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3.

Fluxo Térmico Mínimo

Bom, a seguinte correlação para ebulição de piscina é a de condição de


fluxo térmico mínimo. O fluxo de calor mínimo, que ocorre no ponto de
Leidenfrost, que foi citado anteriormente, tem como principal característica o
contato periódico instável entre o líquido e a superfície aquecida. Essa
condição de regime acaba tendo pouco interesse prático, uma vez que para ela
ser obtida, é preciso controlar a temperatura da superfície do aquecedor. Se o
fluxo térmico diminuir para valores abaixo desse mínimo, o filme irá entrar em
colapso, o que vai acabar provocando o resfriamento da superfície e a
condição de ebulição nucleada vai ser restabelecida.

Zuber usou a teoria da estabilidade como base, e então obteve a


seguinte expressão para o fluxo de calor mínimo para uma grande placa
horizontal.
1
σg ( ρl−ρ ν )
q̇ mín =0,09 ρν hfg
[ 2
( ρl −ρν ) ] 4
(Equação 6)

A constante de 0,09 que aparece foi determinada por Berenson em


1961. Mas essa relação apresenta uma precisão de aproximadamente 50%
para a maioria dos fluidos a pressões mediana, porém o erro vai aumentando
em pressões mais elevadas.

4.Ebulição em Filme em Piscina

A quarta correlação que temos é chamada de ebulição em filme em


piscina.

Para temperaturas acima do ponto de Leidenfrost, um filme contínuo de vapor


acaba cobrindo a superfície, e não permiti o contato entre a fase líquida e a
superfície.

A expressão que temos, para uma condição de filme estável, para o fluxo de
calor para ebulição em película em um cilindro horizontal ou uma esfera com
um diâmetro D é dada por
1
g ( ρl −ρν ) h ' fg D3
Nu
´ D= h́ conv D

=C
[
ν ν k ν ( T s−T sat ) ] 4
(Equação 7)

As propriedades do vapor devem ser avaliadas na temperatura da


película T f =( T s+ T sat ) /2

T s temperatura da superfície do aquecedor

T sat temperatura de saturação do fluido

que corresponde a temperatura média da película de vapor, enquanto


que ρl (densidade do líquido) e h fg (entalpia de vaporização) devem ser
avaliadas na temperatura de saturação.

Para temperaturas maiores na superfície, geralmente acima dos 300°C,


a transferência de calor por radiação através da película de vapor se torna
importante e tem de ser considerada,

A Figura 2, mostra essa condição, que em temperaturas mais altas na


superfície do aquecedor a transferência de calor por radiação acaba se
tornando significativa durante a ebulição de película

Figura 1 - Em temperaturas mais altas na superfície do aquecedor a


transferência de calor por radiação se torna significativa durante a ebulição de
película
Fonte: Çengel (2015).

Como a radiação provoca um aumento na espessura do filme, não é


correto supor que os processos radiante e convectivo sejam descartados.
Bromley investigou a ebulição em filme na superfície externa em tubos
horizontais e propôs o cálculo para o coeficiente de transferência de calor total
pela equação seguinte,
4 4 1
h́ 3 =h́ conv
3
+ h́ rad h́ 3 (Equação 8)

Parah́rad < h́conv, simplificando tem-se que

3
h́=h́conv + h́rad (Equação 9)
4

E h́rad , que é o coeficiente convectivo radiante efetivo pode ser


determinado por

εσ ( T 4s −T 4sat )
h́rad = (Equação 10)
T s−T sat

Onde ε é a emissividade do sólido e σ é a constante de Stefan–


Boltzmann.

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