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RESUMO: Busca-se, neste artigo, realizar uma análise da execução penal, em face do
princípio basilar da Constituição Federal de 1988, a Dignidade da Pessoa Humana. A
evolução das penas privativas de liberdade foi marcada na história pela aplicação de penas
cruéis, verdadeiros martírios e sofrimentos, os condenados, em praça pública, serviam de
espetáculo e de exemplo a toda a sociedade. A dignidade da pessoa humana e outros
direitos, como o contraditório ou a presunção de inocência sequer eram cogitados. O
mundo, felizmente, evoluiu, sobretudo, quanto ao cumprimento de pena, inexistindo mais
espaço jurídico para a aplicação da tortura à pessoa do condenado. Contudo, até o presente
momento, nenhum dos sistemas de penas até então adotados conseguiu diminuir os
problemas enfrentados pela sociedade contemporânea de presídios superlotados e total
desrespeito à dignidade da pessoa humana do enclausurado. Diante da constatação de que
o sistema penitenciário brasileiro vive uma crise generalizada em todos os Estados,
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sobretudo, porque as penas privativas de liberdade evidenciam cada vez mais a sua
incapacidade de ressocialização, pretende-se verificar se o Método APAC (Associação de
Proteção e Assistência aos Condenados) pode alterar essa realidade, trazendo dignidade ao
condenado, para que este retorne melhor à sociedade.
ABSTRACT: Search, in this article, perform an analysis of the criminal execution, in the face
of the basic principle of the Federal Constitution of 1988, the dignity of the human person.
The evolution of custodial sentences was marked in history by applying cruel, true
martyrdom and suffering, the damned, in the public square, served as spectacle and an
example to the whole of society. Human dignity and other rights, such as the contradictory
or the presumption of innocence even were bandied about. The world, fortunately, has
evolved, especially regarding the fulfillment of shame, no more legal space for the
application of torture on the person of the condemned. However, to date, none of the
systems of penalties until then adopted managed to decrease the problems faced by
contemporary society of overcrowded prisons and total disrespect to the human dignity of
the shut-in. Faced with the realization that the Brazilian penitentiary system live a
generalized crisis in all States, above all because the custodial sentences show more and
more their inability to resocialization is designed to verify that the APAC Method
(Association for protection and assistance to convicts) can change this reality, bringing
dignity to the doomed to return to society.
SUMÁRIO: 1 Introdução; 2 Breve histórico do sistema prisional até os dias atuais; 3 Das
diversas Espécies de Penas; 4 Da Teoria da Pena; 5 Objetivos da Lei Nº 7.210/84 – Lei de
Execuções Penais; 6 O Problema do Brasil aos dias atuais; 6.1 O sistema prisional brasileiro
em números; 6.2 O sistema prisional tradicional na atualidade 7 O método APAC como
alternativa à pena privativa de liberdade em Minas Gerais; 7.1 Filosofia do Método APAC; 8
Jurisprudência acerca da aplicação do método APAC; 9 Conclusão; Referências. Privacidade - Termos
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1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa demonstrar a problemática da persecução penal que nada mais e
do que um procedimento jurisdicional que visa na aferição da condenação ou absolvição de
quem esta sendo acusado ou processado, o procedimento criminal deve se embasar sob o
enfoque da dignidade da pessoa humana e o respeito ao preso, à luz da Lei de Execução
Penal. Para tanto, traçar-se-á breve esboço dos sistemas penitenciários, abordando as
diversas espécies de pena ate os dias atuais.
Por fim, será objeto de estudo o surgimento do Método APAC, como alternativa na
aplicação da pena privativa de liberdade, medida voltada ao respeito e à ressocialização do
preso.
Segundo Guilherme de Souza Nucci [3]: A pena É a sanção imposta pelo Estado, através da
Ação Penal, ao criminoso, cuja finalidade é a retribuição ao delito perpetrado e a prevenção
a novos crimes. Verifica-se que, desde a antiguidade, basicamente por volta do século XVIII,
as penas tinham característica extremamente aflitivas, ou seja, o corpo do delinquente
pagava pelo mal por ele praticado, consistindo-se em penas de morte, sofrimento físico
(açoites e mutilações). Privacidade - Termos
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No que diz respeito à evolução das penas, a história está repleta de casos cruéis e
atrocidades. Entre elas, é possível se deparar, nos manuais de Direito Penal, por exemplo,
com o famoso caso conhecido como episódio Francês, de 02 de março de 1757, ocorrido
em frente à igreja principal de Paris, quando o infeliz condenado Damiens passou por várias
sessões de tortura, a fim de que se consumasse o desejo estatal na persecução penal em seu
desfavor por cometer determinado delito. Sobre o fato, tem-se o relato segundo Michel
Foulcault
Foucault relata em sua obra, que os suplícios eram ostentados e momentos legitimados pela
ordenação que regeu a França de 1670 até a Revolução. As formas gerais da prática penal
hierarquizavam os castigos por ela prescritos, resumidos na morte, os açoites, a confissão
pública, o banimento. “As penas físicas tinham, portanto, uma parte considerável. Os
costumes, a natureza dos crimes, o status dos condenados as faziam variar ainda mais”. [6]
O suplício era uma pena corporal dolorosa mais ou menos atroz, relata Foucault, acrescenta
que: “é um fenômeno inexplicável a extensão da imaginação dos homens para a barbárie e a
crueldade”[7]. O entendimento era de que o corpo suplicado traria à luz a verdade do crime.
O condenado não tinha sequer acesso ao procedimento ou às peças do processo, assim
como não existia o contraditório, nem simétrica paridade entre as partes. O Estado privava o
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Nesse período, não existiam casas de custódia de presos ou lugar algum onde se pudessem
abrigar os que atentavam contra as leis, e, diante da inexistência de estabelecimentos
prisionais, muitas vezes, os presos eram levados para lugares em condições subumanas de
ocupação. Foi na sociedade crista que a ideia inicial da pena de prisão se tornou uma forma
inicial de sanção, visto que somente no Século XVIII é que a pena de prisão começou a ser
reconhecida em substituição as penas de morte. Cabe destacar que que em uma ideia inicial
, o aprisionamento se dava em palácios de reis, ou em templos ou ao redor das cidades
para se evitar a fuga. Não se tinha uma ideia de estabelecimentos prisionais adequados, até
porque as condições econômicas da época não permitiam. Havia a concepção de reclusão e
meditação como forma de recuperar o infrator, mas sem perder caráter de expiação,
circunstância que acabou por influenciar o direito punitivo, tornando-se inquestionável
antecedente da prisão moderna. Inclusive, o vocábulo “penitenciária” tem sua origem na
palavra penitência, intimamente vinculada ao Direito Canônico. A prisão como forma de
aplicação de pena surge na era cristã, tendo forte influência por parte da Igreja Católica,
como aponta Durval Ângelo de Andrade.
[…] A prisão como pena, ou castigo, surgiu, portanto, na sociedade cristã, como uma criação
do Direito Canônico. dos séculos XIII a XIX, para punir quem não confessasse a fé católica, a
Igreja praticou a Inquisição, criando prisões onde eram praticados suplícios cruéis que
podiam culminar com a morte na fogueira. As prisões, denominadas “penitenciarias”, eram
em geral, subterrâneas, escuras e imundas, a fim de propiciar a penitencia, a expiação e a
purgação. [8]
Hoje, apesar de não existirem mais tais procedimentos, a nação brasileira vive em um
sistema prisional extremamente falido e ineficaz, fazendo com que a sociedade clame ao
Poder Público a elevação das penas e a criação de outras mais cruéis, como forma de tentar
resolver o problema. Como buscar uma solução justa, quando se tem diversos problemas no
sistema penitenciário brasileiro?
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É uma missão difícil para o governo, pois, novos presídios são construídos, mas a corrupção
e o abandono do Estado, dentre tantos outros fatores, impedem tal feito. Rogério Greco,
dissertando acerca dos problemas que ocorrem hoje no sistema penal, no que toca ao
desrespeito ao preso, aduz:
Sendo assim, percebe-se que a reclusão, nos moldes tradicionais, nada tem a oferecer no
quesito de recuperação, pelo contrário, acaba por corromper a própria personalidade do
recluso, ao invés de ajudá-lo. Não basta prender, é preciso ressocializar para que o egresso
do sistema prisional realmente encontre amparo frente às suas necessidades, para que não
volte a delinquir novamente. Deve-se entender que de nada adianta ter apenas lindos
escritos constitucionais e simplesmente responsabilizar o Direito Penal ou o sistema
carcerário, se o próprio Estado vem provando sua incapacidade de resolver o problema, ou
de, ao menos, amenizá-lo. Prova disso são os noticiários, com inúmeros relatos de rebeliões
e desrespeito aos Direitos Humanos.
Assim, também não será o sistema penal que proporcionará uma solução eficiente para a
demanda, pois, como afirma Michel Foucault a prisão “em vez de devolver a liberdade em
indivíduos corrigidos, espalha na população, delinquentes perigosos”[10]. Para uma eventual
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criação de políticas públicas, atos que reduziriam, em muito, a reincidência. Com a prática
do respeito ao preso e da pessoa, no que diz respeito aos valores humanos, ter-se-ia uma
sociedade melhor, mais tranquila, singularmente mais segura.
Cabe lembrar, tanto às autoridades como a toda sociedade, que o preso tem direito a sua
integridade física, moral e social, cumprindo a todos o seu devido respeito.
É a pena com a função de prevenção, tanto geral como especial, através do senso de justiça
e reeducação do indivíduo. Nesse sentido, Luiz Regis Prado disserta que:
“Em linhas gerais, três são os efeitos principais que se vislumbram dentro do âmbito de
atuação de uma pena fundada na prevenção geral positiva: o efeito de aprendizagem, que
consiste na possibilidade de recordar ao sujeito as regras sociais básicas cuja transgressão já
não é tolerada pelo Direito Penal; o efeito de confiança, que se consegue quando o cidadão
vê que o Direito se impõe, e o efeito de pacificação social, que se produz quando uma
infração normativa estatal, restabelecendo a paz jurídica.
A prevenção especial, a seu turno, consiste na atuação sobre a pessoa do delinquente, para
evitar que volte a delinquir no futuro, assim, enquanto a prevenção geral se dirige
indistintamente à totalidade dos indivíduos integrantes da sociedade, a ideia de prevenção
especial refere-se ao delinquente em si, concretamente considerado, manifesta como
advertência, intimidação individual, correção, emenda do delinquente, reinserção social ou
separação, quando incorrigível ou de difícil correção. A prevenção especial se apoia
basicamente na periculosidade individual, buscando sua eliminação ou diminuição. Portanto,
quando se consegue tal objetivo, assegura se a integridade do ordenamento jurídico com
relação a um determinado indivíduo (sujeito/agente do delito). Sua ideia essencial é de que
a pena justa é a pena necessária .”[11]
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Chegou-se à conclusão, portanto, que o Estado deveria acabar com as penas e tratamentos
cruéis, devendo apenas aplicar o senso de justiça, eliminando, de uma vez por todas, com as
penas punitivas de vingança a que eram submetidos os condenados.
Passa a ser objeto de análise pela sociedade a procura de uma nova e melhor estratégia
para aplicar a punição, tendo-se em mente o princípio da moderação, a fim de se evitar o
abuso. O Judiciário anseia por modificações relevantes no setor penitenciário. A nova ordem
é buscar novos métodos, eficazes, a fim de desenvolver no indivíduo repulsa ao crime.
3. AS ESPÉCIES DE PENAS
Lado outro, o art. 32 do Código Penal dispõe que são penas aplicadas no Brasil: I – Privativas
de Liberdade; II – Restritivas de direitos; III – De multa.[13]
4. DA TEORIA DA PENA
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A teoria da pena surgiu como reação ao crime, tratam-se de teorias e opiniões cientificas
desenvolvidas ao longo da historia, cujo objetivo e dar controle e adequação ao combate da
criminalidade em si. Têm-se de um lado as teorias absolutas, que visam mostrar o aspecto
da retribuição ou da expiação ao crime, isto é são também conhecidas como teoria
absolutas cuja ideia se remete ao código de Talião, o qual era enxergada sob a ótica de
punição e castigo para que fosse feita e alcançada a justiça.
Seus principais defensores foram Kant e Hegel. Acerca das teorias absolutas preleciona Claus
Roxin:
Entre outras teorias vem a teoria relativas, que é a prevenção geral positiva ou negativa e da
prevenção especial ou individual. E, por fim, as teorias mistas ou unificadoras. Convém
demonstrar as principais teorias sobre a pena, que se justificam para a persecução na
repressão contra a delinquência, ou seja, as respostas por parte do Estado, para o
cometimento da infração penal.
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tradicionalismo que vigorava, caracterizado pela autonomia existente com relação ao direito
e o processo penal, possibilitando, restritamente, dispor da vida carcerária, aplicando
garantias, segurança e disciplinas na vida dos presos.
Contudo, na atualidade, tal diploma legal tem sido cada vez mais desrespeitado pelos
órgãos de segurança, configurando grave problema no Brasil, pois, a cada dia, é possível
assistir notícias na mídia mostrando rebeliões. Na realidade, o que se observa é um
verdadeiro abandono pelo qual passa hoje o sistema prisional brasileiro, seja por falta de
verbas, por descaso das autoridades e, muitas vezes, por “vistas grossas” por parte dos
governantes.
Assim, procurou-se, por meio da LEP, disciplinar os direitos e deveres do preso. Contudo, na
verdade, ocorre uma imensa negação de tais direitos, haja vista o enorme descaso que vive
o sistema prisional brasileiro. Os direitos do preso estão previstos nos artigo 41 da LEP, que
dispõe:
IV – constituição de pecúlio;
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XI – chamamento nominal;
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IV – o Conselho Penitenciário;
V – os Departamentos Penitenciários;
VI – o Patronato;
Verifica-se, na prática dos diversos órgãos listados no citado artigo da Lei de Execução
Penal, uma verdadeira incoerência, pois mais funcionam como órgãos de natureza política,
não exercendo função crítica e atuante, devido a interesses políticos governamentais, em
manobras de jogos de interesses e troca de favores. A atuação do Poder Executivo,
encarregado de criar, manter e organizar a estrutura dos presídios, na realidade, passa
longe, tornando letra morta os diversos institutos previstos na Lei de Execução Penal. Sobre
essa questão, NUCCI (2014) chama à atenção:
[…] órgão de natureza política, vinculado-se à política nacional, o Conselho é formado pelo
Ministro da Justiça, razão pela qual há um forte conteúdo político nessas designações.
Dificilmente, vê-se, nos meios de comunicação em geral, a atuação critica desse conselho
em face da atividade governamental quanto á administração penitenciaria. A explicação é
lógica: a sua composição é amistosa. Na prática, portanto, o conselho acaba propondo
diretrizes harmônicas com o Governo, seja de que partido for, deixando de exercer a
importante função crítica e a devida fiscalização dos presídios. Em lugar de se dirigir á
sociedade, como órgão público que é, criticando, por exemplo, a falta de Casas do
Albergado em vários Estados ou a superlotação de inúmeros estabelecimentos penais,
termina por agir de maneira imperceptível aos meios de comunicação.[18]
Após três décadas da vigência da LEP, percebe-se que grande parte dos institutos nela
previstos, por mais avançada que seja a legislação brasileira, parecem mais letras mortas,
sem relevância em muitos estabelecimentos prisionais pelo país, devido à falta de
infraestrutura e vontade política para efetivamente resolver o problema penitenciário
nacional, o que torna tarefa difícil o fiel cumprimento dos deveres e direitos nela contidos. Privacidade - Termos
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A política criminal brasileira arrasta-se a passos curtos e lentos. O abalo constante dos
padrões de justiça é revelado em diversas circunstâncias como, por exemplo, no atual
contexto da realidade penitenciária, tipicamente criminalizante, um modelo de sistema
arcaico, próprio para a internalização dos apodrecidos valores da vida carcerária, sempre a
fomentar malefícios que, na teoria, se propõe a evitar.
Percebe-se que o Brasil tem experimentado uma crescente demanda de vagas e um enorme
crescimento de sua população carcerária, atingindo, assim, índices alarmantes de
superlotação, contrariando a LEP, bem como o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana.
Dados do Ministério da Justiça mostram tal realidade, como se verá no próximo tópico.
O crime lesa interesses individuais e coletivos. Sendo assim, dentre os diversos tipos de
pena, a pena privativa de liberdade é o meio de coerção desde os primórdios do século.
Com caráter aflitivo, serviu e ainda serve ao cerceamento de liberdade e, com a pena
privativa de liberdade o indivíduo se vê privado de tal direito fundamental. Nos primórdios
do século XVIII eram as chamadas penas capitais, culminando em mutilação dos detentos,
que acabavam pagando a pena com seu próprio corpo.
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Com isso, o Brasil passa a ter a quarta maior população carcerária do mundo, segundo
dados do Centro Internacional de Estudos Prisionais. Tabela atualizada pelo INFOPEN, em
2015, aponta o Brasil com uma população carcerária no total de 607.731, incluindo homens
e mulheres, nos diversos regimes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da
Rússia. Cotejada a taxa de aprisionamento desses países, constata-se que, em termos
relativos, a população prisional brasileira perde somente para os Estados Unidos, a Rússia e
a Tailândia que têm um contingente prisional mais elevado. [21]
O grande problema existente nos presídios e penitenciárias espalhadas pelo país origina-se
da superlotação, da violência, da crescente macrocomunidade carcerária e do fato de que
poucos presídios são construídos, representando, assim, verdadeira afronta ao princípio da
dignidade da pessoa humana e aos direitos fundamentais. O art. 5º, inciso XLIX, da
Constituição Federal de 1988, inclusive, assegura ao preso o respeito à sua integridade física
e moral.
Percebe-se que as cadeias, na atualidade, servem apenas como verdadeiros depósitos, onde
os presos são ali descartados como lixo. O Estado se preocupa tão somente em aplicar a
segregação e o castigo ao preso, o que lhe é imposto pelo delito cometido.
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A APAC foi fundada em 1972, na cidade de São José dos Campos, São Paulo, por meio de
um grupo, liderado pelo Dr. Mário Ottoboni, que, preocupado com o problema das prisões
na cidade, passou a pesquisar a situação carcerária em âmbito nacional. No início, era um
trabalho na forma de uma Pastoral Penitenciária, contudo, diante das dificuldades
observadas, transformou-se em uma entidade civil de direito privado, surgindo como
alternativa ao sistema prisional, já falido e que não recupera ninguém.
Segundo Mário Ottoboni, citado por Durval Ângelo de Andrade as APAC’s, tem sido uma
alternativa em relação ao sistema prisional tradicional, em virtude disso tem se mostrado
como um sistema de elevado sucesso não só no Brasil, mas como em outras partes do
mundo”[23]. Isso se deve à redução de índices de reincidências e a minimização de índices de
violência em seus diversos Centros de Reintegração Social.
A eficácia do método, ao longo de todos esses anos, desde que foi implantado, consiste em
trabalhar sob a filosofia de que todo homem é maior que seu erro, todos merecem uma
nova chance, e nesse prisma, o indivíduo precisa ser recuperado. Esse é o objetivo central do
método, como aponta Mario Ottoboni, citado por Durval Ângelo de Andrade :
[…] Não basta prender, é preciso recuperar. Este é o objetivo central que deve imperar.
Ninguém é irrecuperável. Nascemos puros e com o alvará de soltura. A liberdade sucede ao
nascimento, portanto, é a segunda mais valiosa conquista do ser humano. Segundo Jean
Jacques Rousseau, “nascemos puros, o meio ambiente é que corrompe”. [24]
O modelo “Apaqueano” reflete uma preocupação por parte do legislador em garantir uma
política criminal que torne efetiva a punição do agente que atua em desconformidade com a
legislação, observando a humanização da execução penal.
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Dispõe o art. 3º na Lei de Execução Penal, que “ao condenado e ao internado serão
assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei”[25]. Tal dispositivo
deixa clara a imprescindibilidade da oferta de meios pelos quais os apenados possam
participar construtivamente da comunhão social, assegurando-os direitos fundamentais,
dispostos no art. 5º, salientando-se aqui o inciso XLIX, da Constituição Federal no qual “é
assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”.[26] No mesmo sentido o
artigo 38 do Código Penal prescreve que: “O preso conserva todos os direitos não atingidos
pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade
física e moral”. [27]
Conforme disserta Júlio Fabbrini Mirabete: O sentido imanente da reinserção social, nos
termos da LEP, compreende a assistência e a ajuda na obtenção dos meios capazes de
permitir o retorno do apenado e do internado ao seio social, em condições favoráveis para a
sua integração , não se confundindo com qualquer sistema de tratamento que procure
impor uma hierarquia de valores em contraste com os direitos de personalidade do
condenado.[28]
Para que se tornem efetivos todos os preceitos normatizados pela legislação de execução
penal é imprescindível a cooperação da comunidade, prevista no artigo 4º da LEP, que
determina que “o Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de
execução da pena e da medida de segurança”. [29]
A filosofia do método APAC tem como função orientar todos os recuperandos, observando a
valorização da pessoa humana, com disciplina rígida, baseada no respeito, trabalho e
envolvimento familiar do sentenciado, como forma de se manter os laços afetivos, dando
condições e ânimo para que o condenado tenha maiores chances de recuperação. Segundo
Mario Ottoboni “a APAC propugna acirradamente por matar o criminoso e salvar o homem.
Por isso, justifica-se a filosofia desde os primórdios de sua existência: matar o criminoso e
salvar o homem”.[30]
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[…] o delinquente é condenado e preso por imposição da sociedade, ao passo que recuperá-
lo é um imperativo de ordem moral, do qual ninguém deve se escusar. A sociedade somente
se sentirá protegida quando o preso for recuperado. A prisão existe por castigo e não para
castigar, é a afirmação cujo conteúdo não se pode perder de vista.
O Estado, enquanto persistir em ignorar que é indispensável cumprir sua obrigação no que
diz respeito á recuperação do condenado deixará a sociedade desprotegida. Como é sabido,
nossas prisões são verdadeiras escolas de violência e criminalidade.[33]
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O presente julgado mostra que não ser aceitável que o preso sofra com a ineficiência do
Estado pela falta de casas do albergado. De acordo com o artigo 115 da LEP “ o juiz poderá
estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das
seguintes condições gerais e obrigatórias […].[36] Privacidade - Termos
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A decisão dada pelo TJMG foi no sentido de autorizar a permanência do detento, durante o
repouso e nos dias de folga, para que o mesmo pudesse pernoitar e permanecer recolhido
na APAC da comarca, já que, pelo caso em tela, quando não há estabelecimento adequado
para o cumprimento de pena no regime aberto, é lícito o comparecimento do reeducando à
APAC, visando a promoção de palestras e cursos que lá são oferecidos, promovendo o
desenvolvimento do preso reeducando.
O julgado acima, cuja relatoria é do Des. Herbert Carneiro, deu provimento ao Agravo em
Execução Penal, contra decisão do juiz da 2º Vara da Comarca de Arcos, que indeferiu
pedido de remissão de pena por ter o agravante desenvolvido atividades de laborterapia, o
que, no entendimento do juiz, não configura atividade como forma de trabalho. Entendeu o
relator que a atividade de laborterapia é reconhecida e desenvolvida pela metodologia
APAC como espécie de trabalho que visa a ressocializaçao e recuperação do preso, uma vez
que, pela regra do artigo 126 da LEP, que traz a regra da remissão, limita-se tão somente a
apontar o trabalho ou estudo como atividades que podem remir parte do tempo de
execução da pena, não fazendo acepção da espécie do gênero trabalho. O Relator assim
destaca:
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9 CONCLUSÃO
Apesar das falhas, a pena ainda continua sendo um mal necessário, ao menos quando o
indivíduo representa uma ameaça para a sociedade.
Os traumas causados pelo sistema penitenciário nos internos e seus familiares dificilmente
serão superados por completo. Alguns podem até conseguir se reintegrar à sociedade com
sucesso, contudo, a grande maioria da população carcerária carregará os estigmas de ex-
detento pelo resto de suas vidas, o que, com certeza, se refletirá nas futuras gerações.
A solução para muitos dos problemas penitenciários é a realização de uma reforma, não só
nas leis, mas também nos pensamentos e ideologias daqueles que as produzem.
Verificou-se que o sistema prisional tradicional apenas visa o castigo, inexistindo qualquer
preocupação com higiene ou ressocialização, e os que ali estão não tem sequer
assegurados, na prática, os direitos da dignidade da pessoa humana.
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O Poder Público justificando-se pela falta de vagas, verbas e de condições para resolver o
problema carcerário continua desrespeitando os direitos dos presos no ato da persecução
penal, ofertando um sistema carcerário defasado, super lotado, enfim, um depósito de
pessoas que vivem em situações desumanas, impedindo a sua ressocialização. O preso
encarcerado se sujeita a todo tipo de crueldade e humilhação, prevalecendo no cárcere a lei
do mais forte. Os direitos mínimos dos presos são habitualmente violados, razão pela qual
não há condição favorável para a ressocializaçao.
Conclui-se, pois, que o futuro melhor para o sistema prisional brasileiro pode estar na
ampliação das APACs, sobretudo, porque, neste modelo respeita-se a dignidade da pessoa
humana do condenado e toda sociedade se torna co-participante neste processo de
recuperação e ressocialização.
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http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm.>. Acesso em: 10.jul.2018.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Trad. de Lígia M. Ponde Vassallo. 15. ed. Petrópolis:
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GRECO. Rogério. Curso de direito penal: Parte geral (arts.1ª a 120 do CP). 9.ed. Rio de
Janeiro. Impetus.2007. v.1.
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(2009). Disponível em: <http://www.tjmg.jus.br/info/pdf/?uri=/terceiro
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NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 8. ed. rev. atual
e ampl. Rio de Janeiro: Forense,2014. v.2.
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OTTOBONI, Mário. Vamos matar o criminoso?: Método APAC. 4. ed. São Paulo:
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PRADO, Luiz Regis. Direito penal: parte geral. 2. ed. reform. atual. e ampl. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2008. v.1.
ROXIN, Claus. Derecho Penal: Parte General – Fundamentos. La estructura de la Teoria del
Delito. Tomo I. Traducción de la 2ª ediciónalemana y notas por Diego-Manuel Luzón Pena;
Miguel Diaz y Garcia Conlledo; Javier de Vicente Remesal. Madri: Thomson Civitas, 2003.
SOUZA, Renato. Rebeliões, mortes e fugas em presídios marcam o início de 2018. Disponivel
em: < https://correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/01/15/interna-
brasil,653290/rebelioes-mortes-e-fugas-em-presidios-marcam-o-inicio-de-2018.shtml. >.
Acesso em: 16 jul 2018.
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27/03/2021 O Método APAC Como Alternativa de Ressocialização do Preso, à Luz de Lei de Execução Penal - Âmbito Jurídico
[2] Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Estado de Minas Gerais (
PUC – Minas). Advogado.Pós graduando em Direito Penal e Processo Penal pela UCAM. E-
mail: silva_drummond@hotmail.com
[3]
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal – Parte Geral e Especial. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005. p. 335
[4] ANDRADE, Durval Ângelo. APAC: a face humana da prisão: 2. ed.Belo Horizonte: O
lutador,2014,p.34-35.
[5] FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Trad. de Lígia M. Ponde Vassallo. 15. ed. Petrópolis:
Vozes, 1987.p11.
[6]
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Trad. de Lígia M. Ponde Vassallo. 15. ed. Petrópolis:
Vozes, 1987.p33
[7]
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Trad. de Lígia M. Ponde Vassallo. 15. ed. Petrópolis:
Vozes, 1987.p33
[8] ANDRADE, Durval Ângelo. APAC: a face humana da prisão: 2. ed.Belo Horizonte: O
lutador,2014,p.35.
[9] GRECO. Rogério. Curso de direito penal: Parte geral (arts.1ª a 120 do CP). 9.ed. Rio de
Janeiro. Impetus.2007. v.1,p.517
[10]
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Trad. de Lígia M. Ponde Vassallo. 15. ed. Petrópolis:
Vozes, 1987.p 221.
[11]
PRADO, Luiz Regis. Direito penal: parte geral. 2. ed. reform. atual. e ampl. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2008. v.1. p.137.
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27/03/2021 O Método APAC Como Alternativa de Ressocialização do Preso, à Luz de Lei de Execução Penal - Âmbito Jurídico
[13]
BRASIL. Código Penal (1940). Código penal. 12 ed. São Paulo: Ridel, 2012.
[14] ROXIN, Claus. Derecho Penal: Parte General – Fundamentos. La estructura de la Teoria del
Delito. Tomo I. Traducción de la 2ª ediciónalemana y notas por Diego-Manuel Luzón Pena;
Miguel Diaz y Garcia Conlledo; Javier de Vicente Remesal. Madri: Thomson Civitas, 2003., p.
81-82
[15] BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário
Oficial da União, Brasília,11 de jul. 1984. Disponível em: <
http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm.>. Acesso em: 10.jul.2018.
[16]
BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário
Oficial da União, Brasília,11 de jul. 1984. Disponivel em: <
http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm.>. Acesso em: 10.jul.2018.
[17] BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário
Oficial da União, Brasília,11 de jul. 1984. Disponivel em: <
http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm.>. Acesso em: 10.jul.2018.
[18]
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 8. ed. rev.
atual e ampl. Rio de Janeiro: Forense,2014. v.2. p. 236.
[19] SOUZA, Renato. Rebeliões, mortes e fugas em presídios marcam o início de 2018.
Disponivel em: < https://correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/01/15/interna-
brasil,653290/rebelioes-mortes-e-fugas-em-presidios-marcam-o-inicio-de-2018.shtml. >.
Acesso em: 16 jul 2018.
[20]
BRASIL. Ministério da Justiça. Execução Penal Sistema Prisional. Disponível em:
<http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJD574E9CEITEMIDC37B2AE94C6840068B1624D28407509C
Acesso em: 24 ago.2015.
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[21]
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http://www.justica.gov.br/noticias/mj-divulgara-novo-relatorio-do-infopen-nesta-terca-
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[22] NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 8. ed. rev.
atual e ampl. Rio de Janeiro: Forense,2014. v.2. p.157.
[23]
ANDRADE, Durval Ângelo. APAC: a face humana da prisão: 2. ed.Belo Horizonte: O
lutador,2014.
[24]
ANDRADE, Durval Ângelo. APAC: a face humana da prisão: 2. ed.Belo Horizonte: O
lutador,2014. p.9.
[25] BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário
Oficial da União, Brasília,11 de jul. 1984. Disponivel em: <
http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm.>. Acesso em: 10.jul.2018.
[26]
BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Rio de
Janeiro. Senado Federal, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituição/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 13 out. 2015
[27] BRASIL. Código Penal (1940). Código penal. 12 ed. São Paulo: Ridel, 2012.
[28] MIRABETE, Júlio Fabbrini. Execução Penal: comentários à Lei 7.210 de 11 julho
de1984. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1993.
[29] BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário
Oficial da União, Brasília,11 de jul. 1984. Disponível em: <
http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm.>. Acesso em: 10.jul.2018.
[30]
OTTOBONI, Mário. Vamos matar o criminoso?: Método APAC. 4. ed. São Paulo:
Paulinas,2014
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[31] MINAS GERAIS. Tribunal de Justiça. Projeto Novos Rumos na Lei de Execução Penal
(2009). Disponível em: <http://www.tjmg.jus.br/info/pdf/?uri=/terceiro
_vice/novo_rumos_execucao_penal/cartilha_apac.pdf>. Acesso em:07.nov. 2015.
[32]
OTTOBONI, Mário. Ninguém é irrecuperável: APAC, a revolução do sistema
penitenciário. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Cidade Nova, 2001. p. 9.
[33]
OTTOBONI, Mário. Ninguém é irrecuperável: APAC, a revolução do sistema penitenciário.
2. ed. rev. e atual. São Paulo: Cidade Nova, 2001. p. 20.
[34] ANDRADE, Durval Ângelo. APAC: a face humana da prisão: 2. ed.Belo Horizonte: O
lutador,2014. p.68.
[36]
BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário
Oficial da União, Brasília,11 de jul. 1984. Disponivel em: <
http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm.>. Acesso em: 10.jul.2018.
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