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Mecânica Estatı́stica

Aluno: João Pedro da Silva Oliveira


NUSP: 11569440
IF-USP
2 de maio de 2021

Questão 1
Para a primeira escolha de um computador ao acaso, temos que a proba-
C
bilidade de escolher um computador sem defeito é p = N , onde C é o número
de computadores sem defeito, e N é o número total de computadores, ou seja
C= 90 e N=100.
Para a segunda escolha, como já escolhemos um computador sem de-
feito dos 100 totais, temos que a probabilidade de escolher novamente um
C−1
computador sem defeito é p = N −1
, e assim sucessivamente n vezes.

       
90 89 90 − (n − 1) 90! (100 − n)!
p= ... =
100 99 100 − (n − 1) 100! (90 − n)!

Portanto, a probabilidade de escolher 10 computadores sem defeito de um


conjunto de 100, das quais 10 são defeituosos é:
  
90! 90!
p= ≈ 0.33 = 33%
100! 80!

Questão 2
Essa questão pode ser calcula pelo teorema de Bayes que diz:

P (B|A).P (A)
P (A|B) =
P (B|A).P (A) + P (B|A).P (A)

1
onde P r(A|B) = probabilidade de que tenha saido coroa se uma bola
branca foi retirada, P r(B|A) = probabilidade de retirar uma bola branca
se a moeda sair coroa, P r(A) = probabilidade de sair coroa, P r(B|A) =
probabilidade de retirar uma bola branca se a moeda sair cara e P r(A) =
probabilidade de sair cara .
Do enunciado temos que
3
P r(B|A) =
15
6
P r(A) =
10
5
P r(B|A) =
12
4
P r(A) =
10
Portanto, se uma bola branca foi retirada, a probabilidade P (A|B) de
que no lançamento da moeda o resultado tenha sido coroa é
3 6
15 10
P (A|B) = 3 6 5 4 ≈ 0, 418 = 41, 8%
15 10
+ 12 10

Questão 3
Do exercı́cio temos que Ω = {1,2,3,4,5,6} ,P r[6] = p e que
P r[5] = P r[4] = P r[3] = P r[2] = P r[1] = q.
P
a)Por definição Pr[x]=1.
x∈Ω
Então temos
p + 5q = 1
(1 − p)
⇒q=
5

b)A distribuição de probabilidades P(x) em termos de delta de Dirac é dado


por:
n
X
P (x) = pi δ(x − xi )
i=1
Então temos

(1 − p)
P (x) = pδ(x − 6) + [δ(x − 5) + δ(x − 4) + δ(x − 3) + δ(x − 2) + δ(x − 1)]
5
5
(1 − p) X
P (x) = pδ(x − 6) + δ(x − i)
5 i=1
c) O valor médio de x é dado por
Z ∞
x= xP (x)dx
−∞

Então temos
∞ 5
(1 − p) X
Z
x= x[pδ(x − 6) + δ(x − i)]dx
−∞ 5 i=1

∞ 5 Z
X ∞ 
(1 − p)
Z
x=p xδ(x − 6)dx + xδ(x − i)dx
−∞ 5 i=1 −∞

Pela propriedade
Z ∞
f (x)δ(x − x0 ) = f (x0 ) (1)
−∞

temos que
5
(1 − p) X
x = 6p + i
5 i=1

(1 − p)
x = 6p + 15
5
x = 3p + 3
O desvio padrão (∆x) é dado pela raiz quadrada da variância, onde a
variância é dada por
Z ∞
2
(∆x) = (x − x)2 P (x)dx
−∞

Então temos
Z ∞ Z ∞ Z ∞
2 2 2
(∆x) = x P (x)dx − 2x xP (x)dx + x P (x)dx (2)
−∞ −∞ −∞
5
(1−p) P
onde P (x) = pδ(x − 6) + 5
δ(x − i)
i=1
Agora vamos analisar termo por termo,o primeiro fica
∞ ∞ 5
− p) X
Z Z
2 2 (1
x pδ(x − 6)dx + x δ(x − i)dx
−∞ −∞ 5 i=1

E da propriedade (1) ficamos com


5
2 (1 − p) X 2
6 p+ i
5 i=1

Portanto o primeiro termo fica

25p + 11
O segundo termo é 2x multiplicado pela própria definição do valor médio
de x, ou seja 2x2 . Então temos que o segundo termo é 2(3p + 3)2 .
O terceiro termo fica
Z ∞ 5 ∞ 
(1 − p) X
Z
2
x pδ(x − 6) + δ(x − i)dx
−∞ 5 i=1 −∞

E pela propriedade Z ∞
δ(x − x0 ) = 1
−∞

temos que o terceiro termo fica


5
2 2 (1 − p) X
x p+x i
5 i=1

que é igual a x2 = (3 + p)2


Por fim, voltando na equação (2), chegamos que a variância é

(∆x)2 = 25p + 11 − 2(3p + 3)2 + (3 + p)2


(∆x)2 = −9p2 + 7p + 2
E, portanto, o desvio padrão (∆x) resulta em
p
(∆x) = −9p2 + 7p + 2
d) Para um dado honesto p = q = 16 , e portanto o valor médio e o desvio
padrão de x resultam em
7
x = 3p + 3 =
2
r
p 35
(∆x) = −9p2 + 7p + 2 =
12

Questão 4
Como y = ln(x) é uma função estritamente crescente, a distribuição de
probabilidade de y é dada por

dx
PY (y) = PX (x)
dy
y=Y (x)

A distribuição de probabilidade de x é uniforme no intervalo (0,1), ou


seja PX (x) = 1 nesse intevalo, e como y −1 = ey , dx
dy
fica

dx d
= ey = ey
dy dy
Portanto a distribuição de probabilidade de y fica

PY (y) = ey

Questão 5
Por simplicidade vamos trabalhar com coordenadas esféricas, então temos
que o passo aleatório do fóton em cada direção pode ser dado por:

x = lCosθSinφ
y = lSenθSinφ
z = lCosφ
onde l=1mm, é a distância que o fóton percorre em alguma direção des-
crita por θ e por φ.
Após N passos, temos:
N
X
x= lCosθi Sinφi
i=1
N
X
y= lSenθi Sinφi
i=1
N
X
z= lCosφi
i=1

A distância do centro até o raio R do sol pode ser escrita como:

R 2 = x2 + y 2 + z 2
N
 X 2  X N N
2  X 2 
2 2
R =l Cosθi Sinφi + Senθi Sinφi + Cosφi
i=1 i=1 i=1

N
X N
X
2 2 2
R =l (Cosθi Sinφi ) + Cosθi Sinφj
i=1 i6=j

N
X N
X
+ (Senθi Sinφi )2 + Senθi Sinφj
i=1 i6=j

N
X N
X 
2
+ (Cosφi ) + Cosφi Cosφj
i=1 i6=j

Como o movimento é de forma aleatória, para cada θi vai existir um θj,


tal que os termos cruzados na média se anulem, ou seja:
N
X N
X N
X
Cosθi Sinφj = Senθi Sinφj = Cosφi Cosφj = 0
i6=j i6=j i6=j

Portanto temos:

N
X N
X N
X 
2 2 2 2 2
R =l (Cosθi Sinφi ) + (Senθi Sinφi ) + (Cosφi )
i=1 i=1 i=1

N 
X 
2 2 2 2 2 2 2
R =l Cos θi Sin φi + Sen θi Sin φi + Cos φi
i=1
N 
X 
2 2 2 2 2 2
R =l Sin φi (Cos θi + Sen θi ) + Cos φi
i=1
N
X
R2 = l2
i=1

R2 = N l 2
R2
⇒N = 2
l
8
Como R=5.10 m e l=0.001m, ficamos com:

N = 25.1022
b)Como o fóton da em média N passos, e a cada passo percorre uma
distância l, a distância total que o fóton percorre é de N.l = 25.1019 . E
portanto o tempo em anos que o fóton demora para chegar na superfı́cie do
sol é:
N.l 1
tanos =
c (60.60.24.30.12)
25.1019 1
tanos = 8
3.10 (60.60.24.30.12)

tanos ≈ 26, 8 mil anos

Questão 6
b)Os autovalores de uma matriz A podem ser encontrados calculando as
raı́zes do polinômio caracterı́stico de A, detonado por p(λ) = det(A − λI) ,
onde I é a matriz identidade.
Portanto temos
     
a b 1 0 a−λ b
(H − λI) = −λ =
b c 0 1 b c−λ

Calculando det(H − λI), obtemos:

λ2 − (a + c)λ + ac − b2
onde as raı́zes são
p
(a + c)2 − 4(ac − b2 )
(a + c) +
λ1 =
2
p
(a + c) − (a + c)2 − 4(ac − b2 )
λ2 =
2
Fazendo a diferença obtemos:

∆λ = λ2 − λ1
p
∆λ = (a + c)2 − 4(ac − b2 )
p
∆λ = (c − a)2 + 4b2
c)Uma gaussiana é dada por:
2
1 − 12 x−µ
PX (x) = √ e σ

2πσ 2
Como b é a média de dois números aleatórios gaussianos, d e f, cada
um com média zero e desvio padrão 1, a distribuição de probabilidades de b
também segue uma distribuição gaussiana com média é zero,pois
 
d+f <d>+<f > 0+0
< b >= = = =0
2 2 2

E o desvio padrão da distribuição de b pode ser calculador através da


propagação de incertezas:
 2  2
2 ∂b 2 ∂b
σb = (σd ) + (σf )2
∂d ∂f
 2  2
1 1
σb2 = (1)2 + (1)2
2 2
1
σb = √
2
Portanto 2
1 − 12 u−µ
Pb (u) = √ e σ

2πσ 2
1 2
Pb (u) = √ e−u
π
d)Vamos calcular P∆ (∆λ)
Z ∞Z ∞Z ∞ p
P∆ (∆λ) = δ(∆λ − (c − a)2 + 4b2 ) Pa (a)Pb (b)Pc (c)dc db da
−∞ −∞ −∞
Z ∞ Z ∞ Z ∞ p −a2 −c2 2
P∆ (∆λ) = h δ(∆λ − (c − a)2 + 4b2 ) e 2 e−b dc db da
−∞ −∞ −∞

onde h = √1 √1 √1 . Fazendo uma substituição de variáveis do tipo


2π 2π π
x = c+a
2
ey= c−a
2
, cujo jacobiano é 2, obtemos:

Z ∞ Z ∞ Z ∞
2 2 2
p
P∆ (∆λ) = 2h δ(∆λ − (4y + 4b2 ) e−x e−y e−b dx dy db
−∞ −∞ −∞

Integrando em x, temos:

Z ∞ Z ∞ √ 2 2
p
P∆ (∆λ) = 2h π δ(∆λ − (4y + 4b2 ) e−y e−b dy db
−∞ −∞

Agora, fazendo uma substituição de variáveis do tipo y = r Sinθ e


b = r Cosθ, cujo jacobiano é rdrdθ, obtemos:
Z 2π Z ∞
√ 2
P∆ (∆λ) = 2h π δ(∆λ − 2r) e−r r dr dθ
0 0
Z ∞ √ 2
P∆ (∆λ) = 4πh π δ(∆λ − 2r) e−r r dr
0
Como essa função é uma função par, podemos escrever
Z ∞
√ 2
P∆ (∆λ) = 2πh π δ(∆λ − 2r) e−r r dr
−∞

Como δ(x − a) = δ(a − x), escrevemos


Z ∞
√ 2
P∆ (∆λ) = 2πh π δ(2r − ∆λ) e−r r dr
−∞


Z ∞
∆λ −r2
P∆ (∆λ) = 2πh π δ(r − ) e r dr
−∞ 2
E pela propriedade 1, obtemos
√ ∆λ − ∆λ 2
P∆ (∆λ) = 2πh π e 2
2
E portanto:
∆λ −∆λ2
P∆ (∆λ) = e 4
2
e)Como s(∆λ) é uma função estritamente crescente,com ∆λ dado por:
Z ∞
∆λ −∆λ2
∆λ = ∆λ e 4 dx
−∞ 2
Como a ∆λ só está definido no intervalo (0, ∞], temos:
Z ∞
∆λ2 −∆λ2
∆λ = e 4 dx
−∞ 2

∆λ = π
Assim, podemos calcular a distribuição de s por

d∆λ
ρW igner (s) = P∆ (∆λ)
ds

s=s(∆λ)

ρW igner (s) = P∆ (s ∆λ) ∆λ


Portanto a distribuição de s fica:

s π −(s√π)2 √
ρW igner (s) = e 4 π
2
πs −πs2
ρW igner (s) = e 4
2

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