A criança não nasce com autoestima, a construção dela é iniciada na infância.

O fator que mais influencia

na autoestima infantil é o ambiente familiar. Esse autovalor é construído a partir da relação estabelecida
com os pais, ou com os primeiros cuidadores, a maneira como se fala da criança ou se dirige a ela pode
ser decisiva para moldar a visão que a criança terá de si mesma. Logo, o autovalor depende da dedicação
e atenção que lhe é dada desde a infância. O importante não é a quantidade de tempo dedicada à criança e
sim a qualidade.

Uma autoestima positiva é construída por meio de contato, do olhar, de palavras de amor, de
compreensão e de limites, sem exageros, de maneira que eles saibam que errar é normal, que não
precisam ser gênios ou terem as maiores notas, serem os mais bonitos para serem amados ou aprovados
por seus pais.

A capacidade de aumentar a autoconfiança de uma criança pode ser ocasionada por elogios, porém,
somente quando forem absolutamente sinceros e consequentes de uma atitude realizada pela criança. Os
elogios não sinceros podem ter efeito contrário ao esperado, sujeitando a criança a desenvolver
insegurança, devido ao fato de ela não se reconhecer nos elogios recebidos.

Com uma autoestima positiva, ela se aceita e se sente bem em ser quem é, caso contrário, ela passa a
comparar-se com outras e ver a si mesma sempre inferior ou incapaz.

A criança que não tem sua autoestima fortalecida acaba não desenvolvendo a vontade de aprender, de
questionar, de repensar valores, de amadurecer construtivamente, de decidir, de pensar, se sente inseguro
quanto à sua capacidade de reter conhecimento, resolver problemas e interagir em igualdade com outros,
tende a se afastar, se recolher do ambiente escolar, causando a dificuldade de aprendizagem, pouca
interação social e evasão escolar.

Baixa autoestima e dificuldades de aprendizado, existe sim uma relação entre a maneira como nos
enxergamos e nossa capacidade de aprender

O ser humano necessita se sentir amado e respeitado e é importante que os pais conheçam seus filhos,
valorizando a essência dessa criança, para que ela se sinta pertencente e desperte seu desejo de aprender

Trate seu filho como um ser que é amado por ser quem ele é, como ele é, independente de méritos ou da
falta deles. Deixe-o saber que ele não é melhor e nem inferior a ninguém e pode crescer e se desenvolver
dentro das próprias características, habilidades e capacidades. Que ele não tem que provar nada a
ninguém, e a única pessoa com quem ele deve se comparar é consigo mesmo.