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"Privilégios e deveres não podem ser separados"

Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos


Santos, pelo sangue de Jesus,
pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto
é, pela sua carne,
e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus,
aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé,
tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo
com água pura.
Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois
quem fez a promessa é fiel.
Consideremo-nos também uns aos outros, para nos
estimularmos ao amor e às boas obras.
Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns;
antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o
Dia se aproxima. Hebreus 10:19-25

Introdução Panorâmica da Antiga Lei e a Nova Aliança

Essa ideia inicial, da palavra “Portanto” resume todo o início do


capítulo até agora, ou seja:

A comparação feita entre a Antiga aliança, a lei dada ao povo, as regras


dos sacrifícios e todo cerimonial que o povo cumpria diariamente na
pessoa do sacerdote, e ainda o sacrifício anual, que é a expiação pelos
pecados, é apresentada como uma “sombra, esboço, dos benefícios
futuros que viriam”, ou seja, se tornariam reais, uma Imagem real da
sombra, na Nova Aliança feita na pessoa de Jesus, o Sumo Sacerdote
que satisfaria a necessidade exigida por Deus, da purificação e
santificação, proporcionando a comunhão e santificação do povo, dos
homens para terem a perfeita comunhão com Um Deus Santo.

vou simplificar:

Todos nós somos culpados de pecar (Pois todos pecaram e não


alcançam o padrão da glória de Deus, Romanos 3:23), não podem ser
aceitos ou, se fazer aceitos para agradar a Deus.

Eclesiastes 7:20 Contudo, não existe um homem tão justo sobre a face
da terra que saiba fazer o bem sem jamais pecar!

Deus desejou a comunhão e a reconciliação com os homens e por isso


o filho Jesus, sendo Santo, se oferece para pagar a culpa do pecado, e o
valor capaz de pagar foi o seu sangue, inocente, derramado na cruz,
isso representa que quando cremos e o aceitamos como nosso
Salvador, único e pessoal, entendendo que, de fato, somos pecadores,
Deus nos aceita e nos purifica dessa condição, e dessa purificação
podemos ter comunhão.

Então o texto nos mostra que O sangue de Jesus é a completa oferta e


única, capaz de satisfazer as exigências de Deus, abrandar a ira de
Deus, que tem a ver com um Deus ser santo, justo e juiz, capaz de nos
tornar aceitos por Ele.

No AT o povo tinha que se manter distante do Tabernáculo, onde


somente o Sacerdote entrava, no lugar Santo e o Sumo Sacerdote, no
lugar Santíssimo uma vez ao ano (ver imagem).
Até mesmo quando Deus convocou Moisés para lhe entregar as
tábuas da Lei, o povo teve que se manter a um limite de distância: "O
Senhor, porém, disse: “Desça do monte e depois suba de novo,
acompanhado de Arão. Enquanto isso, não permita que os sacerdotes
nem o povo ultrapassem o limite para se aproximar do Senhor. Do
contrário, ele os destruirá”". Êxodo 19:24

1. Os Privilégios

Portanto, irmãos, por causa do sangue de Jesus, podemos entrar com


toda confiança no lugar santíssimo,

Por sua morte, Jesus abriu um caminho novo e vivo através da cortina
que leva ao lugar santíssimo.

E, uma vez que temos um Sumo Sacerdote que governa sobre a casa de
Deus, entremos com coração sincero e plena confiança, pois nossa
consciência culpada foi purificada, e nosso corpo, lavado com água
pura.
Hebreus 10:19-21 Hebreus

Os privilégios principais que recebemos são:


 de acessar a Deus, por causa do sangue de Jesus.

E esse acesso é:

 com toda a confiança (sem medo ou dúvida)


 no Lugar Santíssimo, a qualquer momento e de qualquer lugar,
não precisamos esperar para falar e ter comunhão com Deus, pois
Ele espera que nós o acessemos continuamente).
Por isso temos a permissão para entrar no Lugar Santíssimo, a corte
celeste!!!

Jesus é o caminho:

 e Ele abriu um novo caminho, rasgando a cortina de acesso ao


Santíssimo lugar, por isso o véu, que é a sua carne, a cortina que
separava o Santíssimo lugar, quando Jesus morreu foi rasgada,
representando o seu corpo sendo rasgado; e é vivo o caminho,
porque Ele ressuscitou, o caminho é vivo e aberto, com um
constante Bem Vindo De Deus a nós!!!!
 E temos um Sumo Sacerdote, que governa a casa de Deus,
É Ele que nos governa, Ele nos escolta diretamente a Deus, que
nos liga, que nos torna a morada, a casa, o novo tabernáculo de
Deus, o Seu Espírito habita em nós.

“aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza


de fé, tendo o coração purificado de má consciência e
lavado o corpo com água pura.
Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois
quem fez a promessa é fiel.
Consideremo-nos também uns aos outros, para nos
estimularmos ao amor e às boas obras.
Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns;
antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes
que o Dia se aproxima.” Hebreus 10:22-25

1. Privilégios e Exortações – (22 a 25)


Aqui temos 3 comandos para ação (ver Hb 6.1):
1. “Aproximemo-nos, ou acheguemo-nos”, e não “desviar-nos
(v22);
O judeu do AT não podia entrar no Tabernáculo, ne se
aproximar, somente o sacerdote, e o sumo sacerdote só
podia entrar nos Santos dos Santos uma vez ao ano; hoje nós
podemos entrar a qualquer momento, fomos inseridos lá,
será que estamos aproveitando esse privilégio, ou será que
estamos só de fora contemplando o átrio?

2. “Guardemos” nossa confissão (testemunho) de fé (ou


apeguemo-nos a esperança, em algumas versões) sem vacilar
por causa das provações;
Nessa época os irmãos estavam passando por provações e
dificuldades, o que poderia os levar a desistir, e a fraquejar.
Hoje nós também passamos por provações e tentações,
porém aquilo que professamos deve estar vivo e falando
dentro de nós, pois quem fez a promessa nunca falha.

3. “consideremo-nos” uns aos outros e encorajemos, com nosso


exemplo, nossos irmãos a ser verdadeiros cristãos. Se
houvera algo que provoquemos uns nos outros, que seja o
amor (1Co 13.5).
A intrepidez, coragem, decisão que temos no céu deve levar-
nos ao crescimento espiritual e à dedicação na terra.
Parece que os problemas e provações que esses cristãos
passavam estavam os levando a negligenciar a comunhão e o
encorajamento mútuo que todos têm que ter uns com os
outros. Nós deveríamos descobrir meios de motivarmos uns
aos outros e a fazer cada cristão a se comprometer com boas
obras, isso é uma forma de amar, e amar é um mandamento
como os outros.
Se Cristo é o nosso Sumo Sacerdotes, nós somos os
sacerdotes reais, e nós como adoradores, devemos oficiar,
cultuar juntos, congregando para a celebração, o ensino e o
culto.

4. Deveres - Exortação
Das quatro exortações acima, essa será a quinta, e ela nos
adverte, nos alerta sobre o pecado voluntário. As
advertências seguem na mesma importância: “façam isso,
façam aquilo, não façam assim...”
Devemos nos atentar que essa observação é feita aos salvos
e não aos não salvos, e ela se relaciona às três outras
anteriores: “achegar-se, guardar a confissão e considerar uns
aos outros, encorajando-os”.
Os crentes, ou os cristãos descuidados começam a se desviar
sendo negligentes, dando pouco atenção aos ensinos
bíblicos;
A seguir duvidam da Palavra, e depois tornam-se surdos a
ela.
A necessidade de continuar a congregar, a se reunir, é
justamente manter a motivação e a comunhão entre a
comunidade de Deus. Não podemos desertar, pois no
convívio encontramos força, conforto, nutrição e alegria na
adoração e no serviço coletivo.
Essa necessidade ela é extremamente valiosa em épocas de
muitas lutas, dificuldades e perseguições, pois normalmente
em tais situações as pessoas tentem a se isolar, por medo ou
desânimo, enfraquecendo se o cristão.
O estímulo do verso 24, só se torna possível através da
congregação (Moody). A exortação mútua leva aos serviço
contínuo e à comunhão contínua.
Esse versículo é basicamente uma advertência contra a
apostasia, que é um pecado deliberado, a pessoa persiste em
abandonar a fé, ela deixou de praticar as três advertências
anteriores, caiu em descuido e em zelo, tornou-se negligente,
o passo final é o abandono.

Conclusão

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