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Escola Básica de Olival

Escola Secundária Diogo de Macedo


Agrupamento de Escolas Diogo de Macedo

Março 2021 N.º 76 Ano: XXVI Preço: 0,50€

Sala STEAM
Criação de ambientes
pedagógicos inovadores com
recurso às tecnologias.
p. 3

Arte em Ação
A representação do rosto
humano e a cultura em
tempo de pandemia.
p. 4 e 5

Plano Nacional das Artes


Projeto Cultural de Escola em
ação.
p. 8 a 12

Uma visão de Geologia


Um olhar sobre livros de
divulgação científica.
p. 17

Bibliotecas em Mudança
Fazer a diferença nas
aprendizagens.
p. 22 a 29

Rostos portugueses na
A B R A Ç A R A A R T E C O M ONU
D I O G O D E M A C E D O Homenagem a quatro figuras
p.5
Projeto de reinterpretação de quadro de Diogo de Macedo, dinamizado portuguesas.
na Escola Básica Urbano Santos Moura, turmas do 1.º e 2.º anos. Página 1
p. 36
FACE AO DOURO

E A G O R A ?
Marcado por um novo confinamento, o Plano Tecnológico da Educação, ou,
o 2.º período fez emergir um debate ainda, vejamos a origem do Plano de
sobre como será a educação e a forma- Ação para a Educação Digital.
ção nas nossas escolas públicas. Ou seja,
temos observado um intenso debate O Agrupamento de Escolas Diogo de
sobre como será a escola do futuro? Macedo não iniciou agora este debate,
pois desde a tomada de posse da atual
Será que a tónica na referida questão é Direção que se iniciou a construção uma
a mais adequada? Será que o questiona- escola capaz de preparar o futuro, daí, o
mento sobre como vai ser o futuro da lema apresentado em alguns dos nossos
escola não limita o debate a uma mera outdoors – A ESCOLA DE HOJE, A
especulação sobre como deve ser a esco- PREPARAR O FUTURO. A aposta
la do futuro? Esta questão surge, sobre- na organização da rede informática, a tância dada à colaboração, pois, todos
tudo, pelo desconhecimento de como aquisição de equipamento informático, a sentiram necessidade de trabalhar cola-
O Gaiense
vai ser o futuro – por tudo o que temos aposta em uma nova disciplina de pro- borativamente na organização do ensino
vivido, parece-me que posso dizer que o gramação e robótica e a recente sala a distância.
futuro de hoje não é futuro de amanhã. STEAM são exemplos do percurso que
Tendo por base o exposto, a questão
Assim sendo, o que deveria estar no está a ser feito pelo Agrupamento.
que merece ser destacada é: E AGORA?
centro do debate educativo para que a Apesar de num primeiro momento Agora, é continuar o percurso já iniciado
mudança aconteça? Na minha opinião, o podermos entender que a conjuntura no seio do Agrupamento, onde além da
debate deveria recair sobre a escola do provocada pela pandemia COVID-19 obrigatória continuidade na melhoria
presente, especialmente, sobre a sua interrompeu a construção da nossa nova dos recursos materiais e físicos, haverá
missão de educar e formar os futuros escola, o facto é que, num segundo mo- uma aposta séria na formação contextu-
cidadãos de uma sociedade que caminha mento, percecionamos que todo este alizada dos nossos docentes de forma a
para uma lógica marcada pela imprevisi- último ano (de março de 2020, a março serem capazes de rentabilizar os recur-
bilidade, onde o manuseamento da tec- de 2021) foi uma experiência que acredi- sos disponíveis em prol das aprendiza-
nologia digital, a colaboração ativa, a tamos vir a ter efeitos positivos. Por gens dos alunos. No fundo, agora é tam-
autonomia, a capacidade de adaptação, a exemplo, a experiência no digital abriu as bém continuar a evidenciar que vale a
resiliência serão, entre muitos outros, os portas para novas experiências que seri- pena ser e continuar a ser parte integran-
requisitos da sobrevivência. Não obstan- am difíceis de ser realizadas se os docen- te da comunidade educativa Diogo de
te, o exposto não é uma novidade, senão tes e os alunos não tivessem sido Macedo.
vejamos o Perfil dos Alunos à Saída da “obrigados” a adotar o ensino a distân-
Escolaridade Obrigatória ou recordemos cia. Um outro exemplo recai na impor- Serafim Correia

Propriedade: Agrupamento de Escolas Diogo de Macedo.


Diretor: Serafim Correia.
Equipa Coordenadora: Mª Rosário Meireles, Luísa Azevedo, Isabel Pereira, Mª Izilda Vieira, Almerinda Devezas,
FACE AO DOURO
Susana Lopes e Manuel Brandão.
Colaborador Permanente: Manuel Filipe Sousa.
Alunos: Érica Lopes, 6.ºG; Tomás Lemos, 7.ºA; Afonso Tavares, Beatriz Dias, Maria Cunha, Pilar Barbosa e Rodrigo Silva, 7.ºB;
Duarte Ferreira, 7.ºE; Inês Ribeiro e Martim Jesus, 7ºG; Alexandre Oliveira e Luana Almeida, 8.ºC; Mª Fátima Pinto e Sara Mota,
9.ºB; Margarida Loubet e Tiago Barbosa, 9.ºD; Sara Cardoso, 9.ºF; Alexandra Matagueira, 10.ºA; Beatriz Guerra, Margarida Gomes e
Rita Cancela, 10.ºC; Jéssica Pereira, Joana Costa, João David Silva, Luana Barbosa, Mª João Ferreira, Pedro Ramos, Pedro Santos e
Xavier Mota, 11.ºA; Rita Cardoso, 11.ºB; Adelina Gusan e Samuel Pedrosa, 11.ºC; Antonelo Guzman, 12.ºB; Joana Santos, 12.ºC; e
Turmas 8.ºC, 8.ºG, 9.ºF, 11.ºB, 11.ºD, Cursos Profissionais de TAE e TAI.
Professores: Almerinda Devezas, Amândio Lopes, Ana Paula Lima, Carlos Martins, Elsa Costa, Elsa Pereira, Ermelinda Vieira, Hele-
na Goulart, Idalina Neves, Inês Carolina, José Ferreira, Lídia Silva, Luís Geirinhas, Mª Izilda Vieira, Mª João Vieira de Freitas, Mª
Rosário Meireles, Serafim Correia, Sónia Tavares, Clube de Solidariedade, Departamento Pré-Escolar, Equipa Biblioteca,
Equipa EMAEI, Equipa PES e Grupos Disciplinares de Educação Física, Filosofia, Informática e Matemática.
Convidados: Maria João Castro (Coordenadora Interconcelhia das Bibliotecas Escolares de Gaia) e Sandra Sequeira e Ma-
risela Mota (Direção APEODIMA).
Arranjo gráfico: Isabel Pereira e Susana Lopes.
Fotografia: Clube de Fotografia, Manuel Brandão, entre outros.
Impressão: Reprografia da ESDM
A venda deste número do Face ao Douro reverte a favor do CLUBE DE SOLIDARIEDADE
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FACE AO DOURO

S A L A S T E A M
Atualmente, a aprendizagem pode
realizar-se a qualquer hora e em qualquer
lugar. A evolução dos meios tecnológi-
cos e informáticos possibilitou que o
acesso à informação se tornasse quase
instantâneo e não dependesse de mo-
mentos específicos definidos pelo pro-
fessor. O papel do professor alterou-se
significativamente, transformando-se
num mediador no processo ensino e
aprendizagem. Perante um novo perfil
de aluno, colocam-se novos desafios à
docência, à construção de conhecimen-
to, à dinâmica de sala de aula. Importa
que sejamos capazes de refletir, idealizar
e criar ambientes pedagógicos inovado-
res que promovam o envolvimento dos
alunos na construção do seu próprio
conhecimento.
Como tem sido divulgado, o Agrupa-
mento de Escolas Diogo de Macedo
investiu na criação de uma sala STEAM ente. Aqui, os alunos poderão produzir e ção do processo pedagógico: o espaço, a
- Science, Tecnology, Engineering, Arts, criar, utilizar as tecnologias para produzir tecnologia e a pedagogia. Esta diversida-
& Mathematics. Trata-se de uma sala conceitos, trabalhar a pares ou em gru- de de recursos e potencialização tecnoló-
equipada com computadores, tablets, po, através de uma metodologia baseada gica ao serviço da educação oferece
impressora 3D, quadro interativo, kits de em projetos ou de aprendizagem inverti- oportunidades únicas para a mudança da
robótica e outros equipamentos, ao dis- da, através da gamificação e da aprendi- perspetiva em que se mantêm muitos
por do processo educativo. Com a cria- zagem com jogos, sempre mediada com professores, de modo a conceder um
ção deste espaço pretende-se sobretudo tecnologia. papel realmente ativo e construtivo aos
proporcionar um ambiente de sala de seus alunos.
No entanto, é também vontade do
aula diferente dos habituais, onde ciên- Agrupamento disponibilizar este seu Urge despertar novas práticas e mode-
cia, tecnologia, engenharia, arte e mate- novo espaço para ações formativas. los pedagógicos, mediados por tecnolo-
mática (STEAM) se unem numa apren- Elencam-se assim três pressupostos fun- gia, uma aposta na formação contínua
dizagem integrada, mais atrativa e efici- damentais para uma efetiva transforma- dos professores para que os espaços
educativos e as “novas” tecnologias ins-
taladas e ao dispor nas escolas não sejam
meros equipamentos técnicos, mas sim
recursos efetivamente ao serviço do
ensino.

Ana Paula Lima

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FACE AO DOURO

A REPRESENTAÇÃO DO ROSTO HUMANO


O nosso rosto é, certamente, a parte Sempre foi uma história, uma vontade a utilizar envolveu o grafite sobre a folha
do corpo que melhor conhecemos. É que foi evoluindo para outros meios, de papel cavalinho, nada mais, nada me-
por ele e para ele que olhamos, observa- como seja na fotografia e no cinema. No nos, apenas um lápis, uma folha de papel
mos e identificamo-nos uns aos outros. entanto, permanece esta necessidade de e muita vontade para se auto conhece-
Exprimimos emoções, sentimentos de autoconhecimento, pelas nossas mãos, rem e de participarem numa “longa via-
alegria ou tristeza, de ânimo ou receio. O pelo registo no papel, pelo detalhe do gem de autoconhecimento”.
nosso rosto consegue exprimir uma nosso rosto em tons cinzentos. O resultado foi este, uma amostra de
“infinidade” de expressões. Foi assim que se propôs um desafio registos desenhados que foram trabalha-
Ao longo dos séculos, a história foi semelhante na disciplina de Arte em dos ao longo do 1.º período na disciplina
construída de rostos, através do autorre- Ação, representar o rosto de cada um de Arte em Ação. Neste contexto atual,
trato e foi assim que os conhecemos, dos alunos, pela análise morfológica, a é uma boa forma de nos conhecermos
Van Gogh, Picasso, Frida Kahlo, Andy proporção, o volume e de todos os ele- sem “adereços”, ou seja, sem máscara.
Warhol e até mesmo, Salvador Dali. mentos que compõem o rosto. A técnica

Ana Queirós, 9.ºF Marcelo Gomes, 9.ºC Rafael Costa, 9.ºA

Marta Barbosa, 9.ºC Artur Yavorskyy, 9.ºF Inês Lemos, 9.ºE


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FACE AO DOURO
NATAL - TEMPO DE SER BOM

CULTURA
EM TEMPO DE
PANDEMIA

Nunca a cultura foi tão “fechada e


até ocultada, para não dizer esquecida”
nos dias de hoje. Observamos e acompa-
nhamos, músicos, pintores, atores a re-
clamarem a sua posição, agora esquecida
e até congelada, no grande palco da soci-
edade.

Por vezes, inconscientemente, consi-


deramos que a nossa Cultura não é um
bem essencial, será? Olhando para o

Marta Barbosa, 9.ºC


contexto atual em que nos inserimos,
condicionado pela Pandemia, por vezes
deixamos de perceber o que poderemos
ou não fazer. Ficamos moldados e con-
dicionados por números, por casos posi-
tivos que se traduzem em zona de risco.
Se o risco aumenta, ficamos fisicamente
condicionados, outrora livres e sem re-
gras rígidas e apertadas como as de hoje.

O isolamento físico, poderá transfor-


marmo-nos em seres apáticos, descon-
fortáveis e até desconfiados, o toque, a
partilha física, o cumprimento, nunca se
pensou que estes pequenos gestos pode-
riam causar tantas ambiguidades, na for-
ma de como os poderíamos reinventar.

A Cultura também precisa de se rein-


ventar, precisa de nós enquanto atores,
de mostrarmos por palavras desenhadas
o que nos vai na alma e até o que senti-
mos perante os condicionalismos que
nos afetam.

Foi assim, neste contexto, que se


propôs na disciplina de Arte em Ação, a
exploração do tema descrito, “Cultura
em tempo de Pandemia”, sob a forma de
uma composição desenhada e até cons-
truída, que reflita os temas da atualidade
e que desenvolva a capacidade de ex-
Inês Lemos, 9.ºE

pressão artística dos nossos alunos. Co-


mo podem observar nos registos dese-
nhados, as capacidades são muitas, reve-
lando assim, a melhor forma de os com-
preendermos. Como se costuma dizer e
passo a expressão “uma imagem vale
mais que mil palavras”.

Carlos Martins

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FACE AO DOURO

CLUB E D E FOTO GRA FIA

Clube de Fotografia , “Da minha casa vejo o Mundo - As plantas”


Mariana Oliveira, 10.ºA

O SABOR DAS COISAS SIMPLES

Cumprindo desafios propostos para este segundo período, os alunos do Clube de Fotografia, sensibili-
zados pelo mote – Da minha casa vejo o Mundo – partiram à descoberta do seu mundo, do seu espaço,
da sua comunidade. Das inúmeras fotografias recebidas, publicamos seis com enfoque nos temas A paisa-
gem, Os animais, As plantas, Os objetos e As texturas.

Realça-se no seu conjunto, no deleite do olhar pela simplicidade do momento, pelo jogo de luz/
sombra, pelo enquadramento minimalista, pela genuinidade da coisa fotografada.

Manuel Brandão

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FACE AO DOURO

DIA DO PATRONO, UMA COMEMORAÇÃO DIFERENTE, MAS PRESENTE!

No dia 23 de novembro de 2020, cele- dário, foram realizadas inúmeras ativida- Poesia Interescolas de Gaia 2020 foram
brou-se o Dia do Patrono nas escolas des: os professores da disciplina de Edu- agraciados com a entrega dos respetivos
pertencentes ao Agrupamento de Esco- cação Física criaram uma coreografia prémios e, por fim, imbuídos do espírito
las Diogo de Macedo. Apesar do estado para a música “Jerusalema”, que foi in- das artes que caracterizou o nosso patro-
pandémico, as escolas conseguiram terpretada pelos alunos; na biblioteca, foi no, os estudantes elaboraram desenhos
adaptar as atividades à nova situação, proposto um quiz para testar os conheci- do seu busto.
porém com algumas restrições. Tudo mentos de toda a comunidade educativa Apesar de todos os constrangimentos
isto para que este dia, tão importante acerca do patrono; criaram-se poemas e causados pela pandemia, viveu-se um
para a comunidade escolar, não fosse postais à semelhança dos lencinhos de Dia do Patrono muito divertido e instru-
esquecido. Viana; os alunos e professores visiona- tivo, numa mescla equilibrada de diver-
Como Diogo de Macedo era um ho- ram filmes, ouviram música francesa. Foi são e cultura.
mem dedicado às artes, as atividades possível apreciar o painel “A Escola És Assim, estão todos de parabéns! Ape-
escolares foram voltadas para essa área. Tu”, concebido por Catarina Vaz, e visi- sar do sucesso desta iniciativa neste ano
Assim, no Pré-escolar e 1.º Ciclo, reali- tar a exposição de pintura de José Silva, letivo, reina o sentimento de que o pró-
zaram-se trabalhos artísticos, intitulados na galeria de arte Diogo de Macedo; o ximo Dia do Patrono decorra de forma
“Abraçar a Arte de Diogo de Macedo”; grupo de canto interpretou algumas can- tradicional!
nos 2.º e 3.º Ciclos e no Ensino Secun- ções; os vencedores do Concurso de 11.ºB

Música na Natureza
A Natureza tem a sua própria harmo-
nia…
Quando ela canta, é beleza, tranquilida-
de, alegria!
Também gosta de outras músicas
E com a ajuda das tempestades e venta-
nias
Cria uma batida diferente!
A Natureza tem a sua orquestra…
As aves, os rios, as florestas, os ventos
São a paz, o amor através da sua melo-
dia.

Maria Fátima Pinto, 9.ºB

Ana Sá, 10ºB

Planeta Terra
Ai o nosso mundo!
Por que vais estragar
O ambiente, a paz e a tranquilidade
Do teu próprio bem-estar?

Mas ainda sobra tempo


De rever o que está feito
Reviver o nosso lugar
Tornando-o mais perfeito.

Sara Mota, 9.ºB

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FACE AO DOURO NATAL - TEMPO DE SER BOM

P L A N O C U LT U R A L D E E S C O L A

“SER ARTISTA É SER HOMEM”

ENCONTRO COM…
JOSÉ SILVA (artista plástico)

A 12 de janeiro, recebemos a visita do nho original da vida artística, cursando


pintor José Silva, integrada nas atividades Belas-Artes na ESBAP (Escola Superior
Encontros com … ou conversas do Plano Anual de Atividades do Projeto de Belas Artes do Porto).
com artistas e personalidades locais Cultural de Escola do AE Diogo de Ma-
cedo. Demorou anos, de muito esforço e
Não nos querendo deixar engolir pela dedicação, para conseguir dedicar-se em
pandemia, ao longo deste segundo perío-
do, procuramos encontrar algumas fugas
que nos permitam continuar a contactar
com diversos artistas de diferentes áreas
e quadrantes, bem como com algumas
personalidades locais, artistas plásticos,
músicos, atores, bailarinos, artesãos,
escritores e ilustradores…
Pretendemos integrar as artes locais e
dar a conhecer as instituições artísticas
locais aos nossos alunos. Pretendemos
também desafiá-los a conhecer artistas
com experiências e vivências enriquece-
doras.
Em formato presencial ou online, con-
forme as condições de saúde pública e as
regras internas nos permitam avançar,
esta será uma forma de mantermos a
dinâmica do Projeto Cultural de Escola.

Mª João Vieira de Freitas

É um homem que gosta de “dar a ca- exclusivo à pintura e às artes plásticas,


ra”, desde logo, pela sua arte - contou- com o projeto da criação do Grupo Sil-
-nos que sonhava ser artista desde muito varte (2002).
pequeno, mas também pelas causas que
hoje abraça, como o voluntariado solidá- Hoje é um artista com um curriculum
rio de apoio aos sem-abrigo. notório e com obras que foram expostas
Com uma infância algo difícil, fruto em vários países europeus e no Brasil.
duma época marcada pela vida dura, não Desde muito jovem, um dos temas
teve possibilidade de fazer um percurso mais recorrentes da sua pintura são os
artístico na Escola Soares dos Reis, co- sem-abrigo e os flagelos que assolam a
mo desejava, enquanto criança, e foi humanidade, mas a mãe, Margarida, é
emigrante em França durante alguns também ela uma fonte de inspiração
anos. Mais tarde, passa pela experiência constante.
de viver da terra, na agricultura, constitui 10.ºC e 11.ºC
uma família duradoura e regressa ao so- Línguas e Humanidades

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FACE AO DOURO
NATAL - TEMPO DE SER BOM

E N T R E V I S T A A J O S É S I L V A

Nascido no Porto em 1953, José crianças. Este tema faz-me sofrer, por Já tinha utilizado este suporte an-
Silva, tornou-se um gaiense de cora- um lado, e refletir, por outro. tes?
ção. É em Gaia que tem o seu ateliê e Sim. Já os utilizei antes, a palete, a
onde produz as obras que vão fican- Sobre esta exposição em específi- madeira, o cartaz e as ferragens. Eu gos-
do um pouco pelos Museus, Funda- co, por que razão decidiu pintar em to de suportes desafiantes, utilizo por
ções e Câmaras Municipais de todo o paletes e suportes de madeira em vez vezes massas, restos de tinta, serrim,
país. Expôs em países como Holan- de telas? folhas de jornais, pautas de música, ren-
da e Espanha. A tela é um suporte fino e caro. Hou- das em croché... Eu tenho, aliás, umas
O seu trabalho destaca-se sobretu- ve tempos em que se compravam as telas feitas por crianças em que o supor-
do na pintura, mas também arrisca serapilheiras e as colas para se fazer as te de croché se torna muito bonito, por-
alguns trabalhos na escultura. telas. Hoje em dia não, mas a tela é um que a vida é rendilhada, tal como o cro-
Os alunos do 8.ºC, Laura Lopes e bem comercializado, tem por detrás uma ché. Eu utilizo suportes completamente
Alexandre Oliveira, estiveram à con- conotação “impura”, diferente da palete alternativos.
versa com o artista plástico, represen- e do cartaz que trazem consigo uma
tando a sua turma. história, é a valorização da reciclagem “Estamos aqui!” foi o título que
que está implícita e que eu gosto. deu à exposição, como surgiu este
Quando é que começou a pintar e nome?
o que o levou a enveredar por esta Por que razão é que usou letras de Eu trabalhei em cerca de sessenta pe-
arte? massa no trabalho do Espelho? ças com o tema “Voz às crianças” para
Comecei a pintar muito cedo. Oficial- A vida, muitas vezes, torna-se desorga- uma exposição que estava para ser feita
mente aos 19 anos, com a minha primei- nizada, principalmente quando as pesso- no ano passado, no Dia Mundial da Cri-
ra exposição, mas foi aos 7 anos que me as chegam a uma certa idade, a desorga- ança. Esta exposição não chegou a reali-
ofereceram um caderno grande, como nização é quase total. Aquelas letras re- zar-se, não sei porquê, mas os quadros
aquele em que os escriturários faziam a presentam tudo o que nós temos de existem, estão aqui e no meu ateliê. E
sua contabilidade, e uma caixa de 12 organizado na vida e que, de um mo- quando se proporcionou a apresentação
lápis de cor da Viarco. Com estes dois mento para o outro, se desorganiza. O de alguns trabalhos nesta Galeria de
elementos fui começando a fazer esqui- abraço, representado nesse espelho, tor- Arte, eu disse com convicção “Estamos
ços um pouco de tudo o que via, dese- na essa desorganização organizada, colo- aqui!”, pois valeu a pena acreditar que ia
nhava e agora também coloria, acabei ca tudo no seu sítio. apresentar a exposição.
assim por usar o lápis juntando-lhe então
a cor.
(Cont. pág. seguinte)
Aos 10 anos, tinha o sonho de fre-
quentar a Escola Artística Soares dos
Reis, no Porto, e cheguei a ir lá com a
minha mãe. Fiquei deslumbrado com
verso de Fernando Pessoa, que ainda lá
está “Deus quer, o Homem Sonha e a
Obra nasce”. Porém, a propina era cara
e acabei por ir para uma Escola Industri-
al, em V.N. de Gaia junto ao Jardim
Soares dos Reis. Só mais tarde, como
autodidata, dei início à carreira artística
que já conta com cerca de trezentas ex-
posições.

A pintura é uma forma de expres-


são. O que é que sente quando pinta,
em que é que pensa?
Neste momento estou com esta expo-
sição de crianças e não só, pois os idosos
também estão presentes, com os seus
abraços. As obras aqui expostas perten-
cem a duas fases “Voz às crianças” e “E,
agora”. Todos nós temos algo de criança
dentro de nós. Nascemos e morremos
Página 9
FACE AO DOURO NATAL - TEMPO DE SER BOM
(Cont. pág. anterior)
em toda a minha vida de escultor ainda te pelo trabalho que fazem, porque a
Neste momento já está a trabalhar só vendi uma peça, portanto não posso Arte é a luz. A História mostra-nos que
nalguma outra exposição? viver da escultura. muitos artistas só são reconhecidos de-
Ainda bem que me fizeram esta per- pois de morrerem. Vincent Van Gogh
gunta, acertaram em cheio e eu vou ex- Considera que a pintura e a arte em nunca vendeu nenhum quadro enquanto
plicar porquê. Na sequência desta expo- geral têm uma missão importante de foi vivo, apenas um desenho, e atual-
sição, onde estão representadas muitas levar uma mensagem ao público? mente os seus quadros valem milhões.
crianças, algumas delas com fome e ou- Sim, aliás desde muito novo que sinto Visitei, em Amsterdão, o museu Van
tras tantas com desespero gravado nos que “uma imagem vale mais de mil pala- Gogh, entrei a chorar e saí a chorar. Fi-
olhos, e como consequência, nos dias de vras”. Há certas peças que me marcam quei muito emocionado.
hoje, em que tanta coisa mudou, o facto muito, por exemplo, “O grito” de A arte devia ser mais respeitada, apre-
de eu e vocês estarmos aqui de máscara, Munch, a “Guernica” de Picasso... A ciada e devia ter mais visibilidade em
de não podermos abraçar, surgiu uma imagem e a mensagem são muito fortes, programas de televisão, por exemplo.
ideia porque apesar de todas as mudan- e já Saramago dizia que “às vezes para Um artista é uma pessoa normal, é, mui-
ças ocorridas, os olhos não me foram ver a ilha, temos que sair da ilha”. tas vezes, um grande exemplo de cidada-
vedados e continuo a observar o mundo. nia. Este ano, no Natal, eu convivi com
Portanto, o meu próximo tema, possivel- Estamos a viver tempos difíceis por sem-abrigos na rua, como tenho feito de
mente, será mesmo este: “Marcha da causa da pandemia que tem prejudi- alguns anos a esta parte. Isto para mim
Humanidade! cado a vida dos que se dedicam à também é uma forma de estar na arte,
Há situações que me marcam e preo- Arte e à Cultura. Como descreveria exercer assim o direito de cidadania.
cupam bastante, nomeadamente o pro- um mundo sem Arte? Quando eu crio, esta é uma forma de eu
blema dos migrantes e das crianças que Se tu fechares os olhos, não vês o me dar aos outros.
são as principais vítimas, daí a “Marcha mundo; se a Arte não existir, tu também
da Humanidade”, será o tema da minha não vais ver nem sentir o mundo. Eu Muito obrigada pelo tempo dispen-
próxima exposição. Aliás, já estou a fazer acho que seria um mundo muito escuro. sado nesta entrevista. Esperamos ver
alguns esboços. Penso também que a Arte deveria ser mais exposições suas na nossa Gale-
mais respeitada, bem assim como os ria de Arte.
Em que é que se inspira para fazer artistas, deviam também ser mais acari-
as suas pinturas? nhados, reconhecidos e pagos justamen- 8.ºC
Inspiro-me naquilo que me injetam
quase todos os dias, bom agora não,
porque quase tudo o que vemos na tele-
visão se chama Covid-19. C LUB E DE FOTOG R A FIA
Sabem bem que a desgraça vende mui-
to bem, alguém que mata alguém, é notí-
cia; um carro elétrico anda 100 anos no
mesmo trilho direitinho, mas no dia em
que descarrila, é notícia. Digamos que eu
vivo muito os dramas da Humanidade e,
às vezes, dou comigo a chorar, emocio-
no-me, e é daí que vem muitas vezes a
inspiração. Lembram-se da imagem do
menino migrante, Alain Kurdy, morto
numa praia da Turquia? Eu fiz um qua-
dro sobre Alain Kurdy e na feitura do
mesmo, as lágrimas assaltaram-me, du-
rante esse processo.

A pintura é a sua única forma de


expressão na Arte?
Não, eu também escrevo. Qualquer
quadro tem sempre uma explicação, um
princípio, eu tento entrar no quadro e
escrever a sua história. Cada quadro meu
é sempre acompanhado por um texto
explicativo ou pelo menos interpretativo
daquilo que eu estou a criar.
Também faço escultura e adoro traba-
lhar a pedra, a madeira, o bronze. Fiz “Da minha casa vejo o Mundo - As plantas”
alguns trabalhos, mas posso dizer que Ana Lourenço, 10.ºA
Página 10
NATAL - TEMPO DE SER BOM FACE AO DOURO

O N O S S O P A I N E L

la e consequente imaginação, tornam esta


Neste dia tão especial, que é o “Dia do traídas, imagens que fazem parte de ou-
composição mais relevante, conduzindo,
Patrono”, juntamente com a professora tras obras de Catarina Vaz. Por de trás
coletivamente, a um mar de emoções e
de Português, pudemos conhecer de destas figuras humanas, em amarelo e
pensamentos. Quem não se identifica
perto um novo trabalho artístico, realiza- preto, surgem as iniciais do nosso agru-
com as diferentes mensagens que as co-
do com a colaboração da artista Catarina pamento de escolas, AEDM, que não
res, as formas, os traços ou os rostos de
Vaz e de alunos de várias turmas. Este deixam de ser uma homenagem às esco-
uma obra de arte nos transmitem?
ano, presentearam-nos com um criativo las e ao célebre escultor gaiense, Diogo
Por sorte, estudo numa escola em que
painel de azulejos, intitulado “Lá na mi- de Macedo, nosso patrono.
se valoriza a arte e, com frequência, po-
nha escola”. Esta obra leva-nos a refletir sobre a
demos admirar vários artistas na galeria
Com uma dimensão considerável, este sociedade atual, retratando o quotidiano
da escola! Espero que este tipo de arte
painel é composto de pedaços de azule- dos jovens, elementos que enchem as
continue a apresentar-se, mais vezes e
jos coloridos, nomeadamente as cores nossas escolas. O facto de estarem a
nacionais, o amarelo, o vermelho e o com uma maior variedade, com o objeti-
preto e branco, destacam-se da conjuga-
vo de abrir mentes e expandir horizon-
verde, que se apresentam como fundo da ção das outras cores apelativas, captando
tes.
obra de arte, destacando-se a preto e assim o interesse do público e, conside-
Rita Cardoso, 11.ºB
branco três jovens com roupas descon- rando as idades dos discentes desta esco-

RETRATO DE DOR Este quadro de José Silva, que esteve exposto na Galeria Diogo de
Macedo da nossa escola, está pintado sobre uma tábua de madeira,
com cores escuras, predominante o preto e os castanhos da tábua,
para além de um azul vibrante no rosto da criança. Mostra dois rostos
de crianças, um no plano de fundo e outro destacado em primeiro
plano.
Creio que este quadro preza por retratar o sofrimento, a dor e talvez
até uma certa solidão inexorável da criança que surge destacada. Esta
expressa o grito de dor e de desespero, de abandono e de miséria.
Contrastando com este rosto, podemos ainda observar a cara de uma
outra criança no plano de fundo, mais sereno, mas sem esperança, um
rosto completamento apático, quase como se tivesse falecido, de
olhos abertos, mas que não veem, numa atitude de total impotência
perante as árduas adversidades da vida.
Em suma, um quadro de emoções fortes que nada mais represen-
tam do que a frieza e dureza da realidade destas pobres crianças.

João David Silva, 11.ºA

Página 11
FACE AO DOURO

A ARTE E OS SORRISOS!
Este quadro faz parte da Exposição de
Pintura do autor José Silva, cujo tema é
“Estamos Aqui” e esteve exposto na
Galeria de Arte da Escola Secundária
Diogo de Macedo de 20 de novembro
de 2020 a 18 de dezembro de 2020.
Esta pintura mostra-nos duas meninas
felizes abraçadas uma à outra. As cores
observáveis são o preto, cor de rosa,
amarelo, castanho e branco. Esta pintura
não é sobre uma tela comum, mas sobre
uma palete feita de tiras de madeira,
sendo esse o fundo desta obra de arte.
As cores utilizadas pelo pintor trans-
mitem emoção, causando assim mais
impacto aos que a observam. O pintor
tenta, através da sua obra, transmitir-nos das dificuldades em que vivem! Crianças descrita é real e transmite-nos uma certa
a alegria que as crianças estavam a sentir que aproveitam um momento de cum- esperança! Faz-nos pensar que temos de
naquele momento, pelo que utiliza cores plicidade e de alegria, evidenciado no aprender, como estas duas meninas, a
vivas como o amarelo e o cor de rosa. sorriso rasgado e no abraço apertado! enfrentar as adversidades da vida!
Porém, estas duas contrastam com as A razão que nos levou a ter escolhido Enfim, esta pintura, em particular, é,
outras cores escuras e tristes, possivel- esta pintura foi o facto de ter sido a que para nós, a que mais nos atraiu, quer pela
mente a realçar a situação de pobreza em mais nos marcou entre todas as outras sua simplicidade, quer pela mensagem
que vivem, como as roupas que vestem da exposição, a que mais nos transmitiu transmitida.
também o parecem evidenciar. As crian- emoções e que fez com que olhássemos
ças que sonham e que sorriem, apesar para ela com outros olhos. A situação Jéssica Pereira e Luana Barbosa, 11.ºA

SONHOS PINTADOS

Esta obra de arte pintada por José Silva, inserida no tema “Estamos
Aqui”, foi a que se realçou mais a meu ver na exposição efetuada na Ga-
leria de Arte da Escola Secundária Diogo de Macedo, entre 20 de novem-
bro e 18 de dezembro de 2020, inaugurada no Dia do Patrono.

No quadro, podemos avistar uma criança com uma expressão triste e


um boneco da Disney, mais precisamente o Pateta, tão presente no uni-
verso infantil. Por oposição, este encontra-se feliz, o que transmite a dife-
rença entre duas realidades na vida das crianças. Outro aspeto que poten-
cializa esta diferença é o próprio material com que é feito o quadro, uma
simples palete de madeira, a transmitir, talvez, um ambiente de pobreza e
dificuldades em que muitas crianças vivem. Outra característica que dis-
tingue ainda mais a infelicidade da felicidade são as cores, uma vez que a
criança está pintada maioritariamente a tons de preto e branco, enquanto
o boneco está bem colorido, com cores vivas. Apesar de viverem num
mundo repleto de adversidades, estas crianças sonham e são capazes de
sorrir e de se divertirem ou, pelo menos, deveriam fazê-lo com mais fre-
quência, pois essa é a sua essência.

Em suma, pode-se inferir que este quadro é relativo às crianças, à feli-


cidade e à inocência que deveriam preencher os seus dias, alertando o
público para a realidade que, por vezes, é injusta.

Pedro Santos, 11.ºA

Página 12
FACE AO DOURO
NATAL - TEMPO DE SER BOM

CONCURSO DE PRESÉPIOS 2020

A atividade interdisciplinar “Concurso respetivas inscrições de todos os alunos nuais e aptidões que favoreceram a cria-
de Presépios 2020” realizou-se pela vigé- de 5.º ao 9.º ano de escolaridade interes- tividade e autonomia e desenvolvimento
sima sexta vez e foi dinamizada pelos sados em concorrer, envolvendo 34 alu- das suas competências ao nível das TIC.
grupos disciplinares de Educação Moral nos participantes, num total de 27 presé- A entrega de prémios aos vencedores
e Religiosa Católica e Educação Tecno- pios. Estes participantes respeitaram as e dos diplomas a todos os participantes
lógica, tendo como principal finalidade regras do regulamento específico do será agendada posteriormente, quando
sensibilizar os alunos para a pesquisa e concurso. Este ano, o concurso foi reali- se reunirem as condições necessárias.
recolha de materiais recicláveis; incenti- zado em formato digital, procedendo-se Agradecemos a colaboração e partici-
var a criatividade; promover o intercâm- à eleição e votação online dos melhores pação de todos os elementos envolvidos
bio entre as turmas e dar a conhecer o trabalhos. neste concurso.
significado do Presépio e os valores hu- Os alunos participaram e empenharam-
mano-cristãos envolvidos. -se através dos trabalhos realizados em Almerinda Devezas, Amândio Lopes e
Nesse sentido, formalizaram-se as casa onde desenvolveram destrezas ma- Ermelinda Vieira

2º prémio: Gabriel Ribeiro da Mota, 7.ºF

1º prémio: Ana Cristina Castro, 6.ºC

Menção Honrosa: Ana Catarina Fernandes, 6.ºG 3º prémio: Mariana Filipa Santos, 8.ºA

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FACE AO DOURO NATAL - TEMPO DE SER BOM

N ATA L E M T E M P O D E PA N D E M I A

Olival, 24 de dezembro 2020

Olá amiguinho de papel,


Hoje foi a ceia de Natal, porém esta-
mos no meio de uma crise por causa da
Covid-19.
Este Natal foi diferente para mim,
pois a minha avó do Algarve não veio a
minha casa, ou seja, este Natal, só vie-
ram para a ceia os meus avós do Porto.
Os restantes elementos eram de casa, o
meu tio, que vive comigo, o meu pai, a
minha mãe e o meu irmão mais novo.
Não veio muita gente, mas a minha
mãe pôs muita comida na mesa, tinha
muitas “entradas” diferentes. O prato
principal foi bacalhau com batatas cozi-
das, o que estava muito bom! Depois de
comermos, conversámos, jogámos até
dar a meia-noite para abrirmos as pren-
das.
Foi uma noite muito boa e fiquei su-
per feliz por tê-la passado com os meus
avós que quase nunca vejo. Na minha
opinião, o vírus não pôde estragar este
dia.
Luana Almeida, 8.ºC

O MEU NATAL DE 2020


Sempre gostei da quadra natalícia e
não é só pelos presentes, mas por tudo o
que ela envolve. O Natal é a altura de
matar saudades, de reencontros de fami-
liares e amigos e de partilha. Para mim, o
Natal é isto e, este ano, foi particular-
mente especial. Passei-o em família, com
as pessoas habituais, mas soube-
-me diferente.
Estávamos felizes por estarmos juntos,
mas foi mais nostálgico e introspetivo.
Estivemos todos bem, rimos e ajudamos
a avó com as rabanadas e com a aletria, e
brindamos, mas ninguém estava indife-
rente ao sofrimento ao nosso redor. A
Covid tomou parte da nossa mente e
tudo o que fizemos ou pensámos esteve,
inevitavelmente, associado a ela. A Covid
separa, mas também une, porque neste
Natal, nas nossas preces, acredito que
todos em sintonia apelámos ao mesmo:
“Este Natal não podíamos ter muita gente à mesa por causa da Covid-19, fomos só a
“Que o vírus termine e morra de vez!”
família que mora lá em casa.”
Alexandre Oliveira, 8.ºC Domingos Rocio, 8.ºC

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FACE AO DOURO
NATAL - TEMPO DE SER BOM

COVID-19 ÁRVORES DOS VALORES

Em 2020, fomos apresentados a uma permitindo, assim, uma maior visibilida-


No passado mês de dezembro, na
dura nova realidade, causada por um de das mesmas. Depois de pintadas ou
disciplina de EMRC, realizou-se uma
vírus denominado COVID-19. Este, foi escritas, as fitas foram colocadas nas
atividade intitulada “Árvores dos valo-
responsável, por retirar vários direitos árvores da escola, à volta de um presé-
res” com a turma do 5.º E e com todas
fundamentais do ser humano, como a pio, também ele construído pelo profes-
as turmas de 6.º ano, num espaço ao ar
saúde e a liberdade, ao longo da pande- sor e alunos. Esta foi mais uma das for-
livre, na Escola Básica do Olival. Esta
mia. mas de celebrar o Natal, com a tomada
teve como objetivo cultivar valores para
Com o confinamento e as diversas de consciência e importância que os
crescer mais e melhor. Os alunos aderi-
restrições, elaboradas com o objetivo de valores têm na vida de cada pessoa.
ram de forma entusiástica, realizando os
nos proteger, foi-nos roubado o direito Por fim, agradecemos a colaboração
seus trabalhos com muita criatividade. O
de passear e de estarmos com aqueles de todos os participantes, bem como a
professor distribuiu fitas por todos os
que mais amamos. Estes hábitos, que, toda a comunidade escolar envolvida na
alunos, para que estes pudessem pintar
por nós eram algo tomado por garantido atividade.
ou escrever um valor adotado. Para cada
e algo insignificante, tornaram-se apenas
turma participante, foi definida uma cor,
lembranças de um passado não muito Professores de EMRC
distante e esperanças de um futuro incer-
to. A quarentena, que antes apenas podia
ser vista e vivida nos filmes ou livros de
História, passou a ser chamada de “nova
normalidade”, ocupando o lugar da nos-
sa tão valiosa liberdade. Este longo isola-
mento, provocou danos psicológicos,
principalmente nos mais jovens que ti-
nham por hábito uma rotina preenchi-
da.
Com o encerramento das escolas, os
alunos passaram a aprender à distância.
Este tipo de ensino, no princípio, causou
uma aflição e preocupação entre alunos
e professores. Perante este novo proble-
ma, as escolas e os professores viram-se
obrigados a adaptar o ensino às novas
condições.
Para além do impacto deste surto da
COVID-19 nas nossas vidas, foi possível
verificar um agravamento da situação do
sistema de saúde, a nível mundial, que na
maioria das nações já sofria com algumas
dificuldades. Nos tempos em que vive-
mos, os hospitais são os palcos das lutas
mais nobres e das mais penosas perdas. entes. Estes, por sua vez, lutam pela sua doloroso que surgem os mais puros atos
Os profissionais de saúde que se esfor- saúde, pela vida. Ao longo desta guerra, de solidariedade e de partilha com quem
çam arduamente na linha da frente, abdi- existem várias vítimas, muitas delas que, passa dificuldades económicas diárias.
cando, por vezes, do seu direito ao des- infelizmente, deixam este mundo sem se Podemos concluir que, apesar de to-
canso junto da família, para poderem poderem despedir dos seus entes queri- dos os males e tragédias trazidas pelo
estar ali a combater ao lado dos seus dos. corona vírus, foi-nos permitido rever
paci- Perante todas estas adversidades, exis- ideologias e valorizar cada momento da
tem pessoas, cujas ações pioram a situa- nossa vida, trocando o “ter” e o
ção sufocante em que nos encontramos. “querer” pelo “ser” e “viver”. Também
Lamentavelmente, ao longo desta pan- conseguimos, de certa forma, passar a
demia podemos verificar que muitas prestar mais atenção ao próximo.
pessoas, movidas pela falta de informa- Lembrem-se, é hora de se protegerem
ção e pela irresponsabilidade, organizam a vocês e aos outros!
ajuntamentos sem proteção contra o
SAR.COV.2. Estes atos fazem aumentar Sara Cardoso, 9.ºF
o número de casos e de mortes de pes-
soas inocentes. Porém, é neste tempo
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FACE AO DOURO

AEDM ATIVO
Foi há aproximadamente um ano, Esta iniciativa tinha como principal obje- A dedicação e competência que todos os
mais precisamente no dia 12 de março tivo a compensação da atividade física profissionais do agrupamento têm colo-
de 2020, que foi decretado o primeiro (bastante diminuída em contexto de pan- cado no seu trabalho em prol dos alunos
confinamento que nos obrigou a todos a demia), e proporcionar momentos de e que se tem revelado extraordinário,
permanecer em casa. Uma realidade convívio que de alguma forma diminuís- neste momento difícil para todos, mere-
nunca antes vivida, que provocou uma sem a sensação de afastamento e isola- ce por parte do grupo de EF uma sauda-
diminuição drástica da atividade física mento entre os colegas e ao mesmo tem- ção especial. Esta iniciativa é, pois, um
diária normal, problemas emocionais e po pudessem estabelecer alguma norma- singelo contributo para nos mantermos
afetivos e outros eventualmente ainda lidade social. mais unidos, criarmos novos laços, com-
não detetados, com consequências im- batermos o isolamento e retomarmos a
Passado um ano, aproximadamente, normalidade social.
previsíveis na vida de cada um de nós.
voltámos a estar novamente confinados,
O grupo de Educação Física do AE ou seja, retomamos os mesmo proble- Contamos com todos, às 2.ªs, 4.ªs e
Diogo Macedo não se deixou abater, não mas e constrangimentos já vividos num 6.ªs às 18h30. Juntos somos mais fortes
deprimiu e “arregaçou as mangas”, crian- passado muito recente. Foi por isso mui- e mais aptos para enfrentar as adversida-
do o projeto AEDM_Ativo de forma a to importante retomar este projeto e des.
mitigar o problema da diminuição drásti- dirigi-lo agora, não só aos professores,
ca da atividade física, disponibilizando mas a todos aqueles que trabalham diari-
Grupo de Educação Física
aulas de treino funcional online, dirigidas amente no AE Diogo Macedo, professo-
a todos os professores do agrupamento. res, técnicos, e assistentes operacionais.

FAIRPLAY NO DESPORTO
O Desporto é a expressão do íntimo
desejo do homem de se superar a si pró-
prio e ao seu semelhante, de mostrar a
sua força de vontade face ao comodismo
e à preguiça, mas também de afirmar o
seu domínio sobre o outro, sublimação
do espírito guerreiro. Estes vários aspe-
tos, ligados ao físico e ao espírito, fazem
com que a atividade desportiva, quando
bem orientada, seja um manancial de
possibilidades de intervenção na forma-
ção do indivíduo.
Talvez a maior essência e legado do
desporto sejam a promoção do senti-
mento de lealdade para com os outros e
para consigo mesmo, a criação de um
forte espírito de solidariedade com os
companheiros que procuram coletiva-
mente alcançar o mesmo objetivo e o
respeito por aqueles que competem pre-
cisamente no mesmo desejo de encontrar
a vitória. Iván e Mutai na Prova de Cross Burlada, 2013, Espanha
Retirado do site https://cutt.ly/hz7v22v
O chamado fairplay não é mais do que
o respeito pelo adversário, pelo seu es- Após a prova, responde o seguinte à
nhol, Iván Fernández Anaya, que todos
forço, o reconhecimento de que só na comunicação social: “Acho que é melhor
temos de reter e transformá-los como
igualdade de condições é possível respei- o que eu fiz do que se tivesse vencido
referência para a nossa vida.
tar a verdade desportiva. nessas circunstâncias. E isso é muito
Quando Iván estava em segundo lugar,
Infelizmente, na sociedade moderna, a importante, porque hoje, como estão as
numa prova de cross, viu o líder da prova,
competitividade e a necessidade de su- coisas em toda sociedade, no futebol, no
o queniano Abel Mutai, parar antes da
cesso a qualquer preço substituíram os desporto, na política, onde parece que
meta. Ao contrário de cortar a linha de
valores da honra e da ética, num total vale tudo, um gesto de honestidade vai
meta e ganhar, avisou o adversário do
desrespeito pelo adversário, pela verdade muito bem.”
ocorrido, chegando inclusive a empurrá-
e pelos direitos do próximo. Luís Geirinhas
-lo até à meta.
São exemplos como o do atleta espa-
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FACE AO DOURO

U MA VIS ÃO DE G E OLO G IA

Na disciplina de Biologia e Geologia, os Sistema Solar? O porquê de o Mar Medi-


alunos foram desafiados a produzirem textos terrâneo ter esse nome? Ou referindo
refletindo leituras de livros de divulgação científi- certas expressões, como, “os tijolos com
ca disponíveis na Biblioteca da escola. que se constroem planetas são os mine-
rais”, “A Terra é o único planeta em que
“Estas Máquinas Chamadas Mundos”, se conhecem granitos”, “Há muitos mi-
de Eduardo Ivo Alves tem como tema lhões de anos o oxigénio era considera-
geral a importância da Geologia no estu- do um veneno para muitas espécies” e
do do nosso planeta, podendo aplicar “Não há um litro de matéria à superfície
este conhecimento na interpretação de onde não exista vida”.
outros, ao mesmo tempo que aproveitá- Por fim, concordo plenamente com o
mos o estudo deles para conhecer ainda alerta que o autor deixa ficar quanto ao
melhor o nosso. facto de o nosso sistema solar, apesar de
O autor deste mesmo livro é licencia- ser uma máquina muito bem montada e
do e doutorado em Geologia pela Uni- oleada, não ter garantia vitalícia. É im-
versidade de Coimbra, onde desempe- portante cuidar do nosso planeta, en-
nha as funções de diretor do Instituto quanto se vão procurando alternativas
Geofísico e de professor auxiliar do De- para garantir a sobrevivência da espécie
partamento de Ciências da Terra, tendo, humana.
por isso, o à vontade necessário para Termino, com a ideia de que o livro
abordar o processo de formação do pla- em causa é bastante agradável de ler,
neta Terra ao longo do livro. que tenha utilizado também diferentes
enriquecendo sem dúvida, o nosso co-
Na maioria dos capítulos, o autor, com analogias com a vida real, como o tem-
nhecimento sobre o planeta Terra –
o objetivo de ajudar o leitor a perceber e pero para saladas com azeite e vinagre
passado, presente e futuro – apesar de
entender melhor o assunto que estava a no mesmo frasco, o copo de plástico
nada ser uma verdade absoluta e muito
tratar, antes de mencionar o processo e meio cheio de sumo de laranja doce no
ainda existir para descobrir. Com toda a
os respetivos termos mais científicos, congelador, a mesa de café, a canja de
certeza, recomendo a sua leitura pois,
explica-o, usando situações do quotidia- galinha, etc. que conferiram um maior
apesar de conter alguns termos menos
no. Esta técnica ajudou-me a entender visualismo descritivo às situações relata-
fáceis de compreender para leigos na
melhor os assuntos dominados neste das, e que para mim, foram fundamen-
tais para uma correta interpretação das matéria, contribui de forma clara para
livro, tornando a sua interpretação mais aumentar a nossa visão da Geologia, da
acessível, o que permitiu de forma mais mesmas.
sua importância e de tudo o que ela en-
clara, aumentar o meu conhecimento Gostei também da forma como o livro
volve.
sobre a formação e evolução do planeta esclarece algumas curiosidades como:
Terra. Qual é o maior edifício vulcânico do
Alexandra Matagueira, 10.ºA
Inicialmente, o autor dá-nos a conhe-
cer como tudo terá começado, “Big
Bang”, a formação dos primeiros ele-
mentos (hidrogénio e hélio), o apareci-
mento do sol, a forma como os elemen-
tos se foram agrupando e culminaram no
aparecimento de dois tipos de planetas:
telúricos (onde se encaixa a Terra) e jovi-
anos, criando o nosso sistema solar.
Após esta introdução, descreve de forma
concreta e concisa, o processo de forma-
ção do planeta Terra, desde o seu núcleo
até a atmosfera, terminando na origem
da vida no nosso planeta, passando pelo
meio exemplos de como as coisas se
processam noutros planetas, fazendo
comparação com o nosso, o que sem
dúvida, contribuiu no meu ponto de
vista como leitora, para um melhor en-
tendimento das situações descritas. Daí,
Sinclinal (Praia Foz dos Ouriços, Almograve)
Página 17
FACE AO DOURO

alunos inscritos no Clube de Solidarieda-


CAMPANHA SOLIDÁRIA DE NATAL de.
Este ano, a campanha solidária desen-
Dezembro, mês de Natal e tempo para e contribuíram com a entrega de alimen- volveu-se em parceria com o Gabinete
refletir e desenvolver mais ações solidá- tos. Esta atividade foi uma proposta do da Juventude da Câmara Municipal de
rias. O AEDM colocou mãos à obra e Clube de Solidariedade “Tudo por um Gaia, que realizou uma atividade com a
arrancou com a campanha de recolha de sorriso”, mas na impossibilidade da pro- mesma finalidade. No final, depois de
alimentos, na escola sede, Secundária fessora responsável estar presente, a serem contabilizados, os alimentos fo-
Diogo de Macedo, durante as duas pri- docente Maria João Freitas assumiu a ram distribuídos quer pelos cabazes or-
meiras semanas de dezembro. Foram coordenação da mesma, contando com a ganizados no clube, quer pelos organiza-
várias as escolas do agrupamento que se preciosa ajuda da presidente da Associa- dos pelo Gabinete da Juventude da Câ-
deixaram envolver pelo espírito solidário ção de Estudantes, Joana Santos, e dos mara de Gaia. Esta entidade comprome-
teu-se a fazer a entrega dos donativos
nas autarquias locais, na área de residên-
C LUB E DE FOTOG R A FIA cia dos nossos alunos, de modo a benefi-
ciar as famílias mais carenciadas. O ba-
lanço desta angariação solidária foi mui-
to positivo, uma vez que foram entre-
gues 23 cabazes a algumas famílias do
agrupamento, que vivem com fracos
recursos económicos.

Desde já, o nosso sincero agradeci-


mento à comunidade escolar e a todos
quantos se deixaram envolver neste ges-
to solidário.

Clube de Solidariedade

DIGNIDADE HUMANA EM
TEMPO DE PANDEMIA

Atualmente vivemos tempos muito


complicados, mas também é tempo de
revelarmos a nossa verdadeira essência,
bem como colocar à prova a nossa dig-
nidade através da prática de gestos e
ações solidárias. É urgente refletirmos
sobre o que somos capazes de fazer para
ajudar e respeitar os outros. Devemos
ser para os outros aquilo que queremos
os que os outros sejam para nós.
“Da minha casa vejo o Mundo - A paisagem” 9.ºF
Maria Barbosa, 10.ºA
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FACE AO DOURO
NATAL - TEMPO DE SER BOM

“PROMOÇÃO À DESCOBERTA DA EUROPA


PARA O SUCESSO”
Webinar “A Europa vai à Escola 2020/2021”
Será que existe alguém que nunca te-
nha ouvido a frase “Não gosto de Mate- Portugal é um país que faz parte dos as instituições europeias e as prioridades
mática”? 27 da União Europeia e que tem, a partir da Comissão Europeia, presidida por
Penso que não. Até, verdadeiramente, de 1 de janeiro de 2021, uma importân- Ursula von der Leyen, mas também dar
já a ouvimos vezes demais. cia ainda maior, porque assumiu a Presi- a conhecer oportunidades para os jovens
E porque será? dência rotativa do Conselho da UE. descobrirem a Europa através do ERAS-
Será que não se gosta mesmo? Ou
será que não se compreende e, por isso,
não se gosta?
É por isso que se torna tão importante
recordar Paulo Freire, com as devidas
adaptações à Matemática, “alfabetizar é
mais do que o simples domínio psicoló-
gico e mecânico de técnicas de escrever
e ler (…), é entender o que se lê e escre-
ver o que se entende (…)”.
Como podemos compreender a reso-
lução de sistemas de equações com duas
incógnitas, se ainda não dominamos a
resolução de uma simples equação do
primeiro grau com uma incógnita. Como
podemos compreender a resolução de
uma simples equação do primeiro grau
com uma incógnita, se ainda não com-
preendemos a harmonia matemática das Todos nós, devemos tomar consciên- MUS+, do Corpo Europeu de Solidarie-
operações básicas. cia deste nosso lugar na Europa e no dade, do Espaço de Aprendizagem EU,
mundo. da Rede de Emprego EURES e do Pro-
Este grande projeto que é a Europa grama DiscoverEU.
foi dado a conhecer de forma mais direta Apesar das sessões online serem menos
aos nossos alunos, não através de ses- atrativas para os alunos, estes demons-
sões presenciais na escola, mas através traram interesse nas apresentações e
de webinars, porque os tempos que cor- procuraram saber mais sobre os progra-
rem assim obrigam. mas mais dirigidos para os jovens.
Nos dias 10, 11 e 12 de novembro de Ficamos a aguardar as webinars de mar-
2020, os alunos do 10.º ano tiveram a ço para os alunos do 12.º ano, que terão
oportunidade de participar nas sessões também a oportunidade de participar
por videoconferência “A Europa vai à nestas sessões, mais vocacionadas para
Escola 2020/2021”, dinamizadas pelo “A empregabilidade e o futuro da Euro-
representante do Gabinete Europe Di- pa”.
Antes de “gostar”, é preciso rect Porto, Rui Monteiro.
“compreender” e, para compreender a Esta foi uma atividade que pretendeu, Elsa Pereira
Matemática, é preciso conhecer a sua não só promover o conhecimento sobre
linguagem mais básica e, só depois, a
mais complexa. Do mesmo modo, preci-
Neste projeto, em cada uma das tur- apoiada ao seu passado (conteúdos es-
samos de conhecer a linguagem das le-
mas de oitavo ano, foi selecionado um senciais dos anos transatos) e ao seu
tras e depois das palavras para compre-
pequeno grupo de alunos que, de algu- presente (conteúdos lecionados este
endermos e gostarmos, ou não, de um
ma forma, apresentava insucesso na ano).
texto, de um romance ou de um poema.
disciplina de Matemática. Estes alunos Os docentes de Matemática desejam
É neste sentido que surge o projeto
têm vindo a usufruir de um segundo que os alunos, no final da viagem, ansei-
“Promoção para o sucesso” que o Gru-
professor de Matemática que, durante em por voltar à cidade no próximo ano.
po de Matemática da Escola Secundária
100 minutos semanais, os tem acompa-
Diogo de Macedo abraça este ano, mes-
nhado nas encruzilhadas da “Cidade da Grupo de Matemática
mo com a pandemia.
Matemática”, numa visita guiada e bem

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FACE AO DOURO NATAL - TEMPO DE SER BOM

ENCONTRO PARTICIPATIVO GOP+JOVEM 2021

No passado dia 20 de janeiro, realizou-se, na Escola Secundária Diogo


de Macedo, o Encontro Participativo GOP+Jovem 2021. Este Encon-
tro, em colaboração com a Câmara Municipal de Gaia/Gabinete da Ju-
ventude, decorreu online e contou com a participação dos Delegados e
Subdelegados das turmas do 9.º ao 12.º anos, e, ainda, representantes da
Associação de Estudantes.

A sessão abriu com as intervenções do Vereador da Juventude de Gaia,


Elísio Pinto, e do Diretor do Agrupamento de Escolas Diogo de Mace-
do, Serafim Correia, que salientaram a importância da participação dos
jovens nestes projetos que se evidenciam como reforço de aprendizagens
para uma cidadania ativa.

Na sessão, foram apresentadas aos jovens alunos três áreas de inter-


venção - Criatividade, Cultura e Desporto, Meio Ambiente e Sustentabili-
dade e Tecnologias e Empreendedorismo. Em conjunto, os participantes
selecionaram a área, adiantaram os problemas encontrados e apresenta-
ram as propostas de solução. Durante todo o tempo, foi notório o envol-
vimento dos jovens na elaboração dos diferentes projetos considerando,
sobretudo, que fossem adequados à comunidade em que se inserem.

Os projetos submetidos serão analisados e ficarão sujeitos à votação


que elegerá o vencedor deste ano.

Inês Carolina

TER IRMÃOS…

Ter irmãos deixa-me muito feliz por-


que nunca estou sozinha e tenho sempre
com quem brincar ou falar. O meu ir-
Em novembro de 2020 realizou-se, go e Macedo fez novamente parte desta mão mais novo chama-se Ruben, e tem
novamente, a iniciativa internacional iniciativa, com a participação de 131 sete anos, e a minha irmã mais velha
"Bebras - Castor Informático" desti- alunos do 8.º ano (disciplina de Progra- chama-se Jéssica e tem vinte e dois anos.
nada a promover a informática e o pen- mação e Robótica), 10.º e 11.º anos do Em primeiro lugar, eu gosto de ter
samento computacional. Curso Profissional TGPSI. irmãos porque é divertido e se um não
está disponível para brincar ou falar, o
Este ano participaram 176 escolas de Desta participação, destacam-se os outro está. Além disso, ter irmãos mais
17 distritos do nosso país, com o total de alunos Diana Santos, Edgar Cruz, Afon- velhos pode-nos mostrar como vai ser o
17496 alunos. Como não poderia deixar so Azevedo, Rodrigo Silva, Tomás Mar- nosso futuro na escola, no trabalho e
de ser, o Agrupamento de Escolas Dio- tins, Joe Cobb e Pedro Silva do 8ºF que noutras coisas. Quanto aos irmãos mais
ficaram no “TOP 1” a nível nacional no novos, podem ajudar-nos a recordar
Escalão dos “Cadetes”. Para consultar os como éramos, quando tínhamos a idade
resultados, acede ao blogue “O cheiro deles.
dos Livros”, ou a este link https:// Por último, eu acho que ter irmãos é
cutt.ly/xk8deyn. bom e faz-me ficar feliz, porque eles
podem ensinar-nos muita coisa, são uma
Parabéns a todos os participantes! excelente companhia e, quando estamos
juntos, podemos ajudar-nos mutuamen-
Grupo de Informática te.

Érica Lopes, 6.ºG

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FACE AO DOURO

PENSA ANTES DE PUBLICAR

No mês de fevereiro, celebrou-se ambientes digitais, contribuindo, assim,


o Dia da Internet Mais Segura (9 de para o desenvolvimento da Cidadania
fevereiro de 2021). Ao longo dos anos, Digital. Como não poderia deixar de
o Dia da Internet Mais Segura tornou-se ser, o nosso agrupamento foi um dos
um evento marcante, sendo hoje come- participantes.
morado em mais de 100 países e em O grupo de informática realizou a que após a realização dos cartazes e ban-
todos os continentes. georreferenciação do Agrupamento e das desenhadas, prepararam um livro
À semelhança dos anos letivos anteri- com os alunos da disciplina de Tecnolo- digital com todos os trabalhos e publica-
ores, a Direção-Geral da Educação, atra- gias de Informação e Comunicação de- ram nos seus blogues.
vés do Centro de Sensibilização Segura- senvolveu cartazes (2.º Ciclo) e bandas Para consultar os trabalhos realizados
Net, convidou todos os Agrupamentos desenhadas (3.º Ciclo) realizados na fer- acede aos blogues: “O Cheiro dos Li-
de Escolas/Escolas não Agrupadas a ramenta Canva, tendo como base ques- vros” e/ou “Fantasia da Leitura”.
promoverem atividades no âmbito da tões como “Alguém modificou uma
Cidadania Digital com o objetivo de foto tua publicada na Internet, ridi- Obrigado a todos os participantes!
alertar toda a comunidade educativa à cularizando-a! O que farias?”.
adoção de uma atitude crítica, refletida e Esta atividade foi desenvolvida em Grupo de Informática
responsável no uso de tecnologias e parcerias com as Bibliotecas do AEDM,

C LUB E DE FOTOG R A FIA

“Da minha casa vejo o Mundo - Os animais”


João David Silva, 11.ºA
Página 21
FACE AO DOURO

A S B I B L I OT E C A S D O A G R U PA M E N T O E S T Ã O A M U DA R !

Nos últimos meses, nas áreas da Edu- produção digital, com disponibilização chegar esses serviços aos utilizadores
cação, a reflexão geral tem incidido so- de vários postos de trabalho individual e fora da escola. O Serviço de Referência,
bre temas muito específicos: formatos de mesas de trabalho para pequenos gru- que era essencialmente presencial, teve
ensino, vantagens e desvantagens do pos, mas mudou a zona de estudo e de de se afirmar no formato à distância: se
E@D, competências digitais dos educa- consulta de material impresso, disponibi- um utilizador, a partir da sua casa, preci-
dores, uso da tecnologia nas atividades lizando essencialmente mesas de traba- sa de orientação ou de recursos informa-
de ensino e aprendizagem, etc.. São te- lho individual e junto à mesma, ao lado tivos, pois contacta a equipa da bibliote-
mas comprovativos de que a Escola e o da receção, criou uma espécie de nicho ca que, de imediato, trata de responder à
Ensino estão num momento de mudan- de leitura, com estantes dedicadas à fic- necessidade em causa. Este tipo de servi-
ça, impulsionada pela pandemia que ção e a diferentes publicações periódicas, ços só é possível, porque a biblioteca
obrigou à procura de alternativas em que podem ser lidas nos vários sofás que tem vindo a ser equipada com os recur-
termos de formato de aulas, uma vez que também integram o referido nicho. Para sos tecnológicos necessários, fruto do
as escolas fecharam e as aulas presenciais além da ficção impressa, os utilizadores investimento disponibilizado pela Dire-
tiveram de ser interrompidas. também podem ter acesso à ficção em ção da escola para a aquisição dos mes-
As bibliotecas escolares, integradas nas formato digital via tablets, a biblioteca, mos: estamos a falar de computadores,
também, já organizou repositórios digi- de tablets, de livros digitais, de sistema
escolas, vão acompanhando essa refle-
xão e a discussão e também elas atraves- tais nos tablets que empresta localmente bibliográfico, etc..
ou para a sala de aula.
sam um período de mudanças. Tal é Não posso deixar de salientar a atitude
bastante visível na biblioteca da ES Dio- À entrada da biblioteca, continua o de valorização e reconhecimento da im-
go Macedo! posto de pesquisa do catálogo da biblio- portância das bibliotecas do agrupamen-
teca, que brevemente poderá ser consul- to por parte da Direção do mesmo, par-
O que está, então, a mudar ou já mu-
tado a partir das casas dos utilizadores, ticularmente por parte do próprio Dire-
dou na biblioteca da ES Diogo Mace-
uma vez que a BE adquiriu um novo tor, Serafim Correia, atitude que, en-
do?? Após a intervenção de restauro no
sistema bibliográfico que assim o permi- quanto Coordenadora Interconcelhia de
espaço físico, que trouxe ao mesmo uma
te. Bibliotecas Escolares, responsável pelo
maior luminosidade, a equipa procurou
concelho de Gaia me apraz muito, por-
emprestar à biblioteca uma maior flexibi- A biblioteca mudou em termos de
que sem esse apoio não estaríamos, cer-
lidade e fluidez, fazendo uma redistribui- reorganização do espaço, mas também
tamente, aqui, a falar da mudança da
ção das zonas funcionais da biblioteca os serviços que disponibiliza estão a
escolar: manteve a zona de consulta e de mudar, porque a biblioteca tem de fazer (Cont. pág. seguinte)

Página 22
FACE AO DOURO

(Cont. pág. anterior)


Morte Sob Aurora Boreal LER EM VOZ ALTA
biblioteca e dos seus serviços para me-
lhor servir a comunidade escolar. É DIVERTIDO!!
Audacioso,
Claro que a equipa das bibliotecas do Avança sobre a neve. O Dia Mundial da Leitura em Voz
agrupamento também contribuiu para as É sentido o vento. Alta, 1 de fevereiro de 2021, foi festeja-
mudanças em questão: tem apresentado, do com vários desafios lançados a toda a
com sucesso, várias candidaturas e proje- Sentindo o vento, sentindo dor
comunidade escolar. O padlet foi a ferra-
tos à Rede de Bibliotecas Escolares e Espada de dois gumes. menta digital selecionada pelas bibliote-
Plano Nacional de Leitura, daí obtendo cas escolares para repositório de todas as
financiamentos para aquisição de equipa- participações nesta celebração.
A tempestade começa e avança sobre ele
mentos novos e fundos documentais
variados, para as bibliotecas em si mes- O enorme glaciar observa
mas e para suportar a disponibilização de
serviços de leitura para as escolas do 1º É certo que pecados,
ciclo que ainda não têm bibliotecas, mas
Cometera muitos.
que, por causa disso mesmo, não podem
ficar privadas desses serviços, particular- Nada que justamente o condenasse ao
mente no âmbito da leitura e até outras Inferno.
literacias.
Sigo, com atenção, o trabalho das Pro- Olhos vazios por fim vem o nada
fessoras Bibliotecárias e constato, com O fraco ser Humano sucumbe.
prazer, que se dedicam com empenho ao Não pode mais! Não pode mais do que a
trabalho de garantir às comunidades Mãe-Natureza! Não pode mais!
escolares que servem, bibliotecas escola- Muitos foram os que se atreveram a
res ou serviços de bibliotecas que façam gravar um áudio a ler em ritmo RAP o
a diferença na melhoria das aprendiza- Perde-se na neve e nas preces a quem poema "Fala" de Alexandre O'Neill; a ler
gens dos alunos e na melhoria das suas não o ouve. como um relato de futebol, uma notícia
competências de leitura e outras literaci- de um jornal; a cantar o poema "Frutos"
Pereceu perante o poder terráqueo,
as. de Eugénio de Andrade e a ler de forma
E a alma saindo do seu corpo expressiva o "Poema aos homens consti-
A mudança em qualquer tipo de orga- Parece de repente um raio de luz. pados" de António Lobo Antunes.
nização não depende só do acesso a O resultado foi muito positivo e
novos recursos, depende, sim, da vonta- pode ser revisitado em qualquer momen-
Tiago Sequeira Barbosa, 9.ºD
de de quem gere a organização e assume to nos blogues das bibliotecas do
o desejo de mudar. São as pessoas que AEDM.
trazem a mudança, não são os recursos
por si só. Acreditando neste pressupos-
to, tenho a certeza que a mudança vai
continuar nas bibliotecas do agrupamen-
to e que a melhoria dos serviços tam-
bém, porque as responsáveis pelas bibli-
otecas vão, com toda a certeza, conti-
nuar a lutar por essa mudança.

Maria João Castro


Coordenadora Interconcelhia das
Bibliotecas Escolares de Gaia

Arte em Ação, Luana Sousa, 9ºF

Página 23
FACE AO DOURO

CRIAR BONS LEITORES


Todas as oportunidades são boas para melhorar o fundo
documental das nossas bibliotecas escolares, sendo que um
acervo atualizado e com títulos apetecíveis criam melhores
condições para a formação de bons leitores. A criação de há-
bitos de leitura é uma preocupação de todos os docentes do
agrupamento, porquanto se lhe reconhece uma importân-
cia vital na formação integral dos nossos alunos. Um bom
leitor é uma pessoa capaz de compreender melhor o mundo,
de conhecer o passado, de ter mais visão, de perspetivar um
futuro. Um bom leitor é alguém com vocabulário mais alarga-
do e que mais facilmente faz uso correto da língua falada e
escrita. O prazer na leitura é o que tentamos incutir nas crian-
ças desde cedo, pois diz o ditado "de pequenino se torce o
pepino". Manter o bom hábito de encontrar prazer na leitura
é difícil e, quando recuperamos um leitor, é uma conquista e
sentimos que todo o esforço valeu a pena.
As bibliotecas escolares do AEDM receberam mais 1300€
para aquisição de novos títulos, verba proveniente das candi-
daturas aprovadas pelo Plano Nacional de Leitura, Leituras
em Família - Já Sei Ler, para o 1.º Ciclo, e 10 Minutos a
Ler, para o 3.º Ciclo e Secundário.
Que daqui venham muitos e bons leitores, e a missão das
bibliotecas cumpre-se!

SOPA DE LETRAS
“Segurança na Internet”
Encontra as palavras, que podem estar em todas as direções.
Antispam Dependência Manipulação Plágio
Antivírus Download Mensagem Privacidade
Backup Email Netiqueta Segurança
Browser Firewall Partilha Sexting
Chat Hacker Password Spam
Ciberbullie Influencer Perfil Upload
Ciberbullying Informação Pesquisa
Cookies Internet Phishing

Fotos de Manuel Brandão

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FACE AO DOURO

dresen; “Dentro de mim” de Ana Salda-


CLUBES DE LEITURA nha e “Quero ser outro”, de Isabel Alça-
da e Ana Mª Magalhães; “Cão como
O AE Diogo de Macedo aderiu ao Nós” de Manuel Alegre e “Diário cruza-
têm a possibilidade de refletirem e deba-
projeto Clubes de Leitura na Escola do de João e Joana” de Isabel Alçada e
terem sobre as leituras efetuadas. Preten-
(CLE), do Plano Nacional de Leitura. O Ana Mª Magalhães; “O Barão” de Bran-
de-se, deste modo, que se crie uma rela-
financiamento proveniente desta candi- quinho da Fonseca; “Felizmente há
ção de proximidade, de prazer, de afetos
datura resultou na aquisição de livros Luar” de Luís de Sttau Monteiro e “A
e de partilha de ideias, opiniões, gostos e
apelativos, atuais e adequados às diferen- Pérola” de John Steinbeck. Todas as
interesses. Apesar da leitura ser, muitas
tes faixas etárias. Apesar da proposta turmas atribuíram um nome ao seu clube
vezes, uma atividade solitária, os Clubes
estar mais direcionada para o segundo e e têm dinamizado o padlet, disponível
de Leitura apresentam-se como lugares
terceiro ciclos, o ensino secundário tam- nos blogues das Bibliotecas do AEDM,
de encontro e de interação, onde os lei-
bém aceitou o desafio, estando a partici- com comentários e excertos das obras.
tores compartilham as suas vivências e as
par, ao todo, treze turmas/clubes e ainda As turmas do secundário, partilharam,
suas descobertas, numa perspetiva de
um Clube de Leitura online. no referido padlet, diversos temas que
surgem nas obras selecionadas para este
nível de ensino, bem como vários excer-
tos que os exemplificam. Após a leitura
das obras “O Barão” e “Felizmente há
Luar”, todos os alunos se prepararam
para um debate, durante o qual tiveram
que abordar os temas explorados nas
obras e desenvolvê-los, tendo em conta
a atualidade. Assim, mediante as ques-
tões dos mediadores, procurou-se criar
momentos de discussão e de partilha de
opiniões. Nesta atividade, houve uma
participação ativa dos alunos, que revela-
melhorarem as suas competências, no-
Os CLE são espaços, dentro ou fora ram dinamismo e sentido crítico nas suas
meadamente a do espírito crítico.
da sala de aula, que se dedicam à partilha intervenções. Este debate permitiu ainda
As turmas envolvidas realizaram a
e socialização da leitura de um livro ou o desenvolvimentos da expressão oral,
leitura de vários livros, tais como o
texto, literário ou não, e, por princípio, tendo partido de duas obras que fazem
“Perigo Vegetal” de Ramon Caride; “A
nunca os de leitura obrigatória. Os alu- parte do Projeto de Leitura.
Árvore” e “O Cavaleiro da Dinamarca”,
nos e os professores, conjuntamente, ambos de Sophia de Mello Breyner An-
Mª Izilda Vieira

P O R D A T A N A E S D M

No dia 15 de janeiro de 2021, as tur- é a possibilidade de se consultar dados


mas do 10.ºC e do 10.ºD participaram não só de Portugal como também a um
numa atividade, por videochamada, com nível mais lato, da Europa, e a nível me-
Constança Félix, uma das formadoras da nor, de cada município português.
plataforma Pordata, Base de Dados Por- Para além de tudo isto, o site é gratui-
tugal Contemporâneo. to e possui a possibilidade de assistir,
Esta atividade serviu para os alunos também gratuitamente, a cursos online
adquirirem conhecimentos sobre o por- para aumentar o nosso conhecimento e
tal, conhecimentos esses que poderão garantir o melhor proveito das potencia-
aplicar mais tarde na sua vida académica. lidades do portal.
Através de demonstrações em tempo Os alunos consideraram benéfico este
real, a profissional apresentou aos alunos Esta atividade é fruto de uma parceria
momento, bem como as potencialidades
formas de cruzar dados, criar gráficos, entre a Fundação Francisco Manuel dos
deste site, uma vez que tem informação
converter moedas e, principalmente, Santos e a Rede de Bibliotecas Escolares.
útil não só para alunos na realização de
consultar as estatísticas atuais do nosso trabalhos escolares, mas também para
país, utilizando indicadores como os toda a população que se queira manter Rita Cancela, Margarida Gomes e
“nascimentos”, as “mortes diárias” e a atualizada em relação aos dados estatísti- Beatriz Guerra
“população total”. cos de Portugal. 10.ºC
Uma das vantagens do portal Pordata
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FACE AO DOURO

COMEMORANDO EFEMÉRIDES
Há datas importantes a assinalar e, ao “Nuvem de Palavras” destacaram aspe-
longo do ano, são vários momentos em tos positivos da opção de não fumar. Os
que articulação entre equipas é relevante, vencedores foram David Soares, 5.ºB;
uma vez que os objetivos a alcançar são Tomás e Gonçalo Matos, 6.ºD e Inês
os mesmos: formar pessoas, formar Rodrigues, 6.ºE (ex aequo); Ana Azeve-
bons cidadãos, conjugando saberes e do, 7.ºH; Alexandre Oliveira, 8.ºC; Caro-
competências. lina Dias, 9.ºE e João Moreira, Abílio Pinto, 5.ºF
9.ºC (exaequo). Prémio
Assim, para comemorar Extra: Rafael Maia, 6.ºD.
o Dia Mundial do Não “Que a Luz do Natal ilumine Todos os
Fumador, dia 17 de Corações. À Família AEDM Um Feliz
A quadra natalícia foi,
novembro, foi dina- Natal”.
igualmente, celebrada
mizado um concur- com um concurso Na Semana dos Afetos, no mês de
so “Nuvem de “Postal de Natal fevereiro, já confinados em casa, foi
Palavras”, real- Digital”. O Natal lançado o desafio para que cada educa-
çando a impor- é a época do ano dora, professor(a) titular de turma e dire-
tância de hábi- em que os nos- tor de turma, com os seus alunos, regis-
tos saudáveis sos corações tasse aquilo que lhes faz mais falta, neste
para a saúde estão mais tempo de grandes restrições, devido à
do sistema recetivos e COVID-19. Depois de uma reflexão
respiratório. cheios de es- acerca do tema, cada turma preencheu o
Este concur- perança. Esta seu “coração”. Com estes trabalhos, foi
so teve co- atividade per- criado um ebook, publicado nos blogues
mo principal mitiu partilhar das Bibliotecas Escolares. Para o ano,
objetivo esses senti- esta data será celebrada de forma bem
estimular a mentos com a diferente e com a restituição de tudo o
criatividade e comunidade que nos faz falta! A esperança é grande!
incentivar a escolar. A
comunidade educativa a participar ativa- mensagem de Natal destacada pelo júri
mente na promoção da saúde da popula- deste concurso foi realizada por uma
ção. Todas as palavras utilizadas na aluna do 11.ºD, Luana Costa.

M A R E S C I R C U L A R E S

No passado dia 26 de fevereiro, pelas cartão no ecoponto azul, pôr plástico/ Este projeto, numa segunda fase, pre-
09h25, a turma B do 7.º ano participou metal no ecoponto amarelo e o vidro no vê a limpeza de uma praia, em parceria
numa sessão online dinamizada pela Liga ecoponto verde; reduzir, não comprar com a Câmara Municipal de Gaia. Não
para a Proteção da Natureza, parceira da muitos objetos de plástico; e recusar, podemos ficar indiferentes a este proble-
Escola Azul. não comprar objetos inúteis. ma.
A formadora Rita Alves apresentou o Os alunos visualizaram vídeos sobre o Esta sessão foi muito importante e
projeto “Mares Circulares”, para nos referido projeto, sobre o tempo de de- esclarecedora!
sensibilizar para a gestão de resíduos e a composição de vários tipos de resíduos,
promoção da cidadania ativa, em parce- vídeos para a sensibilização das pessoas Afonso Tavares, Beatriz Dias,
ria com a Coca-Cola. sobre esta temática, formas de parar a Maria Cunha e Rodrigo Silva, 7.ºB
O nosso papel é fundamental nas poluição. Também se falou
ações do dia a dia para reduzirmos a sobre as ilhas de lixo exis-
poluição. Assim, mostrou um esquema tentes em várias partes do
sobre a regra do 5 R´s, que todos deve- planeta. Os alunos foram
mos seguir: reutilizar, utilizar lixo para alertados para o facto de
fazer outros objetos (por exemplo, fazer todo o tipo de lixo que
vasos usando garrafas de plástico); re- produzimos vai parar ao
pensar, pensar antes de comprar algum oceano, direta ou indireta-
objeto de plástico; reciclar, pôr o papel/ mente.

Página 26
NATAL - TEMPO DE SER BOM FACE AO DOURO

LEITORES
SEM
FRONTEIRAS

Nas aulas de Português e no clube de


leitura, lemos a obra “O cavaleiro da
Dinamarca”, de Sophia de Mello Breyner
Andresen.
Gostei da história, porque apresenta
uma lição de vida. O cavaleiro enfrenta
várias dificuldades, mas nunca desiste de
cumprir os seus objetivos. Outras razões
para gostar deste conto é a descrição de
várias cidades e lugares, como Veneza
cheia de riquezas e palácios, e ainda, a
existência de várias histórias dentro da
história principal, que é a viagem do
cavaleiro.
Aconselho este livro a todos, para
viajarem e também aprenderem que
nunca se pode desistir dos nossos objeti-
vos.
Martim Jesus, 7.ºG

“Harry Potter e o Cálice de Fogo” foi


o livro de que mais gostei, porque se
trata de uma história muito emocionante
e cheia de aventuras a propósito de um
torneio de feiticeiros. As minhas perso-
nagens favoritas são Harry Potter, Her-
mione, Albus Dumbledore, Hagrid e
Ron, pois são as que mais sobressaem
nos livros e nos filmes e também porque
eu acho que eles são muito engraçados.

Érica Lopes, 6.ºG

Soluções - Sopa de Letras


O Livro "Os Últimos Miúdos na Ter-
ra" é um livro muito interessante e cati-
vante que nos conta a história de 4 ado-
Páscoa Feliz!!!
lescentes, três rapazes e uma rapariga,
que ficaram sozinhos na Terra depois de
um apocalipse zombie ter invadido o
planeta.
Este livro está repleto de aventuras
cheias de perigo que os quatro amigos
vão enfrentando, por isso nunca sabe-
mos o que irá acontecer a seguir e ficá-
mos logo com vontade de ler mais.

Duarte Ferreira, 7.ºE

Página 27
FACE AO DOURO

P O R T U G A L É M A R !
F O R M A Ç Ã O P A R A D O C E N T E S

tinental às Nações Unidas, e a importân-


cia do alargamento do nosso território.
Outro assunto abordado prendeu-se
com os recursos que se podem encontrar
no fundo do mar e a sua utilidade prática
no dia a dia.

O tema suscitou várias interações que


enriqueceram o debate de certos concei-
tos no âmbito do ambiente e da susten-
tabilidade ambiental.
A formação terminou com uma ativi-
dade prática de simulação de exploração
do fundo marinho com a preparação de
uma missão oceanográfica. Todos os
participantes puderam ensaiar uma mis-
são de exploração de um recurso mari-
nho, gerindo um orçamento, uma equipa
Ao fim de quase um ano, foi possível doras Patrícia Costa e Fernanda Silva, da e recursos materiais e tecnológicos ne-
dinamizar a “prometida” formação para Escola Azul, programa educativo do cessários para cumprir os objetivos deli-
docentes sobre o projeto da extensão neados.
da plataforma continental,
“Portugal é Mar”. Inicialmen- “A Sustentabilidade é a capacidade de dar O Agrupamento de Escolas Diogo
te marcada para o dia 11 de de Macedo, AEDM, orgulha-se de
março de 2020, a pandemia respostas às necessidades atuais sem com- ser uma Escola Azul e, por isso, pro-
emergente COVID-19, que prometer a possibilidade das gerações futu- cura conhecer melhor o Mar para
obrigou a medidas extremas, ras verem as suas necessidades satisfeitas” agir promovendo a Sustentabilidade
adiou a Ação de Curta Duração Ambiental e contribuindo, desta for-
para uma nova data, 13 de feve- ma, para um futuro melhor.
reiro de 2021. Ministério do Mar, que tão bem deram a
conhecer o processo de submissão da Mª Rosário Meireles
Tratou-se de um momento único de proposta da extensão da plataforma con-
aprendizagem, via zoom, com as forma-

ESCOLA AZUL - REUNIÃO REGIONAL NORTE


A Reunião Regional Escola Azul para presença neste momento importante de contribuir para o futuro sustentável do
escolas e parceiros da região Norte teve partilha de experiências. Planeta.
lugar nos dias 16 e 17 de dezembro, em Foram dados a conhecer
formato online. os trabalhos realizados pelos
Todas as Escolas Azuis desta região alunos do 8º ano sobre o
participaram com a divulgação dos seus Oceano e a vida dos Pin-
trabalhos que têm como principal foco a guins, no âmbito do projeto
literacia do oceano, assunto da maior Crescer com o Digit@l, e os
importância nos dias que correm. A par- trabalhos do Pré-escolar e 1.º
tilha de ações enriquece e motiva todos Ciclo, no âmbito da proteção
os que fazem parte desta comunidade, das tartarugas marinhas na
do mesmo modo que os parceiros acres- ilha de S. Tomé, apoio ao
centam valor, propondo atividades que Programa Tatô.
complementam os projetos. Trabalhar a literacia do
O AEDM, representado pelas coorde- oceano com os alunos, é
nadoras do projeto Escola Azul, marcou

Página 28
FACE AO DOURO

P R O G R A M A T A T Ô

O Programa Tatô é uma associação


internacional que tem como missão me-
lhorar o estado de conservação das 5
espécies de Tartarugas marinhas que
ocorrem em São Tomé e Príncipe e pro-
mover uma gestão sustentável dos ecos-
sistemas marinhos e costeiros. Embora
inúmeros esforços de conservação te-
nham sido feitos nos últimos anos, as
tartarugas marinhas ainda são tradicio-
nalmente exploradas para consumo hu-
mano na ilha de S. Tomé, apesar da sua
proibição. A conservação destas
“espécies bandeira” é de extrema impor-
tância não só para a preservação destas
espécies ameaçadas de extinção, como
para a preservação do equilibro dos
ecossistemas marinhos. Em simultâneo,
o Programa Tatô promove a melhoria da
qualidade de vida das comunidades cos-
teiras através da educação/formação
substituindo atividades profissionais,
transformando as palaiês (peixeiras) em
artesãs, contando desta forma, com a
população na proteção destas espécies
ameaçadas.
Ora, no presente ano letivo e, no âm-
bito da Escola Azul, o Pré-escolar e o 1.º
Ciclo quiseram apoiar esta Associação
sensibilizando os nossos alunos para a
necessidade de conservação das tartaru-

“Tartarugas a saírem do ninho”

gas marinhas e identificando com eles os do nosso Oceano Atlântico pela polui-
fatores que as ameaçam e que estão ao ção dos nossos plásticos e também pelas
nosso alcance menorizar, melhorando as redes dos nossos pescadores. Por essa
condições dos ecossistemas marinhos. razão, decidimos, em colaboração com
Apesar de S. Tomé e Príncipe ser tão esta Associação, sensibilizar os nossos
longe do nosso país, e estar localizado alunos para a necessidade de ter com-
no continente africano, as Tartarugas, portamentos sustentáveis, que promo-
que fazem os ninhos e desovam nessas vam a melhoria dos ecossistemas mari-
praias tão distantes, são as mesmas que nhos que dependem do Oceano.
“Um dos vários trabalhos desenvolvidos pelas atravessam o oceano e que viajam por
crianças do Agrupamento.” todo o mundo, sendo afetadas nas águas Departamento Pré-escolar

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FACE AO DOURO

Sensibilidade, Cérebro e Ambiente


Quando queremos imaginar cenários Quem estuda estas questões já perce- Num programa transmitido na RTP1,
ambientais do futuro, muitos de nós beu que estamos perante problemas mui- agora disponível na RTP Play, denomi-
imaginarão sítios com condições de vida to complexos, os problemas ambientais nado “Deus Cérebro”, podes encontrar
muito difíceis. A maioria dos seres hu- são na verdade problemas económicos e resposta a estas e outras importantes
manos reconhece que estes cenários socioambientais. questões, analisadas por diversos neuro-
resultam da nossa forma de viver no cientistas. Poderás ainda escutar admirá-
presente. A mudança de comportamento dos veis afirmações, tais como:
consumidores não tem sido uma tarefa “A verdadeira inteligência é a capaci-
A humanidade iniciou já os primeiros fácil por diversas razões, sendo que um dade de prever o futuro, imaginando,
passos numa tentativa de retardar a che- dos motivos é o facto de não conseguir- simulando, é uma capacidade para reco-
nhecer antecipadamente aquilo que é
negativo”; “Os problemas atuais devem
ser vistos a longo prazo para encontrar a
ligação entre as coisas”; “Estamos a fa-
lhar no conhecimento das coisas que dão
sentido à vida”; “A visão tecnicista não
permite a visão do indivíduo como um
todo”; “Estamos a ficar prisioneiros de
uma visão materialista e mecanicista do
mundo que se relaciona com a menor
estimulação do hemisfério direito do
cérebro”.
gada desse futuro desagradável. Um mos ver as consequências da poluição, a
exemplo é o facto de muitas famílias curto prazo, isto é, quem polui dificil- Conhecer o nosso cérebro pode bem
separarem os resíduos para que possam mente consegue observar consequências ser um contributo para a resolução des-
ser reciclados. Contudo, apesar da reci- imediatas na saúde e nos ecossistemas. tes problemas complexos. Poderia ser,
clagem ser importante para reduzir o também, muito importante reconhecer a
consumo de matérias primas, reciclar Sabe-se que as decisões ou ações dos importância do contacto regular dos
consome energia e polui. Por isso, o seres humanos se relacionam com os seres humanos com a natureza. Isto po-
melhor seria dar, pelo menos, tanta im- valores que incorporam na sua mente. de conduzir ao reconhecimento de valo-
portância à reciclagem como à redução res da natureza muito importantes, como
do consumo. Que valores têm orientado a evolução o valor estético, educativo e espiritual.

Se quiseres pensar um pouco mais


sobre este assunto, procura descobrir o
“Estamos a falhar no conhecimento das coisas significado de “valor intrínseco da natu-
que dão sentido à vida”. reza” e de “visão antropocêntrica da
natureza”. Podes também refletir na
relação entre desigualdades sociais e preserva-
ção da natureza.
Mas, como sensibilizar para a redução do comportamento humano? O que é a
do consumo? Somos constantemente consciência? A criatividade humana será Fica a sugestão: “Deus Cérebro”, na
bombardeados por publicidade que o importante no futuro? A ocupação ex- RTP Play.
estimula. E se pudéssemos informar as cessiva do cérebro humano com jogos
pessoas acerca das consequências da ou redes sociais diminui a memória? A Idalina Neves
poluição? Esta estratégia também tem memória contribui para a criatividade?
originado pouca mudança de atitudes.

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FACE AO DOURO
NATAL - TEMPO DE SER BOM

A MANTA DOS CONTOS MATEMÁTICA CRIATIVA


“A Manta dos Contos” é um projeto
multidisciplinar que pretende valorizar O poema “Longe de casa” surge na
as competências e aprendizagens dos sequência do desafio lançado numa aula
alunos dos cursos profissionais de Téc- de Matemática: a produção de um texto
nicos de Ação Educativa e de Técnicos que conta uma história a partir da leitura
de Apoio à Infância. Concluída a 1ª fase e interpretação de um gráfico...
do projeto, que culminará com a apre-
sentação dos recursos e materiais criados
pelas alunas à comunidade educativa, no
final do ano letivo, e tendo em atenção a
situação de pandemia, as alunas adapta-
ram o trabalho à nova realidade de ensi-
no à distância e produziram contos digi-
tais para o Pré-escolar, a partir dos livros
sensoriais que construíram nas aulas
presenciais. Os contos estarão disponí-
veis na página da escola.

Cursos Profissionais de TAE e TAI

Longe de casa
Meia hora já se tinha passado,
Só pensava o quão longe deveria estar,
10 quilómetros eu diria…
Quanto mais tempo passava,
Mais eu corria,
No meio daquela escuridão,
Eu já estava perdida.

Já se tinha passado uma hora


E corri por mais 5 quilómetros,
E já estava cansada,
Por isso sentei-me no chão
No meio da escuridão.
Eu estava a desistir
Pensava que tinha sido tudo em vão.

Já se tinham passado duas horas e meia


Desde que tinha começado,
Mas naquele momento percebi,
Que não podia ficar ali sentada
Que não podia desistir,
E que esta minha jornada
Estava prestes a ser terminada.
DIA DA FILOSOFIA Voltei-me a levantar
E corri por mais meia hora,
No âmbito da celebração do Dia da Filosofia, as turmas de 10.º e 11.º anos procede- Mas acabei por desmaiar.
ram à montagem da Árvore da Filosofia, no átrio da Escola Secundária, simbolizando Passou um tempo,
o espírito crítico, a dúvida e permanente interrogação da atitude filosófica, e construí- Até que voltei a acordar
ram um mural com frases de filósofos, de diferentes épocas e culturas. Ambos os tra- E tudo tinha mudado,
balhos ficaram expostos entre os dias 19 e 24 de novembro. Eu tinha apenas sonhado.
Grupo de Filosofia
Pilar Barbosa, 7.ºB

Página 31
FACE AO DOURO
NATAL - TEMPO DE SER BOM

B A N D E I R A S D E P O R T U G A L
Sendo uma das nações mais antigas e Tendo em vista este panorama, o gru- partiu da seleção de 1 das 14 bandeiras
ricas do mundo, Portugal foi colecionan- po de História da nossa escola decidiu para cada turma, seguindo-se a parte
do muitos artefactos culturais no decur- enaltecer a importância e evolução das prática que foi ao sabor da criatividade
so destes quase mil anos de existência, e nossas bandeiras, desde a formação da dos alunos e professores responsáveis,
que bela existência… Mas se houve um nacionalidade até ao nosso retângulo utilizando-se inúmeros materiais como

elemento que foi determinante para a verde, amarelo e vermelho que está espa- EVA, pérolas e cordas. Como que se de
nossa portugalidade ao longo de todos lhado um pouco por todo o mundo - um bolo se tratasse, as bandeiras foram
estes séculos, esse seria o pedaço de teci- destacando-se ao longe nos mais impor- crescendo e aparecendo pela ação do
do que nos acompanhou assiduamente tantes edifícios governamentais ou nos fermento que cada turma colocou no
entre batalhas, conquistas e comemora- tabliers dos carros que trazem de volta à seu trabalho: ora a autenticidade, ora a
ções - a bandeira nacional. pátria os nossos emigrantes. A iniciativa praticidade, ora o tradicionalismo. Sem-
pre com o olhar atento dos professores,
o que é facto é que os alunos tiveram a
METEOROLOGIA NO DIA A DIA ocasião ideal de se envolverem numa
atividade dinâmica capaz de fazê-los
Na disciplina de Geografia, os alunos tem a possibilidade de participar na pes- compreender a História e o Patriotismo
participaram na atividade quisa e seleção de informação, a partir de uma forma apelativa, interativa e
"Meteorologia no dia a dia", durante do site IPMA.pt, sobre os elementos substituta das práticas de ensino regula-
o primeiro período e início do segundo, climáticos que vão caracterizar o estado res.
ficando regularmente responsáveis por do tempo meteorológico, em cada sema- Assim, depreende-se que esta forma
recolher no site do Instituto Português na, para a região onde vivem. alternativa de aprendizagem produziu
do Mar e da Atmosfera (IPMA), as pre- Os alunos também elaboraram dese- efeitos bastante positivos na quebra da
visões semanais do estado do tempo nhos com os símbolos meteorológicos e monotonia a que a pandemia nos tem
meteorológico, que foram afixadas à consultaram os extremos climáticos do sujeitado, surgindo como uma lufada de
entrada do pavilhão B, na EBO, para nosso país, relativamente à temperatura, ar fresco. Os resultados desta atividade
toda a comunidade escolar as poder con- precipitação e rajadas de vento, os quais podem ainda ser contemplados ao redor
sultar. Esta atividade será retomada, as- se encontram afixados no mesmo local. de todo o bufete da Escola Secundária.
sim que regressarmos à escola! Através desta e de outras atividades,
Deste modo, cada turma do 7.º ano os alunos ficam a conhecer alguns recur-
sos digitais, como o site do Beatriz Guerra, 10.ºC
IPMA (Instituto Português do Samuel Pedrosa, 11.ºC
Mar e da Atmosfera) e a impor- Joana Santos, 12.ºC
tância da Meteorologia nas ativi-
dades do nosso dia-a-dia, desde
a agricultura, a pesca, o turismo,
a navegação aérea e marítima,
bem como, o tipo de roupa que
devem escolher antes de saírem
de casa.

Lídia Silva e José Ferreira

Página 32
NATAL - TEMPO DE SER BOM FACE AO DOURO

A C O N S T I T U I Ç Ã O DA R E P Ú B L I C A P O R T U G U E S A

Inserida nas atividades a desenvolver servar vários diapositivos dedicados ao lidade, com referência às várias constitui-
na disciplina de Cidadania e Desenvolvi- tema da Constituição. O primeiro apre- ções ao longo dos anos. A aluna de Di-
mento, no dia 2 de dezembro de 2020, sentava um artigo da Declaração France- reito também enumerou os vários princí-
os alunos do 11.ºA tiveram a oportuni- sa dos Direitos do Homem e do Cidadão pios fundamentais da Constituição e
dade de assistir online a uma exposição do século XVIII, defendendo que ainda a organização do poder político.
Para além disso, pudemos esclarecer
diversas questões como, por exemplo, a
importância da Constituição Portuguesa
para os jovens e se há limites à revisão
da Constituição. Nos restantes 15 minu-
tos, através das informações dadas, os
alunos responderam a um quiz sobre a
temática apresentada.
Em suma, achamos que foi uma apre-
sentação bastante elucidativa, uma vez
que nos aprofundou os conhecimentos
relativamente à importância da Consti-
tuição para os países, que limita o alcan-
ce do próprio governo e garante certos
direitos dos cidadãos.
sobre a Constituição da República Portu- “Qualquer sociedade em que não esteja
guesa apresentada por uma aluna da assegurada a garantia dos direitos, nem Joana Costa, Maria João Ferreira,
Associação de Estudantes da Faculdade estabelecida a separação dos poderes, Pedro Ramos e Xavier Mota
de Direito, durante a aula de Português. não tem Constituição”. Seguiram-se al- 11.ºA
Durante cerca de 30 minutos foi feita guns esclarecimentos sobre a história do
uma apresentação na qual pudemos ob- Constitucionalismo Português até à atua-

S. VALENTIM... PANCAKE TUESDAY


Para comemorar a “Pancake Tuesday“,
no âmbito da disciplina de Inglês Curri-
cular, os alunos do 3.º e 4.º anos das
Escolas Básicas Urbano Santos Moura,
Seixo Alvo, Gestosa e Sá, prepararam
deliciosas panquecas!!

No dia de S. Valentim, os alunos do 5.ºF e H e os alunos do 6.ºB, C e E ouviram as


histórias "Love Monster" e "Pete the cat - Valentine's Day is cool", respetivamente.
Após a interpretação e compreensão das mesmas, seguindo instruções em inglês, os
alunos desenharam o respetivo monstro.

Página 33
FACE AO DOURO

A VIAGEM INESQUECÍVEL

PARTE I a taxiar até à cabeceira 23 da única pista


do aeroporto para a descolagem. Ao
Era um dia quente e ensolarado de chegarmos a essa cabeceira, o piloto
junho, quando uma aventura acelerou o motor 1 e 2 na potência
inesquecível estava prestes a começar. máxima e ao subirmos tivemos uma
Encontrei-me com a minha turma e sensação maravilhosa, estávamos
com a professora de Ciências na escola, finalmente nos ares. Durante todo o voo
às oito horas da manhã em ponto. A tínhamos direito a pequeno-almoço,
camioneta já lá estava para nos levar ao almoço, lanche, jantar e ceia. Estive
Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no quase toda a viagem a ver Netflix e os
Porto. Deste aeroporto iríamos partir meus amigos também. A professora de
rumo a uma ilha totalmente vulcânica, Ciências esteve a dormir a viagem toda,
formada há 15 milhões de anos na mas quando a comida vinha, acordava
junção das placas tectónicas: a placa logo. Para mim, isto estava a ser
americana e placa euroasiática. Durante maravilhoso e, no fundo, um sonho a
toda a viagem até ao aeroporto, uns realizar-se.
estavam super felizes e outros nervosos Passadas as 8 horas de viagem, o piloto
porque nunca tinham andado de avião e ligou o aviso de apertar os cintos, porque
a nossa viagem era um bocado “louca”. estávamos prestes a realizar a descida Trilha de caminhada para o vulcão
Ao chegarmos, vimos que o nosso para a aterragem. Passados 20 minutos Thrihnukagígur. Disponível em:
voo para o Aeroporto Internacional aterrámos no belíssimo aeroporto https://cutt.ly/gzjdnQm
Keflavík, na Islândia, já estava com a internacional da Islândia. Foi uma
porta de embarque aberta, então, nós aterragem leve e sem problemas. no cume, outras, ao longe, eram vulcões
tínhamos que ser rápidos. Chegamos à cobertos de neve. Um cenário muito
porta de embarque e éramos invulgar, onde não há árvores, apenas
precisamente os últimos. Entrámos no
PARTE II
plantas rasteiras nalguns sítios e alguns
avião pela porta traseira e deparámo-nos Após sairmos do aeroporto campos de cultivo. No nosso primeiro
com um avião de puro luxo, tínhamos internacional da Islândia, dirigimo-nos dia nesse hotel estava a chover muito e
cama que dava para regular, televisão, para um hotel muito luxuoso. Pelo não podíamos fazer grandes atividades,
Netflix e várias outras coisas caminho vimos praias de areia negra; mas mesmo assim, fomos explorar a
incrivelmente luxuosas, aquilo tudo num chão negro, seco e quente via-se cidade que além de ser pequena, tinha
porque a viagem era longa. fumegar fumarolas, sabíamos que todo o tipo de mercados, lojas,
Passados 10 minutos, o avião estava a também poderíamos encontrar géiseres, shoppings, cinemas e muitos mais locais
fazer a manobra “pushback” e começou vimos montanhas, umas com crateras de lazer. Além de ser uma cidade
incrível, a população era muito simpática
e recebia os turistas de uma forma muito
carinhosa. Nesse dia, ainda fomos ver
um filme sobre vulcões muito
interessante que contava uma história,
mas que ao mesmo tempo explicava
tudo ao pormenor sobre a atividade
vulcânica. Após acabarmos de ver o
filme e sairmos do cinema, juntamente
com a nossa Prof. de Ciências, tivemos
uma magnífica novidade: no dia seguinte
iríamos visitar a câmara magmática de
um dos vulcões daquela cidade (onde já
não havia magma)!! Então, fomos para o
hotel dormir, porque já era tarde e
precisávamos de acordar cedo para
visitar esse vulcão.
No dia seguinte, lá saímos do hotel
para a principal aventura daquela viagem.
Ao caminharmos pelas ruas,
Entrada na cratera do vulcão Thrihnukagígur. Disponível em: https://cutt.ly/Ozt8dJ5 (Cont. pág. seguinte)

Página 34
FACE AO DOURO
NATAL - TEMPO DE SER BOM
(Cont. pág. anterior)
questionámos vários cidadãos para C LUB E DE FOTOG R A FIA
sabermos como poderíamos localizar a
trilha que nos conduzia ao vulcão
adormecido há mais de 4000 anos. É o
único vulcão do mundo onde os
visitantes podem descer por um
elevador, com segurança, até à câmara
magmática.
Lá fomos nós à procura da trilha.
Quando encontramos, prosseguimos
curiosos e, no fim, vimos uma placa
enorme onde se lia “Bem-vindos ao
Vulcão Thrihnukagigur”. Falamos com o
guia e, passado uns 30 minutos, fomos
convidados a subir o cone vulcânico até
ao topo. Nesse momento, toda a gente
estava empolgada, mas ao mesmo tempo
nervosa, mas lá subimos e, quando
chegamos ao topo, olhamos para a
cratera e vimos a profundidade daquele
vulcão: 212 metros! Ficámos cheios de
medo, porque na realidade íamos visitar
a câmara magmática que ficava na parte
mais funda. Mas, esse medo foi logo
dissipado quando o guia nos disse que
todas as normas de segurança eram
cumpridas e mais de 13 milhões de
turistas tinham feito aquela visita sem
que alguém tivesse morrido ou ficasse
ferido. Chegámos lá abaixo em
segurança, fascinados e com a nossa
professora quase a delirar. Aquilo era
gigante e incrível. De certeza que íamos
ficar marcados para o resto das nossas
vidas.
O guia disse-nos que aquele vulcão
entrou em erupção, pela última vez, há
mais de 4500 anos. Nessa altura
ocorreram explosões e saiu lava através
da cratera, por isso considera-se que a
atividade vulcânica foi mista.
Foi ali que comprovámos o quão
grande e poderosa é a Natureza. No dia “Da minha casa vejo o Mundo - Os objetos”
seguinte, apanhámos o voo para o André Duarte, 10.ºA
aeroporto do Porto e regressámos às
nossas casas, com direito a dois dias de
descanso antes de voltarmos à para a
escola.
A IMPORTÂNCIA DOS AFETOS NA VIDA DAS PESSOAS
Esta viagem foi uma forma de “dar
asas” à minha imaginação durante Os afetos são emoções que nos confortam e transmitem confiança em nós próprios
este momento muito complicado que em relação aos outros. É muito fácil distribuir afetos, mas nem sempre acontece, devi-
o mundo está a passar. Quando do ao facto das pessoas se revelarem cada vez mais individualistas e egoístas, ou seja,
escrevi o texto, tive a sensação única muito centradas no seu mundo. Sempre que damos um carinho, um afeto a alguém
e a mesma felicidade que teria se estamos a contribuir para o seu bem-estar e respetiva saúde mental. É uma sensação
estivesse na Islândia. maravilhosa quando sentimos que somos amados e como consequência surge uma
enorme vontade de ajudar e apoiar todos aqueles que estão carentes.
Tomás Lemos, 7.ºA 8.ºG
Página 35
FACE AO DOURO

ROSTOS PORTUGUESES NA ONU: 75 ANOS | 75 IMAGENS


No âmbito da Comemoração dos 75.º Diogo Freitas do Amaral até 2013. Em 26 de abril de 2007, foi
anos da fundação da Organização das Diogo Freitas do Amaral foi o único nomeado Alto Representante da ONU
Nações Unidas (ONU), o Ministério de português a presidir à Assembleia Geral para a Aliança das Civilizações, tendo
Educação promoveu o concurso escolar da Organização das Nações Unidas, assumido esta função até 2012. Tais
“Rostos Portugueses na ONU: 75 anos cargo que desempenhou entre 1995 e nomeações confirmaram o elevado pres-
| 75 imagens”. Dessa forma pretendeu 1996. Totalmente dedicado à causa pú- tígio de Jorge Sampaio e de Portugal na
homenagear e dar a conhecer junto dos blica, deixou uma marca muito impor- cena internacional. Nestas funções, Jorge
alunos quatro figuras portuguesas pelo tante na ONU e valorizou de forma Sampaio teve como tarefa contactar com
seu relevante papel na ONU: significativa a imagem e influência de as autoridades dos países mais afetados
Portugal. Freitas do Amaral concedeu a pela tuberculose, bem como com os paí-
António Guterres sua última entrevista à Rádio ONU em ses doadores. Como grande humanista, a
António Guterres exerceu as funções 2015, por ocasião da comemoração dos sua ação privilegiou sempre os aspetos
de primeiro-ministro de Portugal entre 70 anos da Assembleia Geral da ONU. sociais e culturais.
1995 e 2002 e desempenhou o cargo de Nessa ocasião focou a honra que sentiu
Alto Comissário das Nações Unidas para em ser eleito presidente da Assembleia Maria de Lourdes Pintassilgo
os Refugiados entre 2005 e 2015. Geral e salientou algumas resoluções Maria de Lourdes Pintassilgo foi uma
tomadas nas assembleias a que presidiu: das personalidades mais marcantes da
“Grandes problemas mundiais que se vida social, cultural e política da segunda
foram resolvendo, como o desarmamen- metade do século XX. A partir de uma
to, como o fim dos impérios coloniais visão católica e humanista, bateu-se sem-
europeus, como o fim do apartheid, pre pela concretização dos direitos hu-
etc,...”. manos e cívicos em todo o mundo.
Após doença prolongada, veio a fale-
cer com 78 anos, a 3 de outubro de
2019.

Jorge Sampaio
Jorge Sampaio foi presidente da Repú-
blica Portuguesa, entre 9 de março de
1996 e 9 de março de 2006.
Após a presidência da República, em
maio de 2006, foi nomeado, pelo Secre-
tário-Geral da Organização das Nações
Unidas, Enviado Especial para a Luta
contra a Tuberculose, cargo que exerceu

Inês Fonseca, 10.ºD


Atualmente é o Secretário-Geral da
Organização das Nações Unidas, função
que exerce desde janeiro de 2017. No
momento da sua candidatura a este car-
go, declarou que “A ONU nasceu da
guerra. Hoje, devemos estar aqui para a
paz.”. Depois de assistir ao sofrimento Lara Rosa, 10.ºD
das pessoas mais vulneráveis na Terra,
Maria de Lourdes Pintassilgo foi em-
nos campos de refugiados e nas zonas de
baixadora junto da UNESCO, no perío-
guerra, António Guterres está determi-
do de 1975 a 1979, administrativamente
nado a fazer da dignidade humana o
conservou o cargo até 27 de maio de
centro do seu trabalho, sendo um media-
1981. Foi eleita, por quatro anos, para o
dor de conflitos em busca da paz.
Conselho Executivo da UNESCO, em
Perante a situação pandémica pelo
1976.
Covid-19 que o mundo está a viver, real-
Foi a única mulher que desempenhou
ça a esperança que as vacinas contra o
o cargo de primeira-ministra em Portu-
vírus trazem e afirma que a campanha
global de vacinação representa o maior
teste moral desta era. Lara Azevedo, 10.ºD (Cont. pág. seguinte)

Página 36
FACE AO DOURO

(Cont. pág. anterior)


Para uma melhor compreensão:
gal, tendo chefiado o V Governo Consti-
As medidas adicionais têm como tucional, em funções de julho de 1979 a
objetivo colmatar dificuldades acentua- janeiro de 1980.
Faleceu a 10 de julho de 2004, com 74
das e persistentes ao nível da comunica-
anos.
ção, interação, cognição ou aprendiza-
gem que exigem recursos especializados
de apoio à aprendizagem e à inclusão, No contexto deste concurso escolar,
foi lançado o repto às alunas do 10.ºD
devendo ser explicitadas no relatório
do Curso Profissional de Técnico de
técnico-pedagógico. Ação Educativa, que desenvolveram
A mobilização destas medidas só deve vários trabalhos na disciplina de Expres-
ser efetuada depois da demonstração, são Plástica. Infelizmente, não foi possí-
vel concorrer com os trabalhos produzi-
fundamentada no relatório técnico-
dos, uma vez que coincidiu com algumas
-pedagógico, da insuficiência das medi- situações de isolamento profilático, facto
das universais e seletivas. que impediu a conclusão dos mesmos no

EDUCAÇÃO Os responsáveis pela implementação


das medidas adicionais monitorizam e
prazo estabelecido.
Contingências inerentes aos tempos
que estamos a viver em período de pan-

INCLUSIVA
avaliam a eficácia das mesmas. Sempre demia. Independentemente dessa cir-
que sejam propostas adaptações curri- cunstância, as alunas tentaram dar o seu
culares significativas, ou seja, as que melhor, desenvolvendo a sua capacidade
de comunicação visual com uma atitude
têm impacto nas competências e nas
crítica e criativa.
aprendizagens a desenvolver no quadro
3. O que entendemos
dos documentos curriculares em vigor, Helena Goulart
por medidas adicio- implicando a introdução de outras subs-
nais? titutivas, deve ser elaborado um progra-
ma educativo individual.
• A frequência do ano de es- Para os alunos com as medidas
colaridade por disciplinas; (i) adaptações curriculares significati-
vas;
• As adaptações curriculares (ii) desenvolvimento de metodologias
significativas; e estratégias de ensino estruturado e
• O plano individual de tran- (iii) desenvolvimento de competências
sição; de autonomia pessoal e social
é garantida, no centro de apoio à
• O desenvolvimento de me-
aprendizagem, uma resposta que com-
todologias e estratégias de
plemente o trabalho realizado em sala de
ensino estruturado; aula ou noutro contexto educativo.
• O desenvolvimento de
competências de autono-
mia pessoal e social.
PERGUNTAS
FREQUENTES
Aguarela, Ana Almeida, 11.ºD
Equipa Multidisciplinar
de Apoio à Educação Inclusiva
EMAEI

Página 37
FACE AO DOURO

A MAGIA DA AGUARELA
Nas aulas de Expressão Plástica, as alunas do 11.ºD do Curso Profissional de Técnico de Apoio à Infância tiveram a oportunidade
de vivenciar a pintura em aguarela. Fizeram experiências, testaram suportes e ensaiaram efeitos. Tratou-se de uma atividade rica e de
descoberta, pois a maior parte nunca tinha utilizado esta técnica.
Apesar das dificuldades decorrentes do Plano de Contingência para a COVID-19, dado que estas aulas são dadas em salas sem
pontos de água, obrigando as alunas a transportar recipientes com água e a lavar os materiais na casa de banho do pavilhão, estas
manifestaram o seu entusiasmo por se tratar de uma das atividades que mais apreciaram.
O resultado desta experiência revelou a sua criatividade e dedicação a esta atividade artística.

A aguarela é uma técnica de pintura


em que os pigmentos são geralmente
dissolvidos em água. A intensidade e a
transparência das cores, as possibilidades
cromáticas e a sensibilidade em se colo-
car as tintas no suporte conferem a este
género de pintura uma magia muito es-
pecial.
Embora possam ser utilizados diver-
sos tipos de suporte na aguarela, o mais
usual é o recurso a papel com elevada
gramagem. Essa necessidade está relacio-
nada com a utilização da água, pelo que
o suporte deve ser resistente para evitar
deformações no papel.

Estima-se que a técnica tenha surgido


há cerca de 2000 anos, na China, na mes-
ma altura do surgimento do papel e dos
pincéis.
Na cultura ocidental, há muitos exem-
plos da utilização da aguarela desde a Aguarela, Ana Martins, 11.ºD
Idade Média. As primeiras evidências zido muitas obras aguareladas em papel rela na história da pintura ocidental foi
ocidentais do uso da aguarela surgem tipo pergaminho. Apesar de muitos ar- Albrecht Dürer (1471 – 1528), tendo
com Taddeo Gaddi (Florença, 1290 – tistas flamengos terem utilizado esta produzido mais de 120 obras com esta
1366), discípulo de Giotto, tendo produ- técnica, quem consolidou o uso da agua- técnica.
Só apenas no século XVIII a técnica
foi difundida em toda a Europa. A partir
da propagação da técnica por todo o
continente, surgem grandes nomes da
arte da aguarela, como: Alexander Co-
zens, William Blake, John S. Cotman,
Peter de Wint, Claude Lorrain, Giovanni
Benedetto Castiglione, John James Au-
dubon, Van Dyck e John Constable.
De todos os grandes artistas que surgi-
ram, William Turner foi o mais impor-
tante de todos, sendo apelidado de mai-
or aguarelista de todos os tempos. Tur-
ner produziu cerca de 19.000 aguarelas e
acabou por influenciar também o movi-
mento artístico do impressionismo.
Os temas mais comuns retratados na
aguarela são cenários bucólicos e de
natureza selvagem.

Helena Goulart
Aguarela, Luana Costa, 11.ºD
Página 38
FACE AO DOURO
C LUB E DE FOTOG R A FIA

“Da minha casa vejo o Mundo - As texturas”


Maria Barbosa, 10.ºA

DIREITOS HUMANOS

A 10 de dezembro comemora-se a Com este propósito, a turma de 11.º ano No dia 10 de dezembro, a turma per-
proclamação da Declaração dos Direitos do Curso Profissional de Técnico de correu as salas da Escola Secundária e
Humanos. Estamos no século deu a conhecer o evento, explicou
XXI, num mundo globalizado, como podiam participar, através
onde a informação, a tecnologia, da assinatura de petições e partilha
o progresso parecem tornar a da mensagem e do evento nas
data pouco significativa. redes sociais, apresentou um ví-
deo sobre os casos deste ano e
Na verdade, a maioria das testemunhos da força que a pala-
pessoas não é capaz de nomear vra pode ter contra a violência, a
mais de três dos seus direitos na injustiça e a discriminação.
Declaração Universal dos Direi-
tos Humanos e, em muito luga- Para reforçar a mensagem, fo-
res do planeta, ter direitos não ram colocados cartazes no recinto
tem qualquer significado. da escola, apelando à participação
de toda a comunidade educativa.
Relembrar e celebrar a data
torna-se, por isso, essencial para alertar Apoio à Infância promoveu a divulgação
as consciências e promover a prática de da Maratona de Cartas, o maior evento 11.ºD
uma cidadania responsável e solidária. de ativismo do mundo, realizado pela
Amnistia Internacional.
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FACE AO DOURO

OS AFETOS EM TEMPOS DE PANDEMIA


Nestes tempos de pandemia, os afetos A paranoia é, também, uma grave Estes tempos que vivemos também
têm tido altos e baixos. consequência, porque desenvolvemos mostraram o nosso impacto na natureza,
Apesar de nos termos de afastar e dis- uma desconfiança devido ao vírus: com pois desde que ficamos em casa a polui-
tanciar, a verdade é que todos estamos a quem estivemos em contato, onde o ção diminuiu imenso, os animais que
passar por esta situação difícil. Para al- podemos apanhar, se a máscara está antes ocupavam as grandes cidades vol-
guns é mais fácil, para outros mais difícil, corretamente colocada, se já desinfeta- taram, e mostraram o impacto que a
mas ninguém está propriamente bem. mos as mãos, quantas vezes o fizemos… espécie mais destrutiva da história deste
Porém, a pandemia não trouxe só planeta faz à natureza, porque o ser hu-
Os seres humanos são seres sociais,
coisas más, porque a verdade é que nos mano é um genocida da natureza.
temos necessidade de viver em comuni-
dade, e de interagirmos uns com os ou- aproximou na medida em que todos Nós somos a pandemia do planeta
tros, é essencial, para nós, conviver. estamos a sofrer. Também causou revol- Terra.
ta, pois muitos têm argumentos para Margarida Loubet, 9.ºD
Só o facto de termos de ficar em casa, quebrar as regras, enquanto outras tantas
afeta as pessoas psicologicamente por- pessoas vivem agora com mais dificulda-
que sentimo-nos presos; mas também o des, estão sem emprego e a lutar para
facto de não nos podermos tocar, ou sustentar a família. Não que isso signifi-
sequer estar perto uns dos outros, é uma que que todos temos que estar a passar
privação da nossa natureza, o que, claro,
nos afeta mentalmente. Talvez agora
dificuldades, mas não devemos quebrar PÁGINA DE UM DIÁRIO
as regras e, se tivermos possibilidade,
percebamos o que é ser um animal no devemos ajudar os outros, pois apesar
zoo, sozinho, preso, longe do seu habitat do estatuto social diferente, somos todos Sexta-feira, 13 de outubro de 2020
e da sua família. humanos.
Hoje foi um dia estranho, o sol não
amanhecia, os pássaros não cantavam,
parecia que todo o mundo dormia.
Levantei-me e fui para a cozinha. No
caminho, vi o meu gato que estava a
dormir no sofá e, quando cheguei ao
meu destino, notei que tudo estava de-
serto, não havia comida no frigorífico e
senti que algo acontecia lá fora. Depois
de ter percorrido silenciosamente a casa,
decidi sair, apesar de estar de pijama. Dei
uma volta por Lever e não consegui
descobrir nada, parecia de madrugada e
ninguém estava na rua. “Que estranho!”
pensei e concluí que devia ser pelo con-
finamento, mas se o relógio me indicava
que era uma e trinta da tarde, porque
não apareceu o sol? Ao fazer esta per-
gunta, apareceu uma grande luz na rua e,
estando no meio do caminho, pude ver
que eram as luzes de uma camioneta que
vinha velozmente na minha direção, até
que me atinge e ouço por um segundo o
meu nome, “Antonelo!”.
Depois disso, não consegui ver nada,
uma escuridão, mais negra que a noite, e
com o som de um alarme, acordo num
instante desse pesadelo. Minha mãe esta-
va a chamar-me para tomar o pequeno-
-almoço e assim começar um novo dia.

Antonelo Guzman, 12.ºB


Cultura em Tempo de Pandemia | Arte em Ação - Joana Ventura, 9ºF

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FACE AO DOURO
NATAL - TEMPO DE SER BOM

SEMPRE EM AÇÃO NA PROCURA


DAS MELHORES SOLUÇÕES!
Há um ano atrás, quando surgiu o No passado dia 29/01/2021, a tando o seu agrado com toda a organiza-
COVID-19, não estaria no horizonte da APEODIMA promoveu uma reunião de ção e produção deste evento.
APEODIMA que esta situação perdura- trabalho, por videoconferência, com A APEODIMA foi pioneira, abraçan-
ria por tanto tempo e que seriam tantas todos os Pais e Encarregados de Educa- do um novo desafio, promovendo as
as alterações no nosso dia a dia. ção Representantes de turma (PEERT), “rifas digitais 2021”. A atividade preten-
De uma forma completamente inespe- das Escolas Básica do Olival e Secundá- de promover uma maior interação e
rada, todos os hábitos, rotinas, necessi- ria Diogo de Macedo. Comparativamen-
dades e expectativas foram equaciona- te com edições anteriores, esta sessão
dos. revelou-se a mais participativa de sem-
Neste ano de 2021, voltamos a um pre. Durante 90 minutos, conversou-se
novo confinamento, com um grande sobre o papel dos Pais na comunidade
impacto nos nossos alunos, nas nossas educativa, a função dos PEERT, a orga-
famílias e na nossa associação de pais. nização escolar, o balanço do 1.º período
Reinventando-se, a APEODIMA con- de 2020/2021 e as perspetivas sobre o
tinuou a dar resposta a esta realidade, 2.º período, em regime de Ensino à Dis-
procurando sempre soluções adaptadas e tância (E@D).
inovadoras, interagindo ativamente com Desta partilha de opiniões surgiram
a comunidade escolar. ideias/propostas muito interessantes que
Numa dinâmica permanente, o foco e a APEODIMA irá considerar em ações
a orientação da APEODIMA mantêm futuras, junto do AEDM.
uma proximi- Manteve-se a aposta na formação pa-
dade efetiva, rental, com a dinamização de um webinar,
sendo um no dia 19/02/2021, com a Dra. Ana
exemplo no Patrícia Silva (psicóloga), subordinado ao
movimento tema “Sexualidade na adolescência - Os
associativo efeitos da Pandemia (o isolamento soci-
parental, es- al, as redes sociais e o abuso sexual).”
sencial para o
sucesso esco- proximidade na comunidade escolar,
lar. incentivando à participação dos alunos,
Desde a dos encarregados de educação e de to-
tomada de dos os agentes educativos. O valor anga-
posse dos riado com esta atividade reverterá a fa-
órgãos sociais vor dos alunos da Escola Básica do Oli-
para o ano val (EBO) e Escola Secundária Diogo de
letivo 2020/2021, que ocorreu em Macedo (ESDM), na promoção das ati-
13/11/2021, a APEODIMA desenvol- vidades previstas no plano anual de ativi-
veu inúmeras atividades, participando dades da APEODIMA.
igualmente de várias iniciativas. Dando Mantendo uma estratégia inovadora,
resposta ao estado de emergência, e de diferenciadora e criativa, foi lançado o
modo a assegurar a continuidade da ati- concurso de
vidade da associação de pais, a assem- receitas em
bleia geral ordinária realizou-se em for- família 2021,
mato totalmente online. “Da Escola
para a Cozi-
nha”, promo-
vendo as ativi-
dades em fa-
mília através
Foi um serão bastante agradável e pro- de um verda-
dutivo, já que foram abordados temas de deiro concurso
extrema relevância para todos de uma culinário e que
forma bastante dinâmica, prática e hu- culminará com
morada. Todos os participantes puderam
ver esclarecidas as suas dúvidas, manifes- (Cont. pág. seguinte)
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FACE AO DOURO

(Cont. pág. anterior) A APEODIMA persegue uma estraté-


a elaboração de um livro de receitas das gia sustentada de proximidade com a
nossas escolas. comunidade educativa, enfatizando o
Dando ênfase à auscultação dos pais e mote “Confinados, mas não parados!”.
encarregados de educação, a APEODI- A diretora do programa nacional para a
MA realizou um inquérito online, sobre o promoção da atividade física da Direção
Geral de Saúde considera que o confina-
mento social que agora se vive “torna
ainda mais importante falar de atividade física”
e do seu fundamental papel na manuten-
ção da saúde física e mental dos cida-
dãos. Assim, enquadrada nas festividades
Gaia, a APEODIMA esteve presente na
do Dia do Pai e celebrando a chegada da
sessão participativa de Olival, no dia
Primavera, a APEODIMA propõe uma
19/02/2021, onde se localizam as duas
“Atividade Física em Família”, para o dia
ensino à distância (E@D), tendo já apre- escolas cujos pais e encarregados de
20/03/2021. Esta atividade, dinamizada
sentado os respetivos resultados. educação representa. A reunião de traba-
pelo Professor João Santos (PT), destina
Enquanto Associação de Pais (AP) das lho, que decorreu ontem em formato
-se a todos as pessoas da nossa comuni-
maiores escolas do agrupamento, mante- online, foi rica em partilha e boas ideias,
dade, que queiram participar de forma
ve o contacto e o apoio com as restantes que irão certamente melhorar o futuro
individual ou coletiva, sem limite de ida-
AP do AEDM. Assim, e dando continui- do nosso território e das condições dos
des. Perspetivam-se momentos de agra-
dade a uma estratégia de proximidade nossos alunos!
dável confraternização familiar, com
ritmo e movimento, enriquecido por um
promissor encontro intergeracional.
A APEODIMA continua a veicular
diversa informação na comunidade esco-
lar, promovendo a divulgação a vários
níveis.
Durante o mês de março, terminará a
Fase 3 do projeto solidário que nos des-
tacou no ano 2020, e que envolveu a
entre todas as AP do AEDM, realizou-se comunidade de todo o país.
uma reunião de trabalho conjunta, onli- Recentemente, e numa iniciativa con-
ne, no dia 01/03/2021. Foram analisa- junta com a sua federação das associa-
dos vários assuntos de interesse comum, ções de pais, Fedapagaia, esteve presente
nomeadamente a organização das associ- na entrega de um computador portátil ao
ações de pais, o ano letivo em curso e AEDM.
atividades associativas. Foram ainda A associação de pais tem vivido sema-
calendarizadas novas reuniões de traba- nas intensas de dedicação e trabalho,
lho e “conversas de pais”. com o alcance e a superação dos objeti-
vos a que se tem proposto.
A todos os que, de uma forma ou ou-
Estas máscaras sociais são o resultado
tra, se envolvem nestes projetos, partici-
de um trabalho colaborativo, com a ofer-
pam e deixam contributos de melhoria
ta dos materiais pela APEODIMA e a
para o futuro, obrigada!
execução pelas mãos dos(as) encarrega-
dos(as) de educação e amigos(as) das
O nosso lema cada vez faz mais senti-
nossas escolas. Trata-se de um projeto
do: “Nenhum de nós é tão bom
pioneiro e inovador na sua abordagem,
envolvendo a comunidade, assente numa
quanto todos nós juntos”.
Mesmo à distância, mantemo-nos pre-
componente solidária e voluntária, o que
sentes.
mereceu o reconhecimento de “Escolas
Amigas das Crianças”. O tempo investi-
Sandra Sequeira e Marisela Mota
do neste trabalho orgulha todos os seus
(Direção da APEODIMA)
intervenientes. Estamos certos que, ao
usá-las, todos partilharão desse senti-
mento. A APEODIMA expressa nova-
mente o seu agradecimento a todos os
voluntários que viabilizaram este projeto.
No âmbito da revisão do Plano Dire-
tor Municipal (PDM) de Vila Nova de
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FACE AO DOURO

C A R N A V A L N O M U N D O

O Carnaval, desde há muitos séculos,


sempre foi uma festa muito apreciada
pela população em geral. Em todo o
mundo esta festividade é concretizada de
maneiras únicas e extraordinárias, como,
por exemplo, em Veneza, Portugal e no
Rio de Janeiro.
Consta-se que o Carnaval de Veneza,
em Itália, foi realizado pela primeira vez
no século XII e teve uma duração de
dois meses em honra da vitória da sere-
níssima república (um estado europeu do
século). Hoje em dia, o Carnaval de Ve-
neza atrai pessoas do mundo inteiro,
curiosos em participar da festa como
protagonistas ou somente observadores.
A cada ano é escolhido um tema e, nos
últimos anos, tendencialmente, os ofícios
e o artesanato têm sido contemplados,
como uma valorização do passado. Mui-
tas pessoas sentam-se nas mesas do café Máscaras venezianas
histórico, facto que presenteia o visitante
com uma viagem no tempo. É curioso bailes e bandas que tem o seu momento zona do país, mas neste artigo vamos
ver a dedicação e a riqueza de detalhes de maior expressão na Avenida Marquês focar-nos apenas no Carnaval de Trás-os
nos trajes das damas, mas também nos de Sapucaí, oficialmente denominada de -Montes e Alto Douro. Este Carnaval é
dos homens que capricham no visual, na Passarela Darcy Ribeiro e apelidada de caracterizado pela sua personagem única,
maquiagem e nas perucas. Sambódromo, onde, a partir da sua inau- o Careto. O Careto é um homem que
guração, em 1984, ocorre o Desfile das usa uma máscara com um nariz saliente,
O Carnaval do Rio de Janeiro é uma Escolas de Samba. Este festival é consi- feita de couro, latão ou madeira, pintada
festa mundialmente famosa, celebrada derado o maior Carnaval do mundo. com cores vivas de amarelo, vermelho
por diversas associações de dança, que ou preto. Representam imagens diabóli-
promovem desfiles de escolas de samba, Em Portugal, esta festividade é cele-
cas e misteriosas que todos os anos, des-
brada de maneiras diferentes em cada
de épocas que se perdem no tempo,
saem à rua nas festividades carnavales-
cas, interrompendo os longos silêncios
de cada Inverno com os seus chocalhos
bem cruzados nas franjas coloridas de
mantas grossas. Mergulhando na raiz
profana e carnal, o verdadeiro motivo
que move o Careto é apanhar raparigas
para as poder “chocalhar”. Sempre que
se vislumbra um rabo de saia, o Careto é
impelido pelo seu vigor.
Podemos concluir que não importa em
qual parte do Mundo estejamos, pois
iremos sempre conseguir aproveitar a
grande e única festa que é o Carnaval.

Adelina Gusan, 11.ºC

Fotografia de JMTS
Caretos de Podence
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