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60 Dias
para
Liberdade
Uma historia
incomum contada
por um homem
comum
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“Todo ser humano tem direito ter pelo menos


uma chance de fazer a diferença... As vezes
tudo que precisamos e de um tempo para
refletir sobre nossos erros”

Eduardo Silva

Introdução:
Este livro não e ficção, esta historia é real, aconteceu, fora
contada e escrita dentro do 11° CDP de Cajamar, não existe
ficção nesse livro, todos os causos e historias que são contadas
aqui realmente aconteceram. Com pessoas reais e normais, cada
um sua historia paralela no qual levam a ser parte integrante
dessa obra. Uma historia Contada pelo ponto de vista de
Eduardo Silva (eu), são relatos, desabafos, bons e maus
momentos, momentos de humor, tensão, ideias, intrigas, relatos
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do dia a dia, resumos, e contos e historias de diversos tipos de


pessoas.

Esta historia conta sobre meus 60 dias de prisão.

Espero que você (leitor (a)) goste desta leitura que relata a
verdadeira realidade de uma prisão vista pelos olhos de uma
pessoa que foi presa de verdade. Que viveu de verdade a
realidade do dia a dia num lugar fechado e com recursos
limitados. Espero que este livro acrescente algo para somar em
sua vida, e te mostre que sem deus em nosso coração não somos
nada. Desejo a ti uma ótima leitura e que deus te abençoe e que
te de sabedoria e discernimento para que, não cometas os
mesmos erros que eu cometi durante a minha vida.

Abraços

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Eduardo Silva
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Agradecimentos

Antes de qualquer coisa, quero agradecer a todos que


participaram dessa obra, pelos bons e maus momentos
vividos que geraram todo este conteúdo, entre eles,
Adriano mecânico de Morato, Rafa perrequeiro de caieiras
do rancho fundo, Chitão mentiroso de caieiras vila dos
pinheiros , Pit Bull da mancha de morato, Tio Sam padeiro
de morato,Daniel Cotonete de caieiras miraval, Luciano de
franco da rocha , Antigão dos pneus do Ipiranga SP,
Ferrugem de cajamar , Braz de cajamar , Robertinho de
cajamar , Alemão de caraguá, Dingo pagodeiro de morato,
Ronaldo de morato, os carcereiros Edilson, Sergio, Jorge
Roberto, o investigador Rodrigo, o delegado doutor Célio,
o pessoal do raio criminal, que indiretamente também
colaboraram para o desenrolar desta obra.

Agradeço também, em especial a Janete batista de Moraes


(minha esposa) e a Maria das graças de lima (minha mãe) que
unidas nunca me deixaram faltar nada e sempre cuidaram para
que eu ficasse bem, por me darem todo suporte que eu
precisava para me manter dentro das grades. E as agradeço por
terem me ensinado que família é a base de todo ser humano.
“Agradeço a deus todos os dias, por ter me dado de presente
esses dois anjos para cuidar de mim com tanto amor e
sabedoria”.

Agradeço a Deus, pois, independente de tudo, deus sabe de


todas as coisas, e não cai sequer uma folha de uma arvore sem o
consentimento de deus.

Eduardo Silva.
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Capitulo-01 O dia em que fui preso. 19/12/2017

Tudo começou no final de um árduo e produtivo dia de trabalho,

Consegui aprender a inserir as notas fiscais de entrada no


sistema da empresa na qual eu trabalho, já havia também já
deixado adiantado todo meu serviço para o dia seguinte, já era
final do dia, tocou o sinal de saída, costumávamos fazer rodízio
de carona para ir e vir do trabalho, era a semana do Renato, o
pessoal e eu entramos no quarto quando de repente, 2 viaturas
da tático, e 2 motos rocans, La em cima do morro, as duas
viaturas descendo entre as duas motos e na frente delas mais 6
policiais armados com calibres 12, metralhadoras e sub
metralhadoras.

Quando eu os avistei, já logo suspeitei que era para me


prender... Mas acho que não havia necessidade de tudo isso,
afinal de contas eu devia pensão alimentícia, não era traficante e
nem nenhum assassino profissional. Quando eles chegaram ate a
porta da firma, a oficial de justiça perguntou para o Elias quem
era Luiz Eduardo Ferreira da Silva, antes que ele respondesse, eu
mesmo me identifiquei,

-Luiz Eduardo Ferreira da Silva?

-sim sou eu mesmo, o que aconteceu?

- Infelizmente temos que pedir para o senhor nos acompanhar


ate a delegacia, você esta sendo procurado por pensão
alimentícia .

-Tudo bem, eu acompanho vocês, vocês estão só fazendo o


trabalhode vocês.
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Naquela hora, passou um milhão de coisas na minha cabeça, iria


ficar preso no natal, no ano novo, e no carnaval... o que mais
estava doendo e que eu havia trabalhado tanto para que o natal
com a Jane e nossa família fosse o mais bonito possível que
instintivamente, sem querer, sair correndo para dentro da
empresa, com o intuito de conseguir chegar ate o muro do fundo
da propriedade da empresa, pois se eu chegasse La pularia no
meio do mato e chegaria ate a minha antiga propriedade, de La
eu dava meu jeito de passar a época de festas eu me entregava.

Quando eu sai correndo, um policial tentou me segurar


agarrando com seu braço, acabei o derrubando, e consegui
descer a escada ate a metade do primeiro galpão, de repente,
me veio uma voz na minha cabeça, acho que devia ser minha
consciência... ou ate deus falando comigo...embora ser um
homem muito temente a deus, eu andava muito afastado dos
caminhos...

“O que você esta fazendo? Para! Volta, por mais doloroso que
seja te tirarem da sua vida, e da sua família, será pior se você
fugir, alias, você ira fugir ate quando? Ate quando você vai ficar
adiando para enfrentar esse problema? Vai ficar tudo bem! Basta
você confiar...”
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