haja vista a inexistência dos requisitos legais para
a adoção dos citados institutos.

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b) corretas a revogação e a anulação.
c) correta apenas a anulação.
d) correta apenas a revogação.
e) incorretas as condutas, pois não é válido na mesma data utilizar-se de ambos os
institutos.
28. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) O poder de
polícia caracteriza-se como atividade da Administração pública que impõe limites ao
exercício de direitos e liberdades, tendo em vista finalidades de interesse público.
Considere os atos ou contratos administrativos a seguir:
I. concessão de serviços públicos.
II. autorização para vendas de material de fogos de artifícios.
III. permissão de serviços públicos.
IV. concessão de licença ambiental para construção.

Caracterizam-se como manifestação do poder de polícia APENAS os constantes em


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) I e III.
29. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) O processo
disciplinar é derivado dos poderes:
a) hierárquico e disciplinar.
b) regulamentar e de polícia.
c) disciplinar e de polícia.
d) de polícia e hierárquico.
e) hierárquico e regulamentar.
30. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Os poderes
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da Administração pública lhe foram atribuídos para possibilitar o exercício de suas


funções, que sempre devem ser norteadas em benefício da coletividade. Conferem,
portanto, prerrogativas à Administração pública, que não são ilimitadas. É exemplo
disso
a) o poder normativo conferido à Administração, por meio da edição de decreto
autônomo, que somente pode ter lugar sempre que houver lacunas ou ausência de
lei.
b) o poder hierárquico, que atribui dever de subordinação dos servidores aos seus
superiores, cabendo a estes a apuração de infrações e aplicação de penalidades
disciplinares.

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c) o exercício do poder disciplinar, que se estende aos particulares e empresas
contratados pelo poder público para prestação de serviços em repartições públicas.
d) o exercício do poder de polícia, que pode limitar os direitos individuais com algum
grau de discricionariedade, mas sempre deve ter previsão legal.
e) o exercício do poder normativo-disciplinar, que se exterioriza na edição de normas
de conduta disciplinar, com elenco de infrações e sanções.
31. (FCC – Analista Judiciário/TRT-23/2016) Considere:
I. A Administração pública não pode, no exercício do poder de polícia, utilizar-se de
meios diretos de coação, sob pena de afronta ao princípio da proporcionalidade.
II. O objeto da medida de polícia, isto é, o meio de ação, sofre limitações, mesmo
quando a lei lhe dá várias alternativas possíveis.
III. A impossibilidade de licenciamento de veículo enquanto não pagas as multas de
trânsito corresponde a exemplo da utilização de meios indiretos de coação,
absolutamente válido no exercício do poder de polícia.

Está correto o que consta em


a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, apenas.
e) II, apenas.
32. (FCC – Analista Judiciário/TRT-23/2016) O exercício dos poderes inerentes à
função executiva e a regular atuação da Administração pública não estão dissociados
da influência dos princípios que regem a Administração pública em toda sua atuação.
Essa relação
a) expressa-se, no caso do poder de polícia, à submissão ao princípio da supremacia
do interesse público, que fundamenta a atuação da Administração pública quando
não houver fundamento legal para embasar as medidas de polícia.
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b) de subordinação aos princípios da legalidade e da impessoalidade não afasta a


possibilidade da Administração pública adotar medidas administrativas de urgência
ou de firmar relações jurídicas diretamente com alguns administrados, sem
submissão a procedimento de seleção público, desde que haja previsão legal para
tanto.
c) que impõe presunção de legitimidade e veracidade aos atos praticados pela
Administração pública não admite revisão administrativa, somente questionamento
judicial, cabendo ao administrado o ônus da prova em contrário.
d) existente entre o poder disciplinar e o princípio da legalidade informa o poder de
tutela exercido sobre os atos praticados pelos entes que integram a Administração

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indireta, permitindo que a Administração central promova a revisão dos mesmos para
adequá-los à legalidade.
e) que se forma entre o princípio da legalidade e o poder regulamentar autoriza a
edição de atos de natureza originária nas hipóteses de organização administrativa e,
nos demais casos, sempre que houver lacuna ou ausência de lei.
33. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Claudio, fiscal do Procon de Roraima,
ao receber denúncia anônima acerca de irregularidades em restaurante, comparece
ao local e apreende gêneros alimentícios impróprios para o consumo, por estarem
deteriorados. A postura adotada concerne a uma das características do poder de
polícia, qual seja,
a) discricionariedade.
b) inexigibilidade.
c) consensualidade.
d) normatividade.
e) autoexecutoriedade.
34. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) A edição de atos normativos de
efeitos internos, com o objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados
decorre do poder
a) regulamentar.
b) hierárquico.
c) de polícia.
d) normativo.
e) disciplinar.
35. (FCC – Analista Judiciário/TRT-14/2016) O Estado do Acre realizou
procedimento licitatório na modalidade concorrência para a construção de vultosa
obra pública. Após o encerramento do certame e a contratação da empresa
vencedora, iniciou-se a fase da execução contratual. Nos termos da Lei no
8.666/1993, a execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão
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e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas


anteriores, à exceção do projeto executivo, que
a) poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução da obra, desde que
também autorizado pela Administração.
b) é dispensável.
c) deverá obrigatoriamente ser desenvolvido antes da execução da obra.
d) deverá obrigatoriamente ser desenvolvido após a execução da obra.
e) poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução da obra, não sendo
necessário autorização da Administração, pois decorre de previsão legal.
36. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-14/2016) Em razão do caos da limpeza pública
em determinado Município do Acre, que afetou, inclusive, a situação ambiental da

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Cidade, a Prefeitura dispensou o procedimento licitatório, justificando tratar-se de
situação emergencial. Assim, efetivou a contratação direta e imediata de empresa
para a prestação dos serviços de limpeza. Nesse caso, os serviços deverão ser
concluídos em prazo máximo, contado, em dias consecutivos e ininterruptos, da
ocorrência da emergência, sendo vedada a prorrogação do respectivo contrato. Nos
termos da Lei no 8.666/1993, o prazo a que se refere o enunciado é de
a) 210 dias.
b) 120 dias.
c) 90 dias.
d) 60 dias.
e) 180 dias.
37. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) Segundo previsão da
Lei no 8.666 de 1993, são hipóteses de dispensa de licitação, EXCETO:
a) A contratação de obras e serviços de engenharia de valor até quinze mil reais.
b) Aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos
por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de
marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado
fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação
ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou,
ainda, pelas entidades equivalentes.
c) Nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer
a segurança de pessoas.
d) A compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades
precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização
condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de
mercado, segundo avaliação prévia.
e) As compras de valor até oito mil reais.
38. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-23/2016) Considere três licitações na
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modalidade convite:
(i) No primeiro convite, o interessado cadastrado na correspondente especialidade
manifestou interesse em participar do certame 36 horas antes da apresentação das
propostas.
(ii) O segundo convite, em virtude de limitações do mercado devidamente justificadas
no processo, foi realizado com apenas dois interessados do ramo pertinente a seu
objeto, cadastrados, escolhidos e convidados pela respectiva unidade administrativa.
(iii) O terceiro convite foi realizado com apenas três interessados do ramo pertinente
a seu objeto, não cadastrados, escolhidos e convidados pela respectiva unidade
administrativa.

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A propósito dos fatos narrados e nos termos da Lei no 8.666/1993, está


a) correto apenas o que ocorreu no primeiro convite.
b) correto o que ocorreu em todos os convites.
c) correto apenas o que ocorreu no primeiro e no terceiro convites.
d) correto apenas o que ocorreu no segundo convite.
e) incorreto o que ocorreu em todos os convites.
39. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
Determinado município realizou uma licitação para contratação de obras de
construção de casas populares. Findo o procedimento e celebrado o contrato, o
Ministério público recebeu denúncia de irregularidades na instrução do procedimento,
vícios que teriam eivado o certame de ilegalidade, a ponto de levantar suspeita sobre
o resultado do mesmo, ensejando o ajuizamento de ação para a anulação da licitação.
O contrato já estava em execução, sendo que a ação judicial ainda tramitava. A
decisão judicial
a) pode acarretar a anulação do procedimento licitatório, se apurada ilegalidade, o
que alcançará o contrato firmado, cabendo, se não houver culpa do contratado,
indenização pelos serviços executados e eventuais prejuízos comprovados.
b) pode ensejar a nulidade do contrato em execução, não alcançando mais o
procedimento licitatório, porque findo, sendo possível a apuração de responsabilidade
dos envolvidos.
c) poderá revogar a licitação e o contrato, independentemente do início da execução,
não cabendo indenização ao contratado, por presunção de culpa em razão do
resultado viciado do certame.
d) não pode adentrar no exame de legalidade da licitação após seu término, em razão
do exaurimento do ato administrativo, apurando-se a responsabilidade do contratado
e dos servidores envolvidos para ressarcimento ao erário do prejuízo sofrido.
e) poderá adentrar na análise de legalidade da licitação e da contratação, mas em
havendo vício, determinará a anulação ou revogação, conforme o caso, pela
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Administração pública, alcançando o contrato, com a consequente indenização, se


couber.
40. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) O processo
licitatório é exigência constitucional para que a Administração pública contrate
a) obras, serviços e compras, não se aplicando para as hipóteses de alienação de
bens públicos, que podem ser livremente contratados, em razão de exceção
constante do próprio texto constitucional.
b) obras, serviços e compras, de grande vulto e complexidade, sendo permitida a
contratação direta, sem licitação, nas hipóteses de bens e serviços comuns ou de
bens cujo valor não exceda R$ 8.000,00.

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c) obras, serviços, compras e alienações, sendo, em razão do princípio da igualdade
e do julgamento objetivo, vedadas exigências de qualificação técnica e econômico-
financeira mesmo que concernentes à garantia do cumprimento das obrigações
contratadas.
d) obras, serviços, compras e alienações, que, nos termos da lei de regência, podem,
em certas hipóteses, ser contratadas diretamente, por meio de dispensa ou
inexigibilidade de licitação.
e) obras, serviços, compras e alienações, que, nos termos da lei de regência, podem,
em certas hipóteses, ser contratadas diretamente, por meio de dispensa ou
inexigibilidade de licitação, exceção que não se aplica as alienações, que não podem
ser contratadas diretamente sem processo licitatório.
41. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) A compra
de um terreno por uma autarquia, para instalação de uma delegacia de polícia,
a) pode se dar por meio de dispensa de licitação, caso, dentre outros requisitos, a
Administração demonstre que o local atende as necessidades de instalação e
localização do equipamento público em razão da demanda de segurança pública da
região.
b) deve ser objeto de licitação, pois é necessário respeitar o menor valor para
aquisição de bens imóveis pelos entes públicos, pois se consubstancia em
investimento e se destina a integrar o ativo patrimonial do ente.
c) não se mostra adequada para a Administração, tendo em vista que por meio da
desapropriação é possível escolher fisicamente o local onde pretende instalar o
equipamento público, de modo que esse instituto deve ser utilizado.
d) deve ser feita por meio de dispensa de licitação, tendo em vista que se trata de
hipótese expressamente prevista na lei como licitação dispensada.
e) pode ser objeto de inexigibilidade de licitação, caso a autarquia consiga demonstrar
que o valor do terreno escolhido é o menor valor dentre os elementos comparativos
disponíveis no mercado.
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42. (FCC – Defensor Público/DPE-BA/2016) No âmbito da Administração Pública,


questionou-se a possibilidade de se dispensar licitação para a compra de materiais
para a manutenção de fogão industrial. Isso seria juridicamente possível se
a) houvesse aquisição de materiais que só pudessem ser fornecidos por empresa ou
representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de
registro do comércio do local em que se realizaria a licitação.
b) a aquisição desses componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira fosse
necessária à manutenção desse equipamento durante o período de garantia técnica,
junto ao fornecedor original, sendo essa condição de exclusividade indispensável
para a vigência da garantia.

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c) a contratação desse serviço técnico resultasse em restauro para bem de valor
histórico, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória
especialização.
d) houvesse autorização do setor municipal responsável pela autorização e liberação
da dispensa de licitação.
e) não houvesse no mercado quantidade suficiente de fornecedores, o que
impossibilitaria a competição.
43. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) O Estado de Pernambuco, atingido
por grave seca durante o verão, pretende contratar entidade privada sem fins
lucrativos para a implementação de tecnologia social de acesso à água para consumo
da população, bem como para a produção de alimentos, de modo a beneficiar as
famílias rurais de baixa renda atingidas pela mencionada seca. Na hipótese narrada,
consoante preceitua os ditames da Lei no 8.666/1993, a licitação é
a) obrigatória na modalidade pregão.
b) inexigível.
c) obrigatória na modalidade convite.
d) dispensável.
e) obrigatória na modalidade concorrência.
44. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) A empresa XYZ constatou
irregularidade em edital de concorrência, na qual pretende participar, razão pela qual
impugnou os termos do edital, dentro do prazo previsto para tanto, conforme os
ditames da Lei no 8.666/93. O prazo a que se refere o enunciado é de até
a) três dias úteis, posteriores à abertura dos envelopes de habilitação.
b) um dia útil, antecedente à abertura dos envelopes de habilitação.
c) dois dias úteis, antecedentes à abertura dos envelopes de habilitação.
d) cinco dias úteis, posteriores à abertura dos envelopes de habilitação.
e) vinte horas antes da abertura dos envelopes de habilitação.
45. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Nos termos da Lei no 8.666/1993,
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existindo na praça mais de três possíveis interessados, a cada nova licitação na


modalidade convite, realizada para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o
convite a, no mínimo, mais um determinado número de interessado(s), enquanto
existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. O número mínimo de
interessados a que se refere o enunciado é de
a) seis.
b) um.
c) cinco.
d) dois.
e) três.

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46. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) O Estado de Roraima pretende
contratar serviços de informática, a serem prestados por órgão que integra a
Administração Pública, criado para esse fim específico. Nesse caso e nos termos da
Lei no 8.666/1993, a licitação é
a) obrigatória na modalidade pregão.
b) inexigível.
c) obrigatória na modalidade convite.
d) dispensável.
e) obrigatória na modalidade concorrência.
47. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) Um determinado órgão público
pretende contratar associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos
e de comprovada idoneidade, para a prestação de serviços, desde que o preço
contratado seja compatível com o praticado no mercado. Nesse caso e nos termos
da Lei no 8.666/93, a licitação é
a) inexigível.
b) dispensável.
c) obrigatória na modalidade convite.
d) obrigatória na modalidade pregão.
e) obrigatória na modalidade concorrência.
48. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) O Estado de Roraima pretende
realizar procedimento licitatório para a construção de obra pública. Ressalte-se que o
valor da contratação será de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais). Na hipótese
narrada, a modalidade de licitação apropriada é
a) concorrência.
b) convite.
c) tomada de preços.
d) pregão.
e) registro de preços.
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49. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) Um determinado Município do Estado


de Roraima, ao concluir procedimento licitatório, deixou, injustificadamente, de atribuir
o objeto da licitação ao vencedor do certame. Nesse caso, houve violação ao princípio
a) do julgamento objetivo.
b) da ampla defesa.
c) da adjudicação compulsória.
d) da vinculação ao instrumento convocatório.
e) da publicidade.
50. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) A União Federal pretende contratar
fornecimento de energia elétrica e gás natural com empresa concessionária de

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serviços públicos, segundo as normas da legislação específica. Nesse caso e nos
termos da Lei no 8.666/93, a licitação é
a) obrigatória na modalidade concorrência.
b) obrigatória na modalidade convite.
c) inexigível.
d) obrigatória na modalidade pregão.
e) dispensável.
51. (FCC – Analista Judiciário/TRT-14/2016) Nos termos da Lei no 10.520/2002, a
equipe de apoio do pregão deverá ser integrada
a) em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da
Administração, obrigatoriamente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou
entidade promotora do evento.
b) apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração,
pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento.
c) em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da
Administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou
entidade promotora do evento.
d) apenas por servidores ocupantes de cargo em comissão, obrigatoriamente
pertencentes ao quadro do órgão ou entidade promotora do evento.
e) apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração,
não se exigindo que sejam do quadro do órgão ou entidade promotora do evento.
52. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) O pregão é
modalidade de licitação adequada para ser utilizada pela Administração pública
quando da
a) alienação de bens móveis de valor inferior a R$ 10.000,00.
b) alienação de bens móveis inservíveis.
c) contratação de projeto de engenharia para construção de escola.
d) aquisição de software para desenvolvimento e instalação de processo eletrônico
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em determinado ente público.


e) contratação para aquisição de café em pó para unidades administrativas.
53. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) A instituição
do pregão como modalidade de licitação trouxe agilidade para a Administração
pública, que passou a fazer uso dele com bastante frequência. Essa agilidade do
procedimento se exterioriza, por exemplo,
a) no julgamento dos recursos interpostos pelos licitantes, que é feito no mesmo dia
da sessão única onde ocorre o pregão.
b) pela proposta dos licitantes ser verbal, o que possibilita disputa para redução do
valor e obtenção do menor preço para a Administração, com decisão na mesma
sessão.

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c) pela simplificação da fase de habilitação, que fica restrita à garantia da proposta e
da execução do contrato.
d) com a concentração das fases de classificação, habilitação, homologação e
adjudicação, nessa ordem, em uma única sessão.
e) com a possibilidade de reiniciar a sessão no caso do licitante classificado com a
melhor proposta na primeira sessão não ser habilitado.
54. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) Considere as afirmativas abaixo
concernentes ao pregão.
I. A Lei Geral de Licitações (Lei no 8.666/1993) não se aplica ao pregão, já que é
regido por lei específica.
II. Os atos essenciais do pregão, quando decorrentes de meios eletrônicos, não
precisam ser documentados no processo respectivo, vez que a sistemática eletrônica
dispensa tal formalidade.
III. A fase externa do pregão será iniciada com a sessão pública para recebimento
das propostas, devendo o interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for
o caso, comprovar a existência dos necessários poderes para formulação de
propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes ao certame.
IV. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos do objeto do pregão,
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

Nos termos da Lei no 10.520/2002, está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) II, III e IV.
c) IV.
d) I, II e III.
e) III e IV.
55. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015) A empresa ABC, vencedora de
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importante pregão, fraudou na execução do contrato administrativo. Nos termos da


Lei no 10.520/2002, referida empresa, sem prejuízo de outras sanções, ficará
impedida de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios
pelo prazo de até
a) sete anos.
b) dez anos.
c) cinco anos.
d) seis anos.
e) oito anos.
56. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) São finalidades
do controle interno da Administração pública, EXCETO:

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a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.
c) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado.
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
e) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu
recebimento.
57. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) O Poder Judiciário
exerce o controle
a) interno da Administração pública, podendo controlar tanto o mérito do ato
administrativo, quanto a sua forma.
b) externo da Administração pública, podendo decidir sobre o mérito do ato
administrativo, mas não sobre sua legalidade.
c) administrativo da Administração pública, podendo controlar tanto o mérito do ato
administrativo, quanto a sua forma.
d) externo da Administração pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato
administrativo, mas não sobre o seu mérito.
e) interno da Administração pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato
administrativo, mas não sobre o seu mérito.
58. (FCC – Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) Maria, cidadã brasileira,
estava andando na calçada quando foi atropelada por um ônibus da concessionária
X. Diante disso, é correto afirmar que o Estado responde pelo dano causado à Maria
de forma
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a) subjetiva, na medida da culpabilidade de Maria.


b) acessória, uma vez que se trata de pessoa jurídica de direito privado.
c) objetiva, sendo assegurado o direito de regresso contra o responsável pelos danos.
d) objetiva, mas apenas acessória, uma vez que quem praticou o ato foi a
concessionária.
e) subjetiva, sendo assegurado o direito de regresso contra o responsável pelos
danos.
59. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) A
responsabilização do Estado, nos casos de morte de detento, causada por terceiro,
durante rebelião, dá-se sob a modalidade

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a) subjetiva, cabendo ao autor demonstrar a culpa do agente público que deu causa
ou deixou acontecer o falecimento, demandando-o em litisconsórcio com o poder
público.
b) objetiva, pois fica demonstrado o nexo de causalidade entre o dever legal do Estado
preservar a incolumidade física do detento e o falecimento ocorrido.
c) subjetiva, presumindo-se a culpa do agente público para formação do nexo de
causalidade entre a atuação do Estado e o evento danoso, evitável ou inevitável.
d) da teoria do risco integral, admitidas as excludentes de responsabilidade para os
casos em que demonstrado que não fora possível agir para evitar o evento danoso.
e) objetiva, quando o falecimento é causado comissivamente por agente público e
sob a modalidade subjetiva em relação ao agente que deve ser demandado em
litisconsórcio, em razão do dolo.
60. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015) João, Prefeito Municipal, dispensou
procedimento licitatório e contratou diretamente a empresa MM para a prestação de
serviço público de fornecimento de merenda escolar, sendo devidamente justificada
a situação emergencial da contratação. Comprovou-se, posteriormente, que houve
superfaturamento no mencionado contrato administrativo. Nos termos da Lei no
8.666/93, nos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem pelo
dano causado à Fazenda Pública o prestador de serviço e o agente público
responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. A responsabilidade da
empresa MM e de João é
a) objetiva negativa.
b) subsidiária.
c) disjuntiva.
d) solidária.
e) excludente.
61. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Uma
empresa pública pretende ampliar seu quadro de servidores em razão de ter
celebrado, recentemente, um novo contrato para prestação dos serviços públicos que
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são seu escopo institucional. Considerando que essa empresa foi contratada por
dispensa de licitação por um ente público para a prestação desses serviços,
a) a contratação de seus servidores também poderá ser feita com dispensa de
licitação, de forma que não será necessária a realização de concurso.
b) será necessária a realização de concurso público de provas e títulos, mas o regime
jurídico a que estarão sujeitos seus servidores não se altera, pois é definido pelos
administradores da mesma, mediante aprovação do Conselho de Administração.
c) a contratação de seus servidores ainda dependerá da realização de concurso
público, independentemente do regime jurídico que vierem a se submeter, celetistas
ou estatutários, na forma da lei.

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d) os servidores que vierem a ser contratados se submeterão ao regime celetista e a
prévio concurso público, tendo em vista que a atividade desenvolvida pela empresa
não interfere nesse vínculo, podendo ser dispensados posteriormente por decisão
motivada.
e) pode haver contratação de servidores vinculados ao contrato de prestação de
serviços em execução, remunerados diretamente pelas receitas oriundas desse
instrumento, não gerando vínculo funcional com a empresa estatal.
62. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) O
denominado Regime Próprio de Previdência Social, a que se refere o artigo 40 da
Constituição Federal, abrange os servidores
a) titulares de cargos de provimento efetivo de todos os entes da federação, incluídas
suas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedade de economia mista.
b) titulares de cargo em comissão de todos os entes da federação, incluídas suas
autarquias e fundações e excluídas as empresas públicas e sociedade de economia
mista.
c) titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, excluídas suas autarquias e fundações.
d) ocupantes, exclusivamente, de cargos em comissão, os servidores temporários e
os empregados públicos, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,
incluídas suas autarquias e fundações.
e) titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, incluídas suas autarquias e fundações.
63. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Conforme
estabelece a Constituição Federal, a avaliação especial de desempenho é condição
necessária para que
a) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo ou emprego público
adquiram estabilidade, sendo o primeiro após três anos de efetivo exercício e o
segundo após dois anos de exercício, continuados ou não.
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b) os titulares de cargo em comissão adquiram estabilidade, após cinco anos de


exercício efetivo e ininterrupto.
c) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso
público, adquiram estabilidade, após três anos de efetivo exercício.
d) os servidores temporários, desde que concursados, adquiram estabilidade, após
dez anos de efetivo exercício, que pode ser interrompido apenas e tão somente nas
hipóteses de afastamento decorrentes de doença laboral.
e) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso
público ou não, adquiram estabilidade, após dois anos de efetivo exercício.
64. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Municipal/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
Empresa pública municipal dependente, sujeita a regime de direito privado, pretende

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contratar novos empregados, para ocuparem postos que não sejam em comissão.
Para tanto, é lícito que adote como providência contratar novos empregados,
a) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior ao
subsídio mensal do Prefeito.
b) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior ao subsídio
mensal do Prefeito.
c) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior ao
subsídio mensal do Prefeito.
d) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior
ao subsídio mensal do Prefeito, exceto se a empresa em questão for uma exploradora
de atividade econômica de comercialização de bens e serviços.
e) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior
ao subsídio mensal do Prefeito.
65. (FCC – Juiz do Trabalho Substituto/TRT-1/2016) A Constituição Federal
assegura, em seu art. 39, §3º, entre outros, aos servidores ocupantes de cargos
públicos os seguintes direitos também previstos em seu art. 7º:
I. adicional para as atividades insalubres.
II. irredutibilidade de salário.
III. repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
IV. licença-paternidade.

Está correto o que consta APENAS em


a) II e IV.
b) I, II e IV.
c) I, II e III.
d) I e III.
e) III e IV.

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GABARITO

1. B 21. D 41. A 61. D


2. A 22. D 42. B 62. E
3. E 23. A 43. D 63. C
4. A 24. D 44. C 64. E
5. C 25. A 45. B 65. E
6. D 26. B 46. D
7. E 27. A 47. B
8. E 28. D 48. C
9. D 29. A 49. C
10. A 30. D 50. E
11. D 31. B 51. C
12. C 32. B 52. E
13. E 33. E 53. D
14. A 34. B 54. C
15. A 35. A 55. C
16. E 36. E 56. E
17. A 37. B 57. D
18. A 38. B 58. C
19. B 39. A 59. B
20. C 40. D 60. D

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