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PROTOCOLO DE MANEJO PARA SÍNDROMES
GRIPAIS FRENTE À PANDEMIA DE
CORONAVÍRUS (COVID-19)
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Fluxo para Internação
3. Internamentos dos pacientes Internos/Tratamento Hospitalar
4. Norma e Rotina do setor
5. Rotinas de Enfermagem
6. Tratamento dos pacientes internados
7. Equipamento de proteção individual
8. Equipamentos de proteção individual: Paramentação e Desparamentação
9. Coleta de Gasometria Arterial
10. Considerações Finais
11. Referências Citadas Nas Apresentações
1. INTRODUÇÃO
ENFERMARIA
1. Sem complicação clínica (ex: sem disfunções orgânicas agudas ou
descompensadas; sem sinais de sepse ou choque séptico).
2. Aporte de O2 máximo de 3L / min e cateter nasal para SpO2 >93 % e
FR < 24 irpm.
Observações:
1. Coleta/exames será realizada no local de internação
2. Acionar o laboratório ou profissional responsável pela coleta, para que
a mesma seja realizada no local do paciente, devendo o profissional da
coleta, estar devidamente paramentado.
3. Exames:
Laboratorial:
▪ Exames Inespecíficos:
Hemograma, TP, TAP(INR), TTPA, proteína C-reativa (de preferência
PCR ultra sensível); AST (TGO), ALT (TGP), Gama-GT, creatinina,
ureia, glicemia, ferritina, D-dímero, DHL, troponina, CK-MB, íons
(Na/K/Ca/Mg).
▪ Exames específicos:
Pesquisa do RT-PCR para SARS-Cov-2 (coleta por swab nasofaríngeo)
- solicitar preferencialmente do 3º ao 7º dia, podendo se estender,
eventualmente, até o 14º dia do início dos sintomas;
Sorologia para SARS CoV-2 por: Teste rápido (imunocromatografia)
para coronavírus – Pesquisa IgM/IgG ou apenas IgG total, deve ser
solicitado, no mínimo, após o 7º dia do início dos sintomas,
preferencialmente após o 14º dia quando o RT-PCR não esteja
disponível, não tenha sido realizado ou tenha sido negativo. Poderá
guiar o diagnóstico da Covid19 nos pacientes que chegam tardiamente
ao serviço de saúde, quando a janela de oportunidade para a RT-PCR
foi ultrapassada. Sorologia ELISA IgM/IgG para SARS-Cov-2 –
indisponível no SUS, até o momento.
Dados Laboratoriais
✓ PCR aumentada
✓ LDH aumentada
✓ CPK aumentada
✓ Troponina aumentada
✓ D-dímero aumentado
✓ Ferritina aumentada
✓ Linfócitos < 800 células
Indicações de IOT
✓ Sinais de excessivo esforço respiratório ou fadiga respiratória;
✓ Hipoxemia refratária à suplementação de O2 e encefalopatia;
✓ Ausência de melhora após a instituição de ONAF ou VNI, a qual
deverá ser constatada até a primeira hora de uso.
Corticoterapia*
Metilprednisolona 125 a 250mg/dia no D1 e 80mg/dia por 3 a 5 dias. +
Terapia antitrombótica Heparinização plena (atentar para contraindicações)
+ Antibioticoterapia
*Observações:
1- A duração e a dose da corticoterapia podem ser modificadas a
depender da gravidade e da evolução clínica.
2- Na indisponibilidade de metilprednisolona (1ª opção) pode ser feita a
conversão para outros corticoides injetáveis como hidrocortisona ou
dexametasona.
3- O uso da ivermectina (1ª opção, exceto para grávidas e nutrizes) ou
albendazol deve ser indicado, quando da prescrição do corticoide,
caso não tenha usado na fase 1. Ivermectina, na dose de
200mcg/Kg/dia, por 2 dias consecutivos ou albendazol, na dose de
400 mg/dia, por 3 dias consecutivos.
4- Instituir suporte geral de UTI ao paciente grave.
5- Não administrar HCQ/CQ/AZM nesta fase. 6- Instituir pronação
precoce se houver condições.
Critérios de internação de pacientes portadores da COVID19 (Extraído
das Recomendações CREMERN 004/2020)
a. Manifestações clínicas persistentes (febre > 4 dias, tosse persistente,
diarreia e mialgia importantes);
b. Dispneia e/ou taquipneia;
c. SO2< 96% em adultos, < 93 % em idosos e < 92% em pneumopatas
crônicos;
d. Comprometimento pulmonar maior ou igual a 50% com infiltrado
alvéolo intersticial ou intersticial bilateral ou coalescendo;
Acometimento radiológico menor, porém com dissociação clínico-
radiológica;
e. Nos portadores de pneumonia viral, considerar o Escore CRB - 65,
criado pela British Thoracic Society, que considera variáveis como
confusão mental com escore ≤ 8, segundo o abbreviated mental test
score (C - Confusion), frequência respiratória maior ou igual a 30irpm
(R - Respiratory Rate), pressão arterial sistólica < 90mmHg ou pressão
arterial diastólica menor ou igual a 60mmHg (B - Blood Pressure) e
idade maior ou igual a 65 anos. Considera-se 01 ponto para cada item
do anagrama que seja positivo;
f. Instabilidade clínica demonstrada por taquicardia, alterações
perfusionais, hipotensão, desidratação, alterações do nível de
consciência e/ou convulsões;
g. Portadores de mais de uma doença crônica ou com doença crônica
descompensada (diabetes, HAS, DPOC, alcoolismo, DRC, sequela de TB,
doença neurodegenerativa, obesidade, neoplasia maligna, cardiopatia,
hepatopatia crônica, imunodeficiência, etc); h. Antecedentes de
isquemia (cerebral, coronariana), trombose venosa prévia ou
trombofilia;
i. Pacientes polimedicados (considerar tipos de medicação e perfil do
paciente).
j. QT corrigido > 450ms;
k. Presença de sinais laboratoriais sugestivos de resposta inflamatória
sistêmica como: PCR aumentada, linfócitos abaixo de 800/mm³, LDH
aumentada, transaminases aumentadas e ureia acima de 65mg/dL, etc;
l. Inviabilidade do uso de medicação por via oral (ex: vômitos);
m. Fatores socioeconômicos que indiquem a vulnerabilidade do indivíduo
ou dificuldade de seguimento, mesmo nos casos de pneumonia
intersticial unilateral leve, CRB=0, sem dispneia ou dessaturação e sem
alterações laboratoriais significativas, considerando a dificuldade de
acesso ao serviço de saúde.
5. ROTINAS DE ENFERMAGEM
PEDIDOS:
NUTRIÇÃO:
Água mineral
Dieta dos pacientes
Quantitativos de funcionários e acompanhantes para refeições
ROUPARIA:
Pijamas 24 horas para funcionários e algum acompanhante
Lençol Funcionários
Lençol Paciente
Lençol Extra Para a Sala de Estabilização
Toalha para funcionários, paciente e acompanhante
Fronhas para funcionários
FARMÁCIA:
Máscara n95 – encaminhar o funcionário para receber na farmácia,
Solicitar Máscaras cirúrgicas (DIARIAMENTE), solicitar vitualmente
medicações dos pacientes, como realizar abastecimento de insumos
hospitalar.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_
2012.html
AVENTAL OU CAPOTE
Lembre-se: Nunca amarre o avental ou capote pela frente.
MÁSCARA CIRÚRGICA
Lembre-se: Máscaras de tecido não são recomendadas, sob
nenhuma circunstância;
1. Não reutilize máscaras descartáveis;
2. Enquanto estiver em uso, evite tocar na parte da frente da máscara.
3. roque a máscara quando estiver úmida ou sempre que for necessário.
4. Verifique se a máscara não está danificada.
5. Utilize o clip nasal como referência para identificar a parte superior.
6. Coloque a máscara em seu rosto e prenda as alças atrás da cabeça,
mantendo-as paralelas (nunca cruzadas).
7. Aperte o clip nasal ou a borda rígida da máscara para que ela se adapte ao
formato do seu nariz, visando minimizar espaços entre a face e a máscara.
8. Puxe a parte inferior da máscara para que ela cubra sua boca e seu
queixo.
1. Apoie a viseira do protetor facial na testa e passe o elástico pela parte superior da
cabeça. No caso dos óculos, coloque da forma usual.
2. Os equipamentos devem ser de uso exclusivo para cada profissional responsável
pela assistência, sendo necessária a higiene correta após o uso, caso não possa
ser descartado.
3. Sugere-se a limpeza e desinfecção, de acordo com as instruções de
reprocessamento do fabricante
GORRO OU TOUCA
IMPORTANTE:
Sempre que possível, escolha o tamanho de luva adequado para você.
Retire anéis, pulseiras ou outras joias de suas mãos. Isso pode danificar as
luvas ou dificultar o processo de vesti-las.
Verifique a integridade das luvas cuidadosamente. Se você notar rasgos ou
outros problemas visíveis, retire-as, lave novamente as mãos e vista luvas novas
ORIENTAÇÕES SOBRE A RETIRADA DOS EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
http://www.cofen.gov.br/parecer-no-112015cofenctln-informacoes-sobre-o-que-
consiste-a-coleta-de-gasometria-arterial-e-puncao-arterial-2_35502.html
CHECK-LIST
Tempo máximo de realização: 3 minutos
1. Solicitar o material necessário para o procedimento
a. Seringa de 3ml ou seringa SARSTEDT HEPAREZINADA
b. Agulha 1,2x40 (rosa)
c. Agulha 0,7x25 (cinza) ou menor
d. Heparina se seringa não heparenizada
e. Luva de procedimento
f. Algodão
g. Álcool 70%
h. Gases
i. Tampa de borracha para ocluir a agulha
j. Coxim
3. PROCEDIMENTO
a. Colocar luva
b. Limpar o local da punção com o algodão embebido em álcool 70%
c. Heparinizar a seringa com a agulha rosa (aspira a heparina e devolve no
frasco)
d. Trocar agulha rosa pela agulha de menor calibre
e. Palpar o pulso radial usando a mão não dominante (polpa digital dos
dedos indicador e médio)
f. Com a mão dominante, inserir a agulha em ângulo de 30-45º em direção
cefálica logo abaixo do local onde está palpando o pulso
g. Avançar a agulha lentamente até que o sangue arterial flua
espontaneamente para a seringa. Coletar no mínimo 1ml (idealmente,
coletar até 3ml)
h. Retirar a agulha e comprimir imediatamente com a gaze, fazendo pressão
por 5 minutos
i. Retirar as bolhas da seringa e tampar a agulha (“espetar” na tampinha de
plástico ou silicone)
j. Identificar a seringa com o nome do paciente, Identificar Solicitação com
Nome, Sobrenome, Idade, Enfermaria/ou UTI, Sexo, FI02, Temperatura do
Paciente
k. Encaminhar imediatamente para laboratório em bolsa térmica com gelo,
“exame não pode ultrapassar 1 hora para ser realizado após a coleta.