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Anatomia:
Estuda a estrutura e a forma dos corpos ou seres organizados
Relação entre a estrutura de uma parte do corpo e a sua função
o Anatomia regional: estuda zonas em particular
o Anatomia sistémica: estuda corpo por sistemas e aparelhos
Fisiologia:
Estuda os processos ou funções dos organismos vivos
Reconhece estruturas como peças dinâmicas
Sistemas do Corpo:
Sistema Tegumentar:
o Protege
o Regula a temperatura
o Evita a perda de água
o Produz os precursores de vitamina D
o É constituído pela pele, cabelo, unhas e glândulas sudoríparas
Sistema Esquelético:
o Protege e suporta
o Permite os movimentos do corpo
o Produz células sanguíneas
o Armazena minerais e gordura
o É constituído por ossos, cartilagens associadas, ligamentos e
articulações
Sistema Muscular:
o Produz os movimentos do corpo
o Mantém a postura
o Produz calor
o É constituído pelos músculos ligados aos ossos por tendões
Sistema Nervoso:
o Principal sistema regulador
o Percepciona sensações e controla movimentos
o Controla funções fisiológicas e intelectuais
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o É constituído por cérebro, medula espinhal, nervos e receptores
sensoriais
Sistema Endócrino:
o Principal sistema regulador que influencia o metabolismo, o
crescimento, a reprodução e muitas outras funções
o É constituído por glândulas, como a hipófise que segrega hormonas
Sistema Linfático:
o Remove substâncias estranhas do sangue e da linfa
o Combate a doença
o Mantém o equilíbrio hídrico nos tecidos
o Absorve gorduras do tubo digestivo
o É constituído por vasos linfáticos, gânglios linfáticos e outros órgãos
linfáticos
Sistema Respiratório:
o Promove as trocas gasosas entre o sangue e o ar
o Regula o pH do sangue
o É constituído pelos pulmões e pelas vias aéreas
Sistema Digestivo:
o Desempenha as funções mecânicas e químicas da digestão
o Absorção de nutrientes
o Elimina produtos de excreção
o É constituído pela boca, esófago, estômago, intestinos e órgãos anexos
Sistema Urinário:
o Remove produtos de excreção do sangue
o Regula o pH
o Equilíbrio hidro-eléctrico do sangue
o É constituído por rins, bexiga e vias urinárias
Aparelho Cardiovascular:
o Transporta nutrientes
o Produtos de excreção, gases e hormonas através do corpo
o Desempenha um papel importante na resposta imunitária e na
regulação da temperatura do corpo
o É constituído por coração, vasos sanguíneos e sangue
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Homeostasia:
Manutenção de uma variável em torno de um valor normal ideal ou setpoint.
Amplitude normal de valores
Posições do Corpo
Plano Sagital:
Corte vertical
Separa duas partes: direita e esquerda
Dois eixos: sagital e longitudinal
Órgãos:
3 cortes:
o Longitudinal – maior eixo
o Transversal – ângulo recto com eixo maior de um órgão
o Obliquo
Posição anatómica:
Estar de pé erecto
Face voltada para a frente
Membros superiores ao longo do corpo
Faces palmares das mãos voltadas para a frente
Supinação:
Mãos voltadas para a frente
Decúbito dorsal
Pronação:
Mãos voltadas para trás
Decúbito ventral
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Termos descritivos utilizados no Ser Humano
Termo Definição Exemplo
Direito Referente ao lado direito do corpo. O ouvido direito
Esquerdo Referente ao lado esquerdo do corpo. O olho esquerdo
Superior Uma estrutura acima de outra O queixo é superior ao umbigo
Inferior Uma estrutura abaixo de outra O umbigo é inferior ao queixo
Cefálico Mais perto da cabeça do que outra estrutura O queixo é cefálico em relação ao umbigo
(normalmente sinónimo de superior)
O umbigo é caudal em relação ao queixo
Mais perto da cauda do que outra estrutura
Caudal
(normalmente sinónimo de inferior)
Anterior A frente do corpo O umbigo é anterior a coluna vertebral
Posterior A parte de trás do corpo A coluna vertebral é posterior ao esterno
Ventral Referente ao ventre (sinónimo de anterior) O umbigo é ventral à coluna vertebral
Dorsal Referente ao dorso (sinónimo de posterior) A coluna vertebral é dorsal ao umbigo
Proximal Mais próximo do ponto de inserção no corpo do O cotovelo é proximal ao punho
que outra estrutura
O punho é distal ao cotovelo
Mais distante do ponto de inserção no corpo do
Distal
que outra estrutura
Lateral Em direcção oposta à linha média do corpo O mamilo é lateral ao esterno
(externo)
Lateral
Em direcção à linha média do corpo O dorso do nariz é mediano em relação ao
(interno) olho
Superficia Referente à superfície A pele é superficial ao músculo
l
Em direcção oposta à superfície, interior Os pulmões são profundos relativamente
Profundo às costelas
Membro inferior:
Coxa – anca ao joelho
Perna – joelho ao tornozelo
Tornozelo
Pé
Tronco:
Tórax
Abdómen Quadrante Quadrante
Pélvis superior superior
direito esquerdo
Divisão do abdómen em 4 quadrantes
Quadrante Quadrante
inferior inferior 5
direito esquerdo
Abdómen dividido em 9partes:
Cavidade Torácica:
Duas partes: direita e esquerda
Mediatismo:
o Coração
o Timo
o Traqueia
o Esófago
o Outras estruturas (nervos e vasos sanguíneos)
Cavidade Abdominal:
Estômago
Intestinos
Fígado
Baço
Pâncreas
Rins
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Folheto parietal (parte externa do órgão)
Glândulas endócrinas:
Não possuem canais
Possuem tecido conjuntivo altamente vascularizado
Produto – hormonas (segregadas para a corrente sanguínea e transportadas
por ela para todo o corpo)
Glândulas supra-renais: formadas por tecido não epitelial
Glândulas exócrinas:
Glândulas merócrinas
o Glândulas sudoríparas
o Segregam produtos sem qualquer perda de material celular
Glândulas apócrinas:
o Glândulas mamárias
o Libertam fragmentos das células durante a secreção
Glândulas holócrinas:
o Glândulas sebáceas
o Expelem células inteiras
o Célula morre e é libertada
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Capítulo 5 – Sistema Tegumentar
Funções:
Protecção
Sensação
Regulação da temperatura
Produção de vitamina D
Excreção
Hipoderme:
Localizada sob a derme
Tecido conjuntivo laxo (fibras de colagénio e elastina)
Parte mais profunda
Une ossos e músculos subjacentes
Não faz parte da pele
Une a derme às estruturas subjacentes
Vasos sanguíneos e nervos irrigam a derme
Local de armazenamento de gordura
Derme:
Parte profunda da pele
Constituída por:
o Tecido conjuntivo com fibroblastos
o Algumas células adiposas
o Macrófagos
Resistência estrutural e flexibilidade
Troca de gases, nutrientes e produtos de excreção com vasos sanguíneos da
derme
Derme papilar:
o Tecido conjuntivo laxo
o Papilas projectam-se para epiderme
o Tem mais células e menos fibras
o Numerosos vasos sanguíneos
Fornecem nutrientes à epiderme
Removem produtos de excreção
Ajudam a regular temperatura do corpo
Derme reticular:
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o Tecido conjuntivo denso e irregular
o Fibras de colagénio e elastina
o Linhas de clivagem, linhas de tensão – fibras de colagénio e elastina
orientadas em determinada direcção
o Estrias ou marcas de estiramento – pele excessivamente estirada,
derme rompe
Epiderme:
Parte superior da pele
Epitélio pavimentoso estratificado (5camadas)
Evita perda de água
Produz vitamina D
Dá origem aos pêlos, unhas e glândulas
Não contém vasos sanguíneos
Queratinócitos:
o Resistência estrutural
o Permeabilidade da epiderme
o Produzem queratina
Melanócitos:
o Cor da pele
o Células Langerhans
o Células Merkel
Terminações nervosas
Detectar tacto superficial
Pressão superficial
Camada basal:
o Queratinócitos – produzem células das camadas mais superficiais
o Mais profunda
o Membrana basal liga-se à derme
Camada espinhosa:
o Várias fiadas de células unidas por desmossomas
o Produção de fibras de queratina
Camada granulosa:
o Células com grânulos com queratohialina
Camada translúcida:
o Células mortas
o Parece transparente
o Presente na pele espessa
Camada córnea:
o Camadas de células pavimentosas mortas
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o Mais superficial
o Ocorre descamação
o Dá resistência estrutural
Pele espessa:
5 camadas epiteliais
Camada córnea
Áreas sujeitas a fricção
o Palmas das mãos
o Plantas dos pés
o Pontas dos dedos
Papilas dérmicas – cristas encurvadas e paralelas – melhoram aderência dos
pés e das mãos
Pele fina:
Mais flexível
Menos camadas de células
Camada granulosa – uma ou duas camadas de células
Camada translúcida – ausente
Derme projecta-se para cima como papilas separadas e não produz as
rugosidades observadas na pele espessa
Presença de pêlos
Cor da Pele:
Melanina:
o Amarelo pálido ao negro
o Protecção contra a luz solar ultravioleta
o Produzido por melanócitos
Células de forma irregular, com muitos prolongamentos longos
Caroteno:
o Pigmento amarelo
o Lipossolúvel
o Ingestão de grandes quantidades de caroteno – pele de cor amarelada
o Excesso do fluxo de sangue – cor vermelha intensa
o Cianose: diminuição do fluxo de oxigénio no sangue – cor azulada
Pêlo:
Haste (fora da superfície da pele)
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Raiz (abaixo da superfície da pele, sendo que a base da raiz se expande
formando o bulbo piloso)
Haste e raiz compostas por:
o Medula – eixo central do pêlo; duas a três camadas da célula que
contém queratina mole
o Córtex – corpo do pêlo; células contêm queratina dura
o Cutícula – uma só camada de células; forma superfície de pêlo; contém
queratina dura
Folículo piloso
o Bainha radicular dérmica
o Bainha radicular epitelial
Glândulas sebáceas:
Derme
Glândulas alveolares simples ou compostas produzem sebo
Glândulas holócrinas (células morre e é libertada)
Evita desidratação
Glândulas sudoríparas:
Glândulas merócrinas – abrem-se directamente na superfície da pele, através
de poros sudoríparos
Liquido libertado – suor
Glândulas apócrinas – abrem-se nos folículos pilosos acima da abertura das
glândulas sebáceas
o Axilas, órgãos genitais externos, em torno do ânus
o Não ajudam a regular a temperatura
Glândulas ceruminosas:
Sudoríparas merócrinas
Canal auditivo externo
Cerúmen ou cera = secreções das glândulas ceruminosase secreções das
glândulas sebáceas
Glândulas mamárias:
Sudoríparas apócrinas
Localizadas nas mamas
Produzem leite
Unha:
Constituída por raiz ungueal e pelo corpo ungueal que assenta no leito ungueal
Parte da raiz ungueal – matriz ungueal – produz o corpo da unha, composto
por várias camadas das células contendo queratina dura
Cartilagem hialina:
Matriz cartilagínea: fibras de colagénio que dão resistencia
Células especializadas que produzem uma matriz em torno das células
condroblastos
Condroblastos envolvidos pela matriz dão origem a condrócitos (célula
arredondada que ocupa um espaço na matriz – lacuna)
Pericôndrio
o Bainha dupla de tecido conjuntivo que cobre a maior parte da
cartilagem.
o Camada exterior é constituída por tecido conjuntivo denso e irregular
que contém fibroclastos
o Camada interna contém condroblastos
Cartilagem articular:
Cobre as extremidades ósseas no local onde se reúnem para formar as
articulações
Não possui pericôndrio, vasos sanguíneos ou nervos
Crescimento por aposição ou aposicional
o Condroblastos do pericôndrio produzem nova matriz e acrescentam
novos condrócitos ao exterior do tecido
Crescimento intersticial:
o Condrócitos do interior do tecido proliferam e acrescentam nova matriz
entre as células
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Ossos irregulares: lisos; possuem lacunas ou acidentes
Ossos achatados:
Não possuem diáfise nem epífises
Estrutura do osso esponjoso entre duas camadas de osso compacto
Matriz óssea:
Porção orgânica 35% colagénio
Porção inorgânica 65% de minerais de cálcio e fosfato - hidroxiapatite
Células ósseas:
Osteoblastos:
o Transformam-se em osteócitos
o Produção da parte orgânica da matriz
o Encontrados na superfície do osso periósteo (membrana fina que
reveste o osso)
Osteócitos:
o Os osteoblastos acabam por ficar com lacunas chamadas osteoplastos
o Osteoblastos diminuem a sua actividade metabólica e passam a ser
osteócitos
o Células adultas que actuam na manutenção dos componentes químicos
da matriz
Osteoclastos:
o Reabsorção da matriz
o São células gigantes, multinucleadas responsáveis pela degradação do
tecido ósseo em condições fisiológicas e patológicas
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Excepção:
o Colunas de condrócitos não são tão evidentes
Hormonas:
o Hormonas de crescimento
o Hormona tiroideia
o Hormonas sexuais
Homeostasia do Cálcio:
PTH (hormona paratiroideia) regula os níveis de cálcio e estimulando a
actividade dos osteoclastos originando um aumento da libertação do cálcio no
sangue
A PTH aumenta a reabsorção do tecido ósseo subindo assim os níveis
sanguíneos de cálcio
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Capítulo 7 – Sistema Esquelético: Anatomia Microscópica
Esqueleto Axial: Total de ossos =80
Cintura escapular
o Omoplata – escápula (2)
o Clavícula (2)
Membro superior – total de ossos = 64
o Úmero (2)
o Rádio (2)
o Cúbital – Ulna (2)
o Ossos do carpo (16)
o Metacárpicos (10)
o Falanges (28)
Cintura pélvica
o Osso coxal ou osso ilíaco (2)
Membro inferior
o Fémur (2)
o Tíbia (2)
o Perónio – Fíbula (2)
o Rótula – Patela (2)
o Ossos do Tarso – tornozelo (14)
o Metatársicos (10)
o Falanges (28)
Osso com superfície articular lisa – constitui parte de uma articulação e esteve
coberta por cartilagem articular
Osso com buraco (foramen) – esteve ocupado por algo, como um nervo ou vaso
sanguíneo
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Termos Anatómicos Gerais para Diversas Estruturas Ósseas
Termo Descrição
Corpo Parte principal
Cabeça Extremidade alargada (muitas vezes arredondada)
Colo Constrição (entre a cabeça e o corpo)
Bordo ou Margem Limite, lado, aresta
Ângulo Curvatura muito acentuada; ângulo
Ramo Ramificação do corpo (para lá do ângulo)
Côndrio Superfície articular lisa arredondada (ovóide)
Faceta Superfície articular pequena e lisa
Saliências
Linha ou línea Saliência linear pouco pronunciado
Crista Saliência linear mais acentuada
Espinha Saliência muito acentuada
Prolongamentos
Apófise Prolongamento proeminente
Tubérculo Apófise pequena e redonda
Tuberosidade ou Apófise com o feitio de uma maçaneta; habitualmente maior do
protuberância que o tubérculo
Trocânter Tuberosidades de extremidade superior ao fémur
Epicôndilo Perto ou acima de um côndilo
Língula Apófise achatada, com feitio de língua
Gancho Apófise em forma de gancho
Corno Apófise em forma de corno
Aberturas
Foramen, buraco Orifício
Canal ou meato Túnel
Fissura, fenda, hiato Fenda
Seio ou labirinto Cavidade
Depressões
Fossa Escavação não alongada
Chanfradura Entalhe
Fóvea Pequena fenda alargada
Ranhura, sulco, goteira Depressão alongada.
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Suporta os órgãos da visão, olfacto, audição e paladar
Fornece os alicerces para as estruturas responsáveis pela entrada do ar,
alimentos e água para o organismo
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Vista Lateral do Crânio:
Acidente temporal é um grande buraco – meato auditivo externo – transmite
as ondas sonoras ao tímpano
Atrás do meato auditivo externo há uma grande saliência inferior – apófise
mastoideia – cheia de células pneumáticas mastoideias (conexão do ouvido
médio)
Arcada zigomática – consiste na reunião de apófises dos ossos temporal e
malar, formando uma ponte sobre o lado do crânio
Mandíbula:
o Corpo – estende-se da frente para trás
o Ramo (montante) – estende-se na direcção do temporal
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Vista Frontal do Crânio
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Vista Inferior do Crânio:
O sangue chega ao encéfalo através das artérias carótidas internas, que
passam através dos canais carotidianos e das artérias vertebrais que passam
através do buraco occipital. Imediatamente após a sua entrada no canal
carotidiano, a artéria carótida interna flecte-se medialmente e entra na
cavidade craniana por cima do buraco lácero anterior (foramen lacerum)
O vómer forma a porção posterior do septo nasal e pode observar-se entre as
asas internas das apófises pterigoideias na linha mediana da cavidade nasal.
Duas apófises estiloideias longas e pontiagudas projectam-se da face inferior
das temporais. Em cada uma destas apófises inserem-se três músculos
envolvidos no movimento da língua, osso hióide e faringe.
Cavidade glenoideia (fossa mandibular), onde a mandíbula se articula com o
crânio, é anterior à apófise mastoideia, na base da arcada zigomática.
A maior parte do sangue deixa o encéfalo pelas veias jugulares internas, que
saem através dos buracos láceros posteriores (foramen jugular),
localizados lateralmente em relação aos côndilos occipitais
O palato duro ou palato óssea forma o pavimento das fossas nasais e é
constituído por quatro ossos unidos por suturas.
Os tecidos do palato mole ou véu do paladar estendem-se para trás a partir
do palato duro ou ósseo.
Buracos, Fendas e Canais Ósseos do Crânio
Abertura Osso que contém abertura Estruturas que passam pelas aberturas
Buraco esfeno-palatino Entre o palatino e o esfenóide Nervo e vasos esfeno-palatinos (nervo saso-
palatino e vasos esfenopalatinos)
Buraco estilo-mastoideu Temporal Nervo facial
Buracos etmoidais anterior e Entre o frontal e o etmóide Nervos etmoidais anterior e posterior
posterior
Buraco grande redondo Esfenóide Ramo maxilar do trigémeo (nervo maxilar
(foramen lacerum) superior)
Buraco infra-orbitário Maxilar superior Nervo infra-orbitário
Buraco lácero anterior Entre o temporal, o occipital e o No osso vivo este orifício está preenchido por
(foramen lacerum) esfenóide cartilagem; a artéria carótida interna e o canal
vidiano cruzam a sua face superior mas não
passam através dele.
Buraco lácero posterior Entre o temporal e o occipital Veia jugular interna, nervo glossofaríngeo,
(foramen jugular) nervo vago e nervo espinhal (acessório)
Buraco mentoniano Mandíbula Nervo mentoniano
Buraco occipital (foramen Occipital Medula espinhal, nervos espinhais (acessório)
magnum) e artérias vertebrais
Buraco óptico Esfenóide Nervo óptico e artéria oftálmica
Buraco oval (foramen ovale) Esfenóide Ramo mandibular do nervo trigémeo (nervo
maxilar inferior)
Buraco e canal palatino Palatino Nervos palatinos
posterior
Buraco pequeno redondo Esfenóide Artéria meníngea média
(foramen spinosum)
Buraco (foramen) zigomático- Malar Ramo lácrimo-palpebral do nervo zigomático
facial (nervo zigomático-facial)
Buraco (foramen) zigomático- Malar Ramo têmporo-malar no nervo zigomático
temporal (nervo zigomático-temporal)
Canal carotídeo Temporal Artéria carótida interna, e plexo nervoso
simpático peri-carotídeo
Canal condiliano anterior Occipital Nervo grande do hipoglosso
(canal do grande hipoglosso)
Canal lacrimo-nasal Entre o lacrimal e o maxilar Canal lacrimo-nasal (vias lacrimais)
superior
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Canal palatino anterior (canal e Entre os dois maxilares Nervo esfeno-palatino interno (incisivo)
buraco incisivo) superiores
Canal vidiano (canal Esfenóide Nervos simpáticos e parassimpáticos para a
pterigoideu) face
Chanfradura supra-orbitária Frontal Nervo e vasos supra-orbitários
Fenda esfenoidal (fissura Esfenóide Nervo motor ocular comum (áculo-motor),
orbitaria superior) nervo patético (troclear), ramo oftálmico do
trigémeo (oftálmico), nervo motor ocular
externo (abducens) e veias oftálmicas
Fenda esfeno-maxilar Entre o esfenóide e o maxilar Nervo e vasos infra-orbitários (nervo maxilar
superior superior) e o seu ramo orbitário (nervo
zigomático)
Meato auditivo externo Temporal Ondas sonoras a caminho da membrana do
tímpano
Meato auditivo interno Temporal Nervo facial e nervo estato-acústico (vestíbulo-
coclear, auditivo)
Orifício do canal dentário Mandíbula Nervo dentário inferior (nervo alveolar inferior)
inferior (foramen mandibular) destinado aos dentes da mandíbula
Orifícios dos nervos olfactivos Etmóide Nervos olfactivos
Ossos da cabeça:
14 ossos do viscerocrânio
As mandíbulas possuem saliências alveolares que contêm cavidades
alveolares que são encaixes para os dentes.
Os ossos da face e tecidos moles associados determinam a apresentação
facial própria de cada indivíduo.
Ossos hióide:
É impar
Não tem ligação óssea directa ao crânio, mas une-se a ele por músculos e
ligamentos e “flutua” na parte superior do pescoço logo abaixo da mamdíbula.
Coluna Vertebral
Funções:
Suporta o peso da cabeça e do tronco
Protege a medula espinhal
Permite os nervos raquidianos saírem da espinhal medula
Proporciona um local de inserção muscular
Permite o movimento da cabeça e do tronco
Lordose Escoliose
1ª vértebra – Atlas – C1: principal diferença desta vértebra para as outras é de não
possuir corpo.
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7ª vértebra – C7: processo espinhoso longo e proeminente
Parte do corpo e do arco vertebral (pedículo e lâmina) formam o buraco vertebral, que
contém e protege a medula espinhal.
Todas as sete vértebras cervicais têm buracos transversários e maioria tem apófises
espinhosas bífidas.
O sacro consiste em cinco vértebras fundidas e articula-se com os coxais para formar
a bacia óssea
Vértebras cervicais
Tem corpos muito pequenos.
Apófises espinhosas parcialmente bífidas
Em cada apófise transversal existe um buraco transversário pelo qual as
artérias vertebrais se dirigem para a cabeça;
Vértebras torácicas:
Tem apófises espinhosas longas e finas que se dirigem para baixo
(característica das vértebras torácicas);
Apófise transversal relativamente comprida
As primeiras 10 vértebras têm nas suas apófises transversas facetas articulares
pelas quais se articulam com as tuberosidades das costelas;
Nos bordos superiores e inferiores do corpo facetas adicionais onde se
articulam as cabeças das costelas;
Vértebras Lombares:
Tem corpos largos e espessos;
Apófises transversas e espinhosas fortes e rectangulares;
As apófises articulares superiores estão internamente viradas uma para a outra;
As apófises articulares inferiores viram-se externamente;
Vértebras Sagradas
São 5, com tamanho decrescente.
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Durante a infância, são independentes, mas na idade adulta apresentam-se
fundidas, formando o Osso Sacro.
Entre as vértebras fundidas não existem Discos Intervertebrais (o último disco
fica entre o Sacro e o Cóccix).
Tem formato triangular de ápice inferior
Vértebras Coccígeas:
Porção mais inferior da coluna vertebral;
Consiste de 3 a 5 vértebras mais/menos fundidas;
Formam um triângulo com o vértice inferiormente
Tamanho muito reduzido
Não possuem foramen vertebral, nem apófises bem desenvolvidas
Sacro:
É um osso grande e triangular localizado na base da coluna vertebral e na
porção superior e posterior da cavidade pélvica, onde está inserido como uma
fatia entre dois ossos do quadril
Sua parte superior conecta-se com a última vértebra lombar; sua parte inferior
com o osso da cauda ou cóccix
Ele é curvado em si mesmo e disposto obliquamente
Cóccix:
Porção mais inferior da coluna vertebral
Três a cinco vértebras mais/menos fundidas que formam um triangulo
Vértebras coccígeas são de tamanho muito reduzido, em comparação com as
outras vértebras
Não possuem buracos vertebrais nem apófises bem desenvolvidas
Caixa Torácica
Costelas:
o São ossos alongados que se estendem da coluna vertebral até o
esterno, ao qual se unem através das cartilagens costais.
o Há doze de cada lado
o As sete primeiras articulam-se na frente com o esterno por meio de uma
cartilagem – costelas verdadeiras
o Da oitava à décima costela unem-se através de suas cartilagens a uma
cartilagem comum, que se articula com o esterno – costelas falsas
o 11ª e 12ª costela não se articulam com os esterno – costelas flutuantes
o Costelas:
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Cabeça com duas faces articulares para o processo transverso
Colo
Tubérculo
Ângulo costal
Sulco da costela
Face interna
Face externa
Margem superior
Margem inferior
Cartilagens costais
Esterno:
o É um osso chato, localizando na parte anterior do tórax, composto por
três partes:
Manúbrio
Corpo
Apófise xifóide
o Esterno serve para sustentação das costelas e da clavícula, formando a
caixa torácica onde ficam protegidos os pulmões, coração, grandes
vasos (aorta, veia cava, artérias e veias pulmonares)
o É formado superiormente pelo manúbrio, ao centro encontra-se o corpo
do esterno e inferiormente a apófise xifóide, onde se liga o diafragma
entre outros músculos importantes.
Esqueleto Apendicular
Clavícula:
Osso longo em forma de S
Tem duas extremidades (acromial e esternal)
Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno
Articula-se lateralmente com o acrómio da escápula
Omoplata:
É um osso grande chato, localizado na parte superior das costas, que junto
com a clavícula forma a cintura escapular
Responsável pela união de cada membro superior ao tronco
É classificado como osso plano (chato) e tem parte translúcida
No plano coronal ou formato, tem formato triangular e possui três ângulos:
o Ângulo inferior
o Ângulo lateral
o Ângulo superior
Possui uma espinha, que pode ser facilmente apalpada e que dá origem ao
acrómio, onde se articula com a clavícula.
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Processo coracóide tem o formato de um dedo flectido e localiza-se inferior ao
acrómio
Uma face glenoidal localizada postero-lateralmente, articula-se com a cabeça
do úmero
Há também uma incisura escapular e três fossas:
o Subescapular (posição inferior nos quadrúpedes)
o Infra espinhal
o Supra espinhal
Úmero:
Liga-se à escápula e aos ossos do antebraço, rádio e cúbito
Sua articulação com a escápula, na extremidade proximal, é do tipo esférica –
articulação feita através da cabeça do úmero, que se encaixa na cavidade
glenoideia da escápula
Esta articulação permite grande liberdade de movimentos:
o Flexão
o Extensão
o Adução
o Abdução
o Rotação
Extremidade distal – cotovelo – articulação através da tróclea umeral e
olecrânio do cúbito.
Rádio:
É o osso do braço que se estende anatomicamente na parte lateral do
antebraço; vai do cotovelo até ao lado do punho onde se encontra o polegar
Proximalmente articula-se com o úmero no capítulo deste, distalmente com o
carpo e medialmente com o cúbito.
Cúbito:
Articula-se:
o Acima – com o úmero
o Lateralmente – com o rádio
o Em baixo – com o piramidal do carpo
Nele estão inseridos numerosos músculos, que movimentam a mão e os dedos
O cúbito está situado na parte interna do antebraço, isto é, do lado do dedo
mínimo
Mão:
Carpo:
o Porção proximal da mão, ou seja, conjunto de ossos dos membros
anteriores, que articulam com os ossos do antebraço e com os
metacarpo, em todos os vertebrados que apresentam aqueles membros
Metacarpo:
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o Porção média da mão, ou seja, conjunto de ossos dos membros
anteriores, que articulam com os ossos do carpo e com as falanges
proximais dos dedos, em todos os vertebrados que apresentam aqueles
membros
Falanges:
o São os ossos que formam os dedos das mãos e pés
o Cada dedo tem três falanges
Excepto: polegar e hálux (dedo grande do pé) – apenas duas
falanges
o Nomes das falanges:
Falange proximal – articula-se com os metacarpais ou
metatarsais
Falange média
Falange distal – extremidade dos dedos
Membros Inferiores:
Cintura pélvica:
o Anel ósseo formado pelo sacro e pelos ilíacos
o Cada ilíaco é formado:
Superiormente por uma lâmina óssea grande e côncava, ao
centro por uma região mais estreita
Inferiormente por um anel ósseo que rodeia um buraco
o Na superfície lateral de cada ilíaco, no ponto de articulação do membro
inferior com a cintura pélvica localiza-se uma fossa chamada acetábulo
o Superfície articular do acetábulo ocupa apenas as faces superior e
lateral da cavidade
o Local de articulação dos membros inferiores com o tronco
o Suporta o peso do corpo e protege os órgãos internos
o Cada ilíaco é formado pela fusão de três ossos que se junto perto do
centro do acetábulo
o Bordo superior do ilíaco chama-se crista ilíaca, que termina:
Anteriormente na espinha ilíaca antero-superior
Posteriormente na espinha ilíaca postero-superior
o Chanfradura limita a espinha ilíaca postero-superior logo acima das
nádegas
o Grande chanfradura ciática está no lado posterior do ilíon logo abaixo
da espinha ilíaca postero-inferior
30
o Face interna do ilíon consiste numa grande depressão chamada fossa
ilíaca
o Ísquion possui uma grande tuberosidade isquiática
o Púbis possui uma crista pectínea
o Sínfise púbica fica abaixo da crista pectínea
o Bacia ou pelve pode ser dividida em duas por uma placa imaginária,
que passa pelo promontório sagrado ao longo das duas linhas
iliopectíneas do ílio até à crista pectínea.
Fémur:
Único osso da coxa
Cabeça proeminente e arredondada que articula com o acetábulo
Colo bem definido
Eixo proximal tem duas tuberosidades:
o Grande trocanter
o Pequeno trocanter
Grande trocanter lateral ao colo e pequeno trocanter inferior/posterior ao colo
Extremidade distal tem os côndilos interno e externo, superfícies lisas e
arredondadas que articulam com a tíbia
Rótula:
Grande osso sesamóide
Articula-se com a chanfradura rotuliana do fémur
Perna:
Parte do membro inferior entre o joelho e o tornozelo
Dois ossos: tíbia e perónio
Tíbia:
Maior que o perónio
Suporta a maior parte do peso da perna
31
Tuberosidade tíbia – abaixo da rótula
Crista anterior forma a canela da perna
Extremidade proximal da tíbia tem as cavidades glenóideias da tíbia, que
articulam com os côndilos do fémur
Perónio:
Não articula com o fémur
Pequena cabeça proximal onde articula com a tíbia
Extremidade distal do perónio está ligeiramente alargada no maléolo externo
Pé:
Formado por 7 társicos:
o Astrálago (osso do tornozelo) articula-se com a tíbia e o perónio
o Calcâneo localiza-se abaixo do astrágalo e suporta-o
32
Placa epifisária Entre a diáfise e a epífise de um Nenhum
osso longo
Sincondrose esterno-costal Parte anterior cartilagínea da 1ª Pouco
costela; entre a costela e o esterno
Sincondrose esfeno-occipital Esfenóide e occipital Nenhum
Sínfises
Sínfises intervertebrais Corpos de vértebras adjacentes Pouco
Sínfise manúbrio-esternal Manúbrio e corpo do esterno Nenhum
Sínfise púbica Entre os dois coxais Nenhum (excepto
durante o parto)
Sínfise xifo-esternal Apêndice xifoideu e corpo do Nenhum
esterno
Articulações fibrosas:
Constituídas por dois ossos, que se encontram unidas por meio de tecido conjuntivo
fibroso interposto entre as superfícies articulares, não têm cavidade articular e têm
pouco ou nenhum movimento.
Suturas:
o Linhas de junção entre os ossos do crânio
o São completamente imóveis nos adultos
o Raramente são lisas e os ossos que se articulam muitas vezes
interpenetram-se.
o Sinostose – crescimento conjunto de dois ossos substituindo a sua
articulação, de modo a formar um osso único
Sindesmoses:
o Ossos estão mais afastados do que numa sutura e são unidos por
ligamentos
Gonfoses:
o Articulações especializadas que consistem no encaixe em cavidades e
são mantidas no seu lugar por finos feixes de tecido conjuntivo rico em
colagénio
o Feixes de tecido conjuntivo entre os dentes e os seus encaixes são os
ligamentos peri-odontais e permitem um ligeiro “dar de si” dos dentes
durante a mastigação.
Articulações Cartilagíneas:
Ligam-se dois ossos entre si por meio de cartilagem hialina ou de fibrocartilagem
Sincondroses:
o Articulação assinovial em que a junção de dois ossos se faz por
cartilagem hialina, com pouco ou nenhum movimento
o É temporária e é substituída por osso, formando-se sinostoses
o Articulações condro-costais mantêm-se, sendo que a maioria das
cartilagens costais deixa de se classificar como sincondroses, porque
uma das suas extremidades se liga ao osso (o esterno) por uma
articulação sinovial.
33
Sínfises ou anfiartroses:
o Fibrocartilagem unindo dois ossos que aderem por superfícies planas
o São sínfises as junções entre o manúbrio e o corpo do esterno – sínfise
púbica
Articulações Sinovais
Contêm liquido sinovial.
Permitem um movimento considerável entre os ossos que aí se articulam.
São anatomicamente mais complexas do que as fibrosas e as cartilagíneas.
A maior parte das articulações que reúnem os ossos do esqueleto apendicular
são sinoviais.
Estão cobertas por uma fina camada de cartilagem hialina que se chama
cartilagem articular – constitui uma superfície lisa onde os ossos entram em
contacto.
Algumas articulações sinoviais têm meniscos
As superfícies articulares dos ossos que se encontram numa articulação
sinovial está encerrada numa cavidade articular rodeada por uma cápsula
articular que ajuda a manter os ossos unidos, ao mesmo tempo que permite o
movimento.
o Cápsula fibrosa exterior
o Membrana sinovial interior
Membrana sinovial forra a cavidade articular, excepto sobre a cartilagem
articular. É uma membrana fina e delicada que consiste num conjunto de
células de tecido conjuntivo modificado intercaladas em partes da cápsula
fibrosa ou separadas dela por uma camada de tecido areolar ou adiposo.
Bolsas sinoviais protegem a pele, tendões ou osso das estruturas que
poderiam exercer atrito sobre elas.
o Bainhas tendinosas formadas por extensões, por exemplo, ao longo
dos tendões.
o Bursite é a inflamação de uma bolsa e pode causar uma dor
considerável em torno da articulação e restringir a sua mobilidade.
34
35
Tipos de Articulações Sinoviais
Tipo e exemplo de articulação Estruturas relacionadas Movimento
Planas (ou anfiartroses) Acrómio-clavicular Acrómio (da omoplata) e clavícula Pouco
(extremidade externa)
Carpo-metacárpicas Ossos do carpo e metacárpicos Eixos múltiplos: funcionam em grupo
Costo-vertebral Costelas e vértebras Pouco
Inter-cárpica Entre os ossos do carpo Pouco
Inter-társica Entre os ossos do tarso Pouco
Intervertebral Entre as apófises articulares de vértebras Pouco
adjacentes
Sacro-íliaca Entre o sacro e o coxal (articulação Pouco
complexa, com diversos planos e
sincondroses)
Tarso-metatársica Ossos do tarso e metatársicos Pouco
Em sela ou efipiartroses Carpo-metacárpico de I dedo Trapézio e I metacárpico Dois eixos
Inter-cárpica Entre os ossos do carpo Pouco
Esterno-clavivular Manúbrio do esterno e clavícula Pouco
Em roldana ou tróclea Cotovelo Úmero, cúbito e rádio Num eixo
Joelho Fémur e tíbia Num eixo
Inter-falângica Entre falanges Num eixo
Tornozelo Astrálago, tíbia e perónio Em eixos múltiplos, com um
predominante
Cilíndricas ou Atlóide-odontoideia Atlas e áxis (odontóide) Rotação
trocartroses Rádio-cubital proximal Rádio e cúbito Rotação
Rádio-cubital distal Rádio e cúbito Rotação
Esféricas ou enartroses Coxo-femural (anca) Coxal e fémur Eixos múltiplos
Escapulo-umeral ou gleno-umeral Omoplata e úmero Eixos múltiplos
(ombro)
Contorno elíptico ou Occipito-atloideia Atlas e occipital Dois eixos
condilartroses Metacarpo-falângicas (nós dos dedos) Metacárpicos e falanges Num eixo predominante
Metatarso-falângicas Metatársicos e falanges Num eixo predominantte
Rádio-cárpica (punho) Rádio e ossos do carpo Eixos múltiplos
Temporo-mandibular Mandíbula e osso temporal Eixos múltiplos, com um predominante
36
O movimento das articulações sinoviais pode ser descrito como:
Mono-axial (em redor de um eixo)
Bi-axial (em redor de dois eixos formando entre si um ângulo recto)
Multi-axial (ocorre em redor de vários eixos)
Tipos de Movimento:
Movimentos deslizantes:
o Ocorrem em articulações planas entre duas superfícies achatadas ou
quase achatadas que escorregam ou deslizam uma sobre a outra.
Movimentos Angulares:
o Aqueles em que uma parte de uma estrutura linear, como o corpo no
seu todo ou um membro, se dobram em relação a outra parte da
mesma estrutura, modificando o ângulo entre as duas partes.
o São também movimentos angulares os que implicam o movimento de
uma haste sólida, como um membro, ligada ao corpo na outra
extremidade, de modo a alterar o ângulo que faz com o corpo
o Flexão: move uma parte do corpo numa direcção anterior ou ventral.
Movimento dos pés na direcção da perna, como ao andar sobre os
calcanhares.
o Extensão: move uma parte do corpo numa direcção posterior ou dorsal.
Movimento dos pés para o lado plantar, como estar em bicos de pés
o Abdução: é um movimento que afasta da linha mediana.
o Adução: movimento em direcção à linha mediana.
o O dobrar pela cintura para um ou outro lado é com frequência chamado
flexão lateral da coluna vertebral, em vez de abdução.
Movimentos Circulares:
o Rotação: rodar de uma estrutura em torno do seu eixo mais longo,
como a rotação da cabeça, do úmero ou de todo o corpo. A rotação
interna do úmero com o antebraço flectido traz a mão para o corpo. A
rotação do úmero de forma tal que a mão se afaste do corpo é a
rotação externa.
o Pronação – consiste na rotação da palma da mão de modo a que fique
virada para trás, em relação à posição anatómica.
o Supinação – rotação da palma da mão de modo a virar-se para a
frente, em relação à posição anatómica.
o Circundação – combinação de flexão, extensão, abdução e adução.
Ocorre nas articulações que se movem livremente, como a do ombro.
Na circundação o braço move-se de forma a descrever um cone com o
vértice no ombro.
Movimentos especiais:
o Elevação: move uma estrutura para cima.
o Abaixamento: move-se para baixo.
o Propulsão ou Projecção (projecção para diante) – consiste em mover
uma estrutura na direcção anterior.
o Retropulsão ou retracção (projecção para trás) – traz a estrutura de
volta à posição anatómica, ou ainda mais para trás.
37
o Didução ou movimento de lateralidade – movimento da mandíbula
para a direita ou para a esquerda da linha média.
o Oponência – movimento exclusivo do polegar e do V dedo.
o Retorno à posição neutra – movimento contrário traz o polegar e o
outro dedo de volta à posição anatómica, neutra.
o Inversão consiste em virar o tornozelo de modo que a superfície plantar
do pé olhe para dentro (medial), ficando de frente para o pé do lado
oposto
o Eversao consiste em virar o tornozelo de modo a que a superfície
plantar olhe externamente.
38
Ligamentos da Articulação do Ombro
Ligamento Descrição
Gleno-umerais (superior, médio e Três conjuntos de fibras longitudinais de
inferior) pouca espessura no lado anterior da
cápsula; estende-se do úmero para o
bordo da cavidade glenoideia da
omoplata.
Umeral transverso Espessamento fibroso transversal e
externo da cápsula articular; atravessa-se
entre o troquino e o troquiter e contém o
tendão da longa porção do bicípite
mantendo-o contra a goteira bicipital (que
se transforma em canal ósteo-fibroso)
Córaco-umeral Cruza a raiz da apófise coracoideia para
o troquino e o troquiter
Cócaro-acromial Cruza sobre a articulação entre a apófise
coracoideia e o acrómio; é um ligamento
acessório (intrinseco da omoplata)
Articulação do Cotovelo:
É constituída pela articulação úmero-cubital, entre o úmero e o cúbito;
articulação úmero-radial, entre o úmero e o rádio; articulação rádio-cubital
superior ou proximal.
É rodeada por uma cápsula articular.
Articulação úmero-cubital é reforçada pelo ligamento lateral interno (cubital
colateral).
Articulações úmero-radial e rádio-cubital proximal são reforçadas pelo
ligamento lateral externo (colateral radial) e pelo ligamento anular do rádio
(rádio-anular)
A bolsa serosa olecraniana subcutânea cobre as superfícies proximal e
posterior do olecrânio.
39
Ligamentos da Articulação do Joelho
Ligamento Descrição
Rotuliano ou tendão rotuliano Banda fibrosa, muito espessa e resistente, entre a rótula e
a tuberosidade anterior da tíbia; de facto, constitui parte
integrante do tendão do quadricípete
Asas da rótula Bandas delgadas que vão dos bordos da rótula para as
tuberosidades dos côndilos femorais
Poptileu oblíquo Espessamento da cápsula posterior; extensão do tendão
do semi-membranoso
Popliteu arqueado Estende-se do lado posterior da cabeça do peróneo até à
face posterior da cápsula
Lateral interno (lateral tibial) Espessamento lateral bem desenvolvido da cápsula;
insere-se na tuberosidade do côndilo interno do fémur e
no bordo interno da tíbia
Lateral externo Ligamento arredondado que se estende da tuberosidade
do côndilo externo femoral à cabeça do perónio.
Cruzado anterior Estende-se obliquamente, para cima e para trás, da parte
anterior da espinha da tíbia até à face interna do côndilo
femoral externo
Cruzado posterior Estende-se para cima e para diante, da parte posterior da
espinha da tíbia até à face externa do côndilo interno.
Freios meniscais (ligamento coronário) Une os meniscos aos côndilos tibiais
(mediano e lateral)
Transverso Une as porções anteriores dos meniscos interno e externo
Menisco-femoral (anterior e posterior) Unem a parte posterior do menisco externo ao côndilo
interno do fémur, passando adiante e atrás do ligamento
cruzado posterior
40
Capítulo 9 – Sistema Muscular: Histologia e Fisiologia
Os movimentos do corpo são realizados por cílios e flagelos à superfície de algumas
células, por efeito da gravidade ou pela contracção muscular.
Propriedades do Músculo:
Contractilidade
Excitabilidade
Extensibilidade
Elasticidade
41
Estrutura do Músculo Esquelético
Cada fibra muscular esquelética é uma célula cilíndrica única contendo diversos
núcleos localizados à periferia da fibra, junto da membrana celular.
Tecido Conjuntivo
Envolvendo cada fibra muscular existe uma delicada lâmina externa composta por
fibras reticulares.
O endomísio é uma rede delicada de tecido conjuntivo laxo, com numerosas fibras
reticulares, envolve cada fibra muscular por fora da lâmina externa.
As fibras musculares com o seu endomísio são envolvidas por outra camada de tecido
conjuntivo mais denso – perimísio.
Um músculo é constituído por muitos feixes agrupados e rodeados por uma terceira
camada, mais espessa, o epimísio, formado por tecido conjuntivo denso, fibroso e
colagénio e que cobre toda a superfície muscular.
A fáscia consiste em tecido conjuntivo fibroso que envolve o corpo formando uma
bainha sob a pele; também separa cada músculo e envolve grupos musculares.
42
Neurónios motores:
Células nervosas especializadas.
Os seus corpos celulares localizam-se no tronco cerebral ou na medula
espinhal e os axónios estendem-se até às fibras musculares esqueléticas
através dos nervos.
Estimulam a contracção muscular
Cada neurónio motor inerva mais do que uma fibra muscular e cada fibra
muscular recebe um ramo de um axónio
Fibras musculares
As duas cadeias de actina F enrolam-se numa dupla hélice que se estende a todo o
comprimento do miofilamento de actina.
Sarcómeros:
Cada sarcómero estende-se de um disco Z para o disco Z imediato.
O disco Z é uma rede filamentosa de proteínas que forma uma estrutura em
forma de disco, que faz a ligação dos miofilamentos de actina.
O arranjo dos miofilamentos de actina e dos miofilamentos de adenosina dá à
miofibrilha uma aparência em bandas ou estriada.
Cada banda I ou isotrópica (banda clara) inclui um disco Z e estende-se de
cada lado do disco Z para as extremidades dos miofilamentos de miosina.
A banda I de cada lado da linha Z consiste apenas em miofilamentos de actina.
Cada banda A ou anisotrópica (banda escura) estende-se ao comprimento
dos miofilamentos de miosina no sarcómero.
Os miofilamentos de actina e miosina sobrepõem-se em parte da sua extensão
em ambas as extremidades da banda A.
No centro de cada banda A, está uma pequena banda chamada zona H, onde
os miofilamentos de actina e miosina não se sobrepõem e apenas estão
presentes miofilamentos de miosina.
No meio da zona H, encontra-se uma banda escura chamada linha M que
consiste em delicados filamentos que se ligam ao centro dos miofilamentos de
miosina.
As numerosas miofibrilhas orientam-se dentro de cada fibra muscular, de modo
que as bandas A e as bandas I de miofibrilhas paralelas ficam alinhadas,
produzindo o padrão estriado que se observa.
44
Modelo de Deslizamento dos Filamentos
O modelo de deslizamento dos filamentos para a contracção muscular
descreve todos os acontecimentos que resultam no deslizamento dos
miofilamentos de miosina para encurtar os sarcómeros das fibras musculares.
Os miofilamentos de actina e miosina deslizam ao longo uns dos outros de uma
forma que leva ao encurtamento do sarcómero.
O encurtamento dos sarcómeros é responsável pela contracção dos músculos
esqueléticos.
Quando os sarcómeros encurtam, as miofibrilhas, que consistem em
sarcómeros unidos topo a topo, encurtam.
Quando os sarcómeros encurtam, as miofibrilhas, as fibras musculares, os
feixes e os músculos encurtam, produzindo a contracção muscular.
Encurtamento do Sarcómero:
Os miofilamentos de actina e miosina num músculo relaxado e num músculo
contraído têm o mesmo comprimento. Os miofilamentos não mudam de
comprimento durante a contracção do músculo esquelético
Durante a contracção, os miofilamentos de actina em cada extremidade do
sarcómero deslizam sobre os miofilamentos de miosina, na direcção uns dos
outros. Em consequência, os discos Z aproximam-se e o sarcómero encurta-
se.
Quando os miofilamentos de actina deslizam sobre os miofilamentos de
miosina, as zonas H e as bandas I tornam-se mais estreitas. As bandas A, que
têm um comprimento igual ao dos miofilamentos de miosina, não se estreitam,
porque o comprimento dos miofilamentos de miosina se mantém.
Num músculo totalmente contraído, as extremidades dos miofilamentos de
actina sobrepõem-se e a zona H desaparece.
Potenciais da Membrana:
As membranas celulares são polarizadas, o que significa uma diferença de
voltagem, ou uma diferença de carga eléctrica, através da membrana
Esta diferença de carga chama-se potencial de membrana em repouso.
A carga negativa na face interior da membrana celular, em comparação com a
da face exterior, resulta principalmente das diferenças de concentração de iões
e moléculas carregadas através da membrana celular e das suas
características de permeabilidade.
Canais iónicos:
Uma vez estabelecido o potencial de membrana em repouso, podem ser
produzidos potenciais de acção.
O potencial de acção é o reverso do potencial de repouso, no sentido em que
o interior da membrana celular fica positivamente carregado em relação ao
exterior.
Há dois tipos de canais iónicos com portão responsáveis por produzir
potenciais de acção:
o Canais iónicos com portão ligado – o ligando é uma molécula que
se liga a um receptor. O receptor é uma proteína ou uma glicoproteína
45
com um sítio receptor a que o ligando se pode prender. Os canais
iónicos com portão de ligando são canais que abrem em resposta à
ligação do ligando a um receptor que é a parte do canal iónico. Os
axónios das células nervosas que servem as fibras musculares
esqueléticas libertam ligandos – neurotransmissores, que se ligam a
canais de Na+ com portão de ligando, na membrana das fibras
musculares. Em consequência, os canais Na+ abrem, permitindo aos
iões Na+ a entrada na célula.
o Canais iónicos com portão de voltagem – estes canais abrem-se e
fecham em resposta a pequenas alterações (carga) através da
membrana celular. Quando uma célula nervosa ou muscular é
estimulada, as diferenças de carga alteram-se, fazendo os canais com
portão de voltagem abrir ou fechar.
Potenciais de Acção:
A despolarização dá-se quando o interior da membrana celular se torna menos
negativo, o que é indicado pelo movimento ascendente da curva até zero.
A fase de despolarização do potencial de acção é desencadeada, se a
despolarização altera o potencial da membrana para um valor chamado limiar
de estimulação.
A repolarização é o regresso do potencial de membrana ao valor de repouso.
A despolarização e a repolarização resultam da abertura e encerramento dos
canais iónicos com portão. Antes de uma célula nervosa ou muscular ser
estimulada, esses canais iónicas com portão estão fechados.
Quando a célula é estimulada, os canais de Na+ abrem e o Na+ difunde-se para
dentro da célula.
o Os potenciais de acção ocorrem de acordo com o princípio de tudo-ou-
nada.
Se um estímulo é suficientemente forte para produzir uma
despolarização que atinja o limiar ou mesmo que exceda
bastante o limiar, todas as alterações de permeabilidade
responsáveis por um potencial de acção se sucedem sem parar
e são de magnitude constante.
Se o estímulo é tão fraco que a despolarização não atinge o
limiar, são poucas as alterações da permeabilidade. O potencial
de membrana regressa ao nível de repouso, após um breve
período sem produzir um potencial de acção.
O potencial de acção ocorre numa área muito pequena da membrana celular e
não a afecta toda ao mesmo tempo. Os potenciais de acção, podem no
entanto, propagar-se ou difundir-se pela membrana, porque um potencial de
acção produzido numa determinada localização da membrana celular pode
estimular a produção de um potencial de acção noutro lugar.
A frequência de potencial de acção é o número de potenciais de acção
produzidos por unidade de tempo.
À medida que aumenta a força do estímulo aplicada a uma célula nervosa ou
muscular, uma vez atingido o limiar, a frequência do potencial de acção
aumenta com o aumento da força do estímulo.
Todos os potenciais de acção são idênticos.
A frequência dos potenciais de acção pode afectar a força da contracção
muscular.
46
Canais iónicos com portão e o potencial de acção:
Potencial da membrana em repouso – os canais de Na+ com portão e os
canais K+ com portão estão fechados. O exterior da membrana celular está
positivamente carregado em comparação com o interior.
Despolarização – os canais de Na+ com portão estão abertos. Há
despolarização porque o movimento de iões Na+ para dentro da célula torna o
interior da membrana mais positivo.
Repolarização – os canais de Na+ com portão estão fechados e os canais de
K+ com portão estão abertos. Cessa o movimento de iões Na+ para o interior
da célula e o K+ desloca-se para fora da célula, causando a repolarização.
Junção Neuromuscular:
Junto de cada fibra que inerva, cada ramo axonal forma um terminal nervoso
alargado que se aloja numa invaginação de sarcolema formando uma sinapse
ou junção neuromuscular.
Sinapse ou junção neuromuscular consiste nas terminações axonais e na
área de sarcolema da fibra muscular que inervam.
Cada axónio acaba no terminal pré-sináptico.
O espaço entre este e a fibra muscular é a fenda sináptica e a membrana da
célula muscular na área de junção é a placa motora ou membrana pós-
sináptica.
Propagação do Potencial de Acção: ver página 291
Cada terminal pré-sináptico contém dentro da sua membrana muitas vesículas
esféricas – vesículas sinápticas.
As vesículas contêm acetilcolina (ACh) – molécula orgânica composta por
ácido acético e colina, que actua como neurotransmissor.
Um neurotransmissor é uma substância libertada por uma membrana pré-
sináptica, que se difunde através de uma fenda sináptica e estimula (ou inibe) a
produção de um potencial de acção na membrana pós-sináptica.
Processo de Funcionamento da Junção Neuromuscular:
o O potencial de acção chega ao terminal pré-sináptico, fazendo abrir os
canais de Ca2+ com portão de voltagem e aumentando a
permeabilidade aos iões Ca2+ no terminal pré-sináptico.
o O Ca2+ entra no terminal pré-sináptico e inicia a libertação de um
neurotransmissor, a acetilcolina (ACh), das vesículas sinápticas para a
fenda sináptica.
o A difusão da ACh através da fenda sináptica e a sua ligação aos
receptores da acetilcolina na membrana pós-sináptica da fibra muscular
resultam num aumento da permeabilidade dos canais de Na+.
o O aumento da permeabilidade aos iões Na+ resulta na despolarização
da membrana pós-sináptica; uma vez atingido o limiar, ocorre um
potencial de acção pós-sináptico.
o Uma vez libertada para a fenda sináptica, a ACh liga-se aos receptores
da ACh na membrana pós-sináptica e faz abrir os canais de Na+.
o Na fenda sináptica, a ACh desdobra-se rapidamente em ácido acético e
colina, por acção da acetilcolinesterase.
47
o A colina é reabsorvida pelo terminal pré-sináptico e combina-se com
ácido acético para formar mais acetilcolina, que entra nas vesículas
sinápticas. O ácido acético é captado por muitos tipos de células.
Acoplamento Excitação Contracção:
O mecanismo pelo qual um potencial de acção leva à contracção da fibra
muscular chama-se acoplamento excitação contracção e envolve o
sarcolema, os túbulos T, o retículo sarcoplasmático, o Ca2+ e a troponina.
O sarcolema tem ao longo da sua superfície muitas invaginações tubulares –
túbulos T ou transversais.
Os túbulos T projectam-se para dentro das fibras musculares e enrolam-se em
torno dos sarcómeros, na região onde os miofilamentos de actina e miosina se
sobrepõem.
O lúmen de cada túbulo T está preenchido com líquido extracelular e é
contínuo com o exterior da fibra muscular.
Suspenso no sarcoplasma, entre os túbulos T, está um retículo endoplasmático
liso altamente especializado, que se chama retículo sarcoplasmático.
Perto dos túbulos T, o retículo sarcoplasmático alarga-se de modo a formar
cisternas terminais.
O conjunto de um túbulo T e as duas cisternas terminais adjacentes chama-se
tríade.
O acoplamento excitação-contracção começa na junção neuromuscular, com a
produção de um potencial de acção no sarcolema.
O potencial de acção propaga-se ao longo de todo o sarcolema da fibra
muscular.
Quando o potencial de acção atinge os túbulos T, as membranas destes
sofrem despolarização, porque os túbulos T são invaginações do sarcolema.
Os túbulos T transportam a despolarização para o interior da fibra muscular.
48
Relaxamento Muscular:
Relaxamento resulta do transporte activo de iões Ca2+ de volta ao retículo
sarcoplasmático.
Potenciais de acção e contracção muscular:
o Um potencial de acção, produzido na junção neuromuscular, propaga-
se ao longo do sarcolema do músculo esquelético, levando a
despolarização a espalhar-se na membrana dos túbulos T.
o A despolarização do túbulo T provoca abertura dos canais de Ca 2+ com
portão de voltagem, o que leva a um aumento da permeabilidade do
retículo sarcoplasmático aos iões Ca2+. Os iões Ca2+ tendem a difundir-
se do reticulo sarcoplasmático para o sarcoplasma.
o Os iões Ca2+ libertados do retículo sarcoplasmático ligam-se a
moléculas de troponina no miofilamento de actina. Em consequência,
as moléculas de troponina ligadas às moléculas de actina G são
libertadas, o que faz com que as moléculas de tropomiosina se movam,
expondo, assim, os locais activos nas moléculas de actina G.
o Uma vez expostos os locais activos nas moléculas de actina G, as
cabeças dos miofilamentos de miosina ligam-se a eles para formar
pontes.
Fadiga
49
Capítulo 10 – Sistema Muscular: Anatomia Geral
Os músculos inserem-se nos ossos e noutros tecidos conjuntivos pelos tendões.
A origem (cabeça) é a extremidade do músculo ligada ao mais fixo dos dois ossos e a
sua inserção terminal a extremidade do músculo inserida no osso que sofre maior
movimento.
Alguns músculos têm múltiplas origens e uma inserção terminal comum, e deles se diz
que têm múltiplas cabeças.
Se, num grupo de sinergistas, existe um músculo que desempenha o papel principal
no desempenho de determinado movimento, ele chama-se o músculo principal.
Nomenclatura:
Localização
Tamanho
Forma
Orientação
50
Inserções de origem e terminação
N
Músculos Acção ú
Anteriores m
e
Grande recto anterior da cabeça Flexão da cabeça r
Pequeno recto anterior da cabeça Flexão da cabeça o
Posteriores
Músculos da Cabeça
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A rotação e abdução da cabeça são efectuadas pelos músculos dos grupos lateral e
posterior.
Expressão Facial
A queda da pálpebra de um dos lados ou ptose, indica habitualmente que foi lesado o
nervo que vai para o levantador da pálpebra superior.
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Levantador do lábio Maxila Pele e orbicular dos Eleva o lábio superior
superior lábios (superior)
Músculo da borla do mento Mandíbula Pele do queixo Eleva e enruga a pele do
queixo; eleva o lábio inferior
Nasal Maxila Dorso e asa do nariz Dilata a narina
Occipitofrontal Occipital Pele da pálpebra e nariz Move o couro cabeludo; eleva
as pálpebras
Orbicular das pálpebras Maxila e frontal Contorna a órbita e Encerra o olho
insere-se perto da origem
Orbicular dos lábios Septo nasal, maxila e Fascia e outros músculos Encerra os lábios
mandíbula dos lábios
Pequeno zigomático Osso zigomático Orbicular dos lábios do Elevação e abdução do lábio
lábio superior superior
Piramidal do nariz Dorso do nariz Frontal Cria rugas horizontais entre os
olhos, como ao franzir a testa
Quadrado do mento Bordo inferior da Pele do lábio inferior e Deprime o lábio inferior
mandíbula orbicular dos lábios
Risorius de Santorini Fascia do subcutâneo Obicular dos lábios e pele Abdução do ângulo da boca
do pescoço e do do canto da boca
masséter
Subcutâneo do pescoço Fascia do deltóide e Pele sob o bordo inferior Deprime o lábio inferior; enruga
grande peitoral da mandíbula a pele e o pescoço e parte
superior do tórax
Supraciliar A saliência nasal e Pele da pálpebra Deprime a porção mediana da
orbicular do olho sobrancelha e puxa as
sobrancelhas uma para a outra,
como no franzir a testa
Triangular dos lábios Bordo inferior da Lábio, perto do ângulo da Deprime o ângulo da boca
mandíbula boca
Mastigação:
Músculos Acção
Temporal Eleva e retrai a mandíbula;
envolvida na didução
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Masséter Elevação e projecção da
mandíbula; envolvido na
didução
Pterigoideus
Músculos Hioideus:
Músculos supra-hioideus:
o Digástrico
o Genio-hioideu
o Milo-hioideu
o Estilo-hioideu
Músculos infra-hioideus:
o Omo-hioideu
o Esterno-hioideu
o Esternotiroideu
o Tiro-hioideu
Movimentos da Língua:
Músculos da Língua:
Músculos intrínsecos:
o Longitudinal, transverso e vertical
Músculos extrínsecos:
o Genoglosso
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o Hioglosso
o Estiloglosso
o Palatoglosso
O globo ocular move-se na cavidade orbitaria, permitindo a visão num amplo leque de
direcções. Os movimentos de cada olho são efectuados por seis músculos extrínsecos
ao globo ocular designados de acordo com a orientação dos seus feixes em relação
ao globo ocular.
Músculos Acção
Obliquo
Inferior Eleva e desvia externamente o
olhar
Superior Baixa e desvia externamente o
olhar
Recto
Inferior Baixa e desvia internamente o
olhar
Externo Desvia externamente o olhar
Interno Desvia internamente o olhar
Superior Eleva e desvia internamente o
olhar
Músculos do Tronco
Profundos:
o Massa comum
o Iliocostais
Cervical
Dorsal
Lombar
o Pequeno complexo
o Transversário do pescoço
o Longo dorsal do tórax
Músculos Acção
Diafragma Inspiração; deprime o
pavimento do tórax
Intercostais
Externo Inspiração; eleva as costelas
Interno Expiração; deprime as
costelas
Escalenos
Anterior Eleva a primeira costela
Mediano Eleva a primeira costela
Posterior Eleva a segunda costela
Pequenos
dentados
posteriores
Inferior Deprime as costelas
inferiores e estende as
costelas
Superior Eleva as costelas superiores
Triangular do Diminui o diâmetro do tórax
esterno
Parede Abdominal
A pelve é um anel ósseo com uma abertura através da qual as aberturas do ânus e
urogenitais penetram.
Movimentos do Braço
O braço está fixado ao tórax pelo grande peitoral e pelo grande dorsal.
O deltóide é como se fosse três músculos num só: as fibras anteriores flectem o
braço; as laterais fazem abdução do braço, e as posteriores fazem a extensão.
A abdução do braço é feita pelo deltóide, músculos da coifa dos rotadores e trapézio.
Movimentos do Antebraço
Músculos Acção
Braço
Bicípete braquial Flexão e supinação do
antebraço; flexão do braço
Braquial anterior Flexão do antebraço
Tricípete braquial Extensão do antebraço;
extensão e abdução do
braço
Antebraço
Ancónio Extensão do antebraço
Longo supinador Flexão do antebraço
Quadrado pronador Pronação dos interósseos
no antebraço
Redondo pronador Pronação do antebraço
Curto supinador Supinação do antebraço
Dois dos principais músculos anteriores, o grande palmar e o cubital anterior, fazem
a flexão do punho.
Três músculos posteriores, o longo radial ou 1º radial externo, o curto radial ou 2º
radial externo e o cubital posterior fazem a extensão do punho.
A flexão dos quatro dedos internos (2º ao 5º) é função do flexor comum superficial dos
dedos e do flexor comum profundo dos dedos.
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A extensão é feita pelo extensor comum dos dedos.
Movimentos da Coxa
Os músculos anteriores, ilíaco e grande psoas, fazem a flexão da coxa. Partilham uma
inserção comum e produzem o mesmo movimento, são muitas vezes designados por
psoas ilíaco.
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Psoas ilíaco
Ilíaco Flexão e rotação externa da coxa
Grandes psoas Flexão da coxa
Posteriores e Laterais
Grande glúteo Extensão, abdução e rotação externa da
coxa.
Médio glúteo Abdução e rotação interna da coxa;
abaixamento lateral da pelve
Pequeno glúteo Abdução e rotação interna da coxa;
abaixamento lateral da pelve
Tensor da fascia lata Tensão da fascia lata; flexão, abdução e
rotação interna da coxa; abaixamento
lateral da pelve
Rotadores Profundos da Coxa
Gémeos pélvicos
Inferior Rotação externa e abdução da coxa
Superior Rotação externa e abdução da coxa
Obturadores
Externo Rotação externa da coxa
Interno Rotação externa e abdução da coxa
Piriforme Rotação externa e abdução da coxa
Quadrado crural Rotação externa da coxa
Quadricípete:
Recto anterior
Crural
Vasto interno
Vasto externo
Adutores:
Pectíneo
Recto interno
Curto adutor
Longo adutor
Grande adutor
Isquiotibiais:
Semitendinoso
Bicípete crural
Semimembranoso
Músculos da Coxa
Músculos Inserção de Origem Inserção Terminal Acção
Compartimento Anterior
Quadrícipete Recto anterior – espinha ilíaca Rótula, e daí para a Extensão da perna; o recto
crural ântero-inferior; vasto externo – tuberosidade tibial através anterior também flecte a coxa
fémur crural – fémur; vasto do ligamento rotuliano
interno – linha áspera
Costureiro Espinha ilíaca ântero-superior Face interna da Flexão da coxa e da perna;
tuberosidade isquiática rotação interna da perna e
externa da coxa
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Compartimento Interno
Curto adutor Púbis Fémur Adução, flexão e rotação
externa da coxa
Longo adutor Púbis Fémur Adução, flexão e rotação
externa da coxa
Grande adutor Púbis e ísquion Fémur Adução, extensão e rotação
externa da coxa
Recto interno Púbis junto da sínfise Tíbia Adução da coxa; flexão da
perna
Pectíneo Crista púbica Linha pectínea do fémur Adução e flexão da coxa
Compartimento Posterior
Bicípete crural Longa porção – tuberosidade Cabeça do perónio Flexão e rotação externa da
isquiática; curta porção – fémur perna; extensão da coxa
Semimembranoso Tuberosidade isquiática Tuberosidade interna da Flexão e rotação interna da
tíbia e ligamento colateral perna; tensão da cápsula
articular do joelho; extensão
da coxa
Semitendinoso Tuberosidade isquiática Tíbia Flexão e rotação interna da
perna; extensão da coxa.
Compartimento anterior:
o Extensor comum dos dedos
o Extensor próprio do grande dedo
o Tíbia anterior
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o Peronial anterior
Compartimento posterior:
o Superficiais:
Gémeos
Plantar delgado
Solhar
o Profundos:
Longo flexor comum dos dedos
Longo flexor do grande dedo
Popliteu
Tibial posterior
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Capítulo 11 – Organização Funcional do Tecido Nervoso
Sistema Nervoso
12 pares nervos
cranianos
Encéfalo Espinhal Medula
31 pares nervos
raquidianos
Tronco cerebral:
Mesencéfalo
Ponte ou protuberância anular
Bulbo raquidiano (parte mais inferior)
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Nervos são feixes de axónios com as suas bainhas, que ligam o SNC aos receptores
sensoriais, músculos e glândulas.
Plexos são extensas redes de axónios e, alguns casos, também de corpos celulares
neuronais, localizadas no exterior do SNC.
Sinapses são a junção de uma célula nervosa com outra célula. As junções
neuromusculares, que são sinapses entre neurónios e células musculares
esqueléticas.
Neurónios
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Axónios – refere-se ao alinhamento rectilíneo e diâmetro uniforme da maioria dos
axónios.
Tipos de Neurónios
Nevróglia do SNC
Astrócitos – são células glias que devem a sua forma de estrela aos prolongamentos
celulares que se estendem para fora do seu corpo.
Nevróglia do SNP
Células de Schawnn são células gliais do SNP que se enrolam em torno dos axónios,
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Axónios não mielinizados – apoiam-se em invaginações dos oligodendrócitos ou das
células de Schawnn. A membrana celular envolve cada axónio, mas não se enrola
varias vezes em torno dele. Por isso cada axónio é rodeado por uma série de células,
e cada célula pode rodear simultaneamente mais de um axónio não mielinizado.
Sinais eléctricos
Iões Na+ são transportados para fora da célula – aumenta concentração no exterior da
célula.
A membrana celular tem permeabilidade selectiva, pelo que permite que algumas
substâncias passem através desta.
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Os iões Cl- são repelidos pelas proteínas de carga negativa e outros iões de carga
negativa no interior da célula.
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Potenciais Locais
Um estímulo provoca o aumento da permeabilidade da membrana aos iões
Na+, K+ ou Cl-.
A despolarização resulta do aumento da permeabilidade da membrana aos
iões Na+; a hiperpolarização resulta de um aumento da permeabilidade da
membrana aos iões K+ e Cl-.
Os potenciais locais são gradativos; isto é, a amplitude do potencial local é
proporcional à intensidade do estímulo. Os potenciais locais podem somar-se.
Por isso, um potencial local produzido como resposta a vários estímulos tem
maior amplitude do que um outro produzido como resposta a um estímulo
único.
O potencial local despolarizador é capaz de desencadear um potencial de
acção.
Potenciais de Acção
Os potenciais de acção são produzidos quando um potencial local atinge o
limiar.
Os potenciais de acção seguem a “lei do tudo ou nada”
A despolarização é o resultado do aumento da permeabilidade da membrana a
iões Na+ e do movimento de iões Na+ para dentro da célula. As portas de
activação dos canais Na+ com portão de voltagem abrem-se.
A repolarização é um resultado da diminuição da permeabilidade da membrana
a iões Na+ e aumento da permeabilidade da membrana a iões K+, o que
suspende o movimento dos iões Na+ para dentro da célula e aumenta o
movimento dos iões K+ para fora da célula. As portas de inactivação dos canais
Na+ com portão de voltagem fecham e os canais K + com portão de voltagem
abrem.
Num potencial de acção pode ser produzido por qualquer estímulo, seja qual
for a sua intensidade, durante o período refractário absoluto. Durante o período
refractário relativo, um estímulo mais forte do que o limiar pode produzir um
potencial de acção.
Os potenciais de acção propagam-se e, para um dado axónio ou fibra
muscular, a amplitude do potencial de acção é constante.
A intensidade do estímulo determina a frequência de potenciais de acção
Período Refractário
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começam a abrir. Há despolarização porque a difusão dos iões Na + para o
interior é muito superior à dos iões K+.
3. Repolarização: os canais de Na+ com portão de voltagem estão encerrados
porque fecharam as portas de inactivação. Os canais de K+ com portão de
voltagem estão agora abertos. A difusão de iões Na+ para o interior da célula
cessa e os iões K+ difundem-se para o exterior, causando repolarização.
4. Fim da repolarização e potencial tardio: os canais Na+ com portão de
voltagem estão encerrados. O encerramento das portas de activação e a
abertura das portas de inactivação restabelecem a situação de repouso para os
canais de Na+. A difusão dos iões K+ através dos canais com portão de
voltagem produz o potencial tardio.
5. Potencial de repouso da membrana: o potencial de repouso é restabelecido
após o encerramento dos canais de K+ com portão de voltagem.
O potencial de acção gera correntes locais, que estimulam a abertura dos canais Na+
com portão de voltagem nas regiões contíguas da célula, produzindo um novo
potencial de acção.
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Sinapses Químicas
Vias convergentes têm muitos neurónios a fazer sinapse com poucos neurónios.
Vias divergentes têm poucos neurónios que fazem sinapse com muitos neurónios
Os circuitos oscilantes têm ramos colaterais de neurónios pós-sinápticos que fazem a
sinapse com neurónios pré-sinápticos.
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