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Conceitos Básicos ....................................................................................................................... 7
DIFERENÇA ENTRE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ................................................................ 7
Urgência ...................................................................................................................................... 7
Emergência.................................................................................................................................. 8
PRONTO SOCORRO ..................................................................................................................... 8
SALA DE URGÊNCIA .................................................................................................................. 8
RECURSOS .................................................................................................................................... 9
FINALIDADE DE UMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA ........................................................... 9
ESTRUTURA DE UMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA ............................................................ 9
Estrutura Física ......................................................................................................................... 10
AS RELAÇÕES COM AS DEMAIS UNIDADES FUNCIONAIS ............................................. 11
PAPEL PROFISSIONAL DA EQUIPE DE SAÚDE, NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA ...... 12
ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA........................... 13
CONCEITOS BÁSICOS DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ............................................... 14
ETIOLOGIA DO TRAUMA ........................................................................................................ 15
O TRAUMA E TODO O SEU ENVOLVIMENTO ................................................................ 15
ESTUDO DAS CAUSAS DO TRAUMA .................................................................................... 15
TRAUMA POR ENERGIA MECÂNICA ................................................................................ 16
EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA .............................................................................................. 17
PROCESSOS QUE DÃO ORIGEM ÀS LESÕES TRAUMÁTICAS ......................................... 17
ABCD DO TRAUMA .............................................................................................................. 18
ESCALA DE COMA DE GLASGOW (ECG) ............................................................................. 18
Sinais Vitais e Escala de Coma ................................................................................................. 18
ESCALA DE TRAUMA .............................................................................................................. 19
Interpretação do Resultado............................................................................................................ 20
FRATURAS – LUXAÇÕES – ENTORSES ................................................................................ 20
FRATURAS .................................................................................................................................. 20
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA HOSPITALIZAÇÃO................................................ 21
LUXAÇÕES ................................................................................................................................. 22
SINAIS E SINTOMAS ................................................................................................................. 22
ENTORSES .................................................................................................................................. 23
TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO .............................................................................................. 23
Situações de Suspeita ................................................................................................................ 25
Sinais e Sintomas ...................................................................................................................... 25
Assistência de enfermagem na hospitalização .......................................................................... 25
TRAUMA DE FACE .................................................................................................................... 26
Distribuição por faixa etária do trauma de face ........................................................................ 26
Assistência de enfermagem na hospitalização .......................................................................... 26
MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .............................. 27
Medicamentos mais utilizados em situações de emergências: .................................................. 27
Para diluição:................................................................................................................................. 27
Ação: ......................................................................................................................................... 27
Indicação: .................................................................................................................................. 28
SOROS .......................................................................................................................................... 34
ABORDAGEM AO PACIENTE EM COMA .............................................................................. 34
Causas de alteração no nível de consciência ................................................................................. 35
Atendimento hospitalar ................................................................................................................. 35
Abordagem inicial ......................................................................................................................... 36
Trauma craniano recente, mesmo leve .......................................................................................... 36
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Exames complementares ........................................................................................................... 36
QUEIMADURAS ......................................................................................................................... 37
ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA DA PELE .......................................................................... 37
CLASSIFICAÇÃO ....................................................................................................................... 37
Quanto a Profundidade.............................................................................................................. 38
Lesão de Primeiro Grau ............................................................................................................ 38
Lesão de Segundo Grau ............................................................................................................ 38
Lesão de Terceiro Grau ............................................................................................................. 39
QUEIMADURAS QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS A UM CENTRO
ESPECIALIZADO DE QUEIMADOS ........................................................................................ 41
TRATAMENTO DAS QUEIMADURAS.................................................................................... 42
PRIMEIRO ATENDIMENTO DO PACIENTE QUEIMADO ................................................ 42
Exame básico (ATLS) ............................................................................................................... 42
Cuidados imediatos ................................................................................................................... 43
Cuidados iniciais ....................................................................................................................... 43
Cuidados locais ......................................................................................................................... 43
Reposição hidro-eletrolítica (Grande Queimado) ..................................................................... 44
Antibioticoterapia...................................................................................................................... 44
TRATAMENTO DA LESÃO DO PACIENTE QUEIMADO..................................................... 44
Queimadura de Primeiro Grau .................................................................................................. 44
Queimadura de Segundo Grau .................................................................................................. 44
Queimadura de Terceiro Grau................................................................................................... 45
Atendimento no Centro de Queimados ..................................................................................... 45
Assistência de enfermagem na hospitalização .......................................................................... 46
Observações .............................................................................................................................. 46
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS .............................................................................. 46
INTOXICAÇÕES POR GASES ................................................................................................... 49
INTOXICAÇÕES POR ÁCIDOS E ÁLCALIS FORTES ........................................................... 49
INTOXICAÇÕES POR METAIS ................................................................................................ 50
INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS ................................................................................... 50
INTOXICAÇÕES POR PLANTAS ............................................................................................. 52
COMO EVITAR ENVENENAMENTO? .................................................................................... 53
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) ........................................................................... 54
Etiologia .................................................................................................................................... 54
Clínica ....................................................................................................................................... 55
Tratamento ................................................................................................................................ 55
Sinais de PCR............................................................................................................................ 55
Material necessário: carro de parada contendo: ....................................................................... 56
C (Circulation) – Circulação ..................................................................................................... 56
A (Airways) – Vias aéreas ......................................................................................................... 57
B (Breath) – Respiração ............................................................................................................ 57
D (Desfibrillation) – Desfibrilação ........................................................................................... 57
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA ............................................................................................ 59
Sinais e sintomas mais freqüentemente observados: ................................................................ 60
Diagnóstico Laboratorial: ......................................................................................................... 61
Causas de defícit de ventilação: ................................................................................................ 61
INDICAÇÃO PARA INSTITUIÇÃO DA VIA AÉREA ARTIFICIAL ...................................... 61
INDICAÇÕES DE VENTILAÇÃO MECÂNICA PROFILÁTICA: ........................................... 62
DISTÚRBIOS METABÓLICOS .................................................................................................. 63
Etiologias .................................................................................................................................. 64
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Manifestações Clínicas ............................................................................................................. 65
Tratamento ................................................................................................................................ 66
Alcalose Metabólica .................................................................................................................. 67
Etiologias .................................................................................................................................. 67
Manifestações Clínicas ............................................................................................................. 68
Diagnóstico ............................................................................................................................... 69
Tratamento ................................................................................................................................ 69
ESTADO DE CHOQUE ............................................................................................................... 70
Classificação ............................................................................................................................. 70
TIPOS DE ESTADO DE CHOQUE: ........................................................................................... 70
Sinais e sintomas ....................................................................................................................... 70
COMO SE MANIFESTA: ............................................................................................................ 72
COMO PROCEDER:.................................................................................................................... 72
Ciclo do Estado de Choque ........................................................................................................... 72
HEMORRAGIAS ..................................................................................................................... 73
Procedimentos Básicos para PS em Hemorragias: ................................................................... 74
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS ................................................................................ 76
Hemorragia Classe I .................................................................................................................. 76
Hemorragia Classe II ................................................................................................................ 76
Hemorragia Classe IV ............................................................................................................... 77
FERIMENTOS.............................................................................................................................. 78
Classificação das feridas ........................................................................................................... 78
ATENÇÃO: .................................................................................................................................. 82
CHOQUE ELÉTRICO .................................................................................................................. 82
Termos e Conceitos ................................................................................................................... 83
Efeitos da Corrente Elétrica sobre o Organismo ....................................................................... 83
EXISTEM TRÊS FORMAS DISTINTAS DE OCORRER O CHOQUE ELÉTRICO. .............. 84
1. O que acontece ...................................................................................................................... 84
2. Primeiras providências .......................................................................................................... 85
3. O que fazer ............................................................................................................................ 85
Orientações para Socorrer a Vítima .......................................................................................... 88
SÍNCOPE OU DESMAIO ............................................................................................................ 88
O QUE É? ................................................................................................................................. 88
SÍNCOPE VASO-VAGAL ....................................................................................................... 89
O TILT TEST............................................................................................................................ 89
Pessoa normal ............................................................................................................................... 89
Pessoa com pré-disposição a sofrer síncope vaso-vagal ............................................................... 89
DESMAIO SITUACIONAL..................................................................................................... 90
HIPERSENSIBILIDADE DO SEIO CARÓTIDO ....................................................................... 90
DOENÇAS CARDÍACAS........................................................................................................ 90
TRATAMENTO ....................................................................................................................... 90
VERTIGEM .............................................................................................................................. 90
Causas ....................................................................................................................................... 91
Diagnóstico ............................................................................................................................... 92
Tratamento ................................................................................................................................ 93
Vertigem Postural Paroxística Benigna .................................................................................... 93
Causas comuns .......................................................................................................................... 94
Condição ambiental................................................................................................................... 94
Medicamentos ........................................................................................................................... 94
Problemas circulatórios ............................................................................................................. 94
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Anormalidades do ouvido ......................................................................................................... 94
Outras causas............................................................................................................................. 94
ANIMAIS PEÇONHENTOS ........................................................................................................ 95
Animais peçonhentos x animais venenosos .............................................................................. 95
ARTRÓPODES - ESCORPIÕES ............................................................................................. 95
Sintomatologia (efeitos no homem) .......................................................................................... 96
ARTRÓPODES – ARANHAS ................................................................................................. 96
ARTRÓPODES - LACRAIAS ................................................................................................. 97
Tipos de dentição: ..................................................................................................................... 98
Tipos de serpentes mais conhecidas: ........................................................................................ 98
Controle e prevenção ................................................................................................................ 99
ARTRÓPODES ............................................................................................................................ 99
SERPENTES............................................................................................................................... 100
Acidentes por taturanas ou lagartas ........................................................................................ 100
CONVULSÃO ............................................................................................................................ 101
Causas ..................................................................................................................................... 101
Sinais e Sintomas .................................................................................................................... 101
Tipos de convulsões ................................................................................................................ 102
Origem .................................................................................................................................... 103
Diagnóstico ............................................................................................................................. 104
Tratamento .............................................................................................................................. 104
Como atuar .............................................................................................................................. 105
OBSTETRÍCIA – Emergências Obstétricas ............................................................................... 106
Estruturas da Gravidez ............................................................................................................ 106
Situação e apresentação fetal: ................................................................................................. 107
Assistência ao Parto: ............................................................................................................... 107
DILATAÇÃO; ........................................................................................................................ 107
EXPULSÃO: ........................................................................................................................... 107
SECUNDAMENTO: .............................................................................................................. 108
PÓS-PARTO IMEDIATO: ..................................................................................................... 108
RISCOS E COMPLICAÇÕES: .............................................................................................. 108
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ........................................................................................... 109
ADULTO/ INFANTIL/ NEONATAL; ....................................................................................... 109
CILINDROS DE OXIGÊNIO (TRANSPORTE) ....................................................................... 110
CARRINHO DE EMERGÊNCIA .............................................................................................. 110
MEDICAÇÕES:...................................................................................................................... 110
MATERIAIS: .......................................................................................................................... 110
TÉCNICAS DE TRANSPORTE DE PACIENTE ..................................................................... 111
O transporte pode ser intra ou inter-hospitalar........................................................................ 112
FASE PREPARATÓRIA PARA O TRANSPORTE ................................................................. 113
Coordenação e Comunicação pré-transporte .......................................................................... 113
EQUIPE DE TRANSPORTE ..................................................................................................... 113
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA O TRANSPORTE ............................................... 114
FASE DE TRANSFERÊNCIA ................................................................................................... 114
RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO ............................................................................. 116
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 118
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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Conceitos Básicos
Urgência
Ocorrência imprevista de danos à saúde, em que não ocorre risco de morte, ou
seja, indivíduo necessita de atendimento médico mediato.
Consideramos prioridade moderada de atendimento. Exemplo:
Dor torácica sem complicações respiratórias;
Alguns tipos de queimaduras;
Fraturas sem sinais de choques ou outras lesões mais sérias;
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Vômito e diarreia, acompanhados ou não por estado febril abaixo de 39ºC;
Sangramentos e ferimentos leves e moderados.
Emergência
Constatação médica de condições de danos à saúde, que implicam em risco de
morte, exigindo tratamento médico imediato. Consideramos alta prioridade de
tratamento de atendimento. Exemplo:
Parada cardiorrespiratória (PCR);
Dor torácica acompanhada de desconforto respiratório;
Politraumatismo em geral;
Hemorragias de alta intensidade;
Queimaduras extensas;
Perda do nível de consciência;
Intoxicações em geral;
Ferimento por arma de fogo (FAF);
Ferimento por arma branca (FAB);
Estados de choque;
Estado febril acima de 40ºC;
Gestações em curso com complicações.
PRONTO SOCORRO
Local “físico” destinado ao atendimento de urgências e emergências constatadas.
Geralmente está localizado em um hospital ou próximo a ele. É para o pronto-socorro
que as vítimas são encaminhadas após o primeiro atendimento, independente deseu
estado.
SALA DE URGÊNCIA
Local destinado e equipado dentro do pronto-socorro para atendimento de
urgências e emergências, independente de sua procedência.
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As salas de urgência e emergência devem estar localizadas em pontos
estratégicos do pronto-socorro, ser de fácil acesso para entrada de ambulâncias e carros
de resgate, além de ter pessoal qualificado e disponível para qualquer circunstância.
RECURSOS
Humanos – são as equipes de enfermagem e médica que atuam durante as
urgências e emergências.
Materiais – equipamentos e materiais que as salas de urgência devem ter,
necessários para estabilizar o quadro clínico do paciente.
Serviços – todo o pessoal de apoio, como laboratório, banco de sangue, centro
de imagens.
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carro de parada, aparelho de ventilação mecânica, ambú, laringoscópio, mandril, tábua
para reanimação cardíaca saída de oxigênio e vácuo, escada, lixos, hamper...
Estrutura Física
Área geográfica distinta dentro do hospital
Acesso controlado sem trânsito
Acesso direto próximo elevador, UTI, Sala recuperação, Centro Cirúrgico, Unidades
Intermediárias e Serviço de laboratório e radiologia.
Observação individual e conjunto dos pacientes
Espaço suficiente para mobilização de paciente e locomoção de pessoal
Tranqüilidade e ambiente agradável
Atendimento a pacientes ambos sexos, sem discriminação de grupos etários
Boa iluminação(natural e artificial)
Canalização de vácuo, oxigênio e ar comprimido
Tomadas elétricas em número ideal por leito
Revestimento liso não absorvente e lavável
Ar condicionado e aquecimento
Sanitários: Pacientes e funcionários
Sala de reuniões e estudos
Rouparia e Expurgo
Armazenamento de equipamentos
Proporcionar observação contínua do paciente
É indicada separação dos leitos por divisórias
Proporciona relativa privacidade.
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Cirúrgico e a Unidade de Tratamento Intensivo. Um acesso discreto ao necrotério
também é desejável.
A sala de politrauma, onde são atendidos pacientes que sofreram acidentes ou
violências (causas externas) deve ser, preferencialmente, separada da sala de
emergências, onde são tratados os outros casos de maior gravidade. A separação da
sala de politrauma dos demais ambientes da unidade é importante para a humanização
do atendimento, evitando a visão desnecessária das ocorrências que ali se verificam.
Tanto as salas de Politrauma como de Emergência devem ser dimensionadas
para atender, ao mesmo tempo, no mínimo dois pacientes. Devem permitir total
liberdade de circulação para a equipe, recessos para o estacionamento de carrinhos
com material esterilizado, de anestesia e de ressuscitação, lavabos, bancada com cuba,
armários com portas de vidro ou prateleiras, que facilitem a visão de equipamentos e
medicamentos, um nível de iluminamento elevado, pontos de gases medicinais,
tomadas, inclusive para raios-X transportável, entre outras facilidades e, preferivelmente,
um posto de enfermagem e área de expurgos exclusivos.
Atualmente, alguns hospitais de emergência com alta resolutividade,
principalmente aqueles localizados nos grandes centros urbanos, são dotados de
Centros de Trauma. Nestes ambientes destinados a atender os casos mais críticos os
pacientes permanecem apenas por poucos minutos, durante os quais equipes
especialmente treinadas decidem seu encaminhamento para o Centro Cirúrgico ou para
a UTI.
Além destes ambientes, complementam o programa funcional das unidades de
urgência e emergência uma série de ambientes tais como a Unidade Transfusional,
onde é feita a guarda e a distribuição de hemocomponentes, rouparia, copa, local para
a guarda de aparelho de RX transportável, área para guarda de pertences de pacientes,
sanitários de funcionários, estar e plantão médico, estar e plantão de enfermagem e de
pessoal de apoio, estacionamento de ambulâncias com estar e sanitário anexo para
motoristas, salas administrativas, posto policial, cantina, sala de utilidades, depósito de
material de limpeza (DML), sala de armazenamento temporário de resíduos etc.
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fortemente na maior ou menor operacionalidade da unidade, assim como no combate
à infecção hospitalar.
Assim a distribuição espacial das unidades funcionais (setorização) e de seus
respectivos ambientes, devem ser estudadas levando-se em consideração,
principalmente a adequação dos fluxos hospitalares que delas se originam.
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A a atuação da enfermeiro(a) nas situações de emergência que requer uma
postura equilibrada, desenvolvendo uma assistência integral e humanizada,
demonstrando rapidez na tomada de decisões junto à equipe médica e de enfermagem.
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CONCEITOS BÁSICOS DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Pronto atendimento: Estabelecimento de saúde que presta assistência a doentes,
com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato,
dentro do horário de funcionamento.
Pronto socorro: é a unidade destinada a prestar assistência a doentes, com ou
sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato, mas que
funciona durante as 24h do dia e dispõe de leitos de observação.
Urgência: significa pressa, rapidez, brevidade ou necessidade imediata. O
atendimento de urgência são ações destinadas à recuperação dos pacientes em
condições agudas, mas não há perigo iminente de falência de qualquer de suas funções
vitais. As condições urgentes são graves, mas geralmente não perigosas se o suporte
médico e o tratamento tiverem uma pequena demora. O tratamento deve ter início
num período entre 20 minutos e 2 horas.
Emergência: significa ocorrência perigosa, situação crítica ou necessidade
imediata. Gomes (1994), conceitua atendimento de emergência como conjunto de
ações empregadas para a recuperação de pacientes, cujos agravos à saúde necessitam
de assistência imediata, por apresentarem risco de vida, uma vez que põem em risco
determinadas funções vitais que, com o passar do tempo, diminuem sua chance de
eventual recuperação. Jung (2002), destaca a importância da intervenção no serviço de
emergência. Relata ainda, que apesar do paciente ficar pouco tempo internado nessa
unidade, é essencial que sua fisiologia seja investigada e esta unidade não seja vista
como um serviço que serve de passagem para pacientes que procuram atendimento.
Paciente Crítico: Paciente grave, com comprometimento de 1 ou mais dos
principais sistemas fisiológicos, com perda de sua auto-regulação, necessitando
substituição artificial de funções e assistência contínua;
Paciente potencialmente Crítico: Paciente grave, que apresenta estabilidade
clínica, com potencial risco de agravamento do quadro e necessidade de cuidados
contínua;
Atenção ao paciente Crítico: Atendimento ao paciente de forma humanizada ,
minimizando os riscos decorrentes dos métodos terapêuticos utilizados com relação aos
benefícios obtidos, visando à garantia de sua sobrevida com qualidade, assim como a
manutenção da estabilidade de seus parâmetros vitais dentro dos recursos necessários.
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ETIOLOGIA DO TRAUMA
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As capitais mais violentas do Brasil são: Vitória, Porto Velho, Boa Vista, Rio de
Janeiro, Rio Branco e Recife.
Os Agentes Etiológicos do Trauma, de acordo com a lesão provocada, se
encerram em dois grupos principais: OS FERIMENTOS E AS CONTUSÕES.
Nas contusões a maior causa é o veículo motorizado, inclui colisão e
atropelamento.
Nos Ferimentos predominam a arma de fogo e a arma branca.
O Trauma é o resultado da permuta de energia entre o objeto em movimento e
os tecidos, resultando numa lesão proporcional à superfície do ponto de impacto,
densidade do tecido e velocidade do agente agressor.
A Lesão que se estabelece nos ferimentos e contusão denomina-se
CAVITAÇÃO.
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Trauma Iatrogênico: Procedimentos Invasivos e falhas cirúrgicas
Trauma na Infância: acidentes, afogamentos, incêndios domésticos, abuso sexual e
homicídio
Causas da morte traumática
TCE, medula espinhal, hemorragia, asfixia, cardíaca, penumonia, politrauma, sepse
EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA
Estuda a freqüência e distribuição do Trauma em uma Comunidade.
A palavra TRAUMA, vem do grego TRAUMA-TRAUMATOS=FERIDA.
A palavra Trauma em medicina admite várias significações, todas elas ligadas a
acontecimentos não previstos e indesejáveis, que de forma mais ou menos violenta,
atingem indivíduos neles envolvidos produzindo-lhes alguma forma de lesão, dano,
ferida e/ou alteração.
A palavra Traumatismo significa lesão provocada por um contato violento, seja
ele acidental ou infligido, com um objeto físico.
Traumatologia é o ramo da medicina que trata dos traumatismos.
Traumatopatia é qualquer condição patológica que resulta de violência ou de
ferimento.
Traumatofilia é a ânsia inconsciente ou tendência que a sofre (masoquismo).
Traumatopira é a febre de origem traumática.
MORTALIDADE DO TRAUMA
PRINCIPAL CAUSA DE ÓBITO NA FAIXA DE 1 A 44 ANOS
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► Tratar o que ameaça a vida, em uma seqüência de prioridades;
► Diagnóstico preciso não é essencial;
► Tempo é essencial.
ABCD DO TRAUMA
1º passo Passo A Airway Vias aéreas com controle cervical
2º passo Passo B Breathing Respiração existente e em sua qualidade
3º passo Passo C Circulation Circulação com controle de hemorragias
4º passo Passo D Disability Estado neurológico
5º passo Passo E Exposure Exposição da vítima para abordagem
secundária
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ESCALA DE GLASGOW
Espontânea 4
Ao comando verbal 3
Abertura Ocular
À dor 2
Ausente 1
Obedece a comandos 6
Localiza à dor 5
Resposta Motora
Flexão inespecífica (retirada) 4
Flexão hipertônica 3
Extensão hipertônica 2
Sem resposta 1
Orientado e conversando 5
Desorientado e conversando 4
Resposta Verbal
Palavras inapropriadas 3
Sons incompreensíveis 2
Sem resposta 1
ESCALA DE TRAUMA
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Interpretação do Resultado
Trauma Grave: 0 a 06
Trauma Moderado: 07 a 10
Trauma Mínimo: 11 a 12
Sempre que na avaliação da Escala de Trauma for obtido resultado menor que
nove, torna-se necessário o acionamento de suporte avançado.
FRATURAS
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dor, diminui a lesão tecidual, o sangramento e a possibilidade de contaminação de uma
ferida aberta. As roupas da vítima devem ser removidas para que o socorrista possa
visualizar o local da lesão e poder avaliá-lo mais corretamente. As extremidades devem
ser “alinhadas”, sem no entanto, tentar reduzir as fraturas expostas. Realize as
imobilizações com o auxílio de talas rígidas de papelão ou madeira, ou ainda, com
outros materiais improvisados, tais como: pedaços de madeira, réguas, etc.
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Manter material de ortopedia, como ataduras de gesso, algodão ortopédico,
ataduras de crepom,soros de fácil acesso; e aguardar orientação.
Se a fratura for aberta e com grande área lesada, seguir as orientaçãoes da equipe.
Não fazer nada que não tenha sido orientado pela enfermeira responsável ou
equipe atuante, pois um “deslize” no atendimento a fraturas pode ser vital para o
paciente.
Providenciar a transferência do paciente da sala de emergência para outro local
predestinado.
LUXAÇÕES
A luxação é uma lesão onde as extremidades ósseas que formam uma articulação
ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O desencaixe de
um osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão intensa, que
deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta contração
muscular. Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos. Os sinais e sintomas
mais comuns de uma luxação são: dor intensa, deformidade grosseira no local da lesão
e a impossibilidade de movimentação.Em caso de luxação, o socorrista deverá proceder
como se fosse um caso de fratura, imobilizando a região lesada, sem o uso de tração. No
entanto, devemos sempre lembrar que é bastante difícil distinguir a luxação de uma
fratura.
Também são traumas graves, paresentam dor, edema e deformidade na região
lesada e podem estar acompanhados de hematoma local após algumas horas. Os
cuidados são os mesmos com as fraturas, primeiramente imobilização e depois
hospitalização para exames de averiguação.
SINAIS E SINTOMAS
Dor intensa local, como edema
Deformidade
Perda completa do movimento
Palidez do membro
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ENTORSES
Entorse pode ser definido como uma separação momentânea das superfícies
ósseas, ao nível da articulação. A lesão provocada pela deformação brusca, geralmente
produz o estiramento dos ligamentos na articulação ou perto dela. Os músculos e os
tendões podem ser estirados em excesso e rompidos por movimentos repentinos e
violentos. Uma lesão muscular poderá ocorrer por três motivos distintos: distensão,
ruptura ou contusão profunda.O entorse manifesta-se por um dor de grande
intensidade, acompanhada de inchaço e equimose no local da articulação.O socorrista
deve evitar a movimentação da área lesionada, pois o tratamento do entorse, também
consiste em imobilização e posterior encaminhamento para avaliação médica. Em
resumo, o objetivo básico da imobilização provisória consiste em prevenir a
movimentação dos fragmentos ósseos fraturados ou luxados. A imobilização diminui a
dor e pode ajudar a prevenir também uma futura lesão de músculos, nervos, vasos
sangüíneos, ou ainda, da pele em decorrência da movimentação dos fragmentos
ósseos.Se a lesão for recente, esfrie a área aplicando uma bolsa de gelo ou compressa
fria, pois isso reduzirá o inchaço, o hematoma e a dor.
TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO
Se o membro fraturado estiver dobrado, o socorrista não poderá imobilizá-lo
adequadamente. Deverá então, com muito cuidado, aplicar uma tração manual para
endireitá-lo, o que impedirá a pressão sobre os músculos, reduzindo a dor e o
sangramento que estejam ocorrendo no local da lesão.A tração deverá ser aplicada com
firmeza observando o alinhamento do osso até que o membro fique totalmente
imobilizado. Se o socorrista puxar em linha reta, não causará nenhuma lesão. No
entanto, recomenda-se não insistir na manobra caso a vítima informar que a dor está
ficando muito forte.
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Primeiros
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TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM)
Consiste nas lesões apresentadas nas vértebras cervicais C5, C6, C7, torácica T12
e lombar L1, decorrentes de acidentes e traumas. Essa lesão pode ser desde uma
concussão transitória até uma transecção completa da medida. Podem ocorrer perda
sensorial total e paralisia motora abaixo da lesão.
Situações de Suspeita
Sinais e Sintomas
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Manter material para sondagem vesical de fácil acesso, visto que após com lesão
medular, a bexiga torna-se anatômica, e não se contrai, ocorrendo seu
hiperestiramento.
Dar continuidade ao plano de cuidados traçado pelo enfermeiro responsável e
pela equipe atuante.
Providenciar a transferência do paciente da sala de emergência para outro local
predeterminado.
TRAUMA DE FACE
Trata-se de uma lesão extremamente agressiva, qualquer que seja sua origem.
Além de estar diretamente ligada às consequências emicionais para a vítima, ocorre a
possibilidade de deformidades, podendo acometer cérebro, olhos, nariz, boca e dentes.
26
o Verificar os sinais vitais, instalar oxímetro de pulso e monitorização.
o Providenciar materiais para pequena cirurgia, sutura e outros.
o Manter material para entubação e sondagem vesical de fácil acesso.
o Dar continuidade ao plano de cuidados traçado pelo enfermeiro responsável e
pela equipe atuante.
o Providenciar a transferência do paciente da sala de emergência para outro local
predeterminado.
Ação:
27
Adrenalina, cálcio, dobutamina, dopamina, fenitoína, prometazina, meperidina,
morfina, cefalosporinas em geral.
Ação:
Indicação:
Acidose metabólica;
Hipercalemia;
Hipermagnesemia;
Intoxicações por antidepressivos tricíclicos, cocaína ou bloqueadores dos canais
de cálcio.
Na emergência: Diluir a ampola a 1:1 com ABD e administrar a dose em, no mínimo,
2 minutos, direto na veia.
28
Cloreto de potássio (KCl) - Ampola de 10 ml a 10%.
Indicação:
Ação:
Ação:
Inotrópica;
Vasoconstritora sistêmica (pressora em doses altas);
Vasodilatadora renal (em doses baixas).
Geralmente usada diluindo-se uma ampola de 10ml com 5mg/ml em 240ml de
SGI.
Paciente de 60 kg: infusão de 60 gotas/minuto = 180 ml/hora.
Pode ser misturada na mesma solução com dobutamina, adrenalina,
noradrenalina, lidocaína, vecurônio ou atracurônio.
29
Não infundir junto com bicarbonato.
Ação:
Ação:
Anticonvulsivante;
Antiarrítmico.
Não infundir junto com glicose, amicacina, aminofilina, bicarbonato, dobutamina,
cálcio, heparina, hidrocortisona, lidocaína, morfina.
Diluir em SF para 1 a 10mg/ml para evitar flebite;
Infundir em 20 a 30 minutos;
Após a infusão, lavar equipo e cateter com SF;
Usar em 1 hora após diluição.
Ação:
Antiarrítmico.
EV: preferir fazer em bólus direto, lento (5 minutos), e evitar correr em equipo
(devido a liberação de substância tóxica em contato com plásticos).
Não misturar ou infundir no mesmo acesso: Aminofilina, Bicarbonato de sódio,
cefazolina, cloreto de sódio e heparina.
30
Fentanil - Frasco de 10 ml com 0,0785 mg/ml.
Ação:
Indicação:
Indicações:
ICC;
Hipertensão;
Hipervolemia;
Edema por insuficiência renal.
EV sem diluir ou diluída a 1mg/ml.
Não misturar com cálcio, cefalosporinas, dopamina, dobutamina, hidrocortisona,
gentamicina, midazolan, morfina.
31
Prometazina / Fenergan - Ampola de 2 ml com 50mg.
Ação:
Anticonvulsivante;
Uso EV ou IM.
Ação:
32
Uso EV contínua (bomba de infusão) ou bólus lento em 2 a 3 min; pode ser IM
quando o paciente estiver sem acesso venoso.
Anti-hipertensivo e antiarrítmico;
Uso sublingual: Deve-se furar a cápsula, colocar na boca e morder devagar para
expelir o conteúdo, deixá-la debaixo da língua e depois engolir.
Vasodilatador coronariano;
Uso sublingual: não mastigar.
Não deve ser infundido ou diluído com bicarbonato, pois precipita. Lavar com soro
fisiológico a via antes e depois de se infundir;Se infiltrar provoca esclerose da veia e
necrose tecidual.
Uso EV por bólus: diluir a glicose em igual volume de ABD. O uso de soluções
acima de 25% em bólus ou de 12,5% em infusão contínua por tempo prolongado pode
levar a esclerose e trombose de veias.
33
Cloridrato de lidocaína / Xylocaína
Anestésico local.
Antiarrítmico.
SOROS
34
Confusão mental: incapacidade que a vítima tem de manter uma linha de raciocínio ou
pensamento com coerência. Perda da noção detempo e espaço.
Primárias: ocorrem em nível cerebral e podem ser por traumas, por acidente
vascular cerebral (AVC), por infecções comop meningites e encefalites, por
neoplasias e convulsões.
Secundárias: ocorrem por algum distúrbio meta bólico – hipoglicemia,
cetoacidose; por encefalopatias hipóxias, como doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC); por intoxicações por drogas, álcool e outros; por causas físicas e
ambientais, como a insolação ou hipotermia e até mesmo por estados carenciais
de determinadas vitaminas.
Atendimento hospitalar
35
Fazer um rápido exame físico, observando sinais do trauma, pulso, pupilas, nível
de respiração e outros aspectos importantes para que a conduta tomada seja
eficiente.
O profissional de enfermagem deve estar preparado para atender a vítima
inconsciente, pois tudo se torna mais difícil.
Manter as vias aéreas livres.
Abordagem inicial
Uso de drogas (incluindo álcool) atual ou anterior (pergunte por embalagens vazias
de medicamentos)
História de convulsão, diabete, hipertensão, cirrose ou doenças neurológicas prévias
Comportamento e atividades antes do início do coma (cefaléia, confusão mental) e
início súbito ou gradual
Obtenção imediata de sinais vitais
Monitorização do ritmo cardíaco para identificação e tratamento de arritmias
potencialmente letais
Exames complementares
36
Tomografia não contrastada de crânio deve ser obtida em pacientes nos
quais não se identifica uma causa metabólica para o coma
QUEIMADURAS
CLASSIFICAÇÃO
37
Quanto a Profundidade
38
Lesão de Terceiro Grau
Quanto à Extensão
39
- De maneira prática, considera-se a palma da mão do paciente como equivalente
a 1% de SCTQ.
Grande Queimado
Adultos: > 55 anos, com 10% de área corporal lesada/queimada de acordo com a
“regra dos noves”.
Crianças: < 10 anos, também com 10% de área corporal lesada/queimada de
acordo com a “regra dos noves”.
Demais faixas etárias, ou seja, entre 10 e 55 anos, apresentando 20% ou mais de
área corporal lesada/queimada de acordo com a “regra dos noves”.
Críticas
Moderadas
Leves
40
Quanto ao Agente causador
Quanto à Localização
Quanto à Gravidade
Profundidade
Extensão
Envolvimento das áreas críticas
Idade da vítima
Presença de lesão pulmonar
Presença de outras lesões associadas, como fraturas ou outras traumas
Doenças de base existentes
41
• Queimaduras que envolvem a face, mãos, pés, genitália, períneo e/ou
articulações importantes;
• Queimaduras químicas;
A – Vias Aéreas
B – Boa Respiração
C – Circulação
D – Dano Neurológico
E – Exposição
42
Cuidados imediatos
Cuidados iniciais
• Profilaxia de tétano;
Cuidados locais
•Remoção de contaminantes
• Resfriar agentes aderentes (ex. piche) com água corrente, mas não tentar a remoção
imediata;
43
• Após a limpeza das lesões, os curativos deverão ser confeccionados.
Grande queimado adulto: iniciar 2.000 ml de Ringer com Lactato para correr em
30 minutos;
Antibioticoterapia
44
e gazes secas, chumaço de algodão e ataduras. Nos membros o curativo deve ser
oclusivo e deve-se evitar oclusão em orelhas e períneo. A troca do curativo deve ser feita
a cada 2 ou 3 dias até que se atinja a cicatrização entre 8 e 10 dias. O paciente deve ser
mantido em repouso e com o membro elevado.
45
Assistência de enfermagem na hospitalização
Observações
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS
46
pessoas expostas, usuários desses produtos, na zona rural, rodovias, no ambiente
doméstico, nas escolas, nos locais de trabalho, configurando um alto risco para a saúde.
Com relação ao registro dos acidentes, podemos dizer que estão subnotificados,
uma vez que nem sempre a vítima é levada para atendimento em centros de referência
e, portanto, não refletem a amplitude do problema. Diante da seriedade dos acidentes,
cabe-nos, enquanto profissionais de saúde, conscientizarmos as pessoas dos riscos e
trabalharmos, sobretudo, visando a prevenção.
47
Manutenção da circulação, promovendo a estabilização hemodinâmica, obter
acessos venosos, coletando sangue para exames laboratoriais de rotina e
específicos.
Tratamento sintomático e específico, monitorização, seguimento.
48
CONSIDERAR SEMPRE, EM RELAÇÃO À SUBSTÂNCIA UTILIZADA:
Tais intoxicações são comuns em acidentes com crianças menores de cinco anos
e em tentativas de suicídio (hipocloritos, água de lavadeira, soda cáustica, removedores),
produzem lesões na boca, língua, esôfago e estômago. O que fazer?
49
Se a criança ou outra pessoa manipulou o produto, deve-se lavar as mãos e
dedos para previnir contato com outras regiões (olhos, por exemplo)
Requerem ação rápida para evitar as complicações agudas; a endoscopia precoce
é de crucial importância para avaliar a extensão da lesão, sendo um método
seguro para definição de condutas e prognóstico.
Os agrotóxicos ou defensivos agrícolas são substâncias que vêm sendo cada vez
mais utilizadas na agricultura e na saúde pública, podendo ou não oferecer perigo para
o homem, dependendo da toxicidade, do grau de contaminação e o tempo de
exposição durante sua aplicação. Assim, o principal problema está na sua utilização
indiscriminada, sem qualquer preocupação com a segurança.
50
A contaminação humana por agrotóxicos se dá por via direta (operários das
indústrias de síntese, manipuladores e aplicadores) e por via indireta (população
exposta). Os principais agentes de intoxicação entre os praguicidas são os inseticidas
usados na agricultura, em ambientes domésticos e públicos, classificados em três
grandes grupos: os organoclorados, os inibidores da colinesterase (organofosforados e
carbamatos) e as piretrinas naturais e sintéticas.
51
método físico-químicode separação de compostos e identificação através de
comparação com padrões. A amostra pode ser conteúdo gástrico ou 1 ml de sangue
com anticoagulante, o objetivo é confirmar a presença do agente tóxico.
52
cólicas abdominais, náuseas e vômitos. O tratamento é sintomático, podendo ser
administrado um protetor de mucosa, como gelatina dissolvida ou clara de ovo.
plantas,
animais peçonhentos,
53
medicamentos, produtos de limpeza e inseticidas.
Etiologia
54
Clínica
O principal sinal de uma PCR é ausência de pulsos carotídeos palpáveis.
Nos casos de PCR intra-hospitalar, cerca de 30% dos casos se dão por fibrilação
ventricular (FV) e o restante é por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP).
Para que seja AESP, o ritmo deve apresentar complexos QRS de aparência normal
ou até mesmo um ritmo sinusal, sem a presença de pulso palpável.
Nos casos de PCR extra-hospitalar, a grande maioria (até 80%) dos casos a PCR se
dá por fibrilação ventricular (FV), AESP e assistolia representam o segundo mecanismo,
ocorrendo em 20 a 30% dos casos.
Tratamento
Abordagem ao paciente
Sinais de PCR
55
Apnéia ou respiração agônica. Observação: fique atento! Um paciente
hospitalizado pode estar dormindo, e pode haver um mau contato nos cabos do
monitor cardíaco ou até mesmo um defeito no aparelho, e este não registrar
corretamente o ritmo cardíaco. Não vá iniciar as manobras de ressuscitação em
um paciente que está dormindo. O passo seguinte é solicitar ajuda. Isto vale para
o ambiente intra e extra-hospitalar. No ambiente extra-hospitalar, deve-se acionar
os serviços médicos de urgência (ligue para 193 ou samu192). De nada adianta
iniciar as manobras de ressuscitação se a ajuda não vai chegar. Nesse caso, o
início de tais manobras visa tentar postergar a ocorrência de lesões hipóxico-
isquêmicas até a chegada de auxílio médico. Outro motivo é que o principal
mecanismo de PCR extra-hospitalar é a fibrilação ventricular. Logo, se a equipe
médica não chegar com o desfibrilador em um tempo hábil, seu esforço terá sido
em vão. No ambiente intra-hospitalar também é importante solicitar a ajuda, que
se resume na equipe de saúde (treinada) e providenciar o material necessário
(carro de parada).
desfibrilador;
ambu com máscara;
laringoscópio com pilha;
tubo endotraqueal de diversos tamanhos;
material para aspiração;
drogas: adrenalina, atropina, antiarrítmicos etc.;
material para acesso venoso: jelcos, catete-res, seringas, equipos e soros.
C (Circulation) – Circulação
56
alternadamente com a respiração (ventilação com ambu) na proporção de 15
massagens para 2 ventilações.
B (Breath) – Respiração
D (Desfibrillation) – Desfibrilação
ACLS – Advanced Cardiac Life Support É o “ABCD” secundário. Deve ser realizado
por médico treinado.
57
C (Circulation) – Circulação
B (Breath) – Respiração
Continua sendo feita com ambu. Verificar e fixar o tubo endotraqueal. Agora a
ventilação é feita de forma não sincronizada com a massagem, cerca de 14 vezes por
minuto.
Adrenalina 1 mg ou vasopressina 40 U
(repetir a cada 3 ou 5 minutos) (dose única – não repetir).
58
Choque 360 J (3 tentativas com intervalo de 1 minuto) (checar o ritmo e o pulso
– se não reverter, segue o algoritmo).
Amiodarona 300 mg + 30 ml soro fisiológico.
Choque 360 J (3 tentativas com intervalo de 1 minuto).
Adrenalina 1 mg ou vasopressina 40 U
A investigação da causa base que desencadeou a PCR é vital nos pacientes que
se recuperam de uma PCR, pois a recorrência é bastante elevada. Logo, é muito
importante que esse paciente seja monitorizado em uma unidade de terapia
intensiva.Saber quando parar a reanimação pode ser a tarefa mais difícil. A desistência
da reanimação está indicada após 30 minutos de PCR com emprego de uma técnica
correta de ressuscitação e nenhuma causa identificada e tratável.
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
59
da oxigenação e/ou ventilação do paciente e que se instala de modo abrupto. Como
conseqüência desta anormalidade o sangue venoso que retorna aos pulmões não é
suficientemente oxigenado , assim como o dióxido de carbono não é adequadamente
eliminado.
Como se trata de uma quadro extremamente grave e que esta pondo em risco a
vida do paciente o diagnóstico deve ser rápido, preciso e as medidas terapêuticas
normalmente requerem condutas rápidas e agressivas.
60
Diagnóstico Laboratorial:
61
Instabilidade Parada cardio História, exame físico, Intubação e,
hemodinâmica respiratória monitorização ventilação artificial
hemodinâmica
Apesar de tudo que foi citado acima não devemos esquecer que as indicações de
intubação são primariamente clínicas.
Aspiração de ácidos
1 - Reverter hipoxemia.
62
2 - Tratar acidose respiratória.
DISTÚRBIOS METABÓLICOS
63
acidóticos. O mecanismo definitivo de correção é o renal, que é tardio e dependente da
integridade da função deste órgão.
Etiologias
Tabela 01 - Causas de acidose metabólica com hiato iônico normal (acidose hiperclorêmica)
• Insuficiência renal
• Cetoacidose
• Diabetes melito
64
• Alcoolismo
• Desnutrição
• Infecções
• Hipoglicemia
• Uremia
• Intoxicação por etileno-glicol
• Acidose lática
• Insuficiência circulatória
• Insuficiência respiratória
• Convulsões
• Neoplasias
• Hepatopatias
• Overdose de aspirina
• Intoxicação por metanol
• Intoxicação por paraldeído
Manifestações Clínicas
• Hiperventilação imediata
• Respiração de Kussmaul
Respiratórias
• Depressão respiratória
65
• Vasoconstrição venosa
Renais • Oligúria
• Distensão abdominal
• Íleo paralítico
Gastrointestinais
• Vômitos
Diagnóstico
Tratamento
66
aorta e o tônus arterial de outros grandes vasos, e aumenta a pressão atrial direita e a
osmolaridade.
Alcalose Metabólica
Etiologias
• Vômitos
• Drenagem gástrica
Dependente de volume (sensível ao cloro)
• Diarréia
• Adenoma viloso do cólon
• Diuréticos
• Pós-hipercapnia
• Carbenicilina / penicilina
67
• Hiperaldosteronismo
• Síndrome de Cushing
• Esteróides exógenos
• Hipopotassemia severa
Independente de volume (cloro-resistente)
• Síndrome de Bartter
• Administração ou ingestão excessiva de
substâncias alcalinas
• Fase tardia pós-transfusão (12-24 horas)
Manifestações Clínicas
Gastrointestinais • Anorexia
• Náuseas
• Vômitos
68
• Tetania
• Bradipnéia
• Confusão mental precoce
Cardiovasculares • Arritmias
• Bradicardia
• Aumento da resistência vascular
periférica
• Redução do débito cardíaco
Diagnóstico
Tratamento
69
recomendados diuréticos poupadores de potássio, embora a terapêutica definitiva seja
a remoção cirúrgica do tumor de supra-renal.
ESTADO DE CHOQUE
Classificação
Sinais e sintomas
Taquicardia
Hipotensão
Ansiedade
Sudorese
Pele fria e úmida
70
Alteração do nível de consciência
Vermelhidão
Ardência
Edema de face e de língua
Respiração ruidosa e hipotensão e início de sinais de coma.
O tratamento deve ser rápido, inciado com medicações para combater o estado de
choque. Decorrente de severa reação alérgica. Ocorre as seguintes reações:
71
COMO SE MANIFESTA:
A pessoa pode sentir náuseas e vômitos, a ventilação fica curta, rápida e irregular.
Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos, o pulso fica fraco
e rápido e a pessoa pode ficar parcialmente ou totalmente inconsciente.
COMO PROCEDER:
Afrouxe a vestimenta da vítima, vire a cabeça da vítima para o lado caso ocorra
vômito.
72
HEMORRAGIAS
Sinais e Sintomas :
73
Desmaio.
Queda da Tensão Arterial
Deitar a vítima
Colocar a cabeça da vítima mais baixa que o corpo
Elevar os membros inferiores
Folgar as roupas
Não fornecer líquidos
Caso a hemorragia ocorra num membro como braço ou perna, deve-se procurar
fazer a elevação do mesmo. Alguns Tipos Especiais de Hemorragia:
74
Hematêmese: é o extravasamento de sangue proveniente do estômago,
utilizando-se o esôfago e em forma de vômitos. Pode vir acompanhado de alimentos e o
sangue apresenta cor escura. O socorrista deve procurar lateralizar a cabeça da vítima,
caso NÃO haja suspeita de lesão na coluna cervical, a fim de que a vítima não aspire o
sangue ou os restos de alimentos regurgitados. Se houver suspeita de lesão cervical e
hematêmese, deve-se lateralizar a vítima em bloco. Procure ajuda médica.
75
Dependendo da fase de isquémia em que a célula se encontra, ao ser refeito o volume
sanguíneo por diluição pode acontecer de retornarem para a circulação geral aquelas
substâncias tóxicas liberadas pela célula em sofrimento. Isto é conhecido como a
"Sindrome da Reperfusão", com um intenso edema generalizado.
O choque hipovolêmico deve ser tratado com volume, isto é, com soro fisiológico
e solução de Ringer. Casos mais graves podem requerer soluções gelatinosas, mas existe
um volume máximo desta solução que se ultrapassado intoxica e mata o paciente. Este
volume é em torno de 1000 ml para um adulto normal. Todas as tentativas para parar a
perda sanguínea devem ser feitas, incluindo cirurgias visando a hemostasia. Este é o
motivo do cirugião comandar o atendimento ao paciente politraumatizado. Alcançado
este ponto, somente atransfusão sanguínea pode manter a vida do doente.
Hemorragia Classe I
Volume (em porcentagem) = até 15%. Volume (pessoa com 70 kg, em ml)= até
400 mililitros. Sinais e sintomas: mínimos. Ocorre apenas um leve aumento da
freqüência cardíaca. Exemplos: uma mulher pode apresentar uma hemorragia uterina,
pouco freqüente e muito perigosa, que é semelhante a uma menstruação comum e
dura pouco tempo.
Hemorragia Classe II
76
Reposição: Em geral a reposição com cristalóides resolve, mas alguns poucos
casos podem necessitar de sangue.
Sinais e sintomas: Além dos sintomas da hemorragia classe II, apresenta sinais
clássicos de hipoperfusão. Existe diminuição do nível de consciência, palidez e sudorese
fria.
Hemorragia Classe IV
Pacientes com uma classe limítrofe podem passar para a imediatamente superior
caso após a reposição inicial de 2000 ml de Ringer persistam com os mesmos sinais.
77
FERIMENTOS
As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: pelo tipo do agente causal,
de acordo com o grau de contaminação, pelo tempo de traumatismo, pela
profundidade das lesões, sendo que as duas primeiras são as mais utilizadas.
78
de contusão,como machado, profunda; pode gerar fraturas
enxada, foice
79
compressa estéril, controlar sangramento, por compressão direta e aplicação de
curativo e bandagens, encaminhá-lo ao hospital.
80
Procedimentos de primeiros socorros: Controlar hemorragia, tratar estado de
choque, caso este esteja presente, fazer curativo úmido com soro fisiológico com
leve compressão, usando compressa limpa, Limpeza com solução salina, sem
imersão em líquido, envolvê-lo em gaze estéril ou compressa limpa, proteger o
membro amputado com dois sacos plásticos fechados, Colocar o saco plástico em
recipiente de isopor com gele ou água gelada, jamais colocar o segmento
amputado em contado direto com gelo.
8. LESÕES OCULARES Podem ser produzidas por corpos estranhos, queimaduras por
exposição ao calor, luminosidade excessiva e agente químicos, lacerações e
contusões.
81
9. ESMAGAMENTO São aqueles ferimentos onde existe dano tecidual extenso das
estruturas subjacentes.
ATENÇÃO:
CHOQUE ELÉTRICO
82
passagem da corrente elétrica, que varia segundo as condições ambientais; percurso da
corrente pelo corpo e tempo de duração da passagem.
Termos e Conceitos
83
EXISTEM TRÊS FORMAS DISTINTAS DE OCORRER O CHOQUE ELÉTRICO.
1. O que acontece
84
2. Primeiras providências
Desligue o aparelho da tomada ou a chave geral. Se tiver que usar as mãos para
remover uma pessoa, envolva-as em jornal ou um saco de papel. Empurre a vítima para
longe da fonte de eletricidade com um objeto seco, não-condutor de corrente, como
um cabo de vassoura, tábua, corda seca, cadeira de madeira ou bastão de borracha.
3. O que fazer
Chances de Salvamento
1 minuto 95 %
2 minutos 90 %
3 minutos 75 %
4 minutos 50 %
5 minutos 25 %
85
6 minutos 1%
8 minutos 0,5 %
Desaperte punhos, cinta, colarinho, ou quaisquer peças de roupas que por acaso
apertem o pescoço, peito e abdômem da vítima.
86
Agasalhe a vítima, a fim de aquecê la, outra pessoa deve cuidar dessa tarefa de
modo a não prejudicar a aplicação da respiração artificial.
Não faça qualquer interrupção por menor que seja, na aplicação da respiração
artificial.
Não faça qualquer interrupção por menor que seja, na aplicação do método,
mesmo no caso de se tornar necessário o transporte da vítima a aplicação deve
continuar.
Não distraia sua atenção com outros auxílios suplementares que a vitima
necessita, enquanto estiver aplicando o método, outras pessoas devem ocupar se deles.
87
Método da salvamento artificial "Hoger e Nielsen", para reanimação de vítimas de
choque elétrico.
SÍNCOPE OU DESMAIO
O QUE É?
NÚMEROS
88
SÍNCOPE VASO-VAGAL
O TILT TEST
Exame feito para detectar a síndrome vaso-vagal. O paciente se deita numa mesa
e permanece com a pressão arterial e os batimentos cardíacos monitorados por
equipamentos. Após alguns minutos, a mesa é inclinada em 80 graus. Se o paciente
tiver, de fato, predisposição à síncope, desmaia no meio da avaliação.
Pessoa normal
Reação normal:
Conseqüência:
Reação exagerada:
Conseqüência:
SINTOMAS
89
turvação visual
suor frio
náuseas
tontura
vômitos, às vezes
DESMAIO SITUACIONAL
Se esta região do pescoço for muito estimulada (por colarinho muito apertado,
por exemplo), a freqüência cardíaca é reduzida e vem a síncope.
DOENÇAS CARDÍACAS
TRATAMENTO
Com medicamentos
VERTIGEM
90
Causas
91
de manter o equilíbrio está relacionada a indicações visuais, um defeito da visão,
especialmente a visão dupla, pode acarretar perda de equilíbrio.
Diagnóstico
A maioria dos casos de tontura não são vertigens e também não representam um
sintoma grave. Os movimentos oculares podem fornecer pistas importantes ao médico.
Os movimentos oculares anormais indicam uma possível disfunção do ouvido interno
ou de suas conexões nervosas com o cérebro. O nistagmo é um movimento rápido dos
olhos, como se o indivíduo estivesse observando os rebotes rápidos de uma bola de
tênis de mesa, da esquerda para a direita ou de cima para baixo ou vice-versa. Como a
direção desses movimentos pode ajudar no diagnóstico, o médico pode tentar estimular
o nistagmo, movendo abruptamente a cabeça do paciente ou pingando algumas gotas
de água gelada no canal auditivo.
92
audição. Outros exames que podem ser realizados incluem estudos radiológicos, a
tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RM) do crânio.
Tratamento
93
Causas comuns
Condição ambiental
Doença do movimento
Medicamentos
Álcool
Gentamicina
estreptomicina
maconha
cafeína
alguns diuréticos (furosemida)
anti-hipertensivos
carbamazepina
antidepressivos
benzodiazepínicos
etc.
Problemas circulatórios
Anormalidades do ouvido
Depósitos de cálcio num dos canais semicirculares no ouvido interno (que causa
vertigem postural paroxística benigna)
Outras causas
94
Inflamação do nervo vestibular
Doença de Ménière
Distúrbios neurológicos
Esclerose múltipla
Fratura craniana com lesão do labirinto e/ ou de seu nervo
Tumores cerebrais
Tumor comprimindo o nervo vestibular
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Animais peçonhentos x animais venenosos
Os animais venenosos são animais que possuem veneno mas não possuem
mecanismo de inoculação. Os animais peçonhentos são animais que além de
venenosos, possuem um mecanismo especializado de inoculação, a peçanha, que é
utilizada como arma de caça ou de defesa.
ARTRÓPODES - ESCORPIÕES
95
Pinheiros. É encontrado em campos e matas ralas, procurando refúgios em cupinzeiros,
debaixo de pedras, fendas de barrancos, etc.
Hábitos: são animais que caçam a noite. Durante o dia, procuram esconderijos,
como por exemplo tronco de árvores, frestas nas paredes, sapatos, toalhas, etc. Não são
considerados animais violentos.
ARTRÓPODES – ARANHAS
96
Aranha caranguejeira (Trechona sp.): São aranhas grandes (podendo
chegar a 9cm só de corpo). São vários os gêneros, porém o mais perigoso no Brasil é o
do Trechona, que ocorre desde o norte até o sul do país. As aranhas desse gênero
possuem um veneno neurotóxico, porém sem risco de morte para o acidentado, não
necessitando a aplicação de soro.
ARTRÓPODES - LACRAIAS
SERPENTES
97
As espécies de serpentes com maior índice de acidentes são: jararaca, cascavel,
surucucu e coral. Geralmente possuem dentição do tipo solenóglifa, com exceção da
coral, que possui a do tipo proteróglifa.
Tipos de dentição:
Áglifa: dentes maciços. Não inoculam veneno. Exemplos: sucuri, jibóia, etc.
98
Jararaca (Bothrops sp.): pode alcançar mais de um metro de comprimento.
Ocorre nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de
Janeiro, Espírito Santo, leste do Mato Grosso, sul da Bahia e em algumas áreas de Minas
Gerais.
Controle e prevenção
ARTRÓPODES
Manter limpos quintais, jardins e terrenos baldios, não acumulando entulho e lixo
doméstico.
Aparar a grama e recolher as folhas caídas.
Vedar soleiras de portas com saquinhos de areia ou frisos de borracha. Colocar telas
nas janelas, vedar ralos de pia, tanque e de chão.
99
Colocar o lixo em sacos plásticos, que devem ser mantidos fechados.
Examinar roupas, calçados e toalhas antes de usá-los.
Andar sempre calçado.
Usar luva de raspa de couro ao trabalhar com materiais de construção.
Inseticida NÃO resolve o problema.
SERPENTES
As taturanas ou lagartas de fogo que podem causar acidente são formas larvais
de mariposas que possuem cerdas pontiagudas contendo as glândulas do veneno. É
comum o acidente ocorrer quando a pessoa encosta a mão nas árvores onde habitam
as lagartas.
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CONVULSÃO
Causas
Sinais e Sintomas
Agitação psicomotora,
Olhar ausente,
Os olhos podem ficar fixos na parte superior ou lateral,
Perda da consciência (perder os sentidos) que pode causar uma queda
desamparada,
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Espasmos musculares (contracções) com movimentos de contracção e flexão
muscular, que podem ser suaves a muito fortes,
Aumento da produção de saliva (sialorreia),
Encerramento da boca com muita força, há o perigo de morder a língua e lábios,
Descontrolo dos esfíncteres (urina e/ou fezes).
Tipos de convulsões
Durante a crise generalizada de grande mal o doente passa pela fase tónica e
fase clónica (movimentos tónico-clónicos) várias vezes e há perda da consciência.
Na fase clónica os olhos ficam virados para a zona superior, como se estivesse a
olhar para a testa, os músculos ficam todos contraídos, os braços dobrados e o resto do
corpo esticado. Pode haver emissão de um som característico pela boca (grito) e dura
pouco tempo. A pele pode ficar acinzentada se a pessoa não respirar durante a crise
(apneia).
É normal o doente ficar cansado e sonolento no final da crise, pelo que se deve
deixar dormir.
- Crise parcial simples. As convulsões são limitadas a uma área do corpo, mas
podem estender-se a outras áreas, sem haver perda do conhecimento. Se houver
extensão pode provocar uma crise de grande mal. As pessoas apresentam formigueiros
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ou picada percorrendo uma ou mais áreas do corpo, vêm ou ouvem coisas ou sons que
não estão existem.
- Crise atónica quando o corpo fica mole, como se fosse feito de borracha. A
pessoa sofre uma queda se estiver em pé.
Origem
Epilepsia.
Hipoglicémia (baixos níveis de glicose no sangue).
Privação de oxigénio em partos prolongados (hipóxia).
Hipocaliémia (nível de potássio baixo no sangue) ou hipomagnesémia (magnésio
baixo)
Desidratação (grande falta de líquidos no organismo).
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Algumas doenças infecciosas como a meningite, encefalite, tumores, acidente
vascular cerebral.
Efeito secundário a um medicamento.
Intoxicação por medicamentos.
Traumatismo da cabeça.
Febre, convulsão que surge geralmente em crianças até cerca dos 5 anos,
desencadeada pela subida da temperatura. Este tipo de convulsão não está
associada a doenças do cérebro e nem deixa sequelas.
Estímulo visual e/ou auditivo.
Uma pessoa que tenha apresentado uma crise convulsiva, não implica que sofra
de epilepsia. É necessário realizar vários exames para se afirmar que uma pessoa tem
epilepsia.
Diagnóstico
Tratamento
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Como atuar
- A pessoa que está presente com a pessoa deve tentar manter a calma.
- Não deixar curiosos tocar na vítima e impedir que imobilizem os braços e as pernas
desta.
- Se a pessoa estiver com movimentos da cabeça, esta deve ser protegida colocando por
baixo uma peça de roupa ou a mão de outra pessoa.
- Se houver encerramento dos dentes, não se deve tentar abrir a boca nem colocar a
mão ou objectos na boca.
- Devido ao aumento da saliva e caso seja possível, lateralizar a cabeça para drenar a
saliva, diminuindo a probabilidade de entrar saliva para os pulmões.
- Depois da crise convulsiva, é normal as pessoas sentirem fadiga pelo não é perigoso
esta dormir enquanto não chegam os bombeiros.
- Não dar medicamentos porque o reflexo de engolir (deglutição) pode não estar
recuperado e a pessoa engasgar-se.
- Nas crianças a febre pode provocar convulsões. Não se deve dar xarope pelo motivo
descrito anteriormente. Pode ser administrado, após a convulsão, um supositório para
baixar a febre, dar um banho com água morna e de seguida levar ao médico.
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- Após a convulsão, se a pessoa estiver a respirar, esta pode ser colocada em posição
lateral de segurança.
Estruturas da Gravidez
Definições:
- Gestação normal corresponde a 40 semanas, de 38 a 42 semanas.
- Feto a termo é aquele nascido entre 38 a 42 semanas.
- Abortamento é termino de sua gravidez antes de 20 semanas.
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- Prematuridade extrema é quando o feto nasce entre 20 a 28 semanas.
- Prematuridade é aquele feto nascido de 28 a 38 semanas incompletas.
- Primaras são as gestantes que parem pela primeira vez.
- Multíparas mais de uma gestação.
Assistência ao Parto:
Compreende basicamente em quatro fases principais:
DILATAÇÃO;
- Contrações uterinas de 5 em 5 minutos com duração de
aproximadamente 30 segundos.
- Duração média é de 12 horas nas primíparas e 7 horas
nas multíparas.
- O pólo cefálico força a dilatação do colo uterino materno.
EXPULSÃO:
- Sua duração é de aproximadamente de 50 minutos na primíparas e de 20 minutos nas
multíparas.
- Corresponde ao desprendimento do feto.
- Coloca-se a parturiente na posição deitada, com as pernas dobradas sobre o quadril e
os joelhos flertidos.
- Deve-se observar o períneo e a limpeza da gestante.
- Acompanha-se como expectante a saída do feto auxiliando
nas manobras para o nascimento.
- Aspira-se ou limpa as vias aéreas do recém-nascido e aguarde
o choro caso não ocorra é necessário estimular a respiração do bebê.
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- Aguarde o cordão umbilical parar de pulsar e depois clampear,
deve-se cortar a uma distância de aproximadamente um palmo
do abdome do recém-nascido.
- Deve-se aquecer o RN e coloca-lo junto à mãe.
SECUNDAMENTO:
PÓS-PARTO IMEDIATO:
RISCOS E COMPLICAÇÕES:
ADVERTÊNCIAS
A gestante no último trimestre não deve
ficar em decúbito dorsal, devido ao grande
volume do útero que comprime a veia cava
diminuindo o retorno venoso causando
hipotensão e choque.
Lembrar que se tratam de duas vítimas
ao invés de uma e que a gravidade das lesões
maternas não determinam somente a
sobrevida materna como também a fetal.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
• Monitor cardíaco;
• Eletrocardiógrafo;
• Respirador mecânico;
• Bomba de infusão
• Cama fowler
• Carro de emergência;
• Material para entubação endotraqueal
• Oxímetro de pulso;
• Conjunto de nebulização em máscara;
• Conjunto padronizado de beira de leito:
• |Termômetro;
• Esfigmomanômetro;
• Estetoscópio;
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• Ambú com máscara.
CARRINHO DE EMERGÊNCIA
MEDICAÇÕES:
Gluconato de cálcio 10%
Adrenalina 1mg/ml
Furosemida 10mg/ml
Amiodarona
Noradrenalina 1mg/ml
Aminofilina
Solu-cortef 100 mg e 500 mg
Atropina 0,5mg/ml
Água destilada 10ml
Bicarbonato de sódio 8,4%
Xylocaína 2% s/a
Cedilanide
Solução fisiológica 0,9%
Dopamina 50mg
Solução glicosada 5%
Glicose 50% (20ml)
Solução glicosada 10%
Glicose 25% (20ml)
MATERIAIS:
Torneirinhas
Seringas de 5ml,10ml e 20ml
Cateter jelco números: 18,20,22 e 24.
Equipos macrogotas e microgotas
Equipo polifix
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Luvas de procedimentos
Luvas cirúrgicas
Micropore e esparadrapo
Scalp 19 e 21
Gazes
Tábua para massagem cardíaca
Laringoscópio e lâminas curvas e retas
Pilhas novas
Xylocaína gel
Cateter de aspiração
Sondas endotraqueais 7,5; 8,0 ;8,5 e 9,0.
Sondas endotraqueais infantis
Cadarço
Cânulas de guedell adulto e infantil
Ambú adulto e infantil
Eletrodos
Agulhas 40x12
Agulhas 25x7
Agulhas 25x8
Agulhas 13x4,5
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transporte do paciente crítico é a necessidade de cuidados adicionais (tecnologia e/ou
especialistas), não disponíveis no local onde o paciente se encontra.
Podem ainda ocorrer outras alterações, tais como hipertensão severa, arritmias,
obstrução aérea, entre várias outras.
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FASE PREPARATÓRIA PARA O TRANSPORTE
Coordenação e Comunicação pré-transporte
Certificar-se de que o local de destino esteja pronto para receber o paciente e que
o elevador o espera no andar.
Se o paciente for transportado por uma outra equipe, informar sobre suas
condições gerais, tratamento instituído pré-transporte, e estimar suas necessidades pós-
transporte (tipo e modo ventilação, uso de drogas, etc.).
EQUIPE DE TRANSPORTE
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Presença de monitorização invasiva, tais como o uso de cateter de artéria pulmonar
(SwanGanz), pressão intracraniana (PIC), pressão arterial invasiva, cateter no bulbo
da veia jugular.
FASE DE TRANSFERÊNCIA
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A remoção do paciente é responsabilidade médica e envolve aspectos de ordem
logística, técnica,operacional, financeira, legal e ética, tornando esseato médico muito
complexo.
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A decisão de transportar o paciente necessita da análise dos vários fatores
relacionados a seguir:
Indicação do transporte;
Patologia de base e condições médicas associadas;
Treinamento da equipe de transporte;
Material e equipamentos disponíveis na unidade de transporte;
Pesar o risco / benefício do transporte para o paciente;
Tempo de transporte;
Distância;
Recursos do local de origem e do local de destino;
Possibilidade de complicações durante o transporte;
Condições do trajeto a ser percorrido (trânsito, metereologia, etc);
Avaliação dos possíveis fatores de estresse durante o transporte: ruídos, vibrações,
forças acelerativas, variações da luminosidade e temperatura ambiente;
Considerações éticas;
Recursos financeiros para a viabilização do transporte.
Para se chegar a solução dos problemas de relações humanas foi preciso fazer
experiências, como a de Elton Mayo, que ligou a produtividade à satisfação dos
trabalhadores mudando o ambiente de trabalho e conhecendo cada individuo. Isso fez
com que ele chegasse à conclusão de que os indivíduos não podem ser tratados
isoladamente, mas sim como um grupo.
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O objetivo de cada individuo é o bem-estar, já o da empresa é a eficiência, e isso
acaba gerando conflitos, portanto, a função dela é estabelecer um equilíbrio entre a
produtividade e a satisfação dos trabalhadores.
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BIBLIOGRAFIA
- ANA MARIA, Saberes e Práticas. Ed. 4ª. Difusa. São Caetano do Sul. 2008.
CRISTINA NÍVEA, MOREIRA SANTOS, Urgência e Emergência para Enfermagem. Ed. 8ª,
Edit. Iátria, 2011 atualizada.
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