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MOVIMENTOS OPERÁRIOS
Outra forma de reivindicação operária que não surtiu tanto efeito foi a tentativa
de alcançar melhores condições de trabalho solicitando-as ao governo. Geralmente o
poder público não atendia a essas reivindicações, pois o próprio governo era dono de
indústrias.
FORTALECIMENTO DA BURGUESIA
Quando o rei Luís XVI (1754 – 93) subiu ao trono na década de 1770, o Estado
francês já se deparava com uma crise financeira em grande parte ocasionada pela
desigualdade na cobrança de impostos, situação que só se agravou com a participação
de França na Guerra de Independência Americana. Após o clero e a nobreza vetarem as
primeiras tentativas de reforma tributária, o rei foi obrigado a convocar os Estados
Gerais. Nesta ocasião, o terceiro estado viu sua chance de debater problemas políticos e
separam-se do resto da reunião, declarando-se em Assembleia Nacional Constituinte.
Era o início da série de eventos que levaria ao fim da monarquia em França, à execução
do rei Luís XVI e da impopular rainha Maria Antonieta e da subida da classe burguesa
ao poder político, de onde nunca mais sairia em caráter definitivo – alterando
profundamente, assim, o caráter da política europeia.
O MOVIMENTO SUFRAGISTA
O movimento sufragista foi um amplo movimento ocorrido em vários países
democráticos do mundo, entre o fim do século XIX e o início do século XX, para
organizar a luta das mulheres pelo direito ao sufrágio (voto). O sufrágio feminino foi
negado no início das eras democráticas, em razão de uma organização sexista da
política, que mantinha o domínio político nas mãos dos homens e excluía as mulheres
com base na prerrogativa preconceituosa de que as mulheres eram incapazes de atuar no
meio político.
O movimento sufragista também representou a primeira onda do feminismo,
luta histórica pela igualdade de gênero, que buscava, em sua primeira fase, garantir às
mulheres o direito ao voto.
A Europa viu florescer as suas primeiras democracias já nos séculos XVII
(Inglaterra) e XVIII (França). Os Estados Unidos também era um país democrático
desde a sua independência. Nesses países, o absolutismo (no caso da França e da
Inglaterra) e o colonialismo (no caso dos Estados Unidos) deram seus lugares
aos sistemas parlamentar e republicano de organização política. Nesses sistemas
democráticos, o corpo político é eleito por um corpo de cidadãos. Os candidatos eleitos
para ocupar os cargos políticos devem representar a população no governo.
Os ideais iluministas de pensadores como John Locke, Jean-Jacques Rousseau,
Alexis de Tocqueville, Charles de Montesquieu e Voltaire forneceram bases intelectuais
para a onda democrática que começava a crescer no mundo ocidental a partir do século
XVIII. No entanto, apesar da aparente democracia, vários grupos minoritários (não em
volume, mas por serem minorias sociais – aquelas que não têm amplo acesso aos seus
direitos) ficaram de fora da possibilidade de sufrágio. Entre esses grupos, estavam as
mulheres e os analfabetos. Foi em meio a essa injustiça que algumas mulheres
começaram a se rebelar e reivindicar o seu direito ao voto.
O movimento sufragista representou também a primeira onda do feminismo.
As mulheres que haviam estudado – em geral, filhas da classe burguesa – estavam
reivindicando os direitos femininos à educação, ao trabalho em suas áreas de formação
(vale lembrar que as mulheres pobres já trabalhavam nas indústrias e nas manufaturas
há pelo menos 200 anos), ao divórcio e à participação política. O movimento sufragista
foi o ápice dessa luta e, por isso, marcou a história do feminismo como o primeiro
grande movimento pela luta contra o sexismo e a favor da igualdade de gênero.
MOVIMENTO SUFRAGISTA NA FRANÇA