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Gabarito TC Português 1º Bimestre - 1º Ano
Gabarito TC Português 1º Bimestre - 1º Ano
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5) Sim, trata-se de personagens alegóricas, já 4) Todo-o-Mundo é ambicioso e insaciável, percepção da passagem do tempo (mais
que não representam propriamente indi- anda sempre atrás de dinheiro, prefere o lenta ou mais acelerada) tem a ver com o
víduos, com psicologia própria, com carac- status social à virtude, gosta de ser estado emocional da moça.
terísticas pessoais. Diferentemente, cada elogiado; é mentiroso e lisonjeiro.
uma representa uma classe ou grupo social. 5) O fato de Todo-o-Mundo ou Everyman MÓDULO 10
6) Verdadeiras: B, C, D, F, H, I, J, K e N. ser personagem constante do teatro CANTIGA FOLCLÓRICA
Falsas: A, E, G, L, M, O, P e Q. medieval indica que Gil Vicente se ligava
a essa tradição teatral, e não à tradição do 1) Marinha 2) Dialogada 3) Alba
MÓDULO 5 teatro clássico. De fato, seus autos têm o 4) Bailia 5) Dialogada
LINGUAGEM POÉTICA: feitio característico das representações
POESIA LÍRICA medievais e não aderem em nada aos MÓDULO 11
princípios do teatro clássico. CANÇÃO POPULAR E
1) Gato que brincas na rua / Como se fosse 6) Eles tiram a “moral da história”: Berzebu TRADIÇÃO FOLCLÓRICA
na cama, / Invejo a sorte que é tua / dita a Dinato suas conclusões a respeito
Porque nem sorte se chama. / Bom servo do comportamento de Todo-o-Mundo e 1) Uma mulher. Presume-se que se trate de
das leis fatais / Que regem pedras e Ninguém. É como se a humanidade esti- uma mulher porque os versos se referem ao
gentes, / Que tens instintos gerais / E vesse sendo julgada pelos olhos do Diabo. “amigo” ou “amado” ausente. A esta altu-
sentes só o que sentes, / És feliz porque ra, já se conhecem algumas característi-
és assim, / Todo o nada que és é teu. / Eu cas das cantigas de amigo, entre elas: o
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vejo-me e estou sem mim, / Conheço-me LINGUAGEM COMUM E POÉTICA eu lírico feminino, a inclusão do cenário
e não sou eu. natural e a forma que sugere um diálogo.
2) Gato que brincas na rua / Como se fosse 1) dez – versos decassílabos. 2) “Ai Deus, e u é?”
na cama, / Invejo a sorte que é tua / Rimas: ABBA. 3) Consistem na mudança da palavra final
Porque nem sorte se chama. // Bom servo 2) dez – versos decassílabos. dos versos paralelos (exceto o refrão):
das leis fatais / Que regem pedras e Rimas: ABABABCC. pinho / ramo e amigo / amado.
gentes, / Que tens instintos gerais / E 3) cinco – versos pentassílabos (também 4) A moça diz à mãe que 1) “brincou” com
sentes só o que sentes, // És feliz porque conhecidos como redondilhos menores). o namorado às margens do rio, 2) que
és assim, / Todo o nada que és é teu. / Eu Rimas: ABCBDB. está apaixonada e 3) que fez por ele algo
vejo-me e estou sem mim, / Conheço-me “errado”, algo que não deveria ter feito.
5) Ao confessar que “fez pelo amigo o que
e não sou eu. MÓDULO 8 não deveria ter feito”, a moça demonstra
3) Gato: instintivo, integrado, adaptado, CANÇÃO POPULAR E EU LÍRICO consciência de ter praticado algo conde-
satisfeito.
nável, mas não é possível afirmar que ela
Eu lírico: pensante, dividido, desadaptado, 1) B 2) D 3) A 4) C 5) A
tenha manifestado arrependimento.
insatisfeito.
6) O paralelismo consiste na repetição dos
4) Não. 5) Não. MÓDULO 9 versos, de estrofe a estrofe, com pequena
6) A posição das palavras é pouco expres- TROVADORISMO: variação na parte final de cada um,
siva e o ritmo é fraco. A passagem de CANTIGA DE AMIGO devida à mudança das palavras da rima.
uma linha para outra não tem justificativa
7) O refrão é composto de dois versos:
rigorosa. 1) feminino – homens amor hei migo, que non houvesse
7) Sim, apresentam sete sílabas métricas. 2) popular (ou folclórica) fiz por amigo que non fezesse.
8) Os versos 2 e 3 são rimados: verdURA – 3) natureza 8) Na cantiga “Teresinha de Jesus”, não é
segURA. 4) O refrão é/são o(s) verso(s) que se repe- possível identificar o eu lírico; parece
9) descalça vai x vai fermosa (= adjetivo + te(m) sem variação alguma. haver uma voz coletiva que narra a
vai x vai + adjetivo). 5) O paralelismo consiste numa estrutura história de Teresinha. Na canção de
em que os versos se repetem de forma Chico Buarque, o eu lírico é feminino,
MÓDULO 6 metódica, com pequena variação nas pois a própria Teresinha é quem nos
AUTO DA BARCA DO INFERNO: palavras finais, correspondentes à rima. conta sua história.
EPISÓDIO DO CORREGEDOR Trata-se de uma característica da poesia Resposta: C
de fundo folclórico.
1) Porque Todo-o-Mundo e Ninguém não 6) A moça reclama de que, agora que ela MÓDULO 12
representam pessoas, não têm “psicolo- está separada do amigo (ou namorado), CANÇÃO POPULAR E
gia individual”; ao contrário, represen- Deus faz as noites muito longas, mas TRADIÇÃO CULTA
tam abstrações, ideias gerais. fazia-as breves quando ela e o amigo (ou
2) Todo-o-Mundo é a tendência geral da namorado) estavam juntos. 1) A alternativa e menciona características
humanidade. 7) Ela se mostra inconformada, pois, agora centrais das cantigas de amor, como a coita
3) Ninguém é o oposto de Todo-o-Mundo, que seu amigo se encontra longe, as ou sofrimento amoroso e a reprodução da
ou seja, aquilo que a humanidade em noites parecem longas. Ela se mostra hierarquia do sistema feudal, já que o tro-
geral não é ou não quer ser. inconformada com Deus. Na verdade, a vador se coloca numa posição inferiori-
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zada (vassalo) em relação à dama (a suse- 6) Chamam-se refrão. da maioria dos termos por ele empre-
rana ou senhor). Nas demais alternativas, 7) “choran e cegan quand’alguen non veen gados, flexionados no gênero feminino.
mencionam-se características das cantigas e ora cegan por alguen que veen.” 3) D
de amigo (alternativas c e d) ou elemen- 8) As cantigas de amor expressam uma 4) O ataque direto, explícito; o emprego de
tos que não se aplicam à cantiga de amor. concepção aristocrática do amor, segun- termos ofensivos; o tom agressivo. Pode-
Resposta: E do as regras e valores da corte feudal. O se também mencionar a metalinguagem,
2) O eu lírico da marchinha de Adoniran trovador homenageia a amada, que é mais evidente na cantiga medieval.
Barbosa fala de seu primeiro amor, viven- tratada como suserana, enquanto o cava- 5) A expressão “quá, acá” imita o crocitar
ciado durante seu primeiro carnaval. leiro age como vassalo (esse aspecto é (ou corvejar) do corvo. Trata-se, por-
Resposta: E explicitado já no primeiro verso: “A dona tanto, de uma onomatopeia, figura de
3) O único trecho cuja linguagem é intei- que eu am’e tenho por senhor”). Outro linguagem que consiste na reprodução de
ramente denotativa é o trecho apresenta- elemento presente nas cantigas de amor é sons imitativos do objeto, animal, fenô-
do na alternativa a. Nos demais casos, há a coita ou sofrimento amoroso decorrente meno etc. que está sendo representado.
linguagem conotativa ou figurada: em b: do desprezo que a mulher dispensa às Resposta: D
“todo Pierrô”; em c: “sua Colombina”; em súplicas do poeta ou, ainda, da inaces- 6) A personificação ou prosopopeia é a figu-
d: “amor-criança”; em e: “meu carnaval”. sibilidade da mulher amada (“amostrade- ra de linguagem que consiste na atribui-
Resposta: A me-a Deus, se vos en prazer for”). As can- ção de características humanas a seres ina-
tigas de amigo descendem da tradição fol- nimados, irracionais ou abstratos. Portanto,
MÓDULO 13 clórica e popular da Península Ibérica. se no poema o corvo fala à mulher, po-
TROVADORISMO: Nelas o eu lírico é feminino (todalas aves demos dizer que há personificação.
CANTIGA DE AMOR do mundo d’amor dizian: / leda m’and’eu!), Resposta: B
embora o autor seja homem. Além disso,
1) Enquanto eu for vivo, senhora, estes o amor é realizado e não idealizado como MÓDULO 16
meus olhos nunca se livrarão de seu na cantiga de amor, como se depreende TROVADORISMO E SÁTIRA MORAL
grande sofrimento de amor; e vou dizer- do seguinte verso: “Levad´, amigo, que
vos, minha bela senhora, qual o sofri- dormides as manhãas frias”. 1) Trata-se de uma sátira em que os moti-
mento de que padecem meus olhos: eles vos centrais são o amor serôdio (amor
choram e cegam quando não veem MÓDULO 14 fora de tempo, amor de velho), a arrogân-
alguém, e agora cegam porque veem esse TROVADORISMO E cia baseada no dinheiro e a corrupção.
alguém. CANCIONEIRO POPULAR: SÁTIRA É, portanto, uma sátira de alcance social,
2) O paradoxo é que eles choram e cegam sendo as personagens representativas de
porque não veem a amada e, quando a 1) escárnio – maldizer tipos sociais da época. Na literatura brasi-
veem, também cegam. A explicação é 2) maldizer leira moderna, são notáveis alguns poe-
que eles sofrem quando não a veem e 3) escárnio mas que Drummond dedicou ao tema do
ficam deslumbrados com o brilho de sua 4) Provença amor tardio, como é o caso do soneto
beleza (por isso cegam) quando a veem. 5) No poema de Joan Garcia de Guilhade, o que se inicia com o verso “Na curva peri-
3) Pode-se dizer que a mesma ideia é repeti- tema não é religioso; trata-se de tema gosa dos quarenta / Derrapei neste amor.
da nas três estrofes, com pequenas varia- amoroso, como a própria classificação da Que dor!...”. Um dos romances mais
ções, porque nas três se afirma que os olhos cantiga já indica (cantiga de amor). poderosos da literatura mundial recente é
sempre sofrerão, vendo ou não a amada. Resposta: D Lolita, de Vladimir Nabokov, que enfoca
4) O que há de estranho é a colocação do o assunto de ma neira sério-cômica.
pronome: o português moderno, ao con- MÓDULO 15 Stanley Kubrick diri giu um filme,
trário do português arcaico, não admite TROVADORISMO: também chamado Lolita, que é uma boa
ênclise com o futuro. Com esse tempo CANTIGA DE ESCÁRNIO adaptação do romance de Nabokov.
(seja o futuro do presente, seja o do 2) Gil Vicente, com a linguagem inflamada
pretérito) só são admitidas a próclise (vos 1) Trata-se de um texto de ataque, de teor do Velho, satiriza a linguagem poética de
direi) e a mesóclise (dir-vos-ei). ofensivo, agressivo, de grande hostilidade. sua época. Tratava-se de uma linguagem já
5) O poema é chamado cantiga de amor 2) Considerando esse dado linguístico, convencional, carregada do tipo de ima-
porque nele o eu lírico se dirige à amada pode-se afirmar que o eu lírico se dirige a gens e exageros que o poeta pôs na boca
e lhe fala de seu amor. uma mulher, como se comprova por meio do Velho.
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