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SÍNDROME DO PULMÃO ÚMIDO (SPU) OU

TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM – NASCIDO (TTRN)

Definição: alteração respiratória caracterizada pela presença de edema


pulmonar decorrente da diminuição do clearance de líquido pulmonar. Ocorre
no recém-nascido (RN) prematuro tardioe no RN termo, e geralmente está
associada à cesárea eletiva sem trabalho de parto (TP). Apresenta evolução
benigna e autolimitada, mas alguns RN têm piora clínica e fadiga respiratória,
necessidade de ventilação mecânica e ocorrência de complicações, como o
pneumotórax e a hipertensão pulmonar.

Incidência: é estimada em torno de 1% a 2%.

Sintomatologia: na maioria dos casos é transitória e autolimitada, com


duração de três a cinco dias, mas pode apresentar quadro mais prolongado
com hipertensão pulmonar persistente neonatal (HPPN).

 Desconforto respiratório precoce nas primeiras horas após o


nascimento, caracterizado como taquipneia, frequência respiratória (FR)
> 60 rpm;

 Dispneia associada à retração da caixa torácica;

 Batimento de asa de nariz;

 Gemido expiratório;

 Cianose.

Diagnóstico:

 Raio–X de tórax: hiperinsuflação pulmonar com retificação do diafragma,


infiltrado difuso e homogêneo de edema pulmonar, congestão perihilar e
espessamento, derrame cisural.

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 Gasometria arterial: revela hipoxemia e hipercapnia, resultando em
acidose respiratória.

Diagnóstico Diferencial

 Pneumonia;

 Cardiopatias;

 Síndrome de Desconforto Respiratório.

Medidas de Suporte:

 Ambiente termoneutro;

 Manipulação mínima;

 Correção dos distúrbios metabólicos e ácido - básicos.

Oferta hídrica: de 60 a 70ml/kg/dia entre o 1º e o 2º dia, com ajuste conforme


a rotina de hidratação do serviço.

Administração de antibiótico: conforme normatização de antimicrobianos.

Aspectos nutricionais: de início, jejum oral com a velocidade de infusão de


glicose (VIG) adequada (4-6mg/kg/minuto), nutrição parenteral ou enteral
precoce e de acordo com as condições clínicas e hemodinâmicas (capítulo de
dieta enteral e parenteral).

Oxigenoterapia e ventilação: a oxigenoterapia é administrada na forma de


halo, e nos casos mais graves, de CPAP nasal e ventilação mecânica.

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