Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétria e de Telecomunicações

Dispersão, Velocidade de Fase e de Grupo

Prof. Hypolito José Kalinowski

April 5, 2021
Meios dispersivos e não dispersivos
Realidade x Idealização – (Palais Hurd, Cap. 7)

• Ondas planas em meio onde vp (ω)

• Informação transmitida: sinais constituidos por diferentes
frequências → deslocamento relativo de fases (ω)
I distorção do sinal
I devido à dispersão no meio
• Tais meios denominados Dispersivos
• O vácuo, por definição, é não dispersivo!
• De fato, o conceito de velocidade de fase aplica-se apenas
a ondas monocromáticas.
• Sinais reais possuem forma espectral, decorrente de múltiplas
frequências (banda ou espectro) → velocidade de grupo

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Equação de Onda
(escalar)

• Equação de onda para componente genérica transversal:

∂2Ψ
− γ2Ψ = 0 (1)
∂z 2
onde
γ 2 = (α + jβ)2 = −ω 2 µ + jωµσ
• Meio não condutor σ = 0, logo

∂2Ψ
+ β2Ψ = 0 (2)
∂z 2
onde
√
β = ω µ (3)

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Ondas Planas
(superposição)

• Solução particular:

Ψ(z, t) = Ae −j(βz−ωt) + Be +j(βz+ωt) (4)

• Considerando apenas a onda propagando ao longo de +z

Ψ(z, t) = Ae −j(βz−ωt) (5)

• Como 1 é linear, solução geral pode ser obtida por superposição

• ondas periódicas → somatório discreto (série Fourier)
• ondas aperiódicas ou finitas → integral de Fourier
Z +∞
Ψ(z, t) = A(ω)e −j(βz−ωt) dω (6)
−∞

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Meios de Propagação
(real ou ideal)

• Relação explicita entre β e ω dada por 3

I Meio não dispersivo → Linear
I Meio dispersivo, β(ω) geralmente Não Linear

Figure: Diagramas ω − β para meios dispersivos e não dispersivos

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Inversão Funcional
ω(β)

• Podemos considerar ω(β) ou β(ω)

• Invertendo a variável de integração
Z +∞
Ψ(z, t) = A(β)e −j(βz−ωt) dβ (7)
−∞

onde A(β) é diferente de A(ω).

Onda aproximadamente periódica, banda limitada, A(β) ≈ 0 exceto em
β1 ≤ β ≤ β2 (podia-se considerar o mesmo no espaço ω)
• Com isso, limitamos a integração de (7) ao intervalo β1 , β2
Z β2
Ψ(z, t) = A(β)e −j(βz−ωt) dβ (8)
β1

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Expansão de ω
(a partir de uma frequência ”central”)

• Expandindo ω(β) por série de Taylor:

dω(β◦ )
ω(β) ≈ ω(β◦ ) + (β − β◦ ) (9)
dβ
 dω(β◦ ) 
−βz + ωt ≈ −βz + ω(β◦ ) + (β − β◦ ) t (10)
dβ
• ω(β◦ ) → ω◦ e incluindo ± β◦ z no lado direito de (10), obtemos

 dω(β◦ ) 
−βz + ωt ≈ (−β◦ z + ω◦ t) + (β − β◦ ) t −z
dβ
• Permitindo escrever (8) como

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Envoltória do sinal
(modulação !)

Ψ(z, t) = Ψ◦ (z, t)e −j(β◦ z−ω◦ )t (11)

ou seja, uma onda harmônica (termo exponencial) com uma amplitude variável
Z β2  dω(β
◦)

j(β−β◦ ) t−z
Ψ◦ (z, t) = A(β)e dβ (12)
β1

que é apenas função de z e t (após integrar em β).

O módulo de Ψ◦ é constante quando

dω(β◦ )
t − z = constante
dβ

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Velocidade de Fase e de Grupo
Meios dispersivos ou não dispersivos

Logo, a envoltória do sinal (grupo ou pacote de onda) propaga-se com uma velocidade

dω(β◦ ) 1
vg = = dβ(ω◦ )
dβ
dω

• No gráfico da página (5) vg é dada pelo coeficiente angular de ω(β) para uma
frequência ω◦ , já a velocidade de fase (em ω◦ )é dada pela razão ω◦ /β◦ , e são
nitidamente diferentes.
• Para meios não dispersivos (ω(β) linear) as duas velocidades coincidem.
• Importante lembrar que a energia (ou informação) se propaga com a envoltória do
sinal e assim a velocidade de grupo é limitada à da luz.

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Comparação Velocidade de Fase e de Grupo
Batimento frequências

Figure: Sinal propagado, velocidades de fase e de grupo para um sinal com duas frequência
próximas (batimento)

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Importante
Dispersão

• No vácuo µ◦ e ◦ são constantes, então qualquer sinal se propaga sem dispersão e

vg = c.
• Meios materiais são geralmente dispersivos.
• Mesmo o espaço interestelar possui um meio não perfeito (baixa densidade de ı́ons
ou partı́culas) e assim há dispersão dependente da frequência.
• Quanto maior a banda espectral do sinal, maior será a dispersão.
• Sinais curtos requerem componentes em frequência numa banda maior, assim
sofrem mais os efeitos de dispersão.
• O deslocamento de fase relativo entre as diversas frequências na banda do sinal
leva a uma distorção na sua forma, Eq. (12)

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Aula est

OBRIGADO!!!

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