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O envelhecimento e a sociedade.
No contexto social, o idoso encontra-se em fragilidade, iniciada por perda de suas reservas
fisiológicas que então provoca deterioramento funcional, tornando o individuo vulnerável. Assim
podemos citar 2 modelos de envelhecimento:
Modelo de BROCKLEHURST: define a fragilidade como o risco de perder a capacidade de
continuar vivendo na comunidade, proveniente de um desequilíbrio de saúde e recursos sanitários e
sociais, levando a uma dependência, agravada com incapacidade familiar e institucionalização do
idoso.
Modelo de BUCHNER: é um modelo assistencial que valoriza os aspectos biológicos e preventivos
do envelhecimento. Focando na influencia de fatores externo, estilo de vida e hábitos do individuo.
Assim, os acontecimentos seria
marcados por:
Degeneração macular associada a idade: Se trata de atrofia das células da região central (macular)
do epitélio pigmentário da retina, que causa perda de visão central. É a causa mais frequente de
cegueira irreversível a partir dos 60 anos
Clínica.: Diminuição progressiva da acuidade visual, alteração de visão das cores (discromatopsia),
alteração de tamanho e forma dos objetos (metamorfopsia), deslumbramento e perda de campo visual
central
Existem duas formas:
Seca» ou não exudativa, onde através do oftalmoscópio predominam as zonas atróficas.
Úmida» ou exudativa por neovascularização subretinal, onde o liquido seroso da coroide se
filtra e causa desprendimento parcial da retina.
Diagnóstico. Oftalmoscopia
Tratamento. Não existe tratamento curativo nem preventivo. La foto coagulação a laser das
membranas neovasculares na forma exudativa pode melhorar
Retinopatia diabética: Transtorno crónico da micro vascularização da retina por micro angiopatia
diabética do paciente.
Clínica e diagnóstico: Existe uma perda progressiva da acuidade visual. Oftalmoscópicamente
podemos diferenciar duas formas:
Exudativa. Se formam micro aneurismas e as veias se tornam tortuosas. Existem hemorragias
em forma de chama e hemorragias pontuais.
Proliferativa. a isquemia da retina forma vasos frágeis que se aderem a parte posterior do
humor vítreo. A hemorragia destes vasos frágeis origina hemorragia intensa no h. vítreo e
perda visual súbita.
Tratamento. O controle de glicemia a longo prazo pode reduzir a incidência de retinopatia. A foto
coagulação das zonas avasculares evita a formação de novos vasos.
Os idosos que enxergam melhor:
Sofrem menos queda
Cometem menos erros com medicamentos
Apresentam menor índice de depressão
Menor isolamento e maior independência.
Na historia clinica, os fatores de risco para agravo precoce estariam relacionados com sexo
(maior no homem), uso de chapéus, óculos e etc.
EQUILIBRIO E QUEDAS
O saco endolinfático tem duas funções: equilibrar a pressão entre sistema vestibular e
sistema nervoso central e absorver endolinfa. No outro polo, correspondente à base, surge um fino
prolongamento que passa a constituir uma fibra do nervo vestibular, o qual, juntamente com o nervo
coclear, forma o nervo estato-acústico que leva a informação sobre o equilíbrio e a audição ao
encéfalo.
Para compreender a atividade, destacam-se a função de dois setores que o formam: por um lado,
a função dos dois sacos membranosos denominados utrículo e sáculo; por outro, a dos canais
semicirculares.
Função do sáculo e do utrículo: há espécie de bolsas membranosas cheias de líquido
endolinfático, encontram-se grandes máculas otolíticas que contêm células sensoriais específicas:
Uma disposta no plano horizontal, situada no utrículo,
Outra no plano vertical, localizada no sáculo.
Estas células sensoriais, cujos prolongamentos formam as fibras do nervo vestibular, possuem na
sua face superficial cílios muito reduzidos, imersas numa massa gelatinosa, que contém minúsculos
cristais de carbonato de cálcio. O peso destes grânulos curva os cílios das células sensoriais e,
dependendo do grau de distorção, gera os estímulos nervosos que, através dos nervos vestibular e
auditivo, informam o encéfalo sobre a posição da cabeça no espaço, mesmo com os olhos fechados.
Além disso, quando se produz um movimento linear e progressivo da cabeça, os grânulos atrasam o
seu movimento e torcem os cílios das células sensoriais na direção contrária, gerando assim uma
informação sobre as acelerações lineares da cabeça.
Enfermidade cerebrovascular
A vascularização do labirinto, VIII par e tronco cerebral se originam no sistema vertebro
basilar. A vertigem é um sintoma predominante na INSULFICIENCIA CIRCULATORIA do território
da artéria basilar e da cerebral posterior, raramente da cerebral anterior, raramente pode ser único
sintoma de acidente isquêmico transitório, acompanhando-se de outros déficits neurológicos como
disartria, hemiplegia facial, cegueira transitória ou alterações de consciência. Se a vertigem
apresenta-se isolada, deve-se suspeitar de arritmias, empregando anticoagulantes.
Alteração cerebelosa
O infarto e a hemorragia cerebelosa, podem-se apresentar através de vertigem, instabilidade,
náuseas, vómitos, nistagmo e ataxia do tronco. Pode confundir-se
com alteração do labirinto vestibular, neurite vestibular.
A chave diagnostica encontra-se nos achados de sinais cerebelosos ipsilaterais, incluindo o nistagmo
de paresia do foco; o paciente é incapaz de manter o foco
de forma que se desencadeia um nistagmo.
cujo componente lento está dirigido ao centro e com fase rápida a periferia. Sendo mais rápido ao
lado da lesão.
PRINCIPAIS TRANSTORNOS
OSTEOARTROSE ou artrose é um grupo heterogêneo de patologias com manifestações
clinicas similares e alterações patológicas e radiológicas similares.
A artrose é resultante de fatores mecânicos e biológicos que desestabilizam o acoplamento
normal entre a degradação e a síntese pelos condrócitos da matriz extracelular da cartilagem articular
o do osso subcondral. Podendo ser iniciada por múltiplos fatores, entre eles; fatores genéticos,
ambientais, metabólicos e traumáticos.
Prevalência: 1/3 dos indivíduos maiores de 35 anos apresentam algum sinal de artrose, aumentando
com a idade. A artrose de mãos e joelhos é mais comum nas mulheres, enquanto a artrose de pelve é
similar em ambos sexos.
Fatores de risco: Idade, osteoporose, herança
e sexo. Os fatores locais da articulação, como
traumatismos, alterações anatómicas da
articulação e a ocupação.
Obesidade; o sobrepeso aumenta a
pressão realizada sobre uma articulação,
induzindo a ruptura da cartilagem, em casos
ocupacionais, há exigência de prolongados e
repetidas flexões da articulação. A densidade
mineral óssea também sugere que pacientes com elevação da densidade óssea tem risco elevado de
produzir artrose. O sexo; na mulher, a menopausa é um acontecimento fisiológico importante que
favorece a degeneração da cartilagem.
Patogenia
A artrose é resultado da perda da função articular como consequência da ruptura da
cartilagem articular. Ainda que a degeneração da cartilagem seja o evento central na patogenia,
outros tecidos; como a sinovial e o osso subcondral, participam no inicio e desenvolvimento da
patologia. O resultado final é uma destruição acelerada da matriz por enzimas procedentes dos
condrócitos e das células sinoviais seguidas por alterações nos sistemas de reparação da cartilagem.
Fatores:
Fatores mecânicos: articulações que suportam cargas estão submetidas a pressões
repetitivas, ainda que a função seja dissipar a carga, algumas força são transmitidas a cartilagem.
Mecanismos enzimáticos: o grupo de enzimas que desenvolvem uma função essencial são as
metaloproteinases e as serinoproteinases. Levando a inflamação do tecido sinovial destruindo o
tecido de forma crônica e levando a patologia.
Manifestações clínicas
Dor: mais frequente e localizado na articulaçao. Melhorando com o repouso, a medida que
progride a enfermidade torna-se mais continuo aparecendo inclusive em repouso, interferindo no
sono. As mais dolorosas são; pelve, joelho, mãos e processos espinhosos vertebral. A dor ocorre
por: Incremento da pressão intraóssea secundário a obstrução venosa
Estiramento periosteal secundário a formação de osteofitos Micro fraturas subcondrais. Hipertrofia
sinovial que origina inflamação. Distensão capsular, distensões ligamentosas e contraturas
musculares.
Rigidez articular: A rigidez é outro sintoma característicos da artrose, aparecendo depois
de um período de inatividade podendo existir também rigidez matutina. De duração curta, menor de
30 minutos. Há também incapacidade funcional.
Classificação e diagnóstico
O diagnóstico e a graduação da intensidade se faz a partir de dados clínicos e de imagem.
Podendo ser LOCALIZADA ou GENERALIZADA.
Então, deve-se confirmar se o paciente cumpre os critérios clínicos de artrose, proposto pelo
Colégio Americano de Reumatologia:
DOR.
OSTEOFITOS (crescimento anormal de tecido osseo ao redor de uma articulaçao)
Na pelve há redução do espaço inter-articular.
• Líquido sinovial de OA
• Rigidez matutina < 30 min.
• Crepitações.
Critérios radiológicos :
Em AP e lateral, com diminuição de espaço articular, osteófitos, esclerose subcondral,
cistos, anormalidades do contorno ósseo.
Analise líquido sinovial: deve apresentar características não inflamatórias, viscoso, não
turvo e o número de células é inferior a 2.000/mm. Descartar presença de cristais, fundamentalmente
de pirofosfato cálcico dihidratado.
Diagnóstico diferencial
Descartar a presença de enfermidade inflamatória e identificar os pacientes que apresentam artrose
secundaria (sepse, diabetes, lúpus, etc..)
Complicações
Inflamatorias: mais frequente é a artrite por microcristais que, em ocasiones, se origina por gota
Infecçao bactérias grampositivas, principalmente por Staphylococcus aureus.
Se deve suspeitar quando a dor é intensa e continua acompanhado de dados inflamatórios, como
derrame sinovial e calor local.
Traumatológica: ex: meniscopatía degenerativa e a osteocondrite. Qualquer destas complicações
obriga encaminhamento especialista.
Tratamento
Os principais objetivos são::
— Controlar a sintomatologia.
— Manter a função articular.
— Reduzir ao máximo a progressão da artroses.
Assim, classificamos o tratamento em dois grandes grupos terapêuticos:
FARMACOLOGICOS e Não-FAMACOLOGICOS
Tratamento farmacológico
a) fármacos modificadores de sintomas,
dirigidos ao controle da dor:
Analgesico: paracetamol, 2-4mg/dia ou compinados com opiaceos quando a dor for muito
intensa.
AINES: paciente sem resposta a analgesia ou dados inflamatórios. Apresenta risco de
gastropatia; combinar com inidor de bomba de prótons.
Corticoides; ultima escolha, de ação lenta.
b) fármacos modificadores de estrutura, dirigidos a preservar a cartílagem articular
e freia a evolução da enfermidade.
C) cirurgia
OSTEOPOROSE
Osteoporose é a doença de maior prevalência na população geriátrica.
As fraturas da porção proximal do fêmur, muitas vezes comprometendo a capacidade
funcional da pessoa idosa. Sendo assintomática até que ocorra uma fratura. Para realizar o
diagnóstico precocemente, contamos com a densitometria óssea, método não-invasivo e de rápida
execução.
Diagnóstico
Valorizar fatores de risco do paciente, existência de fratura previa ou aumento de risco de
quedas.
Radiologia: A radiologia convencional é um método pouco sensível, pois é necessário uma perda
superior a 30% de massa óssea para que seja observado osteopenia e hipertransparencia óssea.
Sendo pouco útil, porem se o interesse é avaliar fraturas vertebrais, permite também avaliar outras
patologias como calcificações, espondiloartrose, escoliose, tumoraçoes e infecções.
Densitometria: Quantificação de massa óssea, sendo a base padrão ouro para diagnostico de
osteoporose:
A interpretação dos resultados deve ser feita sempre pela comparação com padrões de
normalidade para adulto jovens.
O escore Z compara o paciente com a sua própria faixa etária e deve ser levado em consideração
apenas em situações especiais, como em crianças ou para reforçar a suspeita de uma osteoporose
secundária em adultos (se < - 2 )
Indicaçoes para solicitação:
Evidencia radiológica de osteogenia ou deformidade vertebral.
Perda de altura ou cifosis dorsal.
Fratura previa por fragilidade.
Tratamento prolongado com corticoides.
Hipogonadismo.
Historia familiar de fratura de pelve.
Índice de massa corporal bajo (< 19 kg/m2).
Baixa ingestao de calcio.
Com medição a cada 2 anos.
Outras técnicas: TAC, RNM, ultra-som
Laboratorio
Avaliação serica de Ca e P , que sao normais na osteoporese, hipoalbuminemia pode notar-se.
O calcio de 24 horas em urina pode trazer dados:
Calciuria baixa sugere um aporte deficitário, mal absorção, tratamento com tiacidas.
Calciuria alta (> 4 mg/kg de peso) pode haver um aumento da absorção de Ca, resolução
óssea aumentada ou menor reabsorçao pelo túbulo distal.
Exames hormonais,
TSH (hormona estimulante da tiroides), PTH (hormona paratiroidea).
mediçao sérica de 25-hidroxivitamina D es como indicador de reserva de vit D,
Doenças gastrointestinais
Compromete ossos cortical e
trabecular
Transplante de órgãos
Imobilização prolongada
Ocorrência de fraturas vertebrais e de
fêmur
Mieloma múltiplo
Câncer de mama
Anemias crônicas
Mastocistose
Epidemiologia
Por ser uma doença assintomática, seu registro se faz, muitas vezes, secundariamente, através
de suas complicações, que são as fraturas.
As fraturas de punho ocorrem mais frequentemente por volta da 5º década; as vertebrais
aumentam depois dos 60 anos, enquanto as fraturas de fêmur tem sua maior incidência a partir da 7º
década.
A dor, a cifose, a perda de altura, a restrição dos movimentos respiratórios, a compressão
gástrica e a instabilidade postural são conseqüências das fraturas vertebrais. Há também o
desconforto social.
Fisiopatologia
O osso é uma forma rígida de tec. conjuntivo, formado por células, os osteócitos,
osteoblastos e osteoclastos.
Os osteócitos encontram-se embebidos em uma matriz protéica de fibras colágenas
impregnadas de sais minerais, especialmente de fosfato de cálcio.
A matriz apresenta-se, na fase orgânica, constituída de colágeno, proteínas e
glicosaminoglicanos; na fase inorgânica, encontram-se, principalmente, hidroxipatita, e menores
quantidades de outros minerais.
Os Ob e os Oc estão no periósteo e no endósteo, formando a matriz óssea.
As fibras colágenas dão elasticidade, e os minerais, resistência.
Na velhice, são os minerais que predominam. Essa transposição de conteúdo leva a menor
flexibilidade e aumenta a fragilidade do osso.
Na composição do esqueleto, há aproximadamente 80% de osso cortical ou compacto, com
funções mecânicas e protetora, e 20% de osso trabecular ou esponjoso, responsável pela função
metabólica.
Remodelação Óssea
O osso é um tecido dinâmico que está em remodelação constante, não-uniforme, por toda a
vida.
Entende-se por remodelação o processo de reabsorção e formação ósseas realizadas pelos
Oc e Ob. Esse processo tem 3 funções: reparar microlesões esqueléticas, manter a resistência
esquelética e retirar cálcio ósseo para manutenção da calcemia.
A remodelação ocorre na face interna do osso e é realizada por um conjunto celular
justaposto com os Oc, na frente, e os Ob, atrás, formando a unidade básica multicelular.
Uma vez atingido o pico de massa óssea, o processo de remodelação torna-se a principal
atividade metabólica do esqueleto, desencadeada pela lesão óssea devido ao estresse excessivo.
O resultado final é a reposição óssea em igual quantidade da absorvida, mantendo a massa
constante.
Após os 30 anos, em vários locais do esqueleto, o processo de reabsorção e reposição não
se faz em igual proporção, predominando a fase de reabsorção, devido ao aumento da atividade Oc
ou por diminuição da Ob, sendo mais marcante na mulher pós-menopausa.
Ativação Os pré-osteoclastos Fatores Maiores Fatores Menores
estimulados pelas forças
mecânicas, CSF-GM e Sexo feminino Amenorréia primária ou
microfraturas Baixa massa óssea secundária
transformam-se em Oc. Fratura prévia Hipogonadismo primário ou
Reabsorção Os Oc secretam Raça asiática ou
substancia acida e secundário em homens
(14 a 21 dias)
digerem a matriz orgânica caucásica Perda de peso após os 25
e a mineral do osso. Idade avançada em anos ou baixo índice de
Inversão Há cobertura da cavidade ambos os sexos massa corpórea
(7 a 10 dias) por células derivadas dos História materna de FF Tabagismo, alcoolismo,
monócitos, formando uma
superfície de cimento que e/ou OP sedentarismo
previne a erosão óssea
Menopausa precoce Tratamento com outras
adicional. Essa fase é
mediada por fatores de não tratada drogas que induzem perda
crescimento liberados Tratamento com de massa óssea (heparina,
pela matriz óssea. corticóides varfarina, fenobarbital,
Formação Os osteoblastos
fenitoína, carbamazepina,
(150 dias) preenchem a lacuna com
osteóide, o qual é lítio e metotrexato)
mineralizado Imobilização prolongada
progressivamente. Passado de dieta pobre em
cálcio
Doenças que induzem à
perda de massa óssea
Fatores de Risco
Podem ser divididos em 5 categorias:
1. Idade ou relativo à idade;
2. Genética;
3. Ambiental;
4. Doenças crônicas e hormonais;
5. Características físicas do osso.
A diferença sexual no esqueleto está mais relacionada ao tamanho que à densidade, sendo o osso
masculino frequentemente maior que o feminino.
Contribuindo para a maior freqüência de fratura osteoporótica nas mulheres, sabe-se que a
diminuição da massa esquelética é primariamente causada pela queda dos hormônios gonadais
dependente da idade.
A queda dramática dos hormônios nas mulheres está relacionada à redução da massa óssea,
enquanto, no homem o decréscimo é gradual.
Fatores de Risco para Osteoporose:
Os glicocorticóides atuam no metabolismo do cálcio de várias formas, produzindo OP:
Reduzem a absorção de cálcio atuando diretamente no intestino, suprimindo o seu transporte
ativo através da mucosa intestinal;
Aumenta a excreção de cálcio e fosfato na urina por ação direta no túbulo renal, elevando o
PTH e estimulando a reabsorção óssea;
Diminuem a concentração de androgênios e estrogênios, talvez por inibição central do
hormônio central de gonadotrofina
Reduzem a formação óssea por piora do recrutamento, bloqueio na maturação e inibição dos
osteoblastos.
Sinais e Sintomas
Geralmente OP é assintomática.
Os locais de maior ocorrência de fraturas são vértebras, punho e região proximal do fêmur.
A maioria das fraturas vertebrais ocorre nas vértebras torácicas inferiores ou lombares,
provocadas por mínimos traumas.
A dor por compressão vertebral é aguda.
O colapso vertebral progressivo acaba produzindo cifose, diminuição da altura e da lordose
natural lombar.
Tratamento
O objetivo principal é prevenir as fraturas e assegurar ingestão adequada de cálcio e bons níveis de
vitmina D.
Tratamento farmacológico
Suplementação acompanhada nas refeições
Fármacos de reabsorção do cálcio:
Moduladores seletivos de receptores estrogênicos: Raloxifeno.
Bifosfonatos: etidronato, alendronato, risedronato.
Calcitonina.
corticoides
Flúor- efeito osteo formador.
Testosterona:
SISTEMA CARDIOVASCULAR
É relevante destacar que, após o nascimento, não há mais aumento, hiperplasia, das células
musculares principalmente da musculatura lisa e do musculo cardíaco, já que este é um tecido de
células diferenciadas e não potencializadas.
Assim, alguns fatores podem influenciar no padrão deste orgao. Então, essas alterações
seriam provenientes de:
Alterações de padrões de doença
Variantes de estilo de vida
Envelhecimento, senescência
VALVULOPATIAS
Sintomas e diagnóstico: Não são expressivos em muitas ocasiões o período pré-clínico é longo. E o
inicio sintomático acima dos 70 anos. Quando se manifestam; podem iniciar com uma intolerância ao
esforço, quedas e instabilidade postural, oque dificulta o diagnostico. A angina se deve a um aumento
da demanda miocárdica pela elevada pós-carga e frequente enfermidade coronariana. A sincope de
esforço provavelmente seria por desequilíbrio da resistência vascular periférica e o debito cardíaco.
A insuficiência cardíaca pode ocorrer por um fracasso contrátil ou disfunção diastólica por rigidez
ventricular. Oque pode levantar suspeita seriam:
Sopro sistólico: em foco aortico
Pulso: carotídeo clássico é fraco e lento, ou seja; diminuído em amplitude e atrasado na sístole
tardia. Porem podem ter pouco valor devido a arteriosclerose se instalada.
Insuficiência mitral
É similar a estenose aórtica, onde na metade dos anciões pode-se identificar através de
ecocardiográfica
Calcificação no anel mitral. As válvulas se desestruturam, o anel se calcifica, músculos
papilares sofrem isquemia, as cordas tendineas sofrem envelhecimento ou dilatação ventricular por
disfunção sistólica. pode incidir em eventos vasculares graves, dilatação graves como; fibrilação
auricular, defeitos de condução AV, ictus tromboembolitico e IAM. Sendo 4 vezes mais incidente
entre mulheres. A degeneração mixoide é uma patologia frequente onde a matriz normal se transforma
em um material frouxo com metacromia associada a fatores genéticos e do envelhecimento.
Atentando para as taquiarritmias e facilidade para que se instale endocardite
Fisiopatología
O orifício insuficiente permite que parte do volume ventricular escape anterógradamente de
forma direta com a pressão sistólica ventricular esquerda. Teoricamente uma redução na resistência
vascular periférica diminuiria o refluxo mitral. A dilatação atrial facilita a aparição de fibrilação
auricular e fenômenos tromboembolísticos. O incremento de pressão atrial promove a dilatação das
câmaras com dificuldade para manter o ritmo sinusal e instalar-se fenômenos tromboemboliticos.
Estenose mitral: Pouco frequente no ancião, quando ocorre, geralmente se diagnostica e trata-se
apropriadamente. Os pacientes normais têm sintomas de congestão, fibrilação auricular e fenómenos
embólicos; geralmente são pacientes com hipertensão pulmonar secundaria e muita congestão direita.
O tratamento se deriva do uso de diuréticos para reduzir a congestão. (furosemida e
espironolactona), antiarrítmicos para controlar a frequência ventricular da fibrilação auricular e
anticoagulantes orais.
Insuficiência tricúspide
Muito frequente, geralmente secundaria a hipertensão pulmonar, normalmente por EPOC e DPOC.
DIABETES: i idoso tenda a desenvolver diabetes tipo2, por alterações dos receptores Sglut_4 das
células e uma intolerância aos carboidratos. Sintomas: poliúria, polidipsia e perda de peso.
Glicemia em jejum maior que 126mg/dl. Em TOTG com dextrose em 2 horas; resultado maior que
200mg/dl.
SISTEMA NERVOSO
A longo prazo, de forma degenerativa, há alterações cognitivas provenientes da atrofia
cortical senescente e formação de placas e deposição de beta_amiloide, toxico a célula.
Assim, a partir dos 60 anos, em geral, o SNC começa a degenerar-se, acentuando-se entre os
70-90anos, havendo perdas neurais.
Fisiologicamente, há uma redução do metabolismo celular que reduz a síntese de RNA
citoplasmático, reduzindo a substancia de Nissl (ribossomos e RER produtores de
neurotransmissores), havendo então uma disfunção de neurotransmissores e atrofia do tecido.
Diagnóstico diferencial
Delírium: o curso clínico pode ser agudo-subagudo, com flutuações importantes no estado
mental e alterações no grau de atenção e nível de consciência. È importante sua detecção porque
indica a existência de enfermidade medica subjacente com elevada mortalidade se não tratado a
tempo.
Depressão: influi negativamente sobre as funções cognitivas e pode confundir-se com
demência ainda que também possa coexistir. Geralmente tem maior perda de memoria com escassa
motivação
Exploração neuropsicológica
Avaliar funções cognitivas fundamentais. Deve incluir, exame de atenção, orientação,
linguaje, memoria,
habilidades construtivas, cálculo, raciocínio e capacidade de abstração.
Alguns de testes rápidos se mostram uteis na detecção do deterioramento cognitivo, são:
Mini Mental State Examination (MMSE): o mais empregado: examina a orientação, atenção,
cálculo, memoria imediata e diferida, capacidade visuoespacial, linguagem e habilidade construtiva.
Para ajustar seus valores preditivos se recomenda corrige a pontuação em função da idade e do nível
educacional.
Mini Mental State Examination (MMSE)
3. Atenção e Cálculo (1 ponto por cada resposta correta. Se der uma errada mas depois continuar a
subtrair bem, consideram-se as seguintes como corretas. Parar ao fim de 5 respostas)
"Agora peco-lhe que me diga quantos são 30 menos 3 e depois ao número encontrado volta
a tirar 3 e repete assim até eu lhe dizer para parar". 27_ 24_ 21 _ 18_ 15_
Nota:____
c. "Quando eu lhe der esta folha de papel, pegue nela com a mão direita, dobre-a ao meio e ponha
sobre a mesa"; dar a folha segurando com as duas mãos.
Pega com a mão direita____
Dobra ao meio ____
Coloca onde deve____
Nota:____
d. "Leia o que está neste cartão e faça o que lá diz". Mostrar um cartão com a frase bem legível,
"FECHE OS OLHOS"; sendo analfabeto lê-se a frase.
Fechou os olhos____
Nota:____
e. "Escreva uma frase inteira aqui". Deve ter sujeito e verbo e fazer sentido; os erros
gramaticais não prejudicam a pontuação.
Frase:
Nota:____
6. Habilidade Construtiva (1 ponto pela cópia correta.)
Deve copiar um desenho. Dois pentágonos parcialmente sobrepostos; cada um deve ficar com 5
lados, dois dos quais intersectados. Não valorizar tremor ou rotação. NOTA:_______
Cópia:
TOTAL(Máximo 30 pontos):____
Considera-se com defeito cognitivo:
• analfabetos ≤ 15 pontos
• 1 a 11 anos de escolaridade ≤ 22
• com escolaridade superior a 11 anos ≤ 27
EPIDEMIOLOGIA: a prevalência:
1. Se incrementa com a idade.
2. obtém-se prevalência similares em sexos e idades.
Critérios de demência
a) Desenvolve déficit cognitivos múltiplos que se manifestam por:
1. Alteração da memoria: alteração na capacidade de aprender nova informação ou recordar
informação previamente aprendida.
2. Uma ou mais das seguintes alterações:
a) Afasia.
b) Apraxia.
c) Agnosia.
d) alteração da função executiva (capacidade para pensamento abstrato e para planejar, iniciar,
sequenciar, monitorizar e manter um comportamento complexo).
b) Os defeitos cognoscitivos dos critérios A1 e A2 devem ser de suficiente intensidade para
provocar um deterioramento significativo da atividade social ou laboral.
A demência pode ser de múltiplas causa:
A causa mais frequente no sujeito anciã o ocidental é a enfermidade de Alzheimer.
CLASSIFICAÇOES
1. Demências cortical
a) Enfermidade de Alzheimer (EA)
É uma enfermidade degenerativa primaria de origem desconhecida, caracterizada por perda de
memoria de instalação gradual e continua, com afecção global do resto das funções superiores, que
repercute na atividade social.
Há um grau de inervação colinérgica reduzido em áreas neo-corticais e hipocampicas, com
uma perda de neurônios dos núcleos colinérgicos do prosencefalo basal. Os risco são: historia de
depressão, traumatismo cerebral, baixo nível de instrução, assim como historia genética de
suscetibilidade:
1. Apolipoproteína E alelo 4 localizado no cromosoma19. A presença de ApoE4 incrementa
o depósito de proteína beta-amiloide de forma agregada, associando-se com maior frequência para
desenvolvimento das placas neurítica e marcante déficit colinérgico.
2. Gene de receptor de lipoproteína de baixa densidade localizado no cromossomo 12.
3. O alelo A2 do antígeno de histocompatibilidade HLA, que se codifica no cromosomo.
O diagnóstico de presunção é clínico, com achados de atrofia cortical com Apagamento dos
sulcos cerebrais e dilatação ventricular compensatória
b) Demências frontotemporais
Se caracterizam por declive das funções superiores de progressão lenta, acompanhado de alterações
de condutas sociais, função executiva e linguagem desproporcional em relação ao defeito de
memoria. Sendo de menor frequência, já que mentem suas funções cognitivas complicando o
diagnostico, apresentando somente alterações de condutas marcantes.
2. Demências subcorticais
Associados a pacientes com coreia ou Parkinson, encontrando alterações de marcha, rigidez,
bradcinesia, movimentos anormais. Caracterizando-se por um deterioramento cognitivo progressivo,
com alucinações visuais, perda transitória de consciência e sincopes. Há tendência a quedas
repetitivas.
3. Demências vasculares
È uma demência secundaria derivada da morte neuronal por processos isquêmicos ou
hemorrágicos. Apresentando maior incidência em pacientes com hipertensão arterial, cardiopatia e
diabetes.
Os critérios diagnósticos incorporam uso de métodos de neuroimagen. As causas podem ser
infartos múltiplos, infarto único em área estratégica, enfermidade de pequenos vasos, hemorragias e
hipoperfusión.
4. Demências secundarias
È um conjunto de processos que pode produzir deterioramento cognitivo, destacando-se
transtornos do sistema
nervoso central (infecções, tumores, hematomas subdurais, hidrocefalia), sistémicos ou metabólicos
(enfermidades tireóideas, déficit vitamínico B12, etc.) e polifarmacia.
ALZEHIMER
Critérios
Demência.
Piora progressiva da memoria e de outras funções cognitivas.
Começo entre os 40 e os 90 anos, com maior frequência depois dos 65 anos
Ausência de alterações sistémicas ou outras enfermidades cerebrais que possam produzir
deterioramento progressivo observado da memoria.
Alzheimer provável:
Deterioro progressivo de alguma função cognitiva específica (afasia, apraxia, agnosia).
Alterações de conduta e na realização das atividades diárias habituais..
Antecedentes familiares de transtorno similar.
Provas complementares: TAC cranial atrofia cerebral, líquido cefalorraquídeo e
eletroencefalograma normal.
Diagnóstico
1. Síndrome confusional ou delírium
Síndrome cerebral transitória, aguda reduzindo o nível de consciência, alteração do ciclo sono-
vigília, evolução transitória e reversível. Causada por abstinência de substancia, deprivaçao ou
superestimação sensorial. Tratamento etiológico.
Depressão: falta de motivação e baixo processamento mental, causando alterações do sono apetite,
tristeza, ideias de suicídio. Tratamento: anti depressivo
Tratamento
Tratar os sintomas cognitivos e condutais, educações e suporte de cuidados, assim como tratamento
das complicações.
1. Tratamento sintomático
O tratamento colinérgico inclui diversas possibilidades, inibir a colinesterase, estimulação
direta do receptor colinérgico e estimulação indireta colinérgica.
INCONTINECIA URINARIA
É caracterizada por uma desordem
vesical.
A bexiga é um órgão de musculo liso,
composta pelos músculos: DETRUSOR e o
TRIGONO. Apresentando uma capacidade de
aproximadamente 400-500ml.
O DETRUSOR: apresenta complacência, sua funçao é armazenar e expulsar a urina.
Apresenta 3 camadas de musculo liso: longitudinal, circular e espiral.
O TRIGONO encontrasse no colo vesical, entre os esfíncteres uretrais, sua contração
previne o refluxo pelo ureter novamente e também previne a saída do fluxo pela uretra.
A uretra começa desde o meato uretral interno da bexiga e estende-se ao meato externo,
composta por 2 camadas do musculo detrusor e
tecido conjuntivo. O esfíncter externo,
esquelético, tem inervação voluntaria.
INERVAÇAO: os neurônios motores
são do plexo lombo sacro- Nervo pudendo,
simpático e para-simpatico, enquanto a
coordenação depende de estruturas localizadas
na ponte e núcleos da base cerebral.
A percepção e atividade dependem do
centro cortical da micção (giro pre-central),
lobo frontal, que determina: inicio-retardo-interrupçao da micção.
SNA para-simpatico (s2-s4), através da acetilcolina; promove a contração do musculo liso
nos receptores nicotínicos e muscarinicos.
A ação simpática, beta_2, é inibitória, relaxando a musculatura e facilitando o enchimento.
Os alfas (base da bexiga);contraem o colo promovendo resistência.
O centro cortical da micção inibe o detrusor. Portanto, lesoes por demências, AVE, tumores
(por exemplo), resultam em CONTRAÇOES DESCONTROLADAS do detrusor; aumentando a
frequência de micção (polaciúria) e súbito e intenso desejo de urinar (incontinencia),
Os núcleos da base (putamem, g. pálidos, subst.. negra) demostram ação no esfíncter
externo, modulando seu tônus de contração
Assim, o CICLO seria: enchimento/expulsão.
ENCHIMENTO: simpático: BETA-relaxamento do detrusor, ALFA- tônus esfincteriano.
Nervos somáticos mantem os músculos do assoalho pélvico contraídos com parassimpático inibido.
EXPULSAO: maior de 150-300ml, inversão; parassimpático-contração do detrusor com
relaxamento esfincteriano.
INCONTINENCIA
NO HOMEM: associa-se ao aumento da próstata.
NA MULHER: redução da pressao máxima por redução vascular e atrofia de músculos e tecidos.
Também pode ser causada por uso de medicamentos:
Diuréticos: frequência de emergência
Antipsicoticos: sedação e efeito anti-colinergico
Antagonistas alfa-adrenérgicos: relaxamento uretral
Agonistas adrenérgicos: retenção urinaria
INCONTINENCIA DE ESFORÇO
Perda de urina por aumento de pressão intra-abdominal. Produzida por fraqueza do assoalho pélvico.
INCONTINENCIA POR TRANSBORDAMENTO, neurológica ou por obstrução; ocorre uma
perda continua de pequenas quantidades de urina.
Tratamento
Tratamento nao farmacológico
Dietético
O tratamento dietético é a primeira escolha, com uma dieta rica em fibras, aumentando a massa
fecal e a proliferação de bactérias; diminuindo o tempo de transito intestinal estimulando a
mortalidade e descamação de células colônicas, através de acido graxos voláteis que se desprendem
ao ser destruída a célula pela flora bacteriana.
Consumo de fibra vegetal (de 10 a 60 g/dia) e suficientes líquidos (1-2 litros/dia), assim como
realizar exercício físico de forma regular.
A fibra insolúvel (composta por celulose) é mais recomendável que a solúvel (pectina, gomas e
mucílagos), pois capta maior quantidade de agua, determinando aumento da massa fecal e acelerando
o transito intestinal. Produz menos flatulência já que produz fermentação parcial, (a solúvel se
fermento por completo).
Incontinência fecal
Descrito como a segunda causa de institucionalização no idoso. Sobre tudo quando esta
associada a incontinência urinaria
Mecanismo: depende de elementos (cólon sigmoide e reto) que atuam como reservatório, e
estruturas que fazem função de barreira; esfíncteres anais interno e externo. Na incontinência anal, se
faz uma seletividade inespecífica com passagem de gases e fezes. Não armazenando fezes liquidas.
Produzindo reflexo de defecação súbito ao enchimento da ampola retal, com volume suficiente para
desencadear o arco reflexo.com relaxamento reflexo do esfíncter anal interno, aumento da pressão
intra-abdominal e relaxamento do esfíncter externo (fase voluntaria).
Etiología: diarreia severa. Com dois tipos básicos: incontinência fecal baixa e incontinência fecal
alta.
Factores de risco
Incontinência urinaria.
imobilidade
Enfermidades neurológicas previas.
Alterações cognitivas.
Idade maior de 70 anos.
Clasificaçao
Grau I: continência normal.
Grau II: dificuldade de controle de gases e líquidos.
Grau III: incontinência total para líquidos.
Grau IV: incontinência a fezes sólidas.
Tratamento
Corrigir a enfermidade subjacente, se possível.
Tratamento farmacológico: codeína (30 mg/8 h) e loperamida (4-8 mg/día;
OBSTRUÇAO INTESTINAL
A obstrução intestinal pode ser aguda ou crónica, mecânica ou adinâmia e simples ou
estrangulada;
obstrução mecânica quando existe
um obstáculo a passagem do conteúdo intestinal (podendo acompanhar-se de compromisso vascular),
e de íleo paralítico, quando não há verdadeira interrupção. As aderências e hérnias são as lesiones
do intestino delgado mais habituais como causa de obstrução aguda. O íleo paralitico aparece quando
a ausência de estimulação nervosa reflexa impedindo o peristaltismo, aparecendo em períodos de
agressão peritoneal, secundário a cirurgias abdominais, em complicação de hérnias.
Causas mais frequentes de mortalidade por câncer no ancião, segundo idade e sexo
-60 a 79 anos
Homem
1.º Bronco pulmonar
2.º Colorretal
3.º Próstata
Mulher
1.º Mama
2.º Colorretal
Maiores de 79 anos
Homem
1.º Próstata
2.º Bronco pulmonar
3.º Colorretal
Mulher
1.º Colorretal
2.º Mama
Etiopatogênia
A idade é o principal fator de risco para proceder o câncer.
Alterações do metabolismo: as mudanças fisiológicas que se produzem na velhice, como a
diminuição da função renal e hepática, implicando uma menor metabolização e excreção de
productos potencialmente carcinogênicos, somado a atrofia das mucosas digestivas, a
diminuição da secreção gástrica, as carências de zinco e de selênio .
Alterações do sistema imune: sua função diminui com a idade, reduzindo os linfócitos T
com provável aumento de risco para infecções e neoplasias.
Radicais libres: e mutações.
DETECÇAO
A prova de antígeno prostático ou PSA, por exemplo, permite que o câncer de próstata seja
detectado em um estagio mais precoce, devendo-se iniciar a partir dos 65 anos, segundo a Sociedade
Americana do Câncer.
Tratamento
Os benefícios do tratamento do câncer proporcionam desde aumentar a expectativa de vida,
manter e melhorar a qualidade de vida e funcionalidade até palear os sintomas. Seus riscos incluem
as complicações da cirurgia, radioterapia e quimioterapia, (infecções por neurogenia, anemia,
hemorragia, mucosite, cardio e neurotoxicidade, alterações cognitivas, de humor, de equilíbrio,
alterações visuais, auditivas e incontinência esfincteriana), podendo todos estes fatores precipitar a
dependência funcional do paciente.
Fisiopatologia
A próstata tem um tamanho variável, forma de castanha e consistência elástica, com
superfície lisa e um sulco que a divide. Sendo palpável somente pela parede retal. Apresentam
receptores -adrenérgicos entre os componentes do músculo liso. Os sintomas são causados por 2
mecanismos:
A obstrução mecânica
b) obstrução dinâmica
No estagio inicial há uma obstrução em nível da saída da urina. Na segunda fase o detrusor
não é capaz de vencer a obstrução, podendo aparecer retenção urinaria, irritação e
hipersensibilidade com risco de infecção urinaria e renal.
Etiologia
Idade avançada
Aumento de estrógenos e de alguns metabolitos da testosterona;
Aumento da atividade da 5-α-reductase, que é a encarregada da transformação de
testosterona a di-hidrotestosterona (DHT)
Outros fatores de crescimento.
Manifestações clínicas
Sintomas obstrutivos e outras manifestações como: hematúria, infecção urinaria, insuficiência
renal, incontinência
urinaria, litíases vesical...a hematúria é consequência da ruptura dos capilares sanguíneos na bexiga
e formação de coágulos.
Tratamento médico
Terapia antiandrogénica; análogos dos GNrH
Bloqueantes α-adrenérgicos
Tratamento combinado
Fitoterapia.
DISFUNÇAO SEXUAL
A partir dos 50 anos, a funçao sexual torna-se decrescente devido a menopausa na mulher e
a disfunção erétil no homem.
Há também uma diminuição na frequência de atividade sexual do individuo, onde podemos
citar, na ordem de maior prevalência, os seguintes fatores:
1- Capacidade e interesse do parceiro
2- Estado de saúde
3- Impotência masculina ou dispareumia feminina
4- Efeito colateral de medicamentos
5- Perda de privacidade, ex: viver com filhos.
FISIOLOGIA:
Inicia-se com o desejo sexual, podendo ser de origem somática, visual, olfatica ou auditiva,
sendo qualquer estimulo capaz de causar excitação a nível cortical. No caso do estimulo tátil,
clássico, a sensibilidade provem do nervo pudendo do plexo lombosacro, onde afere ate a área
cortical do desejo sexual.
Como resposta eferente, podemos ter ativação do SNA:
PARA-SIMPATICO: vasodilatação dos corpos ereteis; EREÇAO, abertura das glândulas
lubrificantes para favorecer o coito.
SIMPATICO: provem de L1 e L2, fazendo contração do duto deferente (emissão); o
ejaculado cai na uretra e então ocorre a EJACULAÇAO.
Na mulher, as alteraçoes clássicas da menopausa, atrofia genital, dispareumia (dor ao ato
sexual) e mudança estéticas, afetam seu psicológico inibindo o desejo sexual.
No homem, ocorre de forma inespecífica, embora a espermatogênese decresça a partir dos
40 anos, continua ativa até os 80-90 anos, assim, a maioria das disfunções ocorrem por déficit de
ereção (alterações vasculares), e não por diminuição do desejo.
DISFUNÇAO SEXUAL ERETIL: mais comum nos homens, apresentando como causas:
Transtornos vasculares: dificuldade de vasodilatação/vasoconstrição
Medicação: farmacodinâmica e famacocinetica
Medicamentos: anti-hipertensivos, psicotrópicos, anti-ansioliticos, diuréticos...
Toxicos: álcool, tabaco.
Endócrino: tireoidopatias, cushing, diabetes
Neurologicos: AVE, epilepsia, esclerose, Parkinson
Enfermidades sistêmicas: insulficiencia renal, DPOC, ICC...
ALERTA: quando há transtorno de ereção por causa vascular, antes de tratar a disfunção, deve-
se pesquisar cardiopatia coronariana e risco de IAM por aterosclerose, sendo então a DE de
causa vascular fator de risco para doença coronariana.
TRATAMENTO
1-DROGAS DE AÇAO CENTRAL E PERIFERICA; não inibidores da
fosfodiesterase_5, mais indicadosmpara disfunção erétil orgânica, ( depressão, ansiedade, baixa
libido e sem patologia orgânica).
Os fármacos atuam como antidepressivos de ação serotoninérgica promovendo relaxamento
da musculatura cavernosa e excitação.
2- INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE_5; atua na via mais importante da ereção, na
liberação de oxido nítrico que promove a vasodilatação cavernosa. Através da transformação do
GTP em GMP_ciclico, diminuindo o cálcio intra-celular e relaxando a musculatura lisa cavernosa.
Após isso, a fosfodiesterase_5 hidrolisa o GMP levando o pênis ao estado flácido.
Assim, os inibidores da PDE5, matem a resposta erétil:
Sildenafil
Vardenafil
Tadalafil
Tem metabolismo e excreção hepática, assim, contraindicados em cirrose, insuficiência renal e
doença cardíaca
FARMACOLOGIA DO IDOSO
Farmacocinética – o que o corpo faz com a droga.
Farmacodinâmica – o que a droga faz com o corpo.
FARMACOCINETICA
A farmacocinética engloba os seguintes processos: absorção, distribuição, metabolização e
eliminação.
Absorção: O processo de absorção das drogas nos idosos é pouco influenciado pelo
envelhecimento, trazendo repercussões mínimas na prescrição, exceto em idosos mais frágeis e com
polifarmácia. Nestes, o uso concomitante de drogas que reduzem o pH gástrico pode prejudicar a
absorção de determinadas drogas. Por outro lado, alguns cuidados devem ser obedecidos:
Algumas drogas são capazes de alterar a palatibilidade dos alimentos, causando inapetência
e perda de peso: fluoxetina, digoxina, inibidores da ECA, sulfato ferroso, anticolinérgicos, etc.
Nos idosos dementados, o comprimido ou cápsula pode ficar mais tempo na cavidade oral,
aumentando o risco de irritação e erosão local.
Disperistalse esofageana comumente associada ao envelhecimento pode favorecer a
permanência de comprimidos na luz esofagiana, aumentando o risco de reações locais, como, por
exemplo, com os bifosfonatos.
Redução da síntese de HCL e aumento do pH gástrico: alteração no grau de ionização e
solubilidade de certas drogas. Redução do esvaziamento gástrico e da motilidade gastrintestinal: taxa
de absorção mais lenta.
Redução do fluxo esplâncnico.
Difusão passiva: a polifarmácia pode causar competição pelo sítio de absorção e
conseqüente aumento ou redução da absorção das drogas. Redução do transporte ativo
transmembrana: redução das células absortivas intestinais.
Distribuição: O nível sério das drogas depende da composição dos compartimentos corporais, e das
características físico-químicas e moleculares das drogas.
A meia-vida é diretamente proporcional ao volume de distribuição e inversamente
proporcional à velocidade de depuração da droga.
O volume de distribuição é a quantidade da droga no corpo a uma dada concentração.
Tendo em vista a redução da quantidade de água e o aumento proporcional de tecido adiposo,
via de regra as drogas hidrofílicas se distribuem num menor compartimento enquanto que nas drogas
lipofílicas ocorre o contrário.
As drogas ácidas circulam ligadas à albumina e as drogas básicas ligam-se à α1-ácido
glicoproteína. Com o envelhecimento, há tendência à redução do nível sérico de albumina e aumento
da α1-ácido glicoproteína.
Redução da água corporal total: Menor volume de distribuição das drogas hidrossolúveis:
aumento na concentração plasmática inicial. O uso de diuréticos reduz mais ainda o volume
de distribuição.
Aumento da gordura corporal; Maior volume de distribuição de drogas lipossolúveis
prolongando a duração do efeito.
Redução da massa muscular magra: Maior concentração sérica inicial: reduzir dose de
ataque
Metabolização e Excreção
Com o envelhecimento ocorrem alterações na eliminação pré-sistêmicas (1º passagem
hepática), metabolização hepática e eliminação renal.
A redução do efeito da primeira passagem hepática aumenta a biodisponibilidade das drogas
lipossolúveis, como o propanalol, nitrato, metildopa, morfina, etc.
Além disso, o clearance hepático não se faz pela eliminação da droga (excreção biliar) e sim
pela inativação das drogas.
A biotransformação hepática é fundamental para as drogas altamente lipofílicas, que
apresentam difícil excreção renal. Com o envelhecimento ocorre comprometimento da
biotransformação hepática, secundário às seguintes alterações:
Redução de 35% dos fluxos sanguíneo hepático.
Redução do tamanho do fígado (35%).
Redução do conteúdo, afinidade e atividades das enzimas hepáticas (sistema microssomal
hepático): algumas drogas são indutoras do clearance microssoma hepático, enquanto outras
tem efeito inibidor, aumentado o risco de interação droga-droga.
As alterações hepáticas mais significativas restringem-se ao comprometimento do sistema
microssomal hepático.
O envelhecimento renal associado às co-morbidades comuns no idoso compromete o
clearance das drogas, aumentando o risco de toxicidade daquelas excretadas pelos rins.
A queda do clearance de creatinina não é acompanhada por uma elevação proporcional da
creatinina sérica, provavelmente pela redução concomitante da massa muscular (sarcopenia). Assim,
a dosagem sérica da creatinina não reflete adequadamente a função renal.
A dose das drogas excretadas pelo rim deverá ser corrigida conforme o clearance de
creatinina medido ou estimado: inibidores da enzima conversora, amantadina, clorpropamida,
cimetidina, digoxina, furosemida, litium, metformim, ranitidina, vancomicina, entre outras.
FARMACODINAMICA
A farmacodinâmica das drogas está modificada pelas alterações dos mecanismos de controle
homeostático e alterações nos receptores e pós-receptores ligadas ao envelhecimento.
Ambas são agravadas pela presença de co-morbidades e/ou drogas. As principais alterações
dos mecanismos de controle homeostático são:
Controle da pressão arterial: mais tendência à hipotensão ortostática por disfunção do
barorreceptores, agravadas pelo uso de anti-hipertensivos, neurolépticos, tricíclicos,
benzodiazepínicos, anti-parkinsonianos, etc.
Menos atividade colinérgica central: mais tendência à confusão mental e delirium agravado
pelo uso de drogas como a teofilina, drogas anticolinérgicas, betabloqueadores, hipnóticos,
etc.
Comprometimento do controle postural: mais tendência a quedas, agravada pelo uso de
psicotrópicos, particularmente os benzodiazepínicos de média e longa ação (lipossolúveis).
Comprometimento da termorregulação, agravado pelo uso de neurolépticos, barbitúricos,
álcool.
Redução da função dopaminérgica: mais sensibilidade extrapiramidal.
IMUNIDADE E SENESCENCIA
Embora virtualmente todas as células imunologicamente ativas possam exibir modificações
relacionadas à idade, as células T são as que teriam maior vulnerabilidade aos potenciais efeitos
deletérios do envelhecimento.
Declínio na função envolvendo a proliferação das células T. tem-se demonstrado que o
envelhecimento é acompanhado por um progressivo aumento na proporção de células que funcionam
pobremente.
Esta alteração seria atribuída tanto ao prejuízo na produção do fator de crescimento da célula
T (IL-2 produzida pela célula T-auxiliar), como também ao prejuízo da resposta a este fator de
crescimento, quando comparado com jovens.
O declínio da capacidade imune com a idade poderia ser atribuído à prevalência de um
linfócito T com fenótipo “senescente”. Sua maior característica é a irreversibilidade da perda de sua
capacidade replicativa.
A senescência replicativa é uma conseqüência da divisão celular e não de um tempo
cronológico.
Com o avanço da idade há um aumento no numero de células que parecem normais, mas
falham em responder ao estímulo ativador.
Há também, no envelhecimento, um aumento na proporção das células de memória em
relação às virgens, o que resultará numa diminuição do potencial de reatividade a novos antígenos.
As células secretam menos IL-2 que é um fator de crescimento para linfócitos T. Além disso,
as células de doadores velhos não expressam receptor para IL-2 na mesma proporção e não
transcrevem mRNA para IL-2 da mesma forma que em jovens.
Estudos da transdução de sinais mostram que a mobilização do cálcio, a fosforilação de
proteínas, a ativação de quinases e a ativação genética para a progressão do ciclo celular estão
modificadas nas células de indivíduos velhos, comparados com jovens.
A ativação celular por si só resulta em diferentes padrões de resposta pelas células de
doadores velhos. Enquanto algumas células podem não liberar IL-2 após a ativação, elas liberam
outros fatores, como o IFN-γ, o TNF-α, IL-1, IL-6 e TGF, mais do que os liberados por células mais
jovens.
Assim, existe uma perda da função celular, uma modificação da habilidade em responder aos
eventos de ativação e modificações básicas da resposta aos eventos desta ativação.
O sistema imune se modifica com a idade: a dimensão e as conseqüências destas
modificações, porém, ainda são matéria de intensa controvérsia na literatura.
A alteração parece ser maior na qualidade (mecanismo de ativação), do que na quantidade de
linfócitos.
Alterações Linfocitárias com o Envelhecimento
Fatores Efeito
Produção de IL-1 Aumenta
Produção de IL-2 Diminui
Produção de IL-6 Aumenta
Expressão do receptor para IL-2 Diminui
CALENDARIO VACINAL
NUTRIÇAO DO IDOSO
No envelhecimento normal, há mudanças da demanda metabólica.
Prevalencia de desnutrição:
20% pacientes ambulatorias
60% paciententes em hospitalizaçao
90% idosos institucionalizados
Os 9 “d”, fatores de risco para desnutrição no idoso: Drogas, Demencia, depressão, disfagia,
dentição, doenças, diarreias, disgeusia (disfunção do paladar), disfunção.
Há redução da secreção gástrica de fator intrínseco que produz saciedade precoce somado e menor
velocidade de esvaziamento gástrico. A diminuição de vit D e menor exposição ao sol aceleram o
balanço negativo do cálcio e favorecem a caquexia.
CONCEITOS:
SARCOPENIA: perda de massa muscular em níveis prejudicias para a homeostasia.
INANIÇAO: desnutrição calórico-proteica que leva a redução de massa gorda ou magra,
secundário a o jejum prolongado.
ANOREXIA: perda de apetite, complexo por redução de neurotransmissores, atraso de
esvaziamento gástrico, aumento de leptina e citocinas tnf, il6 e il1.
COMSUPÇAO: perdade peso involuntária, de massa magra e gorda, independente de
ingestão.
CAQUEXIA: perda de massa magra e gorda secundaria a processo inflamatorio e
neoplásico.
ANTROPOMETRIA
IMC: 22-27 KG/m2- ideal. < desnutrição, > sopre-peso.
Cicunferencia da panturrilha: medir massa muscular no idoso, se menor que 31cm; indica
perda de massa muscular.
Necessidade energética basal p idosos 20-30 kcal/kg/dia
Proteinas 0,8-10 g/kg/dia
Fragilidade: 1,o-1,2 g/kg/dia
UTI e caquexia: 1,5-2,0 g/kg/dia
H2O 30ml /kg/dia
VITAMINA D: 700-8000 UI/dia; melhora força muscular, funçao de extremidades superiores
e diminui quedas em 20%
Fibras e prébioticos: melhora obstipação.
SODIO < 100 meq ou 2g / dia
Vitamina E (prevençao de desmielinizaçao), acido fólico e ferro.
TIREOIDE
Síntese e Armazenamento de Hormônios nas Células Foliculares
A tireóide é a única glândula endócrina que acumula seu produto de secreção em quantidade
apreciável. O armazenamento é feito no colóide. O colóide é constituído principalmente por uma
glicoproteína denominada tireoglobulina, a qual contém os hormônios da tireóide T3 e T4.
A síntese e o acúmulo de hormônios ocorrem em quatro etapas:
Síntese de tireoglobulina, que se dá no reticulo endoplasmático granuloso, carboidrato é
adicionado à proteína no interior das cisternas do retículo e no Complexo de Golgi e o
produto final, a tireoglobulina, deixa o aparelho de Golgi no interior de vesículas que se
dirigem para a porção apical da célula e liberam a tireoglobulina para o lúmen do folículo.
A captação de iodeto circulante é realizada por uma proteína situada na membrana
basolateral das células foliculares que transporta dois íons simultaneamente em direções
opostas. Esta proteína é chamada co-transportador de Na/I, ou BOMBA DE IODETO,
concentrando o iodo dentro da célula folicular por cerca de 20-100 vezes acima dos níveis
séricos, e traz para dentro da célula um íon iodeto ao mesmo tempo que coloca para fora um
íon sódio.
O iodeto intracelular é oxidado por H2O2, TIREOPEROXIDASE, em seguida é
transportado para uma cavidade do folículo por um transportador de ânions. Um candidato a
esse transporte é uma molécula chamada pendrina.
No interior do colóide ocorre iodação das moléculas de tirosina da tireoglobulina. Deste
modo são produzidos T3 e T4,fazem parte de grandes moléculas de tireoglobulina. A
TIREOPEROXIDASE converte o iodeto em iodo, dois átomos de iodo são ligados a cada
resíduo de tirosina (monoiodotirosina (MIT) e diiodotirosina (DIT))= 2 DIT= T4,
1DIT+1MIT=T3
No ancião, observan-se áreas de atrofia e fibrose. Associadas atrofia dos folículos e seu
conteúdo coloide. Assim a resposta sensível ao TSH e TRH pode diminuir com a idade, ainda que
os valores de TSH não se modifiquem fisiologicamente. Há diminuição da recaptaçao renal de iodo
e captação de iodo pela tireoide, assim uma menor produção de T4 e menor concentração de T3
porem, os níveis de T4 encontran-se normais devido a redução do metabolismo basal e menor
degradação de T4, normatizando as concetraçoes plasmáticas.
HIPOTIREOIDISMO:
TSH reduzido e T4 reduzido; um hipotireoidismo central, com inibição do eixo.
TSH elevado e T4 diminuido, podem sugerir hipotireoidismo por possível tireoidite
autoimune, com infiltração de linfócitos e fibrose, com perda de tecido funcional.
Sinais: edema, apatia, bradipsiquia, deterioramento psíquico, diminuição de transporte ativo
(renal e das bombas) levando a hipocalcemia e hiponatremia que acarretariam fadiga, astenia,
disfunção de homeostasia, bradicardia hipotonia, aumento da creatinina.
A alteração da Homeostasia, favorece ao aparecimento de COMA MIXEDEMATOSO.
Transtorno com mortalidade superior a 50%, pode ocorrer tanto em hipotireoidismo
primaria como secundario É uma condição 4 a 8 vezes mais comum em mulheres do que em homens,
o que se deve à maior incidência do hipotireoidismo primário no sexo feminino. O quadro pode ser
precipitado por condições diversas, tais como: exposição ao frio, infecção, trauma, acidente vascular
cerebral, insuficiência cardíaca (ICC), hemorragias gastrointestinais, hipoglicemia ou
drogas (tranqüilizantes, sedativos, anestésicos, analgésicos, narcóticos, amiodarona, lítio, fenitoina).
Os sinais que o antecedem são; letargia, hipotonia, bradpneia, bradicardia e hipoglicemia.
FISIOPATOLOGIA
No hipotireoidismo de longa duração, algumas adaptações fisiológicas ocorrem para manter
a homeostase, ainda que mediante um balanço precário. A redução do metabolismo basal e a
diminuição do consumo de oxigênio resultam em vasoconstrição periférica para manter a temperatura
corporal. O número de receptores b, adrenérgicos está reduzido, usualmente com preservação dos
receptores a adrenérgicos e das concentrações de catecolaminas, levando a um desequilíbrio b/a
adrenérgico, o que acarreta hipertensão diastólica e redução do volume sangüíneo total.
O CM é uma forma de hipotireoidismo descompensado, na qual os mecanismos de adaptação
não serão mais suficientes e, essencialmente, todos os órgãos são afetados.
Alterações neurológicas: O mecanismo exato não é bem conhecido, mas a diminuição do fluxo
cerebral, associada à diminuição do consumo de oxigênio e das concentrações de glicose, assim
como a redução dos concentrações de T4 e T3 influenciam a função cerebral. hiponatremia
decorrente de disfunção renal pode ser um fator contribuinte adicional.
TRATAMENTO
Se houver suspeita clínica de CM, Internar em cuidados intensivos. As primeiras 24 - 48 horas são
críticas.
Prioridade Iniciais:
1. Ventilação mecânica, se houver hipercapnia/hipóxia significantes.
2. Reposição hormonal imediata, enquanto se aguardam resultados confirmatórios.
3. Aquecimento com cobertores comuns e uma sala quente (aquecimento rápido, ativo, é contra-
indicado, pois pode provocar vasodilatação periférica e induzir o choque circulatório).
4. Administração de corticóides, após a coleta de sangue para cortisol plasmático.
5. Tratamento de infecção associada.
6. Correção de hiponatremia grave (Na < 120 mEq/L).
Correção de hipoglicemia com glicose, endovenosa
- tratamento de hipotensão grave, com administração cuidadosa de solução glicosada a 5-10%, e
solução fisiológica a 0,9% ou salina hipertônica, se existir hiponatremia <120 mEq/L);
- reajuste de dose de qualquer medicação para compensar a diminuição da perfusão renal, ou o
aumento da meia vida da droga, etc.;
- digital ou diuréticos deverão ser administrados com cautela para os pacientes com ICC.
Reposição Hormonal: A conversão de T4 para o T3, nesses pacientes, está prejudicada. Assim, a
administração de T3 seria recomendável. Entretanto, a administração de T3, por ser de ação imediata
e ter meia-vida curta, pode, provocar arritmias, principalmente se a função miocárdica estiver
comprometida.
Terapia com esteróides: Hidrocortisona – 100 mg a cada 8 h, EV, continuadamente até que o a valor
da dosagem de cortisol plasmático, colhido previamente, seja conhecido e mostre-se normal
Reposição de volume: Administração de glicose e de salina deverá ser realizada cuidadosamente,
porque os pacientes são, usualmente, hipervolêmicos e podem desenvolver ICC em face da disfunção
ventricular, decorrente do hipotireoidismo.
Se o Na for < 120 mEq/l, considerar a administração de salina hipertônica, EV, seguida de
furosemide, EV.
Tratamento cirúrgico
Os pacientes deverão ser estabilizados com T4e glicocorticóides antes de procedimentos
cirúrgicos.
Em situações que requerem cirurgia de urgência, deverá ser administrada uma dose de 200-
500 mcg de L-T4 e glicocorticóides, endovenosos, antes da indução anestésica.
Dieta
Considerando que a motilidade intestinal está
usualmente diminuída, a ingestão alimentar não
deverá ser permitida até que o paciente esteja
alerta e com ruídos hidroaéreos ativos, quando,
então, alimentação pastosa deverá ser
gradualmente instituída.
HIPERTIREOIDISMO
Aumento excessivo dos níveis de hormônios tireoidianos.
CAUSAS:
Doença de Graves, auto-imune cujo acs estimulam os receptores de síntese e secreção de T3
e T4.
Bocio Multinodular: podendo ser toxico ou não-toxico, quando toxico proporciona mutações
celulares a nível do receptor de TSH, levando a uma expansão clonal de células autônomas.
Adenoma toxico produtor de hormônio, produz T3 e T4
Raramente por excesso de TSH
Iatrogenia por excesso de medicamento estimulante da tireoide.
SINAIS E SINTOMAS: perda de peso, taquicardia, fibrilação auricular, angina (por excesso de
esforço do miocárdio e isquemia) icc, hipersudorese e hipertermia.
Analisar TSH e T4 Livres
TRATAMENTO: iodo radioativo; deprimi as reservas de T3 e t4, porem pode converter
o quadro para hipotireoidismo, onde deve-se então tratar hipotireoidismo posteriormente.
ESCALA DE GLASGOW
Pontuação total: de 3 a 15
3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo)
4 = Coma profundo;
7 = Coma intermediário;
11 = Coma superficial;
15 = Normalidade.
Classificação do Trauma cranioencefálico (ATLS, 2005)
3-8 = Grave; (necessidade de intubação imediata)
9-12 = Moderado;
13-15 = Leve.
Definição: Ausência total e irreversível das funções cerebrais, incluindo tronco cerebral.
Os exames clínicos devem ser realizados por 2 médicos diferentes sendo:
Um Neurologista ou Neurocirurgião não membro da equipe da UTI.
Um Intensivista (de preferência)
Nenhum deles pode participar da equipe de transplante ou de remoção.
Deve ser respeitado o intervalo entre os exames para cada faixa etária.
Deve ser feito o teste de Apnéia (contestado por alguns pesquisadores mas aceito legalmente
no Brasil).
O diagnóstico não admite apenas os exames clínicos.
CUIDADO: ARMADILHAS
Exclusivamente reatividade supraespinhal (testadas no protocolo) Não é afastado por sinais
infraespinhais:
1. Reflexos osteotendinosos profundos.
2. Cutâneos abdominais.
3. Cutâneos plantares (flexão ou extensão).
4. Cremastérico Superficial ou profundo.
5. Ereção peniana reflexa.
6. Sinal de Lázaro (isquemia aguda dos neurônios motores periféricos)
Diabetes Insípidos não é obrigatória.
SERIE VERMELHA;
Hemoglobina: avaliação anemia; hipocromia/hipercromia
Hematócrito: Hemácias em sangue total
VCM: tamanho de hemoglobina, pode avaliar; macrocitose/microcitose
VHS: marcador inflamatorio de sedimentação sanguínea por maior atividade enzimático
hidrolitica. Fibrinogenio que causa adesão de hemácias, maior densidade e maior sedimento.
RDW: avalia heterogenicidade das hemaceas em relação ao seu tamanho, marcador de
precocidade.
RECICLAGEM 100-120 dias
SERIE BRANCA; relevância para identificação de leucemias no idoso.
LEUCOCITOS: total de células
Neutrófilos (PMN)- th2
Bastonetes
Segmentados
Eosinófilos (PMN)- th2
Basófilos (PMN)- th2
Monócitos (MMN)- th1
Linfocitos (MMN)- th1
PLAQUETAS; coagulação
Uma redução total dos 3 elementos do hemograma: pancitopenia
METABOLICO:
Carboidratos: glicose: glicemia/ TOTG/ recentemente HBA hemoglobina glicada ( avalia vida útil
da HB mo metabolismo, em 120 dias).
LIPIDIOS: lipidograma(HDL, LDL, VHDL) ácidos graxos (gordura livre), colesterol (funçao
estrutural e hormonal).
PROTEINAS: Albumina, carregadora plasmática e homeostasia.
FUNCIONAL