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C O L É G IO S A L E S IA N O N O S S A S E N H O R A D O C A R M O – A N A N IN D E U A

TURMA:2º ANO A
PROFESSOR: FABIANO REIS DATA:21/01/2010
DISCIPLINA: BIOLOGIA

ALUNO(A):______________________________________________________________APOSTILA 01

Seres Vivos e o Meio Ambiente (PARTE I) 3 - Conceitos Básicos:

Ecologia Indivíduo:
Oîkos: habitat; logos:ciência) É a unidade da vida que se manifesta
em um determinado local.

Espécie
Conjunto de indivíduos semelhantes
que ao serem cruzados entre si produzem
novos indivíduos semelhantes e férteis.

NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsales

População
É o conjunto de indivíduos que
pertencem à mesma espécie.

Comunidade ou Biocenose ou comunidade


Biótica
É o conjunto de populações, ou seja, é
um conjunto de indivíduos que pertencem a
espécies diferentes.
1 - Conceito:
É o ramo da biologia que estuda as Biótopo
relações dos seres vivos entre si e destes com É o local onde vive uma comunidade.
o meio ambiente.
Ecossistema ou Sistema Ecológico
2 - Divisão É um conjunto formado por uma
comunidade e o seu meio ambiente havendo
Auto-Ecologia troca de matéria e energia.
Estuda as relações entre uma única
espécie e o meio em que vive. Biosfera
É a somatória de todos os
Sinecologia ecossistemas.
Estuda as relações entre as várias
espécies de seres vivos e o meio em que vive. Ipso Facto
É o artefato típico que determina
Demoecologia (Dinâmica de populações) determinada espécie.
Estuda as variações em números
dentro das diversas espécies, buscando as
causas e as conseqüências destas variações.
Habitat Ex: Aves e mamíferos.
É o local típico de se encontrar uma
espécie. Seres Estenotérmicos: Que não suportam
grande variação de temperatura.
Nicho Ecológico Ex: Ex: Insetos, peixes, anfíbios,répteis,
É o papel ou função que o ser vivo orquídeas etc.
desempenha no ecossistema. 2-SALINIDADE:
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsáles
Seres Euralinos: Que suportam grande
variação de salinidade.
Ex. Tainha, salmão, enguia.
I
Seres Estenoialinos: Que não suportam
grande variação de salinidade.
Ex. A maioria dos organismos aquáticos.

IPC2 :
PRINCÍPIO DE GAUSE OU PRINCÍPIO DA CATÁDROMOS (Enguia)
EXCLUSÃO COMPETITIVA RIO
“Duas ou mais espécies não podem
coexistir por longo tempo no mesmo habitat se MAR
ambos desempenham o mesmo nicho (Salmão)
ecológico” ANÁDROMOS
OBS: A Piracema é a migração de peixes com
4-Componentes de um Ecossistema a finalidade reprodutiva.

Compõem os ecossistemas os fatores 3-ÁGUA:


Abióticos e os fatores Bióticos.
Hidrófilos: Organismo que vive
Fatores Abióticos permanentemente na água.
Ex. Peixes, a maiorias dos moluscos e dos
1-TEMPERATURA: crustáceos e plantas como a vitória-régia e o
aguapé.
Seres Homeotérmicos ou Homotérmicos
(Vida constante) Higrófilos: Seres que sobrevivem apenas em
Ex: Aves e mamíferos. ambientes muitos úmidos.
Ex. musgos, samambaias, moluscos,
Seres Pecilotérmicos ou Heterotérmicos minhocas etc.
(Vida Oscilante): Ex: Insetos, peixes,
anfíbios,répteis. Mesófilos: Organismos com moderada
necessidade de água.
Vida Latente: Morte aparente observada em Ex: Plantas cultivadas
estruturas.Ex: esporos e sementes
Xerófilos: Organismo que vive em ambientes
Hibernação: Diminuição da atividade vital bastante secos.
devido à diminuição da temperatura.Ex: Ex. alguns insetos, lagartos, ratos-cangurus,
Morcegos, caracóis. cactos.

Estivação: Diminuição da atividade vital dos OBS: Lixiviação: Lavagem do solo pela água
organismo devido ao aumento da da chuva.
temperatura.Esse fenômeno deve à escassez
de água. 4-PRESSÃO:
Ex: Pirambóia (Peixe Pulmonado), alguns
moluscos e alguns anfíbios. Euríbaros: Que suportam grande variação de
Pressão.
Seres Euritérmicos: Que suportam grande Ex. As Baleias e alguns cefalópodos.
variação de temperatura.
Estenóbaros: Que não suportam grande 2- CONSUMIDORES
variação de Pressão.
Ex. A grande maioria dos seres vivos. São seres vivos que obtém matéria
energética através da alimentação de outros
5-LUZ: seres vivos.
a) Herbívoros
Eurífotos: Que suportam grande variação de b) Carnívoros
luz. c) Onívoros
Ex. Homem e seres clorofilados. d) Dentritívos etc.

Estenófotos: Que não suportam grande 3- DECOMPOSITORES


variação de luz.
Ex. Sapos e rãs. São seres vivos capazes de
mineralizar à matéria orgânica, ou seja,
Umbrófilos: São aqueles que vivem na capazes de transformar a matéria orgânica em
sombra. matéria inorgânica para o reaproveitamento
Ex. Musgos, samambaias, caracóis e lesmas. pelos produtores.

Heliófilos: Seres que procuram a luz. OBS: Cadeias Alimentares:


Ex. Girassóis, moscas, cupins, mariposas.
Ex.
Heliófobos: Seres que evitam a luz.
Ex. Ratos.

6-SOLO:

Húmus: Constituído por matéria orgânica em


decomposição é extremamente fértil
(encontrado muito nas florestas – aqui na
Amazônia tem muito)

OBS: Clima: é conjunto de fatores abióticos


(temperatura, pressão, umidade e chuvas).
Seres Euribiontes (Euriécios) - Que suportam
grande variação de clima.
Seres Estenobiontes (Estenoécios) - Que não
suportam grande variação de clima. Ex.

Benedito Cujo – Fernando Gonsales

OBS: A matéria cíclica e o fluxo de energia


é unidirecional.
Nível Trófico (NT)
Quanto mais próximo o indivíduo estiver
do início da sua cadeia alimentar, maior o seu
Fatores Bióticos teor energético.
1- PRODUTORES
Ex.
São seres vivos capazes de absorver a
energia solar. Realizam a fotossíntese
produzindo a matéria orgânica com alto teor
energético ou transforma energia química
armazenando-a em compostos orgânicos.
EX. Produtor

Cara esta pirâmide nuca vai ser invertida!

5.2- Pirâmide de Número – Representa a


quantidade de indivíduos em cada nível
trófico.
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsales
a- Produtor de pequeno porte.

onça 2
20
Gato do mato
200
2000
coelho

OBS: TEIA ALIMENTARE: A teia alimentar é capim


um complexo formado por mais de uma b- Produtor de grande Porte.
cadeia alimentar.
Piolho
Ex.
100

Preguiça
10
1

Árvore

Outro exemplo interessante:

Anú 10

500
Carrapato
1

Boi 100

Capim

Obs:
As substâncias não biodegradáveis se 5.3-Pirâmide de Biomassa: mede a
acumulam em cada nível trófico da cadeia quantidade de matéria orgânica total num
alimentar.(MAGNIFICAÇÃO TRÓFICA) dado instante. Os valores são expressos em
Ex: DDT , Mercúrio e outros... Kg/m2 ou em g/m2.

Obs: Ex:
As substâncias não biodegradáveis onça
se acumulam em maior quantidade no 2 Kg/m2

último nível trófico da cadeia alimentar. Gato do mato


20 Kg/m2

coelho 200 Kg/m2


5- Pirâmides Ecológicas
capim 2000 Kg/m2
5.1- Pirâmide de Energia – Representa a
energia acumulada em cada nível trófico. Ex: Fitoplâncton e zooplâncton
Consumidor III Obs: No ambiente aquático a produção de
15Kcal
Fitoplâncton é intensa.
Consumidor II 150Kcal
715 Kg/m2
1500Kcal
Consumidor I 15000Kcal
413 Kg/m2
6- Relações Ecológicas

ALELOBIOSE
colônias

Harmônicas
Sociedades

Intraespecíficas

competição

desarmônicas
Canibalismo Coral Caravela

Sociedade
Os associados vivem unidos não
foresia
interdependentes.
protocooperaçã 1-Sociedade Regular- Quando existe divisão
o de trabalho e nem todos indivíduos tem
harmônica
mutualismo capacidade reprodutiva.
s
comensalismo
Interespecíficas
inquilinismo

competição

predatismo
desarmônica
parasitismo
s
Amensalismo,antibiose
esclav agism Ex:
o
Formigas,
abelhas e
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsales
Térmitas.

2-Sociedade irregular- é aquela em que não


existe divisão de trabalho e todos possuem
capacidade reprodutiva.
Ex: gorilas

Relações intraespecíficas:

Colônia
Os associados vivem unidos havendo
interdependência. Podem ser:
a)Homotípicas ou Homeomorfas: Indivíduos
são morfologicamente iguais.

Ex: Bactérias Obs: Nos diversos insetos sociais a


comunicação entre os diferentes indivíduos é
b)Heterotípicas ou heteromorfas: Indivíduos feita através dos ferormônios - substâncias
são morfologicamente diferentes. químicas que servem para a comunicação. Os
Ex: As cracas, os corais e as esponjas, ferormônios são usados na demarcação de
caravelas territórios, atração sexual, transmissão de
alarme, localização de alimento e organização
social.
Competição Obs: Na espécie humana, quando existe,
É uma relação intra ou inter- recebe o nome de antropofagia (do grego
específica desarmônica na qual associados anthropos, homem; phagein, comer).
lutam por espaço, alimentação e sexo.
Ex: Relações interespecíficas
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsales
Forésia
Um associado transporta o outro.

NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsáles

Protocooperação
Ambos associados são beneficiados,
não havendo coexistência obrigatória.
Ex: Caramujo paguro(bernardo-eremita) e
Obs: Esse mecanismo pode determinar actínias(anêmonas-do-mar), Pássaro-palito e
controle da densidade das duas populações crocodilo, Anu e gado.
que estão interagindo, extinção de uma delas
ou, ainda, especialização do nicho ecológico.
Canibalismo
É uma relação na qual um dos
associados mata o outro da mesma espécie
para lhe servir de alimento.

Mutualismo
Ambos associados são beneficiados
havendo coexistência obrigatória.
Ex: Os liquens, Cupins e protozoários,
Ruminates e microorganismos,
Bactérias(Rhizobium)e raízes de leguminosas,
Micorrizas(vegetal e o fungo, que é um
decompositor, fornece ao vegetal nitrogênio e
outros nutrientes)

Ex: escorpiões, aranhas, peixes, planárias,


roedores, etc.
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsales
Comensalismo
Um dos associados é chamado
COMENSAL se alimenta de restos
alimentares dos outros ou aproveita-se de seu
trabalho.
Ex: rêmora, peixe-piloto, Entamoeba coli

Parasitismo
Um dos associados retira substância do
outro o prejudicando.

Inquilinismo
Um associado se aloja dentro do outro
ou sobre o outro.

Homem com elefantíase

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS PARASITAS


Endoparasitas

Ex: Peixe-agulha e holotúria


Epifitísmo: Quando um vegetal vive sobre o
outro.
Ex. Bromélias e orquídeas.

Lombrigas

Ectoparasitas

Piolho e carrapato

PARASITA VEGETAL
Hemiparasita: erva-de-passarinho

Predatismo
Um associado mata o outro para lhe
servir de alimento.
Holoparasita: cipó chumbo formigas (transporte, proteção, etc). Essa
associação é considerada harmônica e um
caso especial de protocooperação por
muitos autores, pois a união não é obrigatória
à sobrevivência.

Amensalismo ou Antibiose
Um associado produz substâncias que
impedem o crescimento e o desenvolvimento
do outro.
Ex: Penicillium notatum eliminam a penicilina,
antibiótico que impede que as bactérias se
reproduzam.
As substâncias secretadas por Notas Finais:
dinoflagelados Gonyaulax, responsáveis pelo Nota1: Camuflagem: Quando o ser apresenta
fenômeno "maré vermelha", podem semelhança de coloração com o meio
determinar a morte da fauna marinha. ambiente.
Ex: gato maracajá e a onça, lagartos (por
exemplo, camaleão),urso polar.

Obs: A secreção e a eliminação de Nota2- Mimetismo: existem basicamente de


substâncias tóxicas pelas raízes de certas dois tipos:
plantas impede o crescimento de outras -Mülleriano- quando existe extrema
espécies no local. semelhança de forma e coloração.
Esclavagismo -Batesiano: Quando algumas espécies se
Um associado torno outro escravo. assemelham a outras para afugentar seus
predadores.
Ex: cobra falsa-coral, mariposas que se
assemelham a vespas, e mariposas cujo
colorido lembra a feição de uma coruja com
olhos grandes e brilhantes.

Ex: pulgões são mantidos cativos


dentro do formigueiro.Não obstante, pode-se
considerar uma relação harmônica, pois os
pulgões também são beneficiados pela
facilidade de encontrar alimentos e até mesmo
pelos bons tratos a eles dispensados pelas
Seres Vivos e o Meio Ambiente (PARTE II)
OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES EM ECOLOGIA

1- PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA BRUTA


Nos ecossistemas, a produtividade refere-se à quantidade de matéria orgânica
produzida em certa área, em determinado intervalo de tempo, isso corresponde ao conceito de
Produtividade Primária Bruta ou PPB.
Descontando, do total de matéria orgânica produzida pela fotossíntese (PPB), a parcela
consumida na respiração celular dos produtores, temos a Produtividade Primária Líquida
(PPL).

2- ECÓTONO
O habitat criado pela justa posição de habitats distintamente diferentes; um habitat de fronteira;
uma zona de transição entre tipos diferentes de habitats.

3- BIODIVERSIDADE
Uma medida da diversidade de organismo numa área local ou região, freqüentemente
incluindo a variação genética, a unicidade taxonômica e o endemismo.

4- BIOMA
Um tipo grande de comunidade biológica

5- CONTROLE BIOLÓGICO
O uso de inimigos naturais, especialmente insetos parasitóides, bactérias e vírus para
controlar organismos de praga.

6- DEMANDA BIOLÓGICA DE OXIGÊNIO (BOD)


Quantidade de oxigênio exigida para oxidar o material orgânico numa amostra de água;
altos valores em habitats aquáticos freqüentemente indicam poluição por esgoto e outras
fontes de rejeitos orgânicos, ou a sobre-produção de material vegetal resultante do
sobreenriquecimento por nutrientes minerais.

7- EXTINÇÃO
Desaparecimento por completo de uma espécie ou de outros táxons de uma região ou
biota.

SUCESSÃO ECOLÓGICA
São sucessivas modificações ou transformações que ocorrem no desenvolvimento de uma
comunidade.
3.1- Etapas de uma sucessão
Ecesis Serie Clímax

Ecesis -Esta etapa é marcada pelo estabelecimento de espécies pioneiras.

Serie – Uma série de estágios de mudança da comunidade numa detrminada área que conduz
em direção a um estado estável.
OBS: A Comunidade pioneira (ECESE) é constituída por poucas espécies que formam uma
cadeia alimentar simples e, por isto, muito vulnerável, instável.

OBS: As Comunidades em transição (SÉRIES) surgem à medida que novas espécies passam
a fazer parte da comunidade pioneira, aumentando a diversidade e a biomassa.

Clímax – O ponto final de uma seqüência sucecessional ou sere; uma comunidade que atingiu
um estado estacionário sob um conjunto denominado de condições ambientais.

OBS: A Comunidade clímax se estabelece quando ocorre equilíbrio dinâmico natural


(HOMEOSTASE) entre todas as populações e o ambiente. Ou seja: tudo que é produzido, é
consumido. Nada sobra, nada falta. Onde as cadeias alimentares complexas tornam estável o
sistema.

Sucessão Primária- é aquela que ocorre em área não habitada anteriomente.


Ex.: afloramentos rochosos, exposição de camadas profundas de solo, depósitos de areia, lava
vulcânica recém solidificada)
Sucessão Secundária- é aquela que ocorre em área anteriomente habitada.

Ex: clareiras, áreas desmatadas, fundos expostos de corpos de água.

Ciclos Biogeoquímicos
O transporte de matéria nos ecossistemas reside na existência de circuitos nos quais os
diversos elementos são constantemente reciclados. Em relação à energia, há uma diferença
fundamental, pois esta é degradada sob forma de calor e perdida sem ser jamais reutilizada.
Os seres vivos têm necessidade de mais ou menos 40 elementos para fazer a síntese de seu
protoplasma. Os mais importantes são o carbono, o nitrogênio, o hidrogênio, o oxigênio, o
fósforo e o enxofre. E esses elementos principais acrescentam-se outros, necessários em
quantidades menores, como o cálcio, ferro, potássio, magnésio, sódio, etc.
Esses elementos passam alternativamente da matéria viva à matéria orgânica, percorrendo
ciclos, chamados biogeoquímicos.

O Ciclo da Água

Um dos fundamentos para a existência de


vida em um planeta é a existência de água. Na
Terra ela existe sob forma de vapor na
atmosfera que, ao se condensar, cai como
chuva, neve ou gelo. Quando se precipita pode
cair diretamente no mar ou sobre a superfície da
terra, chegando aos oceanos através de rios ou
lençóis freáticos (rios subterrâneos). Neste
percurso, uma parte da égua é devolvida à
atmosfera pela evaporação. As plantas a retiram
do solo, enquanto que quase todos os animais a
ingerem. A água absorvida pelas plantas serve
para transportar várias substâncias minerais e
participar da fotossíntese. Os organismos
contêm água, pois é nesta que se realizam a
maioria dos processos vitais. Tanto animais
como vegetais perdem água diretamente para a
atmosfera. Os vegetais e animais pela
transpiração; ao animais pela evaporação
pulmonar, pela filtragem renal e pelo aparelho
digestivo. Todos, quando morrem, fazem
retornar sua parcela de água ao ambiente.
Assim, a água que as raízes das plantas tirarem
do solo, ou que os animais beberem, volta para
a atmosfera.

O Ciclo do Carbono

Na fotossíntese os organismos absorvem o carbono, que entra na composição de um


número grande de compostos, que por sua vez, se recombinam e formam os mais diversos
componentes orgânicos.
As plantas, quando servem de alimento para os consumidores, transferem a matéria
orgânica, que é metabolizada em cada nível trófico seguinte. Pela respiração de cada
organismo, forma-se gás carbônico, que é devolvido ao ambiente. Quando morrem, animais e
plantas, são decompostos por fungos e bactérias que liberam CO2 à água ou à atmosfera.
Algumas vezes o processo de decomposição é extremamente lento. É o caso dos compostos
de carbono que não foram totalmente atacados pelos decompositores e permanecem
armazenados no subsolo sob forma de turfa, carvão e petróleo. Também as rochas formadas
por conchas e esqueletos contêm compostos carbonados.
O Ciclo do Nitrogênio
O nitrogênio, mesmo ocorrendo em grande quantidade na atmosfera (78%), não pode
ser aproveitado diretamente pelos vegetais e animais. Entretanto, algumas bactérias e alguns
azuis (cianofíceas) podem fixar e utilizar o nitrogênio atmosférico nos solos e na água. Nas
raízes das leguminosas, por exemplo, encontramos nódulos que abrigam um número imenso
destas bactérias que vivem em simbiose com a hospedeira.
Assim, estas bactérias (Nitrobacter e Nitrosomonas) denominadas "fixadoras de nitrogênio"
utilizam o N2 atmosférico e o transformam em nitratos (NO3) que se acumulam no solo ou na
água, de onde são absorvidos pelas plantas. Estas os aproveitam na síntese de proteínas,
aminoácidos, ácidos nucleicos, bases nitrogenadas, etc., que passam para os consumidores
dos níveis tróficos seguintes.
Tanto animais e plantas, quando morrem, são decompostos e o nitrogênio é eliminado
sob a forma de amônia (NH3). Outras bactérias, "as desnitrificantes" liberam o nitrogênio da
amônia para a atmosfera na forma de N2, fechando o ciclo.
NOTA: O nitrogênio atmosférico é oxidado a nitritos e nitratos durante as tempestades com
relâmpagos.

O Ciclo do Fósforo
O fósforo é um elemento essencial por participar das moléculas de DNA e RNA
responsáveis pela transmissão das características genéticas, além de serem os compostos de
fósforo os principais manipuladores de energia nas células vivas. Os principais reservatórios
são as rochas de fosfato, depósitos de guano (excremento de aves marinhas) e depósitos de
animais fossilizados. O fósforo é liberado destes reservatórios por erosão natural e filtração, e
através da mineração e do uso como adubo pelo homem. Parte do fósforo é aproveitado pelas
plantas na forma de fosfatos no solo, entrando, assim, na parte viva do ecossistema. Pode
passar através de vários níveis tróficos antes de retornar ao solo por decomposição. Grande
parte do fosfato carregado pela água ou escavado dos depósitos na rocha é eventualmente
levado pelo mar - o homem e suas atividades mineradoras e distributivas aceleram este
processo. Uma vez no mar, pode ser utilizado em ecossistemas marinhos ou depositado em
sedimentos marinhos rasos ou profundos. Embora parte deste possa ser devolvida por corrente
de ressurgência, grande parte se perde quase que permanentemente. Pode ser devolvido por
processos geológicos de elevação de sedimentos, e, segundo Ehrlich, parece improvável que
no futuro estes serão suficientes para contrabalançar a perda.

Ciclo do Oxigênio
A atmosfera contém 21% de oxigênio, usado pelas plantas e pelos animais durante a
respiração. Além disso, fungos e muitas bactérias utilizam oxigênio quando decompõe plantas
e animais mortos. Queimar madeira e outros combustíveis também exige oxigênio.As plantas
devolvem oxigênio para o ar durante a fotossíntese.
Os ciclos do oxigênio e do carbono estão ligados: a fotossíntese consome dióxido de
carbono e produz oxigênio, a respiração por sua vez, consome o oxigênio e produz dióxido de
carbono. Pela figura abaixo, é mais fácil compreender como se dá o ciclo do oxigênio:

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