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INDIRETOS
RESUMO
O indébito tributário corresponde a todo valor recolhido indevidamente aos cofres
públicos, seja por erro de cálculo ou por invalidade do diploma legal que institui o
tributo. Todavia, nos chamados tributos indiretos, nos quais o encargo é transferido
para um terceiro que fará o pagamento do tributo, existe um óbice à obtenção da
restituição: o contribuinte de direito deve obter do contribuinte de fato uma
autorização expressa para a repetição do indébito ou então demonstrar que não
transferiu a este o encargo. O trabalho objetiva discorrer acerca de tais assuntos de
forma a melhor compreender os fundamentos de tais impedimentos. Foram
pesquisados livros, periódicos e sites especializados na Internet. Concluiu-se que,
embora pareça injusto aos olhos do empresário, os requisitos para a repetição de
indébito dos tributos indiretos estão previstos em lei e vêm sendo avalizadas pelo
Poder Judiciário há décadas. Mesmo a declaração de inconstitucionalidade de
determinada norma tributária poderá ser mitigada mediante a modulação dos efeitos
do acórdão que o reconhecer.
ABSTRACT
The paid undue taxes, either by miscalculation or invalidity of the tax law, must be
refunded by Government. However, in so-called indirect taxes, in which the charge is
transferred to a third party who will pay the tax, there is an obstacle to obtaining the
refund, because the taxpayer must obtain from the taxpayer in fact an express
authorization to be refunded, or demonstrate that did not transfer the burden. This
paper aims to discuss about such issues in order to better understand the
fundamentals of such impediments. We searched books, journals and specialized
sites on the Internet. It was concluded that while it seems unfair in the eyes of the
entrepreneur, the requirements for the refund of overpayment of indirect taxes are
prescribed by law and have been endorsed by the judiciary for decades. Even the
effects of a declaration of unconstitutionality of a particular tax rule can be mitigated
by modulating the effects of the ruling recognized.
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................4
CONCLUSÃO......................................................................................................................................16
REFERÊNCIAS...................................................................................................................................18
4
INTRODUÇÃO
Ainda na lição de Rosa Jr (2009, p. 67) não existe lei que determine a
repercussão ou não do tributo, mas é pela observação de tais critérios que o tributo
indireto é identificado. O que mais nos interessa para fins do presente trabalho é o
critério da repercussão ou translação dos tributos. No que diz respeito à repercussão
econômica,
(...)
(...)
Extinto o crédito tributário, por força do art. 168, CTN, são contados
outros cinco anos, ocorrendo a decadência do direito à restituição somente em 2010,
ou seja, 10 anos depois do pagamento do tributo.
A chamada “tese dos cinco mais cinco” vigorou até o ano de 2005,
quando a Lei Complementar nº. 118/2005 inseriu a seguinte norma interpretativa no
ordenamento jurídico nacional:
Ou seja, o Art. 3º. Da Lei Complementar 118 veio para dizer que, para
fins de contagem de prazo para a repetição do indébito tributário, o crédito tributário
se extinguiria na ocasião do pagamento antecipado, de forma que, a partir de 2005,
o prazo para repetir tributos pagos indevidamente passou a ser de apenas 5 (cinco)
anos.
A lei prevê que a chamada modulação dos efeitos da decisão deve ser
aplicada apenas por razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse
social. Todavia, a suprema corte tem adotado a modulação de efeitos como uma
forma de inibir a repetição de tributos que, em verdade, deveriam ser restituídos aos
contribuintes.
CONCLUSÃO
Sob esta ótica, observa-se que todos os tributos fazem parte do preço
pago pelo consumidor, visto que todos os custos devem ser inseridos em sua
formação. Todavia, no caso dos tributos incidentes sobre o faturamento, existe a
obrigatoriedade de se comprovar a concordância do adquirente do serviço ou da
mercadoria em que o fornecedor obtenha a repetição do indébito tributário.
Pode-se dizer que é o consumidor final quem arca com todos os custos
incidentes sobre a produção ou a prestação do serviço; se assim não fosse, o
fornecedor estaria preparando, pouco a pouco, sua própria ruína. Todavia, no fim
das contas, é o próprio fornecedor quem arca com todos os tributos incidentes sobre
sua atividade, repassando-os aos preços praticados no mercado, de modo que não
é justo que se condicione a repetição dos tributos sujeitos à repercussão econômica
a quaisquer exigências.
REFERÊNCIAS
ROSA JUNIOR, Luiz Emygdio F. da. Manual de Direito Tributário. – Rio de Janeiro :
Renovar, 2009.
_____________. Direito Tributário. 10. ed. – São Paulo : Premier Máxima, 2009
(Coleção elementos do direito).
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2011
TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Declaro, para todos os fins de direito e que se fizerem necessários, que isento
completamente a Universidade Anhanguera-Uniderp, a Rede de Ensino Luiz
Flávio Gomes, e os professores indicados para compor o ato de defesa
presencial de toda e qualquer responsabilidade pelo conteúdo e idéias expressas
no artigo científico.