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Werner Ludwig Euler, Curso: Ethica e Ciência (GER 0045), 6T3456 (Ciências Biológicas)
(cont. Turma 10)
1ª aula, 24.02.2021
Introdução
Explicação etimológica: O título Ética vem da palavra grega éthos que significa: o lugar
familiar, da vida, costume, carácter. Tanto em relação a uma área da filosofia, quanto em
relação ao título de uma disciplina, esse nome tem sua origem na obra de Aritóteles. Sem
dúvida ele usava e comentou escritos dos filósofos mais velhos, como de Platão, Sókrates e
dos sofistes.
Hoje em dia, a ciência para si (ou as áreas científicas) não é simplesmente uma garantia para o
progresso da cultura, da sociedade etc., mas mais do que antes é considerada como um
problema moral, as vezes (por ex. nos experimentos biotecnológicos, o desenvolvimento e a
injeção da vacina), as vezes mesmo como uma ameaça da civilização. A pergunta da ética
científica visa à responsabilidade dos cientistas para as consequências extra-científicas de seu
agir.
No centro de nossa observação aparece uma tensão, i.e. as contradições entre a vida social dos
homens e o progresso técnico em várias áreas das ciências; é a pergunta, como princípios da
Ética e do direito podem influenciar ou regular esses processos contraditórios. Em outras
palavras, a pergunta é, se o processo do desenvolvimento das ciências e suas formas da
aplicação prática depende do pensar ético e das instituições sociais, e se essa relação seja
indispensável para o processo de uma ciência como a Biologia? É preciso de pôr limites
morais do exterior, ou existem mecanismos internos e seguros das ciências mesmas que
servem como instrumento do auto-controle e da restrição por si mesma? Em outras palavras, o
problema geral da Ética é a questão, se uma Ética particular ou especial tiver o poder, a
capacidade e a eficácia para regular ou o processo da pesquisa, ou da fabricação (produção)
ou da aplicação dos produtos, por ex., da Bio-tecnologia ou da física.
Cronograma:
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Em primeiro lugar, temos de considerar o fato de que é sintomático para o trabalhlo filosófico
usar uma linguagem dessa disciplina, que contém um vocabulário estranho. Por isso
precisamos acostumar-nos a esse estilo de conversar e escrever. O trabalho consiste
principalmente na análise e interpretação dos textos selecionados pelos critérios relevantes
para os fins de nosso curso da Ética. Essa tarefa pressupõe uma leitura intensa dos textos
originais.
Quanto as provas: consiste em dois elementos: nos resumos escritos e na apresentação final.
Informações básicas sobre a Ética de Aristóteles: é uma ciência básica e ao mesmo tempo
aplicada.
Alguns dados sobre Aristóteles: viveu 384/3 -322/1 a. Cr.; nascito em Stagira, chamado por
essa razão: o Stagirado; é criador e fundador das ciências filosóficas. Sua obra contém
investigações sobre física, metafísica, lógica, biologia, ética, política, poética e outros tópicos.
Foi discípulo da Academia de Platão, abandonou um dia essa escola e estabeleceu sua própria
escola: o ginásio.
A Ética a Nicômaco (EN) é a obra principal na área da Ética de Aristóteles; além destes livros
existem dois outros trabalhos, dos títulos: Magna Moralia, Ética eudémica. A EN abrange 10
livros, subdivididos em vários capítulos. Pertence como todos os demais escritos de
Aristóteles ao corpo dos escritos esotéricos (escritos dirigidos como manuais ao uso nas suas
aulas).
Mas, quanto à Ética, Aristóteles estudava e cita outros autores mais velhos e incorporava os
pensamentos deles na sua própria obra, por ex., estudava os sofístos, Sókrates, Platão. Em
diferença com esses pensadores, Aristóteles foi o primeiro que usou sistematicamente o nome
“Ética” e que formou uma ciência específica sob este título. Todos os outros criarem também
certos conceitos e pensamentos (ideias) que foram essenciais para uma teoria da ética como
uma ciência. Assim, por ex., Platão fala nos seus diálogos sobre a ideia do Bom ou da Justiça,
mas não escreveu um tratado específico sobre esse assunto ou tema, chamado “Ética”.
Esse pode ser uma determinação essencial ou uma definição da Ética: é a ciência que trata por
meio de um método específico das questões da vida humana como uma comunidade (animais
excluidos). Elabora regras e normas (valores) para as ações boas e más dos individuos e para
as condições da convivência humana.
- relações entre 1º, Ética e Direito (unidade e diferença); 2º, Ética e Política (virulente na
época do iluminismo no século XVIII); 3º, Ética e História no processo histórico-cultural
(valores).
uma Lógica das normas. Esse típo da Ética exclui – em diferença com a Ética teleológica –
principalmente a referência às considerações sobre fins e objetivos. Ela representa antes
deveres válidas e normas universais (mandamentos, quase leis, e proibições, por ex. de uma
menta!) – A abordagem de Aristóteles, no nível da fundamentação, é nem uma Ética
puramente deontológica (veja por ex. Livro I, cap. 1), nem uma Ética teleológica total. Quanto
a Ética a Nicômaco trata-se de uma ciência básica e ao mesmo tempo aplicada
Cap. I
§1
§2
Primeira consequência? -> existem muitos fins segundo a variedade das atividades, artes e
ciências.
Outras consequências? -> os fins das artes primeiras são mais preciosas do que aquelas das
artes subordinatas. - Porque? -> porque os últimos são seguidos (executados) por causa dos
primeiro. – Dê exemplos!
Cap. II (Pensadores)
§1
Por qual razão, o fim que queremos em e para si mesmo, e os outros apenas no nome dele, é o
bom e o ótimo (sumo bem, bem supremo)? -> porque não faz um sentido querer/desejar que
todos os fins são dados apenas em relação a outros, e nosso desejo seria vão (indeterminado).
§2
Quais são as perguntas de A., collocadas a esse Bom? -> se ele tiver um sentido prático para
nossa vida -> e se podemos alcançar com mais exatidão e facilidade nosso objetivo.
Suposto esse é o caso, A. pretenda compreender. O que é esse Bem e a qual ciência e
competência ele pertence? -> primeira possibilidade: poede pertencer à ciência política! –
Porque? -> porque é essa ciência que determina e pauta, quais são as ciências básicas e mais
necessárias nos estados. Os demais ciências respeitadas devem ser subordinadas a ela.
Quanto à ciência política, A. determina 1) que ela se serve dos outras ciências práticas
(minores) e 2) que ela da as leis que determinam que devemos ou não devemos a fazer.
Depois: se segui que a finalidade da política abrange todos os fins das outras ciências. Então:
a finalidade da política é o “bem humano”.
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Que vale mais: o bom do individuo ou o bom do estado (da comunidade)? -> o último. Há um
argumento, aqui, a favor dessa afirmação? -> não. – Pode imaginar (sugerir) uma razão
adequada?
Cap. III
§1
Porque não é possível atingir (alcançar) uma determinidade perfeita nesta parte da ciência
política? -> por causa da variedade e fluctuação das opiniões sobre o objeto dessa ciência.
§2
Qual é a conclusão prática do autor com base neste esclarecimento (nestas “premissas”)? -> se
contentar com a verdade provável (não estrita).
É mais uma conclusão, mais geral? -> o “homem culto” (o discipulo) tem de requerer nas
disciplinas singulares tanta exatidão (precisão) como a “natureza do assunto” permite [isso
significa que existem certas limitações naturais (objetivas!) do conhecimento humano]
§3
Porque, segundo a opinião de A., um jovem não é bem preparado para assistir às aulas da
ciência política? -> são dois respostas possíveis: 1) porque falta-lhe a experiência na prática
da vida (um habito moral); 2) Ele segue às suas paixões e não à razão (logos); e as paixões
impedem o conhecimento [é um conflito entre as partes da alma humana mesma] e causam
uma falta [isso pode ser o estado inicial da educação, que é natural].
§1
Aristóteles volta ao assunto inicial e pergunta que? -> para qual coisa tenda a ciência política?
Outra pergunta é: o que é o Sumo Bem prático? -> qual é a resposta de A.? -> a gente
identifica o bem viver como “o ser feliz” (a felicidade) – esse é correto? -> não, porque
ninguem sabe o significado autêntico do nome “felicidade” (não é prazer, nem riqueza, nem
honra).
Depois A. anuncia investigar e provar as opiniões mais conhecidas sobre essa matéria.
§2
§3
A. Fala sobre a posição de Platão neste respeito. O que ele (Platão) disse em relação à regra
citada (§ 2)?
A resposta de A. é? -> começar das coisas já conhecidas para promover as desconhecidas. –
Qual diferença A. faz? -> entre dois significados do que é “conhecido”: para nós e em si. –
Tente explicar essa diferença: subjetivo (provisório) e objetivo (determinação verdadeira). –
O que A. recomenda praticamente? Quais são as condições (pressuposições) desse
procedimento? -> antes dos estudos acadêmicos precisa “ter sido educado nos bons hábitos”.
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– o que significa isso? Porque esse modo de começar é recomendável? -> porque é um fato
conhecido, que facilita os estudos depois, e não precisa mais de uma explicação.
Interprete as palavras citadas de Hesiod ...