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Índice

Introdução...................................................................................................................................2

Objectivos Específicos................................................................................................................2

Estrutura do trabalho...................................................................................................................3

Metodologia................................................................................................................................3

1. Referencial Teórico.............................................................................................................4

2. Estratégias de gestão sustentável dos resíduos sólidos domiciliares...................................4

2.1. Conceitos Básicos............................................................................................................4

2.1.1. Resíduos Sólidos Urbanos............................................................................................4

3. Classificação dos resíduos Sólidos......................................................................................5

4. Panorama dos resíduos sólidos urbanos (RSU) no mundo..................................................6

5. Gestão de Resíduos Sólidos.................................................................................................6

5.1. A gestão integrada de resíduos sólidos............................................................................7

6. Importância da gestão de Resíduos sólidos.........................................................................8

7. Enquadramento legislativo da gestão de resíduos sólidos urbanos em Moçambique.........8

8. Estratégias hierárquicas de gestão de resíduos sólidos urbanos..........................................9

8.1. Estratégias de gestão de resíduos sólidos urbanos.........................................................10

8.1.1. Contributo das estratégias de GRS como ferramenta da Educação Ambiental.........10

Referencias Bibliográficas........................................................................................................13

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Introdução

A geração de resíduos sólidos urbanos é um problema global ocasionado pelas mudanças nos
padrões de consumo, a forma de gerenciamento dos resíduos sólidos domiciliares na área. O
desenvolvimento industrial e os avanços tecnológicos provocaram alterações na quantidade e
composição desses resíduos, exigindo das administrações públicas melhorias e eficiência na
prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, na busca de soluções
integradas. (Tavares,2014,p. 13)
O decreto aprovado, a 15 de Julho de 2006, n.º 13/2006, Regulamento sobre a Gestão de
Resíduos. Institui a regulamentação sobre a gestão de resíduos sólidos em nível nacional,
dispondo sobre seus princípios, objectivos e instrumentos, bem como sobre as directrizes
relativas à gestão integrada, ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às
responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos económicos
aplicáveis. Estão sujeitas, à observância desta lei, as pessoas físicas, ou jurídicas, de direito
público ou privado, responsáveis, directa ou indirectamente, pela geração de resíduos sólidos
e as que desenvolvam acções relacionadas à gestão integrada, ou ao gerenciamento de
resíduos sólidos.
O presente trabalho de carácter avaliativo que versa sobre o tema: Estratégias de gestão
sustentável dos resíduos sólidos domiciliares urbanos, que tem como objectivo principal de
elucidar ao leitor sobre a temática da gestão de resíduos sólidos urbanos, evidenciando suas
estratégias de como mitigar essa problemática que são os resíduos sólidos, visto que são
materiais, substâncias, objectos ou bem descartado resultante de actividades humanas em
sociedade

Objectivo Geral

 O objectivo deste trabalho é compreender as Estratégias de gestão sustentável dos


resíduos sólidos domiciliares urbanos.

Objectivos Específicos

 Fundamentar bibliograficamente os conceitos de resíduos sólidos em suas diferentes


esferas.
 Classificar os tipos de resíduos quanto a sua origem, e perigosidade;
 Identificar as estratégias da gestão de resíduos domiciliares urbanos;
 Descrever a importância da gestão de resíduos sólidos urbanos.

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Estrutura do trabalho

O trabalho apresenta uma estrutura dividida em três partes, conforme demostrado no seu
desenvolvimento.

A primeira parte apresenta a proposta do trabalho a ser desenvolvido, relatando a


contextualização do tema na Introdução, os objectivos esperados e o escopo da metodologia
da elaboração do trabalho. Já a segunda parte aborda a arte sobre o tema, apresentando o
referencial teórico para o desenvolvimento do trabalho. Será abordado o conceito de resíduos
sólidos, evidenciando a sua classificação e tipologia, descrevendo sua importância das
estratégias usadas para gestão de resíduos sólidos domiciliares urbanos. E por fim a terceira
parte que é composto pela conclusão e referencial bibliográfico.

Metodologia

Este trabalho tem como objectivo principal compreender sobre as estratégias de gestão
sustentável dos resíduos sólidos domiciliares urbanos, e para que fosse possível sua
realização, optou-se na consulta de referências bibliográficas, artigos, plataformas virtuais,
tudo ajudado no desenvolvimento do trabalho.

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1. Referencial Teórico
2. Estratégias de gestão sustentável dos resíduos sólidos domiciliares
2.1. Conceitos Básicos
2.1.1. Resíduos Sólidos Urbanos

Segundo Monteiro (2001), resíduo sólido urbano é todo material sólido ou semi-sólido
inadequado que carece de uma remoção por ser inútil por quem o liberta, em qualquer
recipiente destinado a este acto.

Para Magodo e Mucipo (2019), “distingue-se a sua relatividade sobre o conceito e as


características, uma vez que os mesmos não apresentam valor algum para quem os descarta
em contraste para quem o considera matéria-prima para um novo produto ou processoˮ. (p.9)

Em Moçambique, o decreto-lei n.º 13 /2006 de 15 de Junho que aprova o Regulamento sobre


Gestão de Resíduos Sólidos, define resíduos sólidos da seguinte forma: resíduos são
substâncias ou objectos que se eliminam ou que se tem a intenção de eliminar ou ainda que se
é obrigado por lei a eliminar, também designados por lixo.

De acordo com Majeia (2018),

“resíduos sólidos são substâncias, produtos ou objectos, que


ficaram incapazes de utilização para os fins para que foram
produzidos, ou são restos de um processo de produção,
transformação ou utilização e em ambos os casos, pressupõem
que o detentor se tenha de desfazer deles e a sua proveniência
é muito variada pois está associada a toda a actividade
Humana” (p. 24).

Segundo Barros (2003), resíduos sólidos são definidos como os resíduos nos estados sólido e
semi-sólido, que resultam de actividades da comunidade de origem: industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de variação. Com base nos autores acima
citados, os resíduos sólidos consiste em todos e quaisquer restos sólidos ou semi-sólidos
provenientes de actividades geradas pelos seres humanos, sendo caracterizadas por:
Actividadesdomesticas,hospitalares,comerciasi,industriais,agrícolas,serviços de limpeza
pública (variação de estradas),e estes mesmo que não tenha utilidade para os seus geradores
primordiais, os mesmos podem ser transformados (reciclagem) e gerar um outro produto que
possa ser utilizado.

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3. Classificação dos resíduos Sólidos

Segundo Oliveira (2017), os resíduos sólidos se classificam quanto a sua origem e


perigosidade.

Em relação a sua origem, apresenta-se da seguinte maneira: Resíduos domiciliares:


originários de actividades domésticas em residências urbanas, Resíduos de limpeza urbana:
originários da variação, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza
urbana, Resíduos sólidos urbanos: englobados nas alíneas “a” e “b”; Resíduos de
estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: gerados nessas actividades,
exceptuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”; Resíduos dos serviços públicos
de saneamento básico: gerados nessas actividades, exceptuados os referidos na alínea “c”;
Resíduos industriais: gerados nos processos produtivos e instalações industriais; Resíduos
de serviços de saúde: gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento, ou
em normas estabelecidas pelos órgãos competentes; Resíduos da construção civil: gerados
nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construções civis, inclusive
resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; Resíduos agros
silvopastoris: gerados nas actividades agro-pecuárias e silviculturas, incluídos os
relacionados a insumos utilizados nessas actividades; Resíduos de serviços de transportes:
originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e
passagens de fronteira; Resíduos de mineração: gerados na actividade de pesquisa,
extracção ou beneficamente de minérios.

3.1. Classificação quanto a Perigosidade


Classe Tipo Classificação
Resíduos Perigosos Inflamáveis, corrosivo, reactivo, tóxico e patogénico.
Classe I
Resíduos Não Restos de alimentos, sucatas, papel, papelão, borracha, etc
Classe II perigosos
Resíduos Não Inertes Biodegradabilidade, Combustibilidade, Solubilidade em Água.
Classe II A
Resíduos Inertes Salubridade, Chumbo, Ferro, Cloreto, Mercúrio, prata, cada um
Classe II B desses componentes devem ter um limite para sua composição
na água destilada ou desionizada.
Fonte: ABNT(2004) aput Oliveira(2017)

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De acordo com a SEBRAE/MS (2012), resíduos sólidos urbanos são orgânicos de
estabelecimentos comerciais, domicílios e da limpeza urbana (variação de logradouros e vias
publicas e outro serviços públicos de limpeza).Podem ser divididos pela composição química
em:

 Resíduos Orgânicos: compostos por alimentos e outros materiais que se decompõem


na natureza, tais como cascas e bagaços de frutas, verduras, material de podas de
jardins, entre outros.
 Resíduos Inorgânicos: compostos por produtos manufacturados, tais como plásticos,
ortigas, espumas, metais e tecidos.
 Resíduos Sólidos Industrias: são os gerados nos processos produtivos e instalações
industriais. Podem ser descartados em estado sólido ou semi-sólido, com lados e
alguns líquidos contaminantes que não podem ser lançados na rede pública de esgotos
ou corpo de água.
 Resíduos Especiais: os riscos que representam para meio ambiente e saúde publica
são outra forma da classificação dos resíduos considerados especiais.
4. Panorama dos resíduos sólidos urbanos (RSU) no mundo

De acordo com o Banco Mundial (2012), aput Oliveira (2017), o total mundial de resíduos
sólidos produzidos pela população urbana é de, aproximadamente, 1,3 bilhões de toneladas
por ano, ou 1,2 kg por dia para cada habitante. Cerca da metade são produzidos nos países da
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), que inclui 34
países. As previsões para 2025 é que o valor total cresça param 2,2 bilhões de toneladas.
Considerando esse crescimento, destaca-se a China com previsão de triplicar a quantidade
actual, de 520 milhões de toneladas, para 1,4 bilhões na sua produção anual de resíduos. Os
Estados Unidos da América encontram-se em primeiro lugar na categoria de geração Per
capital de resíduos sólidos urbanos, superando 2,5 kg por habitante ao dia. A Itália produz
cerca de 89.000 toneladas de resíduos por dia, 2,23 kg Per capital (considerando apenas a
população urbana, cerca de 40 milhões de pessoas), com a previsão de uma redução (86.500
toneladas) em 2025.

5. Gestão de Resíduos Sólidos

A gestão de resíduos sólidos é definida por Russo (2003), como uma disciplina associada ao
controlo, produção, armazenamento, recolha, transferência e transporte, processamento,
tratamento e destino final dos resíduos sólidos, de acordo com os melhores princípios de
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preservação da saúde pública, economia, conservação dos recursos, estética e outros
princípios ambientais.

Na visão do Micoa (2006) Aput Majeia (2018), a gestão de resíduos sólidos é a maneira de
conceber, implantar e administrar sistemas de limpeza pública, considerando uma ampla
participação dos munícipes. Ainda o Micoa (2012), apresenta uma outra definição na qual a
gestão de resíduos sólidos é vista como todos os procedimentos viáveis com vista a assegurar
uma gestão ambientalmente segura, sustentável e racional dos resíduos, tendo em conta a
necessidade de sua redução, reciclagem e reutilização, incluindo a separação, recolha,
manuseamento, transporte, armazenamento e eliminação de resíduos bem como a posterior
protecção dos locais de eliminação, de forma a proteger a saúde humana e o ambiente contra
os efeitos nocivos que possam advir dos mesmos.

5.1. A gestão integrada de resíduos sólidos

De acordo com Martinho e Gonçalves (2000) Aput. Magodo e Mucipo (2019), um sistema
integrado de gestão de resíduos sólidos urbanos traduz-se pelo conjunto de operações de
acondicionamento e transporte de resíduos e pelas soluções de tratamento, valorização e
destino final (integra um conjunto de tecnologias disponíveis) que responde aos objectivos
gerais e sectoriais de uma região.

Pode ser entendida como sendo uma síntese do envolvimento de diferentes órgãos da
administração pública e da sociedade civil com o propósito de realizar a limpeza urbana,
desde a colecta selectiva, tratamento até a deposição final do mesmo.
A sustentabilidade da gestão dos resíduos sólidos, por uma visão abrangente, é a
representação do pensamento para as acções de sustentar, conservar, proteger e manter um
equilíbrio. Consistem em execuções e práticas fundamentadas no tripé composto pelas
dimensões económica, social e ambiental, e tem por finalidade alcançar com efectividade os
resultados nessas três áreas. Trata-se de um comportamento que cada vez mais tem sido
valorizado pela sociedade em geral (Schalch,2019, p.20 )

De acordo com Chiavenato (2011) Aput Schalch (2019), a gestãopura e simplesmente em sua
abrangência, consiste em ser um processo complexo, que requer a integração, articulação e
visão ampla e sistémica, principalmente, pela divisão, diferenciação e fragmentação das
actividades. Demanda consistência e flexibilidade, reflexão e acção, espírito analítico e
sintético, ter uma percepção do todo e para as partes de modo simultâneo. É preciso ter uma
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noção geral e um conhecimento da situação bem como a percepção para os resultados e
reflexos.

6. Importância da gestão de Resíduos sólidos

Segundo Zuben (1998), a gestão de resíduos sólidosé muito importante devendo ser
estabelecida no processo de educação ambiental, e requer que sejam traçadas estratégias para
diminuir os resíduos de modo a incentivar as pessoas a ter hábitos de separação dos mesmos
por meio da colecta selectiva. A separação dos resíduos é imprescindível para a aplicação de
estratégias de gestão de resíduos sólidos pois nos levam a diminuição dos resíduos nos solos,
sendo que as técnicas de controlo de resíduos mais comuns são a reciclagem e a compostagem
que são conhecidas como ferramentas de educação ambiental por ajudarem na
consciencialização das pessoas sobre a importância da separação dos resíduos, e por terem o
poder de evitar que muitos materiais sejam encaminhados para incineração (com posteriores
emissões de gases para a atmosfera) ou para aterros sanitários para que possa funcionar, a
interacção inquilinos e Educação Ambiental na gestão de resíduos sólidos, juntamente com o
incentivo didáctico, pode se adoptar estratégias para gestão de resíduo sólido tornando a ideia
mais prática e interessante se haver uma junção de reutilização de materiais, criando objectos
com material.

Para todo e qualquer processo, a gestão é de fundamental importância para seu


desempenho, aperfeiçoamento e alcance dos resultados programados. Com os resíduos sólidos
urbanos não é diferente, pois a gestão tem sua relevância sob variados aspectos, que
contemplam a dimensão económica, uma vez que no planeamento da venda de bens e
serviços, os calculadores não envolvem os custos sociais da produção de resíduos. Desta
forma, gastam mais materiais, energia, recursos bióticos e trabalho do que seria preciso se os
impactos do lixo sobre a vida social participassem da composição dos custos dos produtos que
são oferecidos (Braga e Henkes, 2017, p.610).

7. Enquadramento legislativo da gestão de resíduos sólidos urbanos em Moçambique

Nesta secção é apresentada a legislação moçambicana aplicável a resíduos sólidos urbanos


desde os comandos institucionais, regulamentos e posturas municipais. Um maior destaque é
dado ao Decreto n.º 13/2006, de 15 de Junho de 2006, Regulamento sobre Gestão de Resíduos
Sólidos, por ser o instrumento que aborda com mais detalhe o tema dos resíduos sólidos.
Entretanto, há outros instrumentos legais e normativos que guardam relações com o tema
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resíduo sólido, os quais, em conjunto, vêm preenchendo a lacuna causada pela inexistência de
uma política mais abrangente de resíduos sólidos urbanos.

Destacam-se: Lei n.º 2/97, de 18 de Fevereiro de 1997, Lei das Autarquias Locais; Lei n.º
11/97, de 31 de Maio de 1997, Lei das Finanças e Património das
autarquias locais; Decreto n.º 8/2003, de 18 de Fevereiro de 2003, Regulamento sobre a
Gestão de Lixos Biomédicos; Decreto n.º 45/2004, Regulamento sobre o Processo de
Avaliação de Impacto Ambiental; Decreto n.º 11/2006, de 15 de Junho de 2006,
Regulamento sobre Inspecção Ambiental;

Ambiental; Decreto n.º 13 /2006, de 15 de Junho de 2006, Regulamento sobre a Gestão


de Resíduos Sólidos; Resolução n.º 86/AM/2008, de 22 de Maio de 2006, Postura de Limpeza
de Resíduos Sólidos Urbanos no Município de Maputo e Plano Director da Gestão de
Resíduos Sólidos do Município de Maputo.

8. Estratégias hierárquicas de gestão de resíduos sólidos urbanos

De acordo com Cerqueira et al (1992) apud Magodo e Mucipo, (2019), a hierarquia de


resíduos refere-se aos "3 Rs2", que classificam as estratégias de gestão de resíduos de acordo
com sua conveniência, em termos de minimização de modo a promover uma gestão
ambientalmente sustentável dos resíduos sólidos, tendo em conta as seguintes etapas:
Fomento do planeamento integrado, abarcando as relações entre questões ambientais,
urbanísticas, tecnológicas, políticas, sociais e económicas; Definição clara das directrizes,
arranjos institucionais e recursos a serem aplicados, explicitando e sistematizando a
articulação entre instrumentos legais e financeiros; Promoção da realização periódica, em
nível nacional, de inventários de resíduos sólidos, que contemplem um diagnóstico sobre os
tipos e volumes de resíduos gerados; quais as fontes geradoras; que destinação está sendo
dada a eles; como e por quem são transportados; Promoção da minimização de resíduos, que
deve estar alicerçada por uma política ambiental calcada na protecção aos recursos naturais,
na prevenção aos riscos à saúde pública; um embasamento legal que trate dos diversos
aspectos regulatórios e incentivos económicos; desenvolvimento de alternativas tecnológicas,
que possibilitem alterações nos processos indústria que resultem na redução da geração de
resíduos e a produção de materiais mais adequados; Incorporação do princípio do poluidor-
pagador, ao qual são imputados os custos da luta contra a poluição, incentivando a redução da
poluição e a procura de tecnologias e produtos menos poluentes, permitindo uma utilização

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mais racional dos recursos do ambiente; Disciplinar a população com relação à produção de
lixo doméstico, visando a minimização, reutilização e reciclagem, através das seguintes
medidas: Criação de uma taxa mais condizente com a realidade actual, onde o valor a ser
cobrado para cada munícipe fosse directamente proporcional ao volume de lixo produzido.
Esta medida permitiria alimentar um orçamento mais realista, que daria sustentabilidade
económica aos municípios, para o desempenho perfeito de seus papéis na colecta e destinação
adequada dos resíduos sólidos urbanos. Incentivar à redução do consumo de produtos
descartáveis, não recicláveis e com excesso de embalagens. Esse incentivo deveria ser
monetário, cada vez que o consumidor adquirisse um produto dentro dos padrões
recomendados por uma legislação pertinente promoção de descontos na taxação proposta
anteriormente, quando o cidadão realizasse uma correcta separação dos resíduos, o que viria a
facilitar a triagem, e a diminuir os custos deste tipo de colecta. Promoção da educação
ambiental de forma continuada, com ênfase no estímulo à prevenção (reduzir a produção de
resíduos), à reutilização e à reciclagem; Divulgação dos aspectos positivos da reciclagem de
resíduos. Recuperação do meio ambiente degradado, antes que se transforme em processo
irreversível, em especial no que diz respeito à poluição do solo e das águas, como resultado
do inadequado tratamento dos resíduos.

8.1. Estratégias de gestão de resíduos sólidos urbanos

Estratégias sustentáveis de resíduos sólidos urbanos são combinações de


diferentes procedimentos a ter em conta no processo de tratamento dos resíduos sólidos
urbanos através de princípios de gestão integrada dos mesmos.

Segundo Russo (2003) Aput Majeia (2018),diz que as estratégias de gestão de resíduos
sólidos associadas a educação ambiental são: redução, reutilização e reciclagem;
compostagem; incineração; programas de educação ambiental e programas de participação
comunitária, redução, reutilização e reciclagem de resíduos (3 R’s) A redução é a introdução
de novas tecnologias na exploração, transporte e armazenamento das matérias-primas para
reduzir ou se possível, eliminar o desperdício dos recursos naturais, retirados da natureza. A
reutilização é a reintrodução no processo produtivo, de produtos não mais utilizáveis.

8.1.1. Contributo das estratégias de GRS como ferramenta da Educação Ambiental

Os resíduos sólidos constituem um dos grandes problemas da actualidade, pois devido a


urbanização, o crescimento populacional e o consumo exacerbado, traz como consequência
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um acréscimo e diversificação no processo de geração dos mesmos, que muitas vezes são
dispostos de maneira completamente inadequada e irregular ocasionando uma intensa
degradação do ambiente.

Cavalcante, et al,( 2016), esses autores afirmam ainda que a problemática dos RS faz parte de
um contexto económico, político, social e ecológico, cuja complexidade envolve uma ampla
rede de inter-relações que demandam abordagens abrangentes sobre vários aspectos. Nesse
contexto, as acções de educação ambiental são extremamente importantes na medida que
possibilitam conhecimentos, aptidões e promovem atitudes necessárias para reverter o quadro
de degradação ambiental ocasionada pelo excesso de resíduo sólido no ambiente.
Umas das estratégias usadas para a gestão dos resíduos sólidos é a educação ambiental,
através de instrumentos e métodos é possível relacionar educação ambiental com o tema
resíduos sólidos e traz tipologias relacionados a educação ambiental:

a) Tipo 1 - informações orientadoras e objectivas é a participação da população em


programas e acções ligados ao tema resíduos sólidos;

b) Tipo 2 -sensibilização/mobilização das comunidades directamente envolvidas onde serão


tratados as causa e consequências na dificuldade do tratamento e destinação final dos
resíduos, incentiva-se a colecta selectiva e a diminuição dos resíduos.

c) Tipo 3 - informação, sensibilização para o tema resíduos sólidos desenvolvidos em


ambiente escolar neste caso usando o tema principal para chamar atenção da comunidade
escolar para as questões ambientais utilizando de materiais pedagógicos e didácticos
especifico para esse tema.

d) Tipo 4 - campanhas e acções pontuais de mobilização propõe promover mudanças em


hábitos e atitudes para implantação de novos princípios para que todos alcancem os objectivos
através de um trabalho educativo para beneficamente da própria população

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Conclusão

Após a pesquisa em torno da abordagem, relativamente a estratégias de gestão sustentável dos


resíduos sólidos domiciliares urbanos , conclui-se que a gestão dos resíduos sólidos
domiciliares urbanos é uma das área que carece maior preocupação da sociedade,
principalmente em nosso pais, pois é uma das áreas que origina a maior propagação de
doenças relacionadas pela falta de implementação de estratégias sustentáveis que mitigam
esses resíduos, e durante desenvolvimento do trabalho pôde-se notar que falar de gestão de
resíduos sólidos esta relacionado com a educação ambiental, ou seja a saúde ambiental , por
ser um dos principais elementos que originam o mau estar do meio ambiente, e pela sua falta
de implementação dessas estratégias de as salvaguardar , é a razão de vários surtos de
doenças, pelo não tratamento devido, e não só como também para a preservação do meio
ambiente o tratamento dos resíduos sólidos deve ser considerado como uma questão de toda a
sociedade e não um problema individual. E algumas estratégias ou seja técnicas utilizadas de
tratamento ou beneficamente dos resíduos têm sido muito importantes na busca de soluções
para esse problema. Como exemplos de métodos utilizados, tem-se a reciclagem e a
compostagem dos resíduos, uma vez que segundo Bley Jr. (2001) apud Junkes (2002), os
resíduos sólidos domiciliares são compostos por uma fracção orgânica significativa, em média
50% do peso total, cerca de 35% por resíduos industrialmente recicláveis e o restante cerca de
15% é efectivamente rejeitado, devendo ser descartado em aterros licenciado.

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Referencias Bibliográficas

1. Barros, R.T.V. (2003). Manual de saneamento e protecção ambiental para os munícipes.


Belo horizonte: escola de engenharia da UFMG.
2. Braga, E. R. G. & Henkes, S. J. A. (2017).A gestão de resíduos sólidos urbanos: um
estudo de caso no município de Guaratinguetá. Revista Gestão & Sustentabilidade
Ambiental, Florianópolis, v. 6, n. 1.
3. Cerqueira, F. (1992). Formação de recursos humanos para a gestão ambiental. Rio de
Janeiro: revista de administração pública.
4. Majeia, E.B.(2018).analise das estratégias de gestão de resíduos sólidos como uma
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Eduardo Mondlane .Maputo-Moçambique disponível em
http://monografias.uem.mz/bitstream/123456789/936/1/2018%20-%20majeia%2c%20eug
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5. Micoa (2012). Manual sobre as boas práticas de gestão de resíduos sólidos urbanos
emMoçambique. Maputo.
6. Moçambique. Conselho de ministros. Decreto n.º 13/2006, de 15 de Junho. Aprova o
regulamento sobre gestão de resíduos sólidos. Boletim da repúblican.º 24, Maputo, 15
Junho de 2006.
7. Monteiro, J. et al.(2001). Manual de gerenciamento integrado de resíduos sólidos. Rio de
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8. Mucipo,D.& Magodo,Z .(2019).Estratégias sustentáveis de gestão integrada dos resíduos
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http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistainiciacao/wp-
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9. Oliveira,J.S.(2017).Análise corporativa da gestão de resíduos sólidos em municipios de
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https://www.google.com/search?q=gestao+sustentavel+dos+res
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10. Sato et al(2015).Gestão dos solidos:um estudo das estratégias politicas publicas para o
desenvolvimento local sustentável do município de pimenta bueno/ro.disponivel em
http://www.abepro.org.br/biblioteca/tn_sto_214_269_27809.pdf.

13
11. Schalch et al.(2019).A gestão de resíduos urbanos como estratégia de
sustentabilidade.vol 40, n°3.revista espacios.disponivel em
http://www.revistaespacios.com/a19v40n03/a19v40n03p09.pdf.
12. Zuben, F.V. (1998). Meio ambiente, cidadania e educação. Rio de Janeiro: departamento
de multimeios. Unicamp. Tetra pak ltda.

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