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Geraldo, auxiliar de serviços gerais, foi admitido em 02.02.2010 pela empresa Lojas Duzentos e Dez LTDA.,
tendo pedido demissão em 15.07.2015, percebendo como remuneração o valor de R$ 1.200,00. Alega
que não recebeu o pagamento das verbas rescisórias e que a reclamada cancelou o plano de saúde.
Diante do exposto, ajuizou reclamação trabalhista, em 26.03.2018, requerendo o pagamento das verbas
rescisórias, bem como a ativação do plano de saúde, mas não liquidou os pedidos.
Em virtude da ausência de concessão das verbas rescisórias e do cancelamento do plano, pretende a
compensação por danos morais no valor de 500.000,00.
Informa a reclamada que alterou a denominação social para Lojas Duzentos e Dez S.A. e que não foi
citada no endereço correto, conforme alteração contratual. Aduz ainda que não efetuou o
pagamento das verbas rescisórias, porque o empregado não tem direito, já que não cumpriu o prazo
do aviso prévio, estando o TRCT zerado, bem como que a convenção coletiva, em sua cláusula 34ª
estabelece que a obrigação de conceder plano de saúde, perdura somente na vigência do contrato
de trabalho.
Com base nos fatos , elabore a medida judicial adequada para resguardar os interesses da reclamada.
CONTESTAÇÃO – PRÁTICA
TRABALHISTA
► CONCEITO: Ato processual de defesa, com a finalidade de garantir o direito à ampla defesa
e ao contraditório (arts. 841 da CLT c/c 335 do CPC/2015).
► NULIDADE PROCESSUAL
A reclamada não foi devidamente citada, tendo em vista que a notificação foi encaminhada
para o endereço errôneo, pois o estabelecimento empresarial está situado em novo endereço,
conforme alteração contratual de fl.___.
Desse modo, requer a declaração de nulidade do processo por ausência de citação válida, nos
termos do art. 239 do CPC c/c art. 769 da CLT.
PRELIMINARES
► PLANO DE SAÚDE
Considerando que o contrato de trabalho foi extinto, a reclamada não é obrigada a continuar
concedendo plano de saúde ao reclamante. A convenção coletiva, em sua cláusula 34ª
estabelece que a obrigação perdura somente na vigência do contrato de trabalho, razão
pela qual requer a improcedência do pedido.
► COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL
Conforme Incidente de Uniformização de jurisprudência do TRT da 1ª Região, o dano moral à
título de ausência de pagamento de verbas rescisórias não é presumido (in re ipsa), devendo
ser comprovado o prejuízo. Ocorre que o reclamante não comprovou o alegado, ônus que a
este competia, na forma do art. 818 da CLT.
Com relação ao plano de saúde, conforme exposto, não há nenhuma obrigação contratual
da reclamada após a extinção do contrato de trabalho, salientando, inclusive, que o
negociado prevalece sobre o legislado, na forma do art. 611-A da CLT.
Destarte, requer a improcedência do pedido.
COMPENSAÇÃO
► COMPENSAÇÃO
Considerando que o reclamante não cumpriu o prazo do aviso prévio, requer a
compensação da refrida parcela com as demais verbas rescisórias que forem deferidas, nos
termos do art. 767 da CLT.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Honorários Advocatícios:
Com fulcro no art. 791-A da CLT, requer a concessão de honorários de sucumbência a serem,
fixados entre 5% a 15% sobre o valor que resultar da liquidação de sentença, nos moldes do art.
791-A, caput, da CLT.
REQUERIMENTOS