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VOLUME VIl
NúMERO 40
JULHO
AGOSTO
1970
A. Miehe
A. Franke SUMARIO
F. Chermont
R. Teodoro da
Silva , 907 CAPA - Consola com TRC, usado na disp.osição de células indi-
Rio de Janeiro vidua is sôbre a pastilha de silício, na fabricação de Cls. Veja
C.P. 30.869
t vedado o reprodução dos textos e dos ilustrações publicados nesta revista.
salvo mediante autorização por escrito do redação.
São Paulo - Brasil
PREÇOS
Exemplar avulso e número atrasado : CrS 2,20; ASSINATURA I ANO:_ reQistrada,
Cr$ 12,00, aérea registrada , Cr$ 17,50; ASSINATURA 2 ANOS : reg1strada , Cr$
22 ,00; aérea registrada, Cr$ 33,00; ASSINATURA 3 ANOS: regi st rada, Cr$ 31 ,00;
aérea registrad o, Cr$ 47 ,00.
As assi naturas deverão ser enviadas para ETEGIL - C. P. 30 .869 - S. P., utili-
zando o cupom de assinatura publicada na últ1ma página .
MEDIDOR
de
6pUJLR$0e5,&2BOGGIO
curto Circuitos
em
enrolamentos
e um instrumento de grande valia em uma oficina; neste artigo iremos
explicar sua teoria e montagem com detalhes.
Diversas vêzes nos deparamos com o problema campo gerado pela bobina osciladora; isto forçará
de termos um enrolamento de um transformador, o oscilador a parar. Se não houver espiras em curto,
choque, etc., o qual suspeitamos estar em curto. A não haverá o aparecimento do campo magnético
primeira idéia, seria utilizar um ohmímetro para contrário, e o oscilador continuará funcionando nor-
verificar êste curto. Para vermos a possibilidade malmente. Bastará agora termos um meio de medir
dêste teste, imaginemos o seguinte exemplo. se o oscilador funciona ou não, para sabermos se
o enrolamento em teste está perfeito ou não. e
Temos um choque de baixa freqüência que com essa idéia que desenvolvemos o circuito da fi-
possui um enrolamento de 1000 espiras. A resistên- gura 1.
cia ôhmica do fio em cada espira é 0,1 n. Assim
a resistência ôhmica total do enrolamento será O conjunto I" T,., R,, D, e c, formam uma
1000 X 0,1 = 100 n. Imaginemos agora que uma fonte de alimentação de tensão negativa em relação
espira entre em curto, o que é suficiente para inuti- ao chassi. epor isso que C, está com o positivo à
lizar o choque. Agora temos 999 espiras com 0,1 n massa.
e 1 espira com 0,0 n (espira em cutro). A resis-
O transistor T, e seus agregados formam um
tência total será: 999 X 0,1 + 1 X 0,0 = 99,9 n.
circuito oscilador. Um sinal qualquer que apareça
Para detetarmos uma variação de 100 n (cho- em L, é realimentado através de L, à base do tran-
que bom) para 99,9 n (choque ruim) teremos de sistor. e esta realimentação que mantém o circuito
ter, não um ohmímetro comum, mas sim uma ponte oscilando. O potenciômetro regula a taxa de reali-
de medida de resistores, as quais normalmente só mentação aplicada à base. Assim se o potenciômetro
existem em laboratórios. Mesmo com esta ponte, ne- R, estiver em posição de resistência nula (On) , tere-
cessitaríamos de saber qual era a resistência do enro- mos a maior taxa de realimentação e o circuito oscila
lamento bom (100 n) e a que temperatura. Ora, fortemente. Se formos aumentando a resistência de
êste valor após a queima do choque, torna-se por R, a taxa de realimentação irá diminuindo e o cir-
meios práticos impossível descobrir, pois o fabri- cuito irá oscilar cada vez mais fracamente até que,
cante nos forneceria um valor médio e não o valor ao chegarmos por volta dos 10 kn êle pára de osci-
exato dêste particular choque que estamos testando. lar. O motivo de fazermos um oscilador com osci-
Por outro lado, a variação de temperatura ambiente lação bem fraca é para que , mesmo com pequenos
é suficiente para alterar mais do que 0,1 n em curto-circuitos que desejamos detetar, o oscilador
1000 espiras. páre de oscilar.
Desta explanação concluímos que é impossível Observamos assim que o potenciômetro R, ajus--
com ohmímetro comum detetarmos um curto-circuito ta a sensibilidade de teste do medidor.
em enrolamento, salvo se êste curto fôr total ou
A bobina Lt capta o sinal gerado em L2 L,,
quase total. Quando o circuito oscila, teremos um sinal em LI e
Em vista disto, resolvemos testar o enrolamento quando não oscila, não existirá tensão induzida em
dinamicamente. Para tal imaginemos uma bobina de L 1• Se pusermos um medidor sôbre os terminais de
um circuito oscilador em funcionamento. Se em L 1, poderemos detetar quando o circuito para de osci-
tomo desta bobina colocarmos uma outra com espi- lar. Todavia, observamos anteriormente que o osci-
ras em curto (por exemplo, o nosso choque) se indu- lador é muito delicado e fàcilmente para de oscilar.
Ora, colocar um medidor em L 1 é puxar energia
zirá uma forte corrente nas espiras em curto, o que do oscilador, e nestas condições ele para. Conclui-
criará um campo magnético tendendo a anular o
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01
BY127
110 v
R5
510 Sl
T2 T3
OC7S AC128
FIG. 1
mos que necessitamos de um medidor muito sensível. Marque sôbre o lado cobreado a figura 2. Para
No nosso caso necessitaríamos de um medidor tal intercale entre a fôlha da revista e a chapa de
de 50 J..LA em fim de escala. Porém instrumentos cobre, um carbono decalcando com uma esferográfica
desta sensibilidade custam muito caro e por isso a figura. Observe se o carbono está realmente mar-
optamos para outra solução. cando no cobre. Caso isto não aconteça, é sinal
Como vemos na figura 1 acoplamos a L, um cir- de que a superficie do cobre está muito limpa En-
cuito amplificador composto por T,, T, e T,. Aco- gordure então levemente a superficie cobreada
plamos todos os transistores diretamente, pois desta repetindo o processo anterior. Note que o traço A
forma evitamos capacitores de acoplamento e re- (contorno) da figura 2 fique bem centrado na cha-
sistores de polarização. pa de cobre.
Após decalcada a figura 2, tome um estilete,
Quando tivermos sinal em L, devido a osci- que poderá ser a ponta seca de um compasso velho,
lação de T, êste sinal será fortemente amplificado, ou um prego com uma ponta bem afiada, e risque
de forma a acender a lâmpada LP,. Se o oscilador fortemente sôbre o cobre, tôdas as linhas marca-
pára, não haverá sinal em L,, não haverá sinal das pelo carbono.
amplificado e a lâmpada fica apagada. Terminada a marcação deve-se efetuar todos os
Assim podemos relacionar: furos.
bobina em teste com curto - oscil ador para- Os furos marcados com os números 11 e 12
do - lâmpada apagada deverão ser feitos com uma broca de 1/8" (aprox.:
bobina em teste sem curto - oscilador funcio- 3,2 mm). Em tais orificios é que serão fixados os pa-
nando - lâmpada acesa. rafusos do transistor AD149. Desta forma é de todo
conveniente que o leitor confira se os furos 11, 12,
Vista a teoria de funcionamento do circuito 1O e 14 coincidem com os de seu transistor antes
poderemos passar à descrição de montagem. de efetuar a furação.
Os furos 1O e 14 deverão ser feitos com uma
MONTAGEM brocade 1,6mm(1/16").
A primeira peça que iremos fazer é a chapa de Os demais furos serão feitos em uma broca de
circuito impresso. Para tal consiga um pedaço de 0,8 mm (1/32"). Se o leitor tiver dificuldade em
fenolite (chapa de circuito impresso) com 1,5 mm encontrar tal broca poderá improvisar, com um pre-
de espessura x 55 mm de largura x 80 mm de com- go de 0,8 mm de diâmetro, afiando sua ponta. Co-
primento. Não é necessário acertar as bordas pois locando o prego na funrleira e usando-o como uma
isto será feito posteriormente. broca, terá furos idênticos aos conseguidos com a
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•
FIG. 2-C
broca. Não tente efetuar os furos martelando, pois o arremate nos bordos da chapa até que seja atin-
rachará todo o fenolite. gido o contorno A da figura 2.
Terminada a furação deveremos lavar tôda a Lave novamente a chapa, utilizando agora es-
chapa com água e sabão neutro (sabonete, sabão de ponja de aço e sabão neutro, esfregando a parte cc-
côco, etc.), esfregando levemente o lado cobreado, breada, até ficar brilhante.
com uma esponja de aço (palhinha Bom Bril). Após Após secada a chapa aplique sôbre a face cc-
isto seque bem a chapa e passe, com um algodão, breada uma solução de álcool com breu. Tal apli-
acetona no lado cobreado, deixando secar. Esta lim- cação serve para evitar a oxidação do cobre, e fa-
peza é necessária para que o esmalte que iremos cilitar a soldagem.
aplicar adira bastante na chapa de cobre.
Esta solução pedrá ser fàcilmente preparada pe-
Com esmalte de unha, preencha no lado cc- lo leitor, tomando uma pedra de breu, triturando-a
breado , tôdas as partes achuradas na figura 2A. É nes- com um martelo, e misturando com álcool dentro
te instante que os sulcos desenhados pelo estilete de um vidro, agitando fortemente . Deveremos ir
serão úteis, evitando que o esmalte ultrapasse o adicionando breu ao álcool até que se comece for-
seu limite. Deve-se agora deixar o esmalte secar mar um resíduo de breu, no fundo do vidro, indi-
bastante. Após isto mergulhe a chapa esmaltada cando que a solução está saturada.
numa solução de percloreto de ferro. Êste produto Passaremos agora à montagem dos componen-
é fàcilmente encontrado em casas de produtos quí- tes na chapa de fenolite. Coloque entre os furos 2
micos. De tempos em tempos (cada quinze minutos e 3 um resistor de 3Q (R,). Tal resistor poderá
por exemplo) verifique se o cobre que não havia si- ser feito em casa tomando-se um resistor de l/2 W
do recoberto pelo esmalte (parte não achurada na (que poderá até estar queimado, pois somente iremos
figura 2A) já está totalmente corroído, isto é, vê-se usá-lo como suporte) e enrolando-se sôbre êle um
nitidamente a chapa de fenolite sem vestígios de pedaço de 11 cm de fio resistivo de 30 Q/m.
cobre. Caso ainda exista cobre deve-se deixar cor- Assim 10 cm nos darão os 3Q e o 1 cm
roer mais tempo. Terminada a corrosão, lave em restante servirá para ligarmos aos lides do resistor.
água corrente a chapa, utilizando sabão neutro. En- Como normalmente solda comum não "pega" no
xugue bem e com um algodão e acetona limpe to- fio resistivo, o melhor será limparmos bem as pon-
talmente o esmalte da chapa. Com uma lima dê tas dêste fio, torcermos sôbre os lides do resistor, e
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DIMENSÕES EM mm
ESPESSURA 1 mm
FIG. 3
BASE BASE
~ EMISSOlCOLETOR •
~PINTA
EMISSOR COLETOR MAIOR DISTANCIA
ENTRE FIOS
FIG. 4
FIG. S
sôbre estas torceduras enrolarmos um fino fio de lado não cobreado do circuito impresso. l::stes fios
cobre apertando fortemente. Depois aplicamos solda. servrrao de terminais de ligação.
I! evidente que a solda não "pegou" no fio resistivo, Coloque o transistor OC71 com emissor no
porém temos um forte contato mecânico por pres· furo 19, base no furo 16 e coletor no furo 24. Para
-são. Para evitar que haja oxidação, deveremos dar o reconhecimento do emissor, base e coletor recorra
sôbre êste resistor diversas camadas de esmalte de à figura 5. '
unha.
Coloque o transistor OC75 com emissor no fu-
Coloque entre furos 4 e 5 um diodo BY127 ou ro 31, base no furo 36 e coletor no furo 32. (vide
algum equivalente. Note que o diodo terá uma Fig. 5).
marcação de posição como mostra a figura 3.
Coloque o transistor ACI28 com emissor no fu-
Entre furos 7 e 8 coloque um capacitar eletro· ro 20 base no furo 27 e coletor no furo 21. (vide
lítico de 1000 [lF por 15 V (C,) sendo positivo no Fig 5).
furo 7 e negativo no furo 8.
Solde agora todos os componentes no circuito
Encaixe o transistor ADI49 nos furos 10, 11, impresso, tomando cuidado especial com os tran-
12 e 14. O furo 10 é emissor, 11 e 12 são do sistores para evitar sobreaquecimento. Após isto apli-
coletor e 14 é da base. Não é necessário se preocupar que sôbre a face cobreada e soldada, uma nova
com a posição dêste transistor, pois, êle encaixa camada de álcool com breu.
numa única posição. Passaremos agora à montagem do sistema F, L,
Faça uma cantoneira de latão conforme a fi- L,, L,. F, é um ferrite do tipo usado em bobina de
gura 4. antena de rádio, com diâmetro de 10 mm e compri-
Coloque a cantoneira com o furo A coincidindo mento de 200 mm.
com o furo do transistor AD149 e· furo 12. Esta L, será enrolada em uma forma de material iso-
cantoneira ficará sôbre o transistor e a parte do lante de diâmetro externo 12 mm e comprimento
furo B ficará para o lado não cobreado da chapa. 46 mm; o diâmetro interno deve ser tal que se
Esta cantoneira servirá de suporte do circuito im- possa introduzir o ferrite dentro da fôrma . Particu-
presso como veremos mais adiante. larmente utilizamos como fôrma um tubo plástico de
Fixe transistor e cantoneira com parafusos e linha para costura "Corrente" que se "adaptou per-
porcas através dos furos 11 e 12. feitamente ao projeto". O fio que iremos utilizar é
de bitola 28 esmaltado.
Coloque um resistor de 100 n V2 W 10% entre Faça um finíssimo furo lateral na base da fôrma
furos 22 e 23 . e deixe para fora um pedaço de 25 cm de fio. En-
Coloque um resisto r de 510 n 1!2 W 10% entrl: role sôbre a fôrma 133 espiras. Cubra êste enrola-
furos 33 e 34. Caso não encontre 510 n, compre mento com uma fôlba de papel manteiga. Enrole
alguns resistores de 470 n V2 W 10% e com um sôbre o papel manteiga mais 133 espiras, no mesmo
ohmiter, selecione o resistor mais próximo de 510 n. sentido que as anteriores. Faça um outro furo na
Coloque um resistor de Li kn lf..; W 10% entre furos face lateral e deixe sair um pedaço de 25 cm de
17 e 26. fio. Torça levemente os dois fios . Preencha com
cola-tudo os orifícios feitos na fôrma, a fim de
Coloque um resistor de 510 n 1,2 W IO% entre dar uma rigidez mecânica na saída dos fios. Cubra
furos 15 e 28. Poderá selecionar outro de os fios torcidos com um espagueti de 23 cm de com-
470 n 112 w 10%. primento. Cubra o enrolamento com papel comum
Corte nove pedaços de 7 mm de fio nú, sólido dando duas camadas com cola.
n.• 18. Solde êstes pedaços nos furos 1, 6, 9, 13, 18, L, e L, serão feitas também, com fio 28 em
25, 29, 30, 35, deixando o restante do fio, para o uma outra fôrma .
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FIG. 7
100 10
Para confecção desta fôrma, deveremos conseguir
um tubo isolante plástico ou fenolite de diâmetro
externo 13 mm e comprimento 40 mm. O diâmetro
interno deve ser tal que possa se introduzir o fer- OR
rite no interior da fôrma.
Recorte dois círculos de 46 mm de diâmetro em
fenolite de I mm de espessura. No centro dêsses cír-
culos faça um furo de maneira que o tubo de 13 mm o o
de diâmetro encaixe bem justo. "' <D
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Faça o furo M que depende do diâmetro do ôlho
de boi onde irá a Lâmpada indicadora. No nosso
caso 5/ 8".
Faça o furo N que depende do diâmetro do in-
terruptor. No caso 3/ 8n.
Dobre a chapa segundo as linhas pontilhadas
de forma que olhando-se sôbre a figura 6 num pla-
no horizontal , dobramos as faces laterais para baixo.
Com parafuso e porca, prenda C com C', E com INOUTESTE
E', O com 0' e P com P'.
Recorte agora ainda numa chapa de alumínio de
0,5 mm de espessura , o desenho em linha cheia da
figura 7. O recorte G serve para evitar que se tam-
pe o furo K do chassi . Solde um fio do primário do transformador no
interruptor e o outro fio ligue com um dos fios do
Faça os furos R, S, T e U com diâmetro de cordão de fôrça isolando posteriormente esta emenda.
acôrdo com o tipo de pés que usar. No nosso caso
usamos pés de borracha de encaixe ; os furos foram Solde o fio restante do cordão de fôrça no outro
de 3/16". polo do interruptor.
Dobre a chapa segundo as linhas pontilhadas de Solde os fios do secundário (6,3 V) do trans-
forma que olhando-se sôbre a figura 7 num plano formador nos pinos I e 6 do circuito impresso.
horizontal, dobramos as faces laterais para cima. Solde os fios do ôlho de boi um no pino 18 e o
Verifique se esta chapa que é o fundo do chassi, en- outro na cantoneira que vai sôbre o coletor do
caixa bem no chassi . Ajuste as faces laterais de ma- transistor AD149.
neira que êste fundo prenda-se ao chassi por pres-
são. Coloque os pés nos furos R, S, T e U. Solde os fios do potenciômetro nos pinos 13 e 29.
Passemos à colocação das peças no chassi. Com um ohmiter meça a resistência dos enro-
Encaixe no ôlho de boi dois fios trançados de lamentos L, e L,. O enrolamento de maior resistên-
IS cm de comprimento. cia será L, e o de menor resistência será L, . Não há
confusão com os fios da L, pois êstes estão em
Prenda o ôlho de boi no furo M. espaguete diferente.
Recorte o eixo do potenciômetro de 10 kn linear, Solde os fios de L, nos pinos 30 e 35.
deixando 12 mm além da rôsca . Solde dois fios tran- Solde os fios de L, nos pinos 18 e 25.
çados de II cm de comprimento segundo figura 8. Solde os fios de L, nos pinos 9 e 13.
Prenda o potenciômetro no furo I.
Ligue o cordão de fôrça na rêde de 110 V,
acione o interruptor e verifique se girando o poten-
ciômetro num sentido a lâmpada acende e no outro
ela apaga. Na posição de lâmpada acesa, coloque um
pedaço de fio formando uma espira em curto em
torno do ferrite sôbre a bobina L,. Se a lâmpada
apagar, o aparelho está perfeito.
Caso não ocorra o funcionamento inverta os
fios da bobina L,, devendo agora funcionar, salvo
algum êrro ou componente defeituoso na montagem.
Finalmente proteja a parte cobreada do circuito
impresso com fita isolante.
Parafuse a cantoneira do circuito, furo B com
furo K do chassi intercalando arruelas de fibra a
FIG. 8 fim de não haver contato entre cantoneira e chassi
e de maneia que ao olharmos o chassi por baixo ve-
Prenda um interruptor I via no furo N. mos os componentes do circuito. Ajeite todos os fios
No furo O através da borracha passante, enfie internamente e coloque o fundo.
o cordão de fôrça, dando um nó por dentro e dei- Coloque no eixo do potenciômetro um knob tipo
xando internamente 10 cm de fio. seta e desenhe em seu entôrno uma escala, que não
Prenda o conjunto F, L, L, L, encaixando os necessita ser graduada.
furos B das cantoneiras com os furos H e I. Passe
os fios das bobinas através da borracha passante do UTILIZAÇÃO
furo G. (vide fotografia do instrumento). Ligue o aparelho, ajuste o potenciômetro num
Prenda o transformador de 110 V /6;3 V nos fu- ponto em que a lâmpada fique quase para apagar
ros F e L. (Cont. na pág. 251)
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O síndico perguntou-me se eu estava disposto antena dipólo de teste eram satisfatórios, pois, com
a fazer uma revisão geral e eu concordei. Antes, antenas yagi eu poderia obter sinais bem mais fortes.
explicou-me êle, seria preciso fazer um orçamento, Nesta altura, mandei o Joãozinho descer as ante-
consultando-se os condôminos. Despedi-me do sr. nas do mastro, para verificação. Elas se achavam
Amaro, cujo televisor afinal não estava defeituoso, e ainda em bom estado, mas os comprimentos dos dipó-
voltei ao último andar. Com lápis e papel na mão, los pareciam não coincidir com as dimensões corre-
anotei todo o material necessário e calculei a mão de tas para nenhum dos canais. Não foi possivel saber
obra que iria dispender. Entreguei o resultado ao qual a fórmula usada pelo meu antecessor para cal-
síndico, que pediu-me para telefonar depois de uma cular as antenas. Uma delas tinha comprimento cer-
semana to para o canal 12; possivelmente, a intenção era
Uma semana mais tarde, fiquei sabendo pelo fazê-la para o canal 13. Resolvi aproveitar esta an-
telefone, que a minha proposta havia sido aceita tena para o canal 13; liguei-a ao cabo coaxial de
pela coletividade. Comprei todo o material necessá- descida através de um "balun" (transformador de
rio, tomei um táxi e rumei para lá. O síndico apre- impedâncias).
sentou-me seu filho, Joãozinho, que estava em fé-
rias e me ajudaria no serviço. Posteriormente, o ra- Mandei o Joãozinho pintar todos os parafusos da
paz ficaria encarregado da manutenção da antena antena com Neutro! (pixe), antes de instalar a antena
coletiva, a fim de garantir continuidade no seu fun- de nôvo no mastro, para evitar corrosão. Quando
cionamento. O Joãozinho é radiotécnico e trabalha êle tirou o pincel da lata para pintar, o vento
para uma grande firma de rádio e televisão; não en- soprou tudo em minha direção e fui atingido em
contraria pois, dificuldades para aprender a lidar cheio. Com a camisa branca tôda manchada de pixe,
com a antena coletiva eu mais parecia um autêntico torcedor do Corín-
tians. . . Depois de alguns suculentos palavrões e
Subimos ao alto do prédio e resolvi fazer pri- dos pedidos de desculpas do Joãozinho, continuamos
meiro um teste do sinal. Liguei uma extensão à o nosso trabalho e pouco depois a antena estava
tomada do medidor de intensidade de campo e, usan- instalada sôbre o mastro.
do um dipólo padrão, comecei a medir as intensi- Levei o medidor de campo para junto da caixa
dades dos sinais de cada canal. Fiz as medições nos dos amplificadores; liguei um televisor portátil (a
mais diversos pontos da cobertura e, justamente on- transistores) junto com o medidor e mandei que o
de estava instalado o mastro havia a melhor recep- Joãozinho girasse a antena para a direita e para a
ção. Nisto o meu antecessor havia acertado, talvez esquerda, até encontrar uma posição onde a máxima
por sorte. O canal2 dava 600 11V, o canal 4 indi- intensidade combinasse com a melhor imagem. As
cava 80 11V e o canal 5 obtive 70 11V. Nos canais vêzes, com a máxima intensidade há sombras na ima-
altos, o resultado foi 50 !!V para o canal 7 e 60 11V gem; nestes casos é adotado o melhor compromisso
para o canal 9; o canal 13 estava "estourando" com entre intensidade e nitidez. Felizmente, isso não
aconteceu no meu caso e consegui obter 400 !!V com
300 11V. a yagi de cinco elementos.
Como se sabe, para uma amplificação eficiente, Os canais 7 e 9 situavam-se aproximadamente
com pouco ruído (chuvisco) é necessário entrar com na mesma direção e, conforme as medições antes efe-
mais de 100 11V no amplificador. Neste sentido a tuadas, seus sinais eram bastante fracos. Assim sen-
amplificação da imagem é como a ampliação de do, instalei duas antenas novas de 4 elementos, para
fotografias. Uma fotografia mal tirada não pode o canal 8 e com espaçamento largo, a fim de captar
ser ampliada, pois todos os defeitos seriam amplia- tanto o canal 7 como o 9. O resultado foi um sinal
dos ao mesmo tempo. Os valores obtidos com a de 130 !!V no 7 e 150 11V no canal 9; isto seria bas-
~DO CANAL B
-foo CANAL 8
DESCIDA
E BALUN
Fig. Z
LlpPies daa antenas para .. ~ 1 e • ·
-· ABERTO
Fig. 3
Ligações das duas antenas do canal 5 (ISOLAÇÃO RF) (ISOLAÇÃO RF)
3,3pF 5pF
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póteses, ou seja a última tomada no andar térreo, entrada um sinal de aproximadamente 500 a 1000 JN.
cheguei à seguinte conclusão. Dos 20 andares do Assim, pois, os sinais recebidos pela antena, em nos-
prédio, com 3 metros cada um, cheguei a um com- so caso iriam requer uma amplificação adicional de,
primento do cabo coaxial de 60 metros; adicionando no mínimo, 12 dB (4 vêzes).
a esta medida mais 10 metros para a parte superior Os dados assim obtidos permitem-nos calcular o
do prédio, obtemos um total de 70 metros, de cabo ganho necessário no amplificador. Obtém-se 27,8 dB
RG-59. Este cabo atenua os canais baixos em
0,1 dB por metro e os canais altos em 0,18 dB por para os canais baixos. (6 dB acoplador-divisor) +
metro; assim obtemos uma perda total, no cabo, de + (7 dB - cabo) + (1 dB - tomadas superio-
7 dB nos canais baixos e 12,6 dB nos canais altos. res) + (1 ,8 dE-tomadas inferiores) + (12 dB - am-
plificação do sinal). Para os canais altos, resulta
um ganho necessário de 40,7 dB (6 dB - acopla-
dor-divisor) + (12 dB - cabo) + (3,7 dB - toma-
ANTENAS ANTENA das superiores) + (7 dB - tomadas inferiores) +
+ (12 dB- amplificação do sinal).
ANTENAS
CANAIS CANAIS CANAL13
2·4 E 5 7 E 9
Agora sabendo o ganho, comecei a consertar os
amplificadores. Troquei tôdas as válvulas e demais
peças que não se achavam em perfeitas condições.
Depois, verifiquei com o gerador de varredura
("sweep") e o osciloscópio, a resposta de freqüência
e o ganho. O amplificador do canal 13 apresentava
um ganho de 35 dB (57 vêzes), mas, levando em
conta que o sinal de entrada do canal 13 era 3
vêzes (5,9 dB) mais forte que o dos canais 7 e 9, eu
- ACOPLADOR • DIVISOR
me dei por satisfeito.
10 METROS O segundo amplificador, para os canais 7 e 9,
já deu mais trabalho, porque, embora tivesse boa am-
PRUMADA 1 PRUMADA 2 "\ plificação, era instável e tinha a tendência de oscilar
paraslticamente. Calibrando-o para uma faixa mais
larga, tomou-se estável, mas o ganho deixou de ser
satisfatório. Também não convém utilizar um am·
0 TO I~ADA COM 3.3pF plificador com banda passante maior que a neces-
[j TO MADA COM 5pF sária, devido ao aumento desnecessário do ruído, que
é proporcional à largura da faixa. O primeiro estágio
dêste amplificador era do tipo cascode e resolvi neu-
tralizá-lo. Tendo conseguido isto, tudo se norma-
lizou.
Restava agora somente o terceiro amplificador,
que estava realmente em mau estado. Além disso, o
seu circuito não era adequado para amplificar desde
o canal 2 até o 5, ou talvez até a faixa de FM, com
um ganho adequado. Resolvi montar um amplifica-
dor nôvo e diferente e, como primeiro passo,
"limpei" o chassi.
Comecei a estudar um livro sôbre amplificado-
res de banda larga, mas logo percebi que êle não
me ajudaria em nada. Aliás, seu conteúdo era tão
vago que cheguei a acreditar que tivesse sido impres-
so por falta de serviço na tipografia. Recorri a um
RESISTOR ES DE TERMINAÇÃO -
amigo, que me emprestou uma revista especializada.
Nesta, encontrei o esquema de amplificador que, com
algumas modificações, podia ser adaptado perfei-
tamente às minhas necessidades.
FIG 5 Montei o circuito no chassi, e, depois de "apa-
nhar" um pouco, consegui resultados satisfatórios.
Na entrada, apliquei de nôvo com sucesso, o estágio
Considerei mais 6 dB de perdas no acoplador "cascode" neutralizado, que havia experimentado an-
divisor entre os amplificadores e as prumadas. A teriormente. Lembrando que a recepção do canal 2
perda em cada tomada superior (com 3,3 pF) é de era muito forte no local, resolvi "concentrar" o
0,1 dB nos canais baixos e 0,37 dB nos canais altos. ganho mais nos canais 4 e 5, para obter um certo
Nas tomadas inferiores (do primeiro ao décimo an- equih'brio na saída do amplificador. A experiência
dares, com 5 pF) a perda nos canais baixos é de demonstrou que, canais fortes e fracos amplificados
0,18 dB e nos canais altos de 0,7 dB. Temos assim, simultâneamente e com alto ganho, normalmente in-
nos dez andares superiores, uma perda total de 1 dB terferem entre si; uma curva de calibração adequa-
nos canais baixos e 3,7 dB nos canais altos; nos dez da pode evitar êste inconveniente.
andares inferiores, as perdas seriam de 1,8 dB nos O ganho do amplificador era tão bom, que re-
canais baixos e 7 dB nos canais altos. solvi fixar a freqüência de corte acima da faixa de
Para uma imagem absolutamente isenta de chu- FM, a fim de aumentar a utilidade da antena cole-
visco, na maioria dos televisores é necessário, na tiva. Consegui um ganho de 40 dB praticamente
20 10X
.
z
:Z:
"'
t o
CANAL 2
'
CANAL 4 CANAL 5 FM
-I
Fig. 7
Cana de n:sposta de frequências do amplificador.
revista ELETRÔNICA
JULHO ·AGOSTO 1970 40 239
relatório
espeEial
VÍDEO-DISCO: UM NOVO
,.
Há vanas décadas (no Brasil, duas) a te- Embora tendo à suo escolho dezenas de pro-
levisão vem procurando satisfazer uma neces- gramas de rádio, a qualquer hora do dia ou
sidade cada vêz maior da humanidade: man- da noite, nem por isso a pública deu as cos-
ter-se em contacto com o mundo que a cer- tas ao disco fonográfico .
ca. E tem condições de satisfazer essa neces- Há anos que os técnicos, cientistas e en-
sidade da maneira mais direta e eficiente, genheiras vêm se ocupando do problema de
enviando-as diretamente para nossos lares. estender ao vídeo as vantagens proporciona-
Com certas limitações, é claro, limitações que das ao campa do áudio pelo disco fonográ -
aparecem principalmente ao espectador "bla- fico e pela fita magnética. As soluções até
sé", para o qual já passou a primeira onda hoje apresentadas não são, porém, ampla-
de entusiasmo. mente satisfatórias, restringindo-se a sua apli-
O público tem uma possibilidade muito cação principalmente às emissoras e alguns
limitada de influir sôbre o que assiste, a não mais favorecidos pela fortuna. Para o usuário
ser mudando para outro canal. Deve con- comum, até o momento não são suficiente-
tentar-se com aquilo que os produtores lhes mente simples, confiáveis e (principalmente)
apresentam. E a escôlha do melhor programa baratos para que se possa considerá-las viá-
nem sempre é fácil pois, embora em muitos veis. O vídeo-disco é a primeira solução que
casos funcionem vários canais de TV na ci- parece preencher êsses três requisitos funda-
dade, pode acontecer que em determinados mentais.
horários, o espectador (mais exigente) nada
encontra de aproveitável. E isto acontece bigiecia ltósicas a um sme- 4e
mesmo em São Paulo, onde funcionam nada registnt de i.agens
menos que sete canais de TV.
Muito embora em outros países seja Em essência, qualquer processo de regis-
bem melhor o nível das programações, ainda tro Centre os quais, a escrita, o disco fonográ-
persiste o limitação do fator tempo: nem sem- fico, o fito magnético, o filme cinematográ-
pre, no momento exato em que o desejo, po- fico) dispõe o fluxo temporal das informa-
de o espectador encontrar aquilo que espero. ções. ao longo de um meio de armazenagem,
O desejo de escolher, êle próprio, o progra- que pode ser uma linho impressa, um sulco
ma que deseja ouvir ou assistir é bem demons- de disco, uma pellculo magnetizável ou um
trado, por analogia, pela situação rádio-disco. filme sensibilizado.
(*) " Bit" é a designação dado à un idade ele- O video·disco permite reproduzir, num televisor do·
m e nta r de informação. Resultou da controção de méstico, programas de TV pré-grovodos cm um disco
._......, di • . ou se ja, digito binário. de baixo custo.
revista
J ULHO-AGôSTO
ELETRõNICA
19 7o 40 241
priodo poro P&B e cõres e não requer proces-
samento do fito após a gravação. O tempo
de gravação é satisfatório. O fotor que limi-
ta suo_ aplicação em largo escola é o preço,
na moraria dos casos bastante elevado. Vários
outros processos tentam, no momento, impor-
-se à preferência dos consumidores: o EVR,
desenvolvido pelo CBS, o Selectovision, da
RCA e o processo ótico-eletrõnico, de explora-
ção de filmes cinematográficos "super-8" por
meios eletrônicos e suo exibição no televisor.
Os primeiros dois processos menciono-
dos, o EVR e o Selectavis~on, não permitem
a realização de gravações domésticos, restrin-
gindo-se, paro o telespectador, à reprodução
de material pré-gravado em estúdios adequa-
damente equipados. O processo de exploração
elétro-ótica permite a cada um exibir em seu
próprio televisor os resultados de suo técnico
de cineasta-amador. Todos os p,rocessos pos-
suem tempo de duração adequado. Nenhum
dêles, porém, possibilita um acesso rápido o
determinados sequências, pois, em todos êles o
meio de armazenamento possui o formo de
fita enrolado .
revista ELETRÔNICA
19 7o 40 243
Simula~ão de diodos
Zener
EDMUNDO PANZOLDO TEIXEIRA •
A primeira pergunta que o leitor pode formular Quando a tensão entre os terminais da associa-
certamente será - "mas por que simular diodos Ze- ção atingir um valor que permita a condução de 0 1
ner se existem os que cobrem as mais diferentes (na região Zener), o transistor T 1 entra em condu-
faixas de tensão e de dissipação? ". ção. A corrente que passa pelo transistor é a maior
Realmente, são fabricados no mundo uma gama parte da que atravessa a associação. A corrente que
enorme de diodos Zener. Todavia, a disponibilida- passa por O, é aquela de base do transistor, acres-
de no mercado brasileiro é restrita em diversidade. cida de uma parcela, pràticamente constante que
Mesmo dentro da faixa fàcilmente obtenível, muitas circula através de R,. '
vêzes ocorre que justamente aquêle valor de ten· A uma variação na corrente do transistor cor-
são que nós precisamos está em falta. Além disso, responde uma na do díodo, em valor absoluto hFE
pelo fato de o circuito simulador usar bàsicamente vêzes menor.
um díodo Zener de pequena dissipação (ou um Se se fizer a corrente através de O, algumas
componente que lhe equivale) e um transistor, pode vêzes maior que a corrente máxima de base de T,
ocorrer que você já possua em sua gaveta algum (o que nem sempre é possível, devido à dissipação
dêsses componentes. Daí o interêsse que êste artigo permissível de O,) , a variação porcentual da cor-
pode despertar entre os leitores, tanto pelo seu lado rente de O, será menor que a correspondente da-
prático como pelo teórico então abordado. quela de T,. Dêsse modo, as caractersíticas de re-
Para a faixa acima de 2,5 watts de potência de gulação do Zener são melhoradas. R, garante tam-
dissipação não existem diodos Zener no mercado bra- bém o funcionamento do Zener como regulador
sileiro. O leitor pode completar essas "janelas• apli- quando Is fôr muito baixo.
cando adequadamente os conhecimentos e indicações A associação ilustrada na Fig. I comporta-se co-
expostos adiante. mo mn único diodo de referência, sendo suas caracte-
ruticas aproximadas:
Vz = VZl + VBE
PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO onde V z1 é a tensão de regulação do diodo zener D 1
P o = P c max d o transistor l
A Fig. 1 apresenta a associação de componen- lz = I c m a x do transistor J
tes (díodo Zener O, , transistor T, e resistor R.) que onde se supõe que a dissipação e a corrente máxima corres-
equivale a um diodo Zener de dissipação muito pondente a D 1 es tejam respeitadas .
maior que a de O, .
O valor de Vz é limitado pelo V c, max do transistor.
+ - rz TIPOS DE CIRCUITOS
lkn FIG. 2
(a)
aquela de base de T., considerando-se um hrn típico - Baixa tensão de referência, baixa potência
para êsse transistor e uma corrente de coletor nor- de dissipação e alta estabilidade de tensão de
mal de funcionamento (para o BCl07, por exemplo, referência com~ a temperatura.
que tem hrn típico da ordem de 250 e hFE mínimo - Baixa tensão .de referência, média potência.
da ordem de 100; no caso mais desfavorável a - Alta tensão de referência, média potência.
corrente do diodo seria ainda substancialmente - Alta potência de dissipação.
maior que a de base).
Portanto, a corrente que atravessa o resistor R, a) Baixa tensão de referência, baixa potência de
e que polariza T, será 4/5 da que atravessa O, (nas dissipação e alta estabilidade térmica.
condições acima estabelecidas), donde:
A principal característica de estabilidade tér-
5 VoE mica da associação provém do fato de que um desvio
R, positivo na tensão de referência de o,, devido à
4 lot temperatura, é parcialmente compensado por um
desvio negativo na tensão VoE do transistor. O tran-
Os valores de R, assim calculados não variam sistor e o díodo O, devem estar acoplados termica-
muito para determinada classe de transistores; valo- mente. AVoE do transistor tem um valor aproxima-
res típicos são os ilustrados nas figuras 2-a e 2-b. damente igual a -2 m V;oc e, portanto, se 0 1 fôr
Ainda, tomando como exemplo o BCl07, cuja escolhido com S, (coeficiente de variação de tensão
corrente máxima é 100 mA, teríamos : de referência com a temperatura) aproximadamente
igual a +2 mV /"C, as variações positiva e negativa
para hFE = 250 se compensam completamente. Os diodos Zener com
tensão de referência entre 5,6 e 7,5 V têm o valor
requerido de S,.
IoM = 0,4mA } I 01 Para esta finalidade podem ser utilizados os
I., = 0,7 mA l ,lmA == 3 · IoM
pares transistor/díodo: BC107, BCl08, BC167,
BCI68/BZY88. Observe-se que, com essas associa-
para hFE = 100 ções, não há aumento na potência permissível. O
objetivo delas é apenas a melhora do desempenho
loy = 1 mA } !DI 1,7 mA = 1,7 IoM
em relação à temperatura.
I RI = 0,7mA
b) Baixa tensão de referência, média potência.
Normalmente, a corrente de coletor é limitada Estão enquadrados neste item os seguintes pa·
pela dissipação máxima de coletor (a não ser em res transistor/díodo:
casos de VcE muito baixos), e a situação é mais fa-
vorável que a acima descrita. lz ~ = 3,5A
Para os casos da figura 2-c), entretanto, em que A0149 - BZY88 Po mu 32,5W
se quer utilizar um transistor de média potência e Vz max 30V
um díodo somente (sem o transistor intermediário) ,
nem sempre é possível atingir-se essa condição fa- l z max = 3,5 A
vorável de lo, » IoM, devido a problemas de dissi- AO I 50 - BZY88 Po ma.' 27 ,5W
pação em O,. Como a corrente máxima permissível Vz mu = 30V
através de O, depende do particular valor de VZJ
(e, portanto, varia para diodos de uma mes- tsses casos correspondem ao circuito da Fig.
ma série), é conveniente, nesses casos, medir-se o 2-c, já comentado, e requerem cuidados especiais
hn do transistor para Ic conveniente, para evitar-se quanto à corrente e à dissipação máximas do díodo.
o problema do espalhamento (aliás, êsse processo é Tomando como exemplo o AOI49, a máxima
sempre aconselhável, urna vez que o que se pretende corrente de coletor somente poderá ser usada até
é obter um dispositivo que simule, para uma parri- um Vcr da ordem de 9 V. O diodo da série BZY88
adar aplicação, um díodo Zener de características adequado para essa tensão é o C8V2, cuja máxima
1 · is). O resistor R., nesse caso, (Fig. 2-c), serve corrente é da ordem de 45 mA, pois essa série é
. , . _ para garantir uma corrente mínima através de 400 mW de dissipação. Nessas condições, a as-
do .&odo. sociação apen_as poderá ser usada se:
Derido ao compromisso entre a corrente no dia-
de referência O, e a corrente na base do tran-
podcm ser associados vários pares diodo-
·;.;,~mr Dependendo da finalidade básica da asso-
nar-:;âllSSitLt:.nci
ciação. os pares em estudo foram subdivididos em 101 >
quatro grupos principais:
reYista ELETRôNICA
lULHO-A4i6STO 1970 40 245
ou estamos empregando diodos em sene. Para o
lc.,.. 82Y88/C27, S, vale +23.5 mV /"C. Associando-se 3
hFE > dêles em série teremos:
lm
Sn 3 X S, + .i VBE
hFE >
3.500
80.
S,. =3 X 23,5 - 2 = 68,5 mV /"C
45 para uma tensão de referência de 3 X Vz 3 x
X 27 = 81 V.
Para hFE miA = 30, a corrente seria de aproxima-
damente 120 mA, e o único diodo da série que po- Empregaremos nas associações dêste· grupo o
deria ser utilizado seria o C3V3. díodo Zener BZX61, pois podem se·r adquiridos com
Como já fôra dito, a corrente através de R, tensão de referência de até 75 V. Além disso, podem
(aproximadamente 0,15 mA), apenas garante a regu- ser encontrados no mercado diodos de até 180 V de
lação do diodo quando 1. = O. tensão de referência, pertencentes à série I N957 a
~ claro que se poderia utilizar uma configuração
IN991.
análoga à da figura 2-b que, entretanto, não é eco-
nômicamente viável para êsse caso de média JXl· Os seguintes pares díodo-transistor pertencem a
tência. êste grupo:
J lzm, =!SOmA
Na região entre 1 W e 20 W de dissipação, o BDIIS + n BZX61 ) Poma• = 6W
diodo BZX93, de 20 W de dissipação, encontra-se no I Vz~, = 220 V
mercado e é relativamente econômico. Entre 20 e
30 W, qualquer uma das associações acima resolve Com n 2 para o Zener BZX61/C75 teremos um
o problema. Zener equivalente de Vz = ISO V.
1,7mA
c) Alta tensão, média potência. BF177/178 + n BZX61 { ~:.: ~ SOmA
60 V (BF177)
120 V (BFI78)
O díodo Zener de maior tensão de referência
da série BZY88 é o B2Y88/C27, de 27 V, sendo ne- Com n 1 para o par BFI77 + BZX61/C56
cessários, portanto, vários dêles em série, para atin- teremos Vz = 56 V.
girmos uma tensão de referência da ordem de 100 V.
Dêste modo, a influência da temperatura na tensão Com n 2 para o par BF178 + BZX61/C56
de referência do conjunto fica bastante acentuada, teremos Vz = 112 V .
pois S, aumenta com a voltagem de referência e ( Cont. na pág. 248)
1.000
8U105 + n BlY8B ~ l 500V
-
80144 + n BZX61
BD115+n BZX61
I
B~n
I
BZY88 i09T2 + 8C108AI BZ\'88
-
-
I I I II tOO
:"' ' ~ + BCtaa* ~.~
BZV93
2Nf55t 'fri A >
r - BF177/n BZY88 BDY38 +BC108/n BZW8 t
(D (D
(D (D
>-
N
>-
N
.....
(D '(D
.....
oI() Cll
<t
õ
<l:
o<l:
10
10 tOO 1.000
FIG. 3
0@ffi0
CB0ffilli®CBfuill®ffitl00
@[ill
1.
0
)Quando med imos a cor· 5. Se os capaci tares eletro-
0
) 9. 0
A freqüência do gerador
)
Na corrosão de circuitos
)
6. 0 ) multiteste, não devemos deixá-
impressos utilizamos: lo na escala de ohms para evi-
2.
0
Se num resistor de 20 k!l.
) a) tetracloreto de carbono tar:
circular uma corrente de 5 mA, b) graxa silicone
teremos sôbre resistor uma que· a) a afirmativa não é verda-
c) ácido sulfúrico deira
da de tensão de : d) percloreto de ferro b) que as pilhas se descar-
a) 4V reguem
b) 100 v c) que se queime o galvanô-
c) 25 V 7. Para reduzir a frequência metro
15 v
0
d)
)
entrada vale:
b) aumento da impedância a) 0,047 mF;
de entrada c) 4700pF;
c) não muda a impedância 8.0 ) Devemos curto-circuitar
b) 47 nF;
de entrada, mas aumenta o medidor do multímetro, quan-
do o transportamos para : d) 0,47 ].1F.
a impedância de saída.
d) não muda a impedância a) proteger os diodos ret ifi-
de entrada, mas diminue cadores
a impedância de saída. b) evitar que as pilhas se
12. A corrente " I " durante
0
descarreguem
)
o funcionamento permanente do
4..., O termistor é um :
c) amortecer o movimenw
do ponteiro
circuito da fig. 1 (pág. 248) é:
a) capacitar variável cl) evitar que se desenvolva a) 0,00 mA
b) resistor variável uma tensão entre os ter- b) 1,00 mA
c) indutor variável minais e danifique o gal- c) 1,19 mA
d) capacitar fixo. vanômetro. d) 0 ,83 mA
reYista ELETRôNICA
1970 40 247
IS.•) Nos multitestes normais, 18.•) Um capacitar de 5 11F
as escalas de tensão alternadas acha-se ligado numa frequência
J7okn são calibradas para a leitura de:
a) tensão com forma de onda
de 315 Hz. Sua reatância capa-
citiva é aproximadamente:
quadrada a) 150{1
+
- ::-100V b) tensões com forma de h) toon
-
onda senoidal
r~ )3okn 0,1jlF:~ c) as alternativas " a" e " b "
estão corretas
c) 200 n
d) 2SOn
d) tensões com qualquer for-
ma de onda, pois a tensão 19.•) Na associação série de
FIG. 1 elétrica independe da for- resistores de valôres diferentes,
ma de onda. as correntes são:
a) diferentes e as tensões
16.•) Um transformador com iguais
13.•) A tensão no capacitar rendimento de 90%, está ligado b) diferentes e as tensões
durante o funcionamento per- a 200 V e consome 3 A. No seu também
manente do circuito da fig. 1 é : secundário está sendo consumi- c) iguais e as tensões tam-
da uma corrente de I ,5 A. A bém
a) 30,0 V tensão do secundário é:
b) 35 ,7 v d) iguais e as tensões dife-
c) 0,0 V a) 400V rentes
d) 24,9 v b) 360V
c) 420 V
d) 200V 20.•) Se comprarmos um resis-
tor de 100 k!l, 1 W e 10% de
14.•) A tensão sôbre o resis-
tolerância, seu valor estará com-
tor de 30 k!l, no instante em 17.•) Temos uma tensão se- preendido entre:
que ligamos o circuito da fig. noidal de 564 v .. (volts pico a
1 é: a) 110 kn 90 k!l
pico). Seu valor eficaz é :
·a) 30,0 V a) 248 V b) 110 kn tos k!l e
b) 35,7 v b) 282 v 95 kn 9o k!l
c) 24,9 V c) 564 V c) tos kn - 95 k!l
d) 0,0 v d) 200 v d) 110 kn - too k!l
SIMULAÇÃO DE
DIODOS ZENER ( Conl. da ~ - 246)
I lz mn = 6A
{ Pomu
lz mn 250 mA
BD1 44 + n BZX6l Pomn 8W BDY38 + BC 108/ n szy8s = 11SW
l Vzmn = 800V Vz mn = sov
Col\tfPbca-oa •••
Era um sábado, daquêles que A esta altura o meu vizinho Escovei as partes onde se via
oos fazem pensar em praia, pis· perguntou como era possível que zinabre 1' 1 com uma escovinha de
cina, pescaria. Era o que eu o rádio parasse assim, de repen· latão e depois limpei tudo com
estava pensando, ao meio dia, te. Expliquei-lhe que muitos de- tetracloreto de carbono. Nenhu·
quando me preparava para fechar feitos acontecem na hora da tro- ma das ligações do circuito im·
a oficina. Aí, apareceu o meu ca das pilhas, porque os campo· pressa estava completamente in-
vizinho Paulo e pediu-me que nentes meio defeituosos ainda terrompida; restaurei as mais
lrocasse as pilhas de seu rádio, aguentam enquanto a tensão é atingidas com solda e pedacinhos
que falava muito baixinho. baixa, mas se estragam quando o de fio, para garantir o futuro
O jôgo iria começar às três rádio recebe a tensão máxima das do rádio.
bons e "Seu" Paulo queria ou- pilhas novas. Neste ponto, convidei meu vi·
vir QS gols de Pelé & Cia com O "Seu" Paulo achou que, zinho a tomar um café no bar
um volume razoável, sem preci- provàvelmente, havia se soltado ao lado, porque estava com um
sar colar o ouvido ao alto-falan· um fio por baixo, aliás, uma gôsto meio amargo na boca, pro-
te. opinião geralizada entre os clien- vocado pelo pó do zinabre que eu
Abri a tampa do rádio, um havia escovado. Enquanto tomá-
tes. Sabemos, por experiência de vamos o café elogiei o rádio e
Spica, e retirei as quatro pilhas.
Com uma lâmpada de 1,5 V muitos anos, que fios soltos em expliquei que se tratava ãe um
constatei que, de fato, estavam circuitos impressos são uma aparelho muito bom, provàvel-
esgotadas. (:~. ste teste é aconse- raridade. mente o mais fabricado em todo
lhável, uma vez que nem sempre Mesmo assim, tirei o " knob" o mundo. Poderia, disse-lhe, fun-
a culpa pelo baixo volume do do dial e os três parafusos de fi· cionar ainda muitos anos, se
rádio pode ser atribuída às pi- xação do rádio. Com o circuito fôsse tratado com o merecido
lhas. Coloquei nôvo jôgo de pi- impresso fora da caixa, fiz uma carinho. (Nada melhor do que
lhas e "abri" o volume. Para a inspeção visual, já que cheiro de valorizar o rádio do freguês, por-
surprêsa de ambos, o rádio per· queimado nos rádios portáteis é que para um aparelho de alto
maneceu mudo. coisa difícil de ser encontrada. valor e estimação não se tem dó
Retirei de nôvo as pilhas. Constatei sinais de cloreto de de gastar dinheiro para o con-
Testei uma por uma: as quatro amônio (popularmente conhecido sêrto).
estavam boas. Com uma faqui · como " ácido das pilhas") que Voltamos à oficina onde o
nha, raspei os contatos do su· havia corroido o circuito impres- "paciente" nos esperava sôbre a
porte; recoloquei as pilhas no so em diversos pontos. bancada. Tirei o injetor de si-
rádio. Encostando o alto-falante Mostrei o estrago ao • Seu" nais da gaveta onde sempre o
no ouvido, movimentei o con· Paulo, explicando-lhe que isto guardo. (~sse injetor é de fabri·
trote de volume para frente e poderia ser a causa do defeito cação caseira e está acondiciona·
para trás: escutei o rufdo carac· do rádio. Segundo êle contou. o do numa carcaça de capacitar
terfstico de um potendômetro já rádio havia sido "encostado" por eletrolítico). lnjetei o sinal no
bastante usado. Constatei dessa alguns meses e as pilhas tinham contrôle de volume. O alto-falan·
maneira, que a parte de audio· vazado; mas depois de uma lim-
frequencia funcionava e que o peza superficial e com pilhas
(1) Azlnhavre, um depósito de cOr
defeito devia estar na A ou no novas funcionara normalmente verde provocada pela oxidação do
estágio conversor. outra vez. cobre devido à umidade (N . da R.l.
40 149
VOLUME
te apitou "firme" , confirmando 0,15 V e, desta forma, resulta medir novamente a tensão na Ji.
o perfeito funcionamento do am· uma tensão total de aproximada· gação da base, a situação perma·
plificador de áudio. mente 1 V de base à massa. necia inalterada inocentando o
Transferi a ponta de prova do Julguei que a alta tensão en· capacitar. Restabeleci a ligação
injetor para o coletor do último contrada na base fôsse proveni· que havia cortado, soldando.
transistor de FI, um HJ-54. Tam- ente de um curto-circuito na se· Só restava a bobina de FI.
bém aí o sinal era normal. ção base-coletor do transistor. Pressionando-a de um lado para
Injetei o sinal na base deste Por outro lado, a seção base· outro e sempre aquecendo os
mesmo transistor e em lugar de -emissor devia estar aberta, pois pinos por baixo com o ferro de
se tomar mais forte, ficou muito caso contrário a tensão seria soldar, passo-a-passo consegui
mais fraco. Isto significava que mais baixa. retirá-la intacta do circuito. Um
o transistor não amplificava. Dessoldei o transistor com rápido exame com o multímetro
Alguma coisa tinha acontecido cuidado e retirei-o do circuito. (posição de "ohms" ) mostrou de
nesta estágio, justamente o mais Com uma agulha grossa desobs- fato a existência de um curto·
atingido pelo vazamento das pi- truí os furinhos do circuito im· -circuito entre primário e secun·
lhas. Peguei o multímetro e co- presso para depois poder encaixar dário ou seja , a solução do
loquei o seletor na escala de de nôvo o transistor. Liguei o enigma.
10 volts, para medir as tensões multímetro na escala de "ohms " 4
dêste transistor. A ponta positiva e medi as resistências direta e
do multímetro, que vai à massa, inversa entre emissor e base. PR III.,
fixei à carcaça do variável. Isto Tanto a direta como a inversa
porque todos transistores dêste acusaram " infinitoft . portanto, o
rádio são do tipo PNP e têm transistor estava interrompido
tensões negativas em seus eletro- entre base e emissor. A seção
dos, (ao contrário dos transisto- base<oletor, que en julgava ent-
res NPN, que são alimentado~ curto-<:ircuito, para minha sur- 3·------' 5
com tensões positivas). prêsa estava perfeita.. acusando CURTO CIRCUITO
300.000 ohms de resistfncia in- FIG. 2
Medi a tensão no coletor, que versa e 200 ohms de aesislência
acusou 5,4 volts. Levando-se em di reta.
consideração o fato de as pilhas Nesta altura, eu me peaguub:i. O meu vizinho já começava a
terem uma tensão de 6 volts e porque então a tensão alta - ficar impaciente com o apareci·
que o resistor de filtragem da base? Tomei a medir no circui- mento em cadeia de peças defei-
linha de lllimentação provoca to impresso, com o transistor wosas em seu rádio. Já eu me
uma pequena ·queda, os 5,4 volts fora do seu lugar; a tensão per- preocupava mais com a bobina
podem ser · considerados nor· manecia em 5,4 V. Estudei ràpi- de FI n.• 2, que eu não tinha
mais. damente o esquema e conclui que em estoque; as lojas que ven-
Passei a medir a tensão na a causa poderia ser o capacitor dem peças para rádios já estavam
base e, qual não foi minha sur· de neutralização com fuga ou fechadas àquela hora. O transis-
presa ao encontrar, aqui também. então um curto-circuito entre tor não constituía problema, por-
a tensão de 5,4 volts! Como se primário da bobina de FI n.• 2. que eu tinha um OC-45 à mi-
sabe, na base deve-se ter um Como sempre faço primeiro nha disposição; êste transistor
valor igual ao da tensão de a coisa mais fácil, cortei com substitui perfeitamente o HT-54.
emissor, mais a polariZação. Esta uma faquinha a ligação do cir- Retirei a blindagem da bobina
é, para um transistor de germâ- cuito impresso que liga o capa- de FI; um rápido exame visual
nio como é o HJ-54, cêrca de citar de neutralização à base. Ao dos enrolamentos com uma len-
MEDIDOR DE
CURTO-CIRCUITOS
EM ENRO~MENTOS
(Cont. da pie. !34)
revista ELETRôNICA
JULHO-AG6STO 1970 40 251
RESSONÍlVIETRO
ONDÁlVIETRO
S~RGIO AM~RICO BOGGIO
(Parte ll)
ondâmetro e vice-versa. A posição ressonímetro é indicada por esta palavra ou por "Mer-
gulho", "Grid dip". "Oscilador", "Oscillator A posição ondâmetro é designada por
8
•
ao instrumento. Assim se numa medida, o medidor bate no fim da escala devemos reduzir a
sensibilidade. Se porventura o medidor indicar início de escala devemos aumentar a
sensibilidade. Normalmente acha-se acoplado a êste ajuste, a chave liga-desliga do ins-
trumento.
O medidor é normalmente um micro-amperômetro sem necessidade de precisão de
escala, pois êle só dará uma indicação qualitativa.
A bobina osciladora é a que determina a faixa de freqüência, e normalmente possui
soquete para ser intercambiável. Assim, para trocarmos a faixa de freqüência de trabalho
do instrumento, trocamos 11 bobina osciladora. Normalmente os instrumentos dispõem de
cinco bobinas osciladoras, sendo seus valores típicos :
SELETOR OE
-MEDIDA
BOBINA OSCILADORA
00 INSTRUME~.TO.
~ BOBINA 00 CIRCUITO
EM TESTE
FIG. 2
Determinação da capacidade
Coloque em paralelo com o capacit.or um indutor de valor conhecido L. Com o resso-
nímetro determine a freqüência de ressonância do circuito. Aplique êstes valores na fórmula:
0 .025
c =
4r.'fL f' L
C capacidade do capacitar em Farad
f freqüência de ressonância em Hertz
L indutância do indutor em Henry
it 3,14159.
ft'Yista ELETRõNICA
JULHO·AGôSTO 19 7 o 40 253
B evidente que nas duas determinações acima a freqü ência de ressonância do circuito
deve estar dentro da faixa de freqüência do ressonimetro.
Medida da freqüência de ressonância d.e um circuito ativo.
!.•) Selecione a fa ixa de freqüência do ressonímetro, de forma que esta englobe o
valor estimado para a freqü ência de circuito. Se porventura não tiver estimativa tente em
tôdas as faixas.
2.•) Acople fortemente a bobina osciladora com a bobina do circuito em tes te.
3.•) Coloque o instrumento em posição ONDÃMETRO.
4.•) Ajuste a máxima sensibilidade no respectivo contrôle. O ponteiro do medidor
continuará em zero.
5.
0
Ligue o circuito em teste.
)
6.•) Varie a freqüência do ondâmetro até que o medidor comece a apresentar leitura .
7.•) Vá afastando as bobinas e sintonizando melhor o ondâmetro .
8.•) Procure outros pontos onde se tenha leitura.
9.•) Repita o ítem 7.• até que se tenha uma única (reqüência que apresente leitura .
Esta será a freqüência de ressonância do circuito.
O ondâmetro explicado não deve ser utilizado em circuitos de muita potência tais
como estágios de saída de transmissores, pois a energia aí existente é muito grande e ao
atingir o circuito do ondâmetro poderia danificá-lo.
Para êstes fins existem ondâmetros mais simples que ao invés de um medidor possuem
uma lâmpada. Seu circuito, muito simples, é apresentado na figura 3.
LP FIG. 3
revista ELETRÔNICA
JULHO-AGOSTO 1970 40 255
a te mperatura da junção fri a pode ser abaixada
para -30 ou -40° C.
A condução de calor, assim como o efeitc
Joule reduzirá a eficiência do resfriamento Pelti:r.
O calor liberado pelo efeito Joule elevará a tempe-
ratura da junção fria e a condução irá, em parte,
trazer de volta as calorias transferidas da parte fria
para a parte quente. Os requisitos principais par;.
que um mate rial possa ser usado para o resfria-
mento Peltier são consequentem~ nte, alta tensão te r-
r:no-elétrica a., baixa condutância de calor ).., e alta
condutibilidade elétrica ô.
FIG. 1
Mataia:s usados Da prática
Um mclhor conhecimento dos matena1s semi ·
++++ condutores tem dado grandes esperanças práticas
+++++ + em relação ao resfriamento Peltier. Em compara·
++++++
+++++
FIG. 2
ff4 --------
a
FIG. 6
revista ELETRÔNICA
JULHO-AGOSTO 19 7 0 40 257
FIG. 8
geradores o compressor é ainda a solução mais mantidos a uma temperatura constante de aproxi-
econômica. madamente ooC.
B ) Deve ser lembrado que, por exemplo, para 5 - Geladeiras portáteis para a venda de
o resfriamento de partes de máquinas, todo o calor bebidas, leite ou sucos de frutas que devem ser
. que é absorvido deve ser liberado novamente uns mantidos por volta de 5o C.
poucos centímetros adiante (em outras palavras, na Para melhor ilustrar o assunto aqui abordado,
junção quente) e então deve ser removido nova-
mente. Portanto nêsse caso é óbvio que deve-se a Fig. 8 mostra dois tipos de baterias Peltier. O
resfriar as partes da máquina em lugar da junção conjunto de dados técnicos apresentado a seguir
aquecida (com ar ou água) e deixar de lado a refri- caracteriza essas baterias , que podem ser conside-
geração Peltier. radas típicas.
Naturalmente há lógica no uso do elemento Bateria a Bateria b
Peltier se o resfriamento requerido foi abaixo da tensão de alimenta-
temperatura ambiente ou se o lugar a ser resfriado fôr ção ...... .... ................. . 1,0- 1.2 V 5,0 - 5,4 V
de acesso dificil.
C) A variação da intensidade de corrente, pro-
corrente de alimen-
duz um pronto e preciso controle da refrigeração tação ............... ................ 18-22 A 5-6 A
Peltier. Além do mais com a simples inversão do resistência interna . . apr. 0,05Q apr. 0,9Q
sentido da corrente teremos aquecimento no lugar fator de mérito (Z) 2.0 x 10' 3 2.0 x 1Ql
de resfriamento. máxima diferença de
Em têrmos gerais , a refrigeração Peltier é real- temperatura a 10° C
mente possível nos casos em que o resfriamento (ladoquente). ........ .. .. 5PC 51 °C
que se deseja não é maior do que 50 ou 60° C
abaixo da temperatura do local, e também onde máxima diferença de
pequeno volume, baixo preço e controle fácil são temperatura a 75 ° C
mais importantes do que uma alta eficiência tér- lado quente) ......... .. .. 72° c 72° c
mica. máxima capacidade
Podemos citar algumas das aplicações desen- de resfriamento ... 16 W 16 W
volvidas ou em fase de desenvolvimento por parte capacidade de res-
de vários fabricantes: friamento entre -1 O
1 - Termostatos de laboratórios com controle e -20° C..................... 6 W 6 W
máxima temperatura
de temperatura, por ex. até- 30° C. admissível ... .. ........... 100° C 100° C
2) - Dissipadores locais, p/ex. para transisto
res (quando é desejado um baixo nível de ruído) A fotografia da fig. 8 mostra claramente as
ou para preparação de espécimes para microscopia conexões de água e as aletas de refrigeração. A
ou mesmo ainda em pequenas operações cirúrgicas fig. 6 mostra esquematicamente uma bateria Peltier
locais. de 40 elementos onde as conexões a e b da entra-
3 - Obtenção rápida do ponto de orvalho da e da saída de água de resfriamento também ser-
com objetivo de se determinar a umidade relativa vem como terminais para tensão de alimentação
do ar, onde devemos aplicar de uma forma alter- CC. Na figura 7 são relacionadas as grandezas dife-
nada a refrigeração e o aquecimento. rença de temperatura (em °C) e a capacidade de
4 - Pequenos refrigeradores portáteis, p. ex refrigeração (em watts) para diferentes valores da
em automóveis e barcos, ou para médicos que ne 40 elementos (fig. 6) para diferentes valores da
cessitam ter consigo sôros e vacinas, que devem ser corrente de alimentação.
Parte III
B · C= A
Vimos ainda no artigo anterior que uma lógica E pode ser feita pela associação de
interruptores em série. Assim teremos um interruptor B e um C, normalmente abertos, asso-
ciados em série como vemos na figura 22-a. Mas, êstes interruptores fornecem uma lógica A;
em termos de circuitos é o mesmo que dizer que êstes interruptores comandam um sistema A
que no nosso caso é o motor da bomba. Com isto temos o circuito da figura 22-b completo.
Para montarmos êste circuito bastaria colocarmos boias com interruptores no poço e
na caixa de modo que êles dêem a convenção acima . f.stes interruptores são associados
em série e êste conjunto, por sua vez, em série com o motor, ligando tudo a uma rêde
de alimentação.
1-b) Temos um tôrno fazendo um eixo ; queremos adicionar um circuito que desligue
automàticamente o tôrno segundo as seguintes exigências:
Se a medida do eixo estiver errada; se o eixo chegar ao fim; se o operário se machucar.
Convencionamos:
-8
Chave do tôrno A [ ligada A o
desligada A
Medida do eixo B [ correta B o
RÊDE DE
D' ALIMENTAÇ ÃO D' errada B
a b
Término do eixo c
[ fazendo eixo
fim do eixo
c
c
o
FIG. 23
l o
Operário D machucado D
bom D
B+C+D' A
revista ELETRôNI·CA
JULHO-AGôSTO 197o 40 259
Vimos no referido artigo que uma lógica negada (D') corresponde a um interruptor nor·
malmente fechado.
Desta forma os interruptores B, C, D' serão associados em paralelo como mostra a
figura 23-a.
Os interruptores irão comandar um sistema A que no caso NÁO é o motor do tôrno,
dando o circuito completo da figura 23-b. Veremos mais tarde como comandar o motor.
Note o leitor que na resolução lógica obtivemos um circuito, não nos preocupando
o meio de detetarmos as exigências do problema como por exemplo, saber-se se o operário
está bom ou machucado. Todavia isto é um detalhe que não se refere ao circuito lógico.
Assim, deveremos conseguir um detetor que forneça um interruptor aberto quando o ope-
rário se machuca e fechado quando o operário está bom e ligá-lo ao circuito lógico.
1-c) Pede-se para repetir o problema 1-b para a convenção
A =O quando desligado
A = 1 quando ligado.
_ __.8 o----,
o FIG. 24
RÊDE DE
ALIMENTAÇÃO
FIG. 25 RÊDE DE
ALIMENTAÇÃO
-o--/o-
a· c
j
a b r
Note que êstes 3 circuitos estão ligados por OU sendo então associados em paralelo e
comandando a lógica Y como vemos em 25-d.
3) A · B + A' · B+B' + C = Y.
Na figura 26 encontramos a seqüência de obtenção do circuito.
Em 26-a temos o circuito A · B.
Em 26-b temos o circuito A' · B.
Em 26-c temos o circuito B'. A
Em 26-á temos o circuito C.
B'
RÊDE DE •
ALIMENTAÇAO c
a b c e
FIG. 26
~stes 4 circuitos estão ligados por OU dando a lógica Y como vemos em 26-e.
o b
D 00
CLASSE M
o b c
fiG. 28
-m
d e
f g h
Seja uma sala com rapazes e môças. A êste conjunto poderemos chamar de uma
classe que designaremos por uma letra (M por exemplo). Esta classe é representada por
um retângulo incluindo o contômo (vide 6g. 28-a).
Suponhamos que desejamos fonnar um conjunto A de tôdas as môças desta sala .
Ora, êste conjuto será um subconjunto da classe M. Assim o conjunto A está contido
(dentro) na classe M, como vemos na figura 28-b.
Imaginemos um outro conjunto B de tôdas pessoas (rapazes ou môças)que usam calças
compridas nesta sala. Será um nôvo subconjunto da classe M como vemos na figura 28-c.
Formemos agora um conjunto C de tôdas as môças que usam calças compridas.
Note que êste conjunto C vai ter os mesmos elementos que o conjunto formado pela
intersecção do conjunto A com o conjunto B.
Pois do conjunto A iremos retirar só pessoas de calças compridas, pois tôdas são
môças; no conjunto B vamos retirar só môças pois tôda as pessoas usam calças compridas.
Assim o conjunto C = A · B (vide figura 28-d).
reyisfa ELETRôNtCA
JULHO-AG6STO 197O
40 261
Façamos um conjunto D que tenha tôdas as môças e tôdas as pessoas de calças com-
pridas. Note que êste conjunto D vai ter os mesmos elementos que o conjunto formado
pela união (note que no caso anterior foi intersecção) do conjunto A com o conjunto B.
Pois do conjunto A iremos retirar tôdas as môças (conjunto A inteiro) e do conjunto B iremos
retirar tôdas as pessoas com calças compridas (conjunto B inteiro). Assim o conjunto
D = A + B (vide figura 28-c).
Imaginemos um conjunto F de todos os rapazes da sala. f.ste conjunto é o mesmo
que a classe M menos o conjunto A das môças. Assim o conjunto F = A' como vemos na
figura 28-f.
Se a classe M fôr igual a 1 temos figura 28-g.
Se a classe M fôr igual a O temos figura 28-h, isto é, não temos nem o retângulo.
Assim um espaço em branco é qualquer classe igual a O.
00@]
=
~
I) A· 8 C
A B C
o o o a
o 1 1
I O I
1 1 1
-LJ-
terruptores. b
B
c
FIG. 30
3) A· 1 = A
a
zoo A
~
A
a
o
~
A
:=i)-
b
A
:j}-·
b
--LJ-
------/A ----/o--
A
c ____/_
A
FIG. 31
o
c
FIG. 32
4) A + O A
A A' o
a a
--
b
-o-
b
0
c
FIG. 33
c
FIG. 34
5) A · A' o
o l o
l o o
Na figura 33 temos as representações. Percebemos, no instante em que A = O o circuito
está aberto por A. Quando A = l, A' = O e o circuito fica aberto por A'. Desta f~
êste circuito A · A' é sempre O equivalente a um fio cortado.
revista ELETRôNICA
JU LHO- AG6STO 1970
6) A + A'
7) A ·8 8 ·A
8) A+ 8 = 8 +A
A B A+ B
B A B+A
a
a
A---n
B~A+B
--tJ- --tJ-
b
c
FIG. 35
8 A
c
FIG. 36
~·~·~ a
FIG. 37
(AtB)•(A+C)
-c==r -LJ-LJ--
b
8 C .B C
Btc A• (B + CJ
[!]·~·~
A•B A•C A•B+A•C
~·~-~
a FIG. 38
A
A•(BtC)
c
b
revisto ELETRôNICA
JULHO·AGõSlO 19 7 O
40 265
9) A+ 8· C = (A + 8) · (A + C)
10) A · (8 + C) = A · B + A · C
ERRATA
No artigo "TESTE SUA INTELIGeNCIA ", circuito n.0 2, pág. 183 da revista n.o 39,
estão contidos algumas incorreções devidas a um lapso de revisão:
a) Ru não deve estar ligado à base de T,, mas à função de Rz/Ru com R./R,.
b) A base de T, deve estar ligado aos catodos dos diodos D" D,, D1, D,, D,, D, ao
invés de ao terminal +6V.
c) Não existe a ligação da base de T, ao terminal +6V.
reYista ELETRôNI·CA
JULHO-AGôSTO 1970 40 267
po; Transistores de junção de efeito de campo; tejam sendo usados com êxito três sistemas, todos
Modelos incrementais para transistores; Determina- possuem certas vantagens. Assim, a decisão final
ção de parâmetros incrementais; A polarização de será sempre necessariamente baseada numa solução
transistores de efeito de campo e bipolares; Cálculos de compromisso. A finalidade deste livra é oferecer
de respostas de baixa e alta frequência; Amplifica- em forma simples e de fácil compreensão (e com
dores Multi-estágios; Amplificadores sintonizadas; um mínimo de matemática e colorimetria) os prin-
Realimentação; Resposta de amplificadores com rea- CÍJ:'ios básicas da TV a côres, com destaque espe-
limentação; Projeto de amplificadores com reali- cial para a sistema PAL. O autor possu i longa ex-
mentação; Operação dos transistores bipolares fora periência na Departamento de Engenharia e Ensino
da região ativa; Circuitas digitais de um estágio; da BBC, no desenvolvimento de equ ipamento a cô-
Circuitas d igitais multi estágios, regenerativos e não res para fins de tratamento .
regenerativas.
CAPA:
CIRCUITOS INTEGRADOS "SOB MEDIDA"
A Matarola Semicanductor Products acaba de Por exemplo, um programa denominado MARS
anunciar um sistema avançado de projeto e produ- estabelece a ordem ou arranja preferencial das cé-
Ção de conjuntos LSJ • MOS, através da qual a in- lulas individuais. Aprovado êsse arranjo, as inter-
dústria interessada poderá obter circuitos integrados conexões são realizadas por uma variedade de fun-
especialmente prajetados para suas exigências, a ções gráficas automáticas, interativas e digitizadoras.
um custo bastante razoável. Satisfazendo-se a condição de um esquema eficiente
O sistema emprega um grupo de células lógi- de entreligações, sua exatidõo é controlada pela
cas que a fabricante denomina "Polycell Library", li- computador, para garantir que é completo e equiva-
teralmente, "Biblioteca Palycell", que se compõe de lente às especificações. Prepara-se então um dese-
cêrca de 30 células. Cada célula corresponde a um nha compôsta num coordenatografo de alta veloci-
arranjo específico de difusões e interconexões para dade, para verificação final.
a desempenho de uma determinada função lógica . A Dando-se por satisfeitos os engenheiros encarre-
gama de células vai desde inversores, "buffers", e gadas do projeto, é preparada uma fita de cantrôle
expansores até portas NANO e NOR de múltiplas para outra máquina automática, encarregada do
entradas, OR exclusivas, etc., além de uma varieda- preparo dos desenhos-mestres para os originais foto-
dade de "flip-flops". Com isso, é possível obter fle- gráficas, numa escalo de 100 vêzes o tamanho de -
xibilidade na projeto e máxima eficiência no apro- finitiva da pastilha . Êsses padrões são depois pra-
veitamento da área da pastilha de sílicio. cessados para a obtenção das máscaras utilizadas
na produção.
Essas máscaras são encaminhadas ao grupo de
COMO FUNCIONA produção que irá preparar os protótias nas mesmas
linhas de produção e com os mesmos técnicos res-
ponsáveis pela produção em massa. Isto é feito
Um caso típico de utilização do sistema Poly- para assegurar que os protótipos venham. a ter
cell LSI inicia-se com o cliente apresentando suas es- as mesmas características das unidades produzidas
pecificações para um ou mais conjuntos LSI . O de- em massa .
partamento de projeto entra em cantata com os en- Uma das partes mais importantes de um
genheiros da cliente fazendo-se então uma revisão programa de projeto LSI é o teste. Os Cls simples
de todas os requisitos, com base num conjunto de são testados medindo-se tôdas as com binações de
símbolos lógicas e especificações de desempenho entradas e saídas. Nos conjuntos LSI êste teste
para cada conjunto LSJ. extensivo é totalmente impraticável , pelo grande
O grupo de projeto compõe a lógica do clien- número de testes envolvidos. São po r isso mesmo,
te com as células Polycell e, par meia de um pro- usadas técnicas auxiliadas por computador para
grama de simulação lógica, verifica se de fato a desenvolver sequências simples e práticas de teste,
arranjo satisfaz as especificações de desempenho do que ofereçam garantias de operação correta .
cliente. O sistema é altamente fle xíve l, provendo a me-
Aprovada o projeto celular, a execução gráfi- lhor combinação de automação do projeto com in-
ca da geometria do Cl é levada a efeito par um teraçõo manual. A facilidade dessa interaçõo, seja
conjunto de dispositivos de desenha controlados por por um consola de TRC ou por um d igitador de
computadores. coordenadas de grande área permite ao engenheiro
de projeto realizar a atimizaçõo do arranjo e a
minimização da área da pastilha para obtenção dos
(*) Lorge Scole lntegrotion menores custos possíveis de produção.
. , . J~
rerista ELETRôNICA
JVUIO-AGôSTO 1970 40 269
i
TRANSFORMADOR DE FORÇA
-o PLACA DA
FIG. 1
em paralelo com C~, e de igual vido ao curto do diodo. Após a da os componentes não tives·
valor, e o zumbido desapareceu. danificação de c~, teríamos um sem se destruído, teríamos um
Substituimos então o capaci- forte zumbido. som fortemente distorcido e as
tar C~, recolocamos as válvulas, placas das válvulas de saída V,
ligamos o amplificador e êste Se o diodo interromper, não e V, estariam bem avermelha-
voltou a funcionar satisfatória- haverá mais tensão. negativa de das, indicando a excessiva cor-
mente. polarização das válvulas de saí- rente na válvula.
da. Isto fará com que a corren- Algumas vêzes utiliza-se ligar
Surgiu uma pergunta, que era te nestas válvulas aumente mui-
a suposição do diodo D estar os catodos de V, e V, à terra
to. Dependendo do projeto e da através de um fusível ou lâmpa-
danificado. robustez dos componentes, po- da (que se comporta como fusí-
Se o diodo entrar em curto, deremos ter a queima da retifi- vel) para evitar os danos acima.
provàvelmente o capacitar C, es- cadora de + B, a queiml! das Assim, se faltar polarização, a
tourará, pois por se tratar de válvulas de saída ou ainda a corrente em V, e v, aumenta
um capacitar eletrolítico, não queima do primário do transfor· muito, queima o fusível, inter-
pode êste receber tensão alter- mador de saída. Se o amplifi· rompendo a corrente nestas vál-
nada, fato que aconteceria de· cador tivesse êste defeito e ain· vulas.
UM PROBLEMA DE SINCRONISMO
Ligamos o televisor e sua ima- de varredura horizontal e verti- mente sinal de vídeo. São ampli-
gem corria sôbre a tela nos dois cal. Mas, como "saberão" tais ficados pelo amplificador de ví-
sentidos. geradores do momento em que deo. Após êste é que tiramos os ·
A primeira idéia foi de que as devem iniciar uma linha, do sinais de sincronismo; porém não I
frequências dos geradores de momento em que devem iniciar nos interessa o sinal de imagem.
varredura horizontal e vertical um novo quadro, etc. . . Daí sur- Para tal devemos recortar, (cei·
estariam fortemente alterados. ge a necessidade, de que a câ· far, separar) os impulsos de sin·
Tentamos então com os contrô- mera de imagem forneça junto cronismos do sinal composto de
les de horizontal e vertical "pa- aos sinais da cena, outros si- vídeo. Existe no TV um estágio
rar" a imagem na tela. Conse- nais que informem quando o fei- denominado Ceifator de Sincro·
guíamos isto durante curtos ins- xe da válvula captadora de ima- nismo, Recortador de Sincronis·
tantes, e logo a imagem voltava gem iniciou uma linha, ou um mo ou ainda Separador de Sin·
a rodar. l:ste teste nos indicou nôvo quadro, para que desta cronismo. O nome de separador
que o defeito estava no sincro· forma, no mesmo instante o fei- de sincronismo muitas vêzes
nismo e não em desvio de fre· xe do cinescópio do receptor ini- atribuído a êste estágio não é
quência dos osciladores. cie uma linha ou um quadro. A muito correto, pois o separador
Sabemos que o amplificador êsses sinais de informação que de sincronismo é o estágio se-
de vídeo fornece ao cinescópio irão controlar os geradores de guinte, que separa o sincronis-
informações à respeito da lumi· varredura é que denominamos mo vertical do horizontal.
nosidade e contraste da cena. "Impulsos de Sincronismo" . Vejamos então o funciona-
Porém em nada orienta o feixe Os impulsos de sincronismo mento de um ceifador a triodo,
do TRC, quanto à sua posição vêm junto com a ·imagem, num apresentado na figura 1.
relativa. Note que o movimento sinal que denominamos "Sinal O sinal composto de vídeo
do feixe é feito pelos geradores composto de vídeo" ou simples- proveniente do amplificador de
R2
C2
.,.__.....-tl-1-·-
CARGA ' IMPULSOS DE SINCRONÍSMO
5'NAL DE OMAGEM
1AMPLIFICADOR DE viDEO
+
FIG. 2
vídeo é aplicado ao capacitar fador. Todavia os impulsos levar a válvula ao corte. Desta
C,. Como o sinal aplicado pos- de sincronismo "andam" juntos maneira, a válvula estava traba-
sui amplitude positiva haverá com os sinais de imagem. As- lhando sempre fora do corte e
condução entre grade e catodo sim se existir sinal na tela, isto na placa em vez de termos sO-
de V., pois a grade fica positi- é se houver imagem na tela mente os impulsos de sincronis-
va em relação ao catodo. Com mesmo que rodando, como no mo, tínhamos êstes e mais o si-
esta corrente o capacitar C, se nosso caso, poderemos ter prà- nal de imagem. Assim o próprio
carrega até a tensão do pico, cor- ticamente certeza que os impul- sinal de imagem ficava gatilhan-
respondente ao pico do impulso sos de sincronismo estão che- do os geradores de varredura,
de sincronismo. No momento gando ao ceifador. provocando o movimento da
em que o sinal de vídeo corres- imagem na tela. Trocamos o re-
ponde à imagem, a amplitude Caso não houvesse imagem na sistor R, e o receptor voltou ao
positiva se reduz muito e o ca· tela isto iria nos indicar que o seu funcionamento normal.
pacitor C, começa a se descar- amplificador de vídeo estaria Caso o culpado não fôsse o
regar lentamente através do re- inoperante, implicando na ausên- resistor R,, seria a válvula in-
sistor R,. Porém durante a des- cia de imagem e impulsos de terrompida bastando trocá-la.
carga é determinada no resistor sincronismo. Mas, e se a tensão de placa
R, um diferença de potencial estivesse próxima do normal?
com polo negativo em grade e A suspeita seguinte é o es-
tágio ceifador. Deveríamos medir a tensão de
positivo em catodo, o que leva grade. Esta deve apresentar al-
a válvula ao corte dada a baixa guns volts negativos em rillacão
tensão de placa conseguida atra- Uma maneira ótima de testar-
mos o estágio de sincronismo, ao catodo. Caso isto não oco~ra
vés do divisor R, R, de tensão poderemos ter ou o capacitar
de + B. Desta forma não tere- seria usar um osciloscópio obser-
C, interrompido ou o resistor
mos sinal de imagem na palca vando as formas de onda (im-
pulsos) nas placas e grades do R, interrompido. Se esta tensão
de V,. Porém quando é aplicado de grade for muito positiva, po-
um impulso de sincronismo, de- referido estágio, e observar on-
de tais impulsos desaparecem ou deremos ter C, em curto.
vido ao seu elevado valor posi-
tivo, êle tira a válvula do corte estão deformados. Todavia, nem No caso das tensões estarem
e na placa de v, aparece o im- sempre o técnico dispõe de um próximas dos valôres normais,
pulso de sincronismo, porém com osciloscópio, e o jeito é se ar- deveremos trocar a válvula que
polaridade invertida. Assim te- rumar com o multitester. Assim, provàvelmente deverá estar se
mos que no circuito entra todo medimos a tensão de placa e esgotando.
o sinal composto de vídeo e encontramos cerca de 180 V, Convém lembrar que o nosso
em placa saem apenas os impul- quando o normal seria entre defeito era de uma perda total
sos de sincronismo, que após um 40 V e 80 V. Duas hipóteses sur- de sincronismo, motivo pelo qual
estágio separador de sincronis- giram, ou a válvula ou R, inter- nos detivemos no ceifador. Se
mo serão entregues aos gerado- rompidos. Medimos R, e êste se porventura fôsse uma instabili-
res de varredura. achava interrompido. Ora, se dade no sincronismo, podería-
R, interrompe, menor corrente mos ter além do ceifador, pro-
Depois desta rápida explana- passa por R,, menor queda de blemas de baixa amplificação no
ção sôbre o estágio de sincro- tensão em R, e em consequên- amplificador de vídeo, o que pro-
nismo, voltemos ao nosso defei- cia maior será a tensão de placa vocaria impulsos de sincronismo
to.
Se a tensão é maior, mais difí- de pequena amplitude e, portan-
Uma primeira causa seria a cil é para cortar a válvula, is- to, fracos demais para gatilhar
ausência dos impulsos de sin- to é, necessitamos de uma ten- sempre os geradores de varredu-
cronismo na entrada do cei- são negativa muito maior para ra.
l'e'rista ELETRõNICA
AGôSTO 1970 40 271
PARA ESTA SEÇÃO DEVE
técnico SER ENDEREÇADA PARA
TõDA CORRESPOND~NCIA
REVISTA ELETRôNICA CONSELHEIRO T~CNICO CAIXA POSTAL 30 869
SÃO PAULO - SP
REGULAMENTO
1 ,o - 7:r" consultas devem ser obrigatoriamente datilografadas, em fôlha isenta de
qualquer outro assunto. Deve constar nome e enderêço, além de pseudônlmo, se desejado.
2.0 - A exposição dos problemas ou da pergunta deve ser a mais completa e de-
talhada passivei, indicando exatamente aquilo que é desejado. Poderão ser feitas, no
máximo, 2 (duas) perguntas em cada período de 2 meses, por consulente.
3,0 - As respostas serão dadas exclusivamente através das páginas da revista,
levando-se em conta, no atendimento, as limitações de espaço e o tempo necessária a
eventuais pesquisas. .,.
4.o - Somente serão atendidas as consultas que, a critério da Equipe Consultiva,
forem consideradas de fnterêsse mais amplo, e não apenas visando uma minoria; em
cada número será fornecida uma relação de consulentes a quem deixamos de atender,
citando-se o motivo do não atendimento.
s.o - Não nos comprometemos a elaborar circuitos ou realizar cálculos ou for-
necer nomes de firmas comerciais, embora possamos fazê-lo se tal medida se justificar
para melhor atendimento da consulta.
032
ALDO TIAGO SILVEIRA
FLORIANóPOLIS - SC.
1 - "Gostaria de montar o "Receptor para rádio-amadores" publicado na
Revista Eletrônica n.• 16, porém, com bobinas comerciais, inclusive com bobina
interestágio no lugar de L,, FI de 1700kHz, eliminando o 2." oscilador e uma
6 BA6 no lugar da ECH81".
O que o leitor pretende montar é algo completa- No entanto, num dos nossos prox1mos números ,
mente diferente do que publicamos e, provàvelmen- daremos a descrição de outro receptor para . radioa-
te de desempenho inferior. Não podemos indicar mador que talvez esteja mais de acôrdo com seus
as modificações sem proceder a experiências demo- desejos.
radas.
2 - "Com bobinas comerctats de boa qualidade é possível fazer faixas
ampLiadas para cobertura das freqüências para radioamador?"
Teoricamente, sim. Na prática, o trabalho não
compensa.
033
MANUEL JOAQUIM DA SILVA LIMA
RIO DE JANEIRO - GB.
1 - "Sou surdo e pretendia diagramas de aparelhos elétricos ou eletrô-
nicos para testes de motores pequenos, eletrodomésticos, transformadores etc.,
enfim tudo que seja útil para o diagnóstico de falhas em aparelhos elétricos.
Escusado é dizer que tôdas as indicações devem ser exclusivamente visuais".
Lamentamos não poder atender ao seu pedido; o Assim, só nos resta deixar aqui o apêlo a nossos
leitor há de convir que seu caso é um caso isolado. leitores que possuam tais circuitos ou que se dispo-
nham a aceitar um desafio à sua inventividade.
}
Provàvelmente as chapas do núcleo não foram dado a essa operação e, se possível, impregnar o
empilhadas com suficiente cuidado ou suficientemente conjunto com qualquer massa que amorteça ou im-
apertadas. A sua vibração causaria o citado baru- peça as vibrações das chapas.
lho. A solução, obviamente será dispensar maior cui-
035
GERALDO PERRONI DE OLIVEIRA
SAPUCAIA- RJ.
"Solicito um esquema de um aparelho que, ligado a um contra-baixo ele-
trônico e a um conjunto de luzes coloridas faça com que estas mudem as
côres de acôrdo com o rítmo apresentado".
Normalmente as luzes coloridas não mudam "de juntos de filtros para as várias faixas de freqüências.
acôrdo com o ritmo apresentado", mas conforme a O assunto é demasiado complexo para ser tratado
freqüência dos sons reproduzidos. São usados con- nesta seção.
036
RENILDO GONÇALVES
QUILOMBO- RJ.
I - "Desejando montar o dispositivo de acionamento automático para
portas de garagem (Serviço de um LDR - RE n.• 31) achei insuficientes os
dados fornecidos . Peço uma lista dos materiais descrevendo todos os valores
desde o transformador até o motor".
Trata-se de um artigo informativo e não des- vàvelmente será o acoplamento mecânico do motor à
critivo-prático. Por esta razão, não fornecemos maio- porta da garagem e não o circuito eletrônico.
res detalhes, mesmo porque a maior dificuldade pro-
037
FRANCISCO DAS CHAGAS ARAúJO
CAMPINA GRANDE - PB.
"Eu queria que me enviassem um circuito de um transmissor de 50 a 100
watts, com VFO, para a faixa de 40 metros".
O consulente não especifica se o transmissor é versos requesitos. Por outro lado, lembramos que a
para fonia ou telegrafia. Sugerimos que adquira o operação de equipamento transmissor é regulamenta-
" Radio Amateur's Handbook", edição em castelhano, da por lei. O consulente deve procurar informar-se
onde encontrará inúmeros circuitos para os mais di- a respeito, junto à LABRE em seu estado.
038
ERICH MUSCHELLACK
JOlNVILLE- SC.
" No "Gerador de RF e FI e áudio"; (RE. n.• 23) são usadas duas bobinas
ele FI (455kHz) Solhar miniatura e no esquema é indicada uma derivação
caán1 nestas bobinas. Entretanto, verifiquei que as bobinas que comprei (do
_ _ , tipo e marca) não têm esta derivação. Como posso fazê-la?"
1'e'rista ELETRôNICA
~~u.~~o 1970
40 273
039
WALTER NICOLUCCI
INDAIATUBA - SP.
"Montei a fonte de alimentação publicada em Revista Eletrônica n.• 35 de
setembro-outubro.
Terminada a montagem, antes de ligar conferi as ligações, constantando
que tudo estava de acôrdo com a figura I, liguei a fonte.
O condensador C, aqueceu-se ao ponto de em poucos momentos estourar
a junta. As ligações do emissor e coletor de T, ficaram rubras e o potenció-
metro queimou, com o voltímetro marcando O volt. Tornei a revisar o circuito,
troquei C, e T , e o potenciómetro. Mantendo o potenciómetro fechado (em
sua resistência total) e também o resistor ajustável, liguei a fonte, agora o
voltímetro acusa 26 V, nada mais esquenta, nem com consumo de IA, mas o
potenciómetro não funciona; tanto faz estar aberto ou fechado, a voltagem é
sempre a mesma: 26/27 V.
Desligado o potenciómetro do circuito, medi a voltagem no ponto de liga-
ção com o circuito, obtive 30 V e 30 mA.
Gostaria de saber o componente que inutilizou-se, e por conseguinte deixou
sem efeito o potenciómetro.
Está acontecendo que a etapa reguladora da fon-
te deixou de funcionar. Certamente, T, ou T, ou o defeituoso e depois pode ligar de nôvo, mantendo
DZ, está aberto, por isso o potenciômetro não atua. previamente o potenciômetro e o trimpot na posição
O consulente pode verificar qual (ou quais) dêles é média.
041
BRUNO. MICHEL
SANTA CRUZ DO SUL- RS.
042
NICOLAU DECIO DA ROSA
GENERAL CAMARA - RS.
Ambos os consulentes solicitam o circuito de um conversor para a faixa
de 160m.
Trata-se de assunto de interêsse extremamente
limitado e nada possuímos a respeito. ·
043
JULIO VIEIKA MORAIS
NOVA PETRóPOLIS - RS.
I - "Para fazer um dos mais simples toca-discos quais são os materiais
necessários? Quantas são as peças e quais seus números?"
Um toca-discos compõe-se de motor, prato e amplificador pode ser usado, por exemplo, o M-1 da
respectivo mecanismo de transmissão de movimento, Ibrape que vem em forma de "kit". Todavia, parece-
braço e cápsula e amplificador. Existem no comér- -nos que o consulente carece das necessárias noções
cio especializado conjuntos de motor, prato, braço e (embora elementares) para a montagem, razão por-
cápsula, já montados em base apropriada. Como que desaconsenhamos que tente fazer êste trabalho.
044
EWALDO HARBS
BLUMENAU - SC.
I - "A respeito dos dois circuitos de deflexão vertical com estabilidade
publicado na RE n.• 37, gostaria de saber se mantém estável apenas a altura ou
se também evita que a imagem corra verticalmente. Pergunto ainda se as
bobinas de deflexão devem ser as NT5102 ou se outros tipos servem igual-
mente."
Os dois circuitos mencionados apenas · estabili- defletora tem de ser NT5102 (da Ibrape) como espe-
zam a altura da imagem. Nesses circuitos a unidade cificado.
2 - Pede-nos a publicação de um circuito de osciloscópio de 13 cm, de
boa qualidade.
Estamos cogitando da publicação de tal circuito,
que se encontra em fase de elaboração e expe-
riências.