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GABARITO DO TC 1 – 1.a Série do Ensino Médio


3) a (5), b ( 3), c (1), d (2), e (4) diversos – visão e audição) que indica as
PORTUGUÊS 4) Nunca havia visto um indivíduo da badaladas de um relógio a marcar a
espécie humana (um homem), por isso passagem do tempo. A mesma referência
FRENTE 1
não sabia identificar esse tipo de ser vivo. ao relógio ocorre em “som... de bronze”.
MÓDULO 1 (o homem). Resposta: B
INTRODUÇÃO À 5) O ator pretendeu realçar a qualidade da 3) O tema do poema transcrito é a passagem
LÍNGUA PORTUGUESA peça e do espetáculo; procurou enfatizar do tempo (“assim se escoa a hora”) e a frágil
que não se tratava de uma peça ou de um finitude da vida (“assim se vive e mor-
1) E 2) C espetáculo qualquer, igual a tantos outros re...”), sendo a duração da vida compara-
existentes, e, sim, trabalho único. da a “um punhado infantil de areia res-
MÓDULO 2 6) Em despertara-a, o a é pronome oblíquo sequida”.
O PODER DA PALAVRA de 3.a pessoa do singular e refere-se a Resposta: E
Sinha Vitória. 4) O garoto da tirinha estabelece uma rela-
1) a) 3 b) 1 c) 4 d) 6 e) 5 f) 2 Resposta: C ção de semelhança (base da metáfora) entre
2) C – A expressão do texto, segundo a qual
os exercícios que o pai pratica numa bici-
“o escritor pode… fazer luz sobre a reali- MÓDULO 8 cleta ergométrica (que não conduzem a
dade de seu mundo”, equivale ao que
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO lugar nenhum) e a “falta de perspectiva”
propõe a alternativa c: “uma das funções
do escritor e, por extensão, da literatura” da vida do pai.
1) D: 1, 3, 5, 9, 13. Resposta: E
é “denunciar o real”.
C: 2, 4, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 14.
2) E 3) A MÓDULO 13
MÓDULO 4
SUBSTANTIVO ADJETIVO
MÓDULO 10
1) a, c, d, f 2) d 3) D NUMERAL 1) A palavra surpresa, normalmente como
4) a) outros, aqueles, aqueles, esses, im- substantivo, caracteriza o substantivo
prescindíveis; b) verdes. 1) a) segundo b) décimo
coquetel e funciona como adjetivo.
5) D c) vinte e três d) dezoito
Resposta: B
6) a) verde, azul, longe; 2) a) duas – cardinal
2) a) pobre: infeliz; b) pobre: sem recursos;
b) porquê, não, fortes; sexta – ordinal;
c) grande: grandeza figurada (notável, im-
c) impossível, irreal, inexistente, bem, belo. 1869 – cardinal
portante etc.); d) grande: grandeza física
7) A sessenta e quatro – cardinal
(corpulento, alto); e) simples: mero (= nada
trezentos – cardinal
mais que um rapaz); f) simples: sem com-
MÓDULO 5 onze – cardinal
DA PALAVRA AO TEXTO plicação, sem afetação, sem luxo.
b) dobro – multiplicativo
3) A
metade – fracionário
1) a) Trata-se de descrição porque cor- 4) Verde, na alternativa b, deixa de ser adjeti-
c) V – ordinal
responde à caracterização pormeno- d) XIV – cardinal vo, pois está substantivado pelo artigo o.
rizada do personagem Firmo. Há ad- 3) a – N; b – A; c – N; d – A; e – N Resposta: B
jetivação excessiva e frases nominais. 4) D 5) C
b) Trata-se de narração porque se conta 5) O poema, de 1925, descreve o processo 6) Encantos é um substantivo e se refere a
um episódio, contendo ações praticadas de produção de aço em uma metalúrgica “blusas”.
pelos personagens e discurso direto. e se refere ao processo de modernização Resposta: D
c) Trata-se de dissertação porque o texto tecnológica da sociedade brasileira.
expõe argumentos com a finalidade Resposta: A MÓDULO 14
de defender uma ideia. 6) A expressão “lá embaixo” indica, metafo- DESCRIÇÃO (OBJETIVA E SUBJETIVA)
2) E
ricamente, a posição ocupada pelos
operários no processo de produção. 1) A frase é verbal.
MÓDULO 7 Resposta: E
Resposta: B
ARTIGO
2) O vocativo é parte do diálogo e é empre-
MÓDULO 11 gado nas narrações.
1) O artigo é empregado antes de substan-
OS RECURSOS Resposta: C
tivo ou palavra substantivada.
Resposta: E EXPRESSIVOS NA DESCRIÇÃO
2) Em II, o artigo foi empregado para MÓDULO 16
substantivar o verbo fumar, em IV, o 1) onomatopeia LOCUÇÃO ADJETIVA
artigo substantiva o adjetivo infelizes. 2) “Gotas de som” é uma sinestesia (porque
Resposta: D envolve percepções sensoriais de órgãos 1) a) Substantivo b) Adjetivo

–I
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c) Ele é um aluno indisciplinado. MÓDULO 23 MÓDULO 3


Ele é um homem impiedoso. O TÍTULO NA REDAÇÃO TEXTO: TRAMA DE PALAVRAS
O poema fala do amor materno.
1) É sugestivo o jogo paronomástico de 1) Descrevem-se (melhor: evocam-se) sons
Isto é brincadeira infantil.
Níquel Náusea com Mickey Mouse. de violões trazidos pelo vento.
2) Locução adjetiva.
Resposta: D 2) Os efeitos sonoros mais notáveis são a
3) a) Estas são as dádivas terrenas.
2) O título “Hoje” significa permanência e repetição (aliteração) do v (todas as pala-
b) São quatro as fases lunares.
continuidade da situação retratada. O
c) São castigos celestes. vras começam por v, menos as prepo-
hoje também se contrapõe ao ontem, ao
d) Homenagearam o corpo docente. sições), reforçada pela repetição de s e z.
tempo em que não havia TV e em que as
e) O acidente ocorreu no perímetro urbano. 3) A sinestesia em questão mistura sensação
relações familiares eram mais ricas e
f) Deu-lhe um abraço fraterno. auditiva (vozes) e sensação táctil-visual
intensas: longas conversas nas salas, nas
g) Naquela ilha há paisagens paradisíacas. (veludosas = de veludo).
calçadas, nas varandas.
4) D (plúmbeo = de chumbo; argênteo = de 4) palavras 5) b – 4
3) O título justifica o comportamento atual
prata) 6) triste / leda 7) s (sibilação)
da mulher. A iniciativa de abordagem,
5) As expressões destacadas nas demais 8) a) Várias possibilidades.
prerrogativa tradicionalmente masculina,
alternativas são locuções adjetivas, têm b) Várias possibilidades (no verso origi-
é desmistificada no episódio narrado.
valor de adjetivo, porque qualificam o nal, de Sousândrade: pôr-do-sol).
substantivo que as antecede. FRENTE 2 c) Várias possibilidades.
Resposta: A d) Várias possibilidades (no verso origi-
MÓDULO 1
6) A frase na alternativa a não tem verbo, nal, de Camões: retumba).
POESIA E FICÇÃO
trata-se, portanto, de frase nominal. As 9) Resposta pessoal.
demais alternativas têm verbo e são 1) O poeta finge “completamente” porque 10) Resposta pessoal.
classificadas como frases verbais. tudo no poema é ficção (fingimento),
Resposta: A mesmo que o poema fale de algo que o MÓDULO 4
poeta tenha de fato sentido ou vivido. AUTO DA BARCA DO INFERNO:
(Isso porque o poema é uma invenção de EPISÓDIO DO FIDALGO (II)
MÓDULO 17
DESCRIÇÃO (DINÂMICA E ESTÁTICA) palavras: não é qualquer fato ou emoção
da vida, mas uma criação do poeta, 1) Gil Vicente não adotou nenhuma das
baseada ou não em experiências que ele novidades da literatura classicista do
1) São exemplos de prosopopeia.
realmente viveu.) Renascimento; ao contrário, cultivou a
Resposta: E
2) Os verbos no plural (leem, sentem e têm) forma do auto, oriunda do teatro medie-
2) A descrição é subjetiva e dinâmica.
referem-se aos leitores (“os que leem o val, e escreveu em versos redondilhos
Resposta: E
que [o poeta] escreve”) e os verbos no tradicionais, sem aderir à chamada me-
singular (escreve e teve) referem-se ao dida nova. Do ponto de vista ideológico,
MÓDULO 19
poeta, sujeito mencionado na 1.ª estrofe. a sociedade medieval lhe parece repre-
ADJETIVO COMPOSTO
3) O que caracteriza o gênero lírico não é a sentar um mundo de ordem e tranquili-
extensão do poema ou dos versos (rima- dade, em oposição à instabilidade e con-
1) B
dos ou não), tampouco o fato de o tema fusão que ele critica em sua obra.
2) a) cinza; b) azuis; c) verdes; d) creme;
ser metalinguístico, ficcional ou verídico, 2) Gil Vicente não poupa nenhuma classe
e) gelo.
segundo afirmam equivocadamente as social: até a nobreza e o clero são objeto
3) D (China) 4) E (rubro-negras) 5) A
alternativas a, c e e. O gênero lírico cor- de suas críticas.
6) a) da Inglaterra e da Alemanha; b) da
responde à expressão de um eu, que, no 3) Focaliza amplamente a sociedade de sua
Grécia e de Roma; c) entre Áustria e
caso, “finge dor” (como pode fingir amor, época, e não indivíduos determinados.
Hungria; d) entre Espanha e Portugal; e)
revolta etc.). Não se trata, portanto, de Apesar disso, sua sátira a instituições
entre França e Itália.
uma voz coletiva, como afirma a como a Igreja, a Nobreza ou a Justiça não
7) D
alternativa d. implica necessariamente a condenação
Resposta: B delas em geral, mas sim a condenação
MÓDULO 20
4) A 5) C das “partes podres” de tais instituições
DESCRIÇÃO DE PESSOA
(os padres imorais, os nobres arrogantes e
MÓDULO 2 abusivos, os juízes corruptos).
1) A 2) E 4) Não há indicação no texto vicentino de que
AUTO DA BARCA DO INFERNO:
EPISÓDIO DO FIDALGO (I) houvesse cumplicidade entre o Frade e o
MÓDULO 22 Fidalgo na prática da avareza, tampouco
PRONOMES PESSOAIS, 1) clássico 2) concentração 3) unidades de que fosse parceiro de Brísida Vaz na
POSSESSIVOS E DE TRATAMENTO 4) ação 5) tempo 6) lugar exploração da prostituição. Não consta que
7) alegoria 8) causa o Frade tirasse proveito financeiro do for-
1) E 2) A 3) C 4) D 5) A 9) Auto da Barca do Inferno necimento de “meninas”, que a alcovi-
6) a) pode, lhe, sua; b) pode, seus; 10) quadros 11) Fidalgo teira reservava para os “cônegos da Sé”.
c) lhe, sua; d) ambiciona, o, sua. 12) Alcoviteira 13) Anjo Resposta: E

II –
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5) Sim, trata-se de personagens alegóricas, já 4) Todo-o-Mundo é ambicioso e insaciável, percepção da passagem do tempo (mais
que não representam propriamente indi- anda sempre atrás de dinheiro, prefere o lenta ou mais acelerada) tem a ver com o
víduos, com psicologia própria, com carac- status social à virtude, gosta de ser estado emocional da moça.
terísticas pessoais. Diferentemente, cada elogiado; é mentiroso e lisonjeiro.
uma representa uma classe ou grupo social. 5) O fato de Todo-o-Mundo ou Everyman MÓDULO 10
6) Verdadeiras: B, C, D, F, H, I, J, K e N. ser personagem constante do teatro CANTIGA FOLCLÓRICA
Falsas: A, E, G, L, M, O, P e Q. medieval indica que Gil Vicente se ligava
a essa tradição teatral, e não à tradição do 1) Marinha 2) Dialogada 3) Alba
MÓDULO 5 teatro clássico. De fato, seus autos têm o 4) Bailia 5) Dialogada
LINGUAGEM POÉTICA: feitio característico das representações
POESIA LÍRICA medievais e não aderem em nada aos MÓDULO 11
princípios do teatro clássico. CANÇÃO POPULAR E
1) Gato que brincas na rua / Como se fosse 6) Eles tiram a “moral da história”: Berzebu TRADIÇÃO FOLCLÓRICA
na cama, / Invejo a sorte que é tua / dita a Dinato suas conclusões a respeito
Porque nem sorte se chama. / Bom servo do comportamento de Todo-o-Mundo e 1) Uma mulher. Presume-se que se trate de
das leis fatais / Que regem pedras e Ninguém. É como se a humanidade esti- uma mulher porque os versos se referem ao
gentes, / Que tens instintos gerais / E vesse sendo julgada pelos olhos do Diabo. “amigo” ou “amado” ausente. A esta altu-
sentes só o que sentes, / És feliz porque ra, já se conhecem algumas característi-
és assim, / Todo o nada que és é teu. / Eu cas das cantigas de amigo, entre elas: o
MÓDULO 7
vejo-me e estou sem mim, / Conheço-me LINGUAGEM COMUM E POÉTICA eu lírico feminino, a inclusão do cenário
e não sou eu. natural e a forma que sugere um diálogo.
2) Gato que brincas na rua / Como se fosse 1) dez – versos decassílabos. 2) “Ai Deus, e u é?”
na cama, / Invejo a sorte que é tua / Rimas: ABBA. 3) Consistem na mudança da palavra final
Porque nem sorte se chama. // Bom servo 2) dez – versos decassílabos. dos versos paralelos (exceto o refrão):
das leis fatais / Que regem pedras e Rimas: ABABABCC. pinho / ramo e amigo / amado.
gentes, / Que tens instintos gerais / E 3) cinco – versos pentassílabos (também 4) A moça diz à mãe que 1) “brincou” com
sentes só o que sentes, // És feliz porque conhecidos como redondilhos menores). o namorado às margens do rio, 2) que
és assim, / Todo o nada que és é teu. / Eu Rimas: ABCBDB. está apaixonada e 3) que fez por ele algo
vejo-me e estou sem mim, / Conheço-me “errado”, algo que não deveria ter feito.
5) Ao confessar que “fez pelo amigo o que
e não sou eu. MÓDULO 8 não deveria ter feito”, a moça demonstra
3) Gato: instintivo, integrado, adaptado, CANÇÃO POPULAR E EU LÍRICO consciência de ter praticado algo conde-
satisfeito.
nável, mas não é possível afirmar que ela
Eu lírico: pensante, dividido, desadaptado, 1) B 2) D 3) A 4) C 5) A
tenha manifestado arrependimento.
insatisfeito.
6) O paralelismo consiste na repetição dos
4) Não. 5) Não. MÓDULO 9 versos, de estrofe a estrofe, com pequena
6) A posição das palavras é pouco expres- TROVADORISMO: variação na parte final de cada um,
siva e o ritmo é fraco. A passagem de CANTIGA DE AMIGO devida à mudança das palavras da rima.
uma linha para outra não tem justificativa
7) O refrão é composto de dois versos:
rigorosa. 1) feminino – homens amor hei migo, que non houvesse
7) Sim, apresentam sete sílabas métricas. 2) popular (ou folclórica) fiz por amigo que non fezesse.
8) Os versos 2 e 3 são rimados: verdURA – 3) natureza 8) Na cantiga “Teresinha de Jesus”, não é
segURA. 4) O refrão é/são o(s) verso(s) que se repe- possível identificar o eu lírico; parece
9) descalça vai x vai fermosa (= adjetivo + te(m) sem variação alguma. haver uma voz coletiva que narra a
vai x vai + adjetivo). 5) O paralelismo consiste numa estrutura história de Teresinha. Na canção de
em que os versos se repetem de forma Chico Buarque, o eu lírico é feminino,
MÓDULO 6 metódica, com pequena variação nas pois a própria Teresinha é quem nos
AUTO DA BARCA DO INFERNO: palavras finais, correspondentes à rima. conta sua história.
EPISÓDIO DO CORREGEDOR Trata-se de uma característica da poesia Resposta: C
de fundo folclórico.
1) Porque Todo-o-Mundo e Ninguém não 6) A moça reclama de que, agora que ela MÓDULO 12
representam pessoas, não têm “psicolo- está separada do amigo (ou namorado), CANÇÃO POPULAR E
gia individual”; ao contrário, represen- Deus faz as noites muito longas, mas TRADIÇÃO CULTA
tam abstrações, ideias gerais. fazia-as breves quando ela e o amigo (ou
2) Todo-o-Mundo é a tendência geral da namorado) estavam juntos. 1) A alternativa e menciona características
humanidade. 7) Ela se mostra inconformada, pois, agora centrais das cantigas de amor, como a coita
3) Ninguém é o oposto de Todo-o-Mundo, que seu amigo se encontra longe, as ou sofrimento amoroso e a reprodução da
ou seja, aquilo que a humanidade em noites parecem longas. Ela se mostra hierarquia do sistema feudal, já que o tro-
geral não é ou não quer ser. inconformada com Deus. Na verdade, a vador se coloca numa posição inferiori-
– III
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zada (vassalo) em relação à dama (a suse- 6) Chamam-se refrão. da maioria dos termos por ele empre-
rana ou senhor). Nas demais alternativas, 7) “choran e cegan quand’alguen non veen gados, flexionados no gênero feminino.
mencionam-se características das cantigas e ora cegan por alguen que veen.” 3) D
de amigo (alternativas c e d) ou elemen- 8) As cantigas de amor expressam uma 4) O ataque direto, explícito; o emprego de
tos que não se aplicam à cantiga de amor. concepção aristocrática do amor, segun- termos ofensivos; o tom agressivo. Pode-
Resposta: E do as regras e valores da corte feudal. O se também mencionar a metalinguagem,
2) O eu lírico da marchinha de Adoniran trovador homenageia a amada, que é mais evidente na cantiga medieval.
Barbosa fala de seu primeiro amor, viven- tratada como suserana, enquanto o cava- 5) A expressão “quá, acá” imita o crocitar
ciado durante seu primeiro carnaval. leiro age como vassalo (esse aspecto é (ou corvejar) do corvo. Trata-se, por-
Resposta: E explicitado já no primeiro verso: “A dona tanto, de uma onomatopeia, figura de
3) O único trecho cuja linguagem é intei- que eu am’e tenho por senhor”). Outro linguagem que consiste na reprodução de
ramente denotativa é o trecho apresenta- elemento presente nas cantigas de amor é sons imitativos do objeto, animal, fenô-
do na alternativa a. Nos demais casos, há a coita ou sofrimento amoroso decorrente meno etc. que está sendo representado.
linguagem conotativa ou figurada: em b: do desprezo que a mulher dispensa às Resposta: D
“todo Pierrô”; em c: “sua Colombina”; em súplicas do poeta ou, ainda, da inaces- 6) A personificação ou prosopopeia é a figu-
d: “amor-criança”; em e: “meu carnaval”. sibilidade da mulher amada (“amostrade- ra de linguagem que consiste na atribui-
Resposta: A me-a Deus, se vos en prazer for”). As can- ção de características humanas a seres ina-
tigas de amigo descendem da tradição fol- nimados, irracionais ou abstratos. Portanto,
MÓDULO 13 clórica e popular da Península Ibérica. se no poema o corvo fala à mulher, po-
TROVADORISMO: Nelas o eu lírico é feminino (todalas aves demos dizer que há personificação.
CANTIGA DE AMOR do mundo d’amor dizian: / leda m’and’eu!), Resposta: B
embora o autor seja homem. Além disso,
1) Enquanto eu for vivo, senhora, estes o amor é realizado e não idealizado como MÓDULO 16
meus olhos nunca se livrarão de seu na cantiga de amor, como se depreende TROVADORISMO E SÁTIRA MORAL
grande sofrimento de amor; e vou dizer- do seguinte verso: “Levad´, amigo, que
vos, minha bela senhora, qual o sofri- dormides as manhãas frias”. 1) Trata-se de uma sátira em que os moti-
mento de que padecem meus olhos: eles vos centrais são o amor serôdio (amor
choram e cegam quando não veem MÓDULO 14 fora de tempo, amor de velho), a arrogân-
alguém, e agora cegam porque veem esse TROVADORISMO E cia baseada no dinheiro e a corrupção.
alguém. CANCIONEIRO POPULAR: SÁTIRA É, portanto, uma sátira de alcance social,
2) O paradoxo é que eles choram e cegam sendo as personagens representativas de
porque não veem a amada e, quando a 1) escárnio – maldizer tipos sociais da época. Na literatura brasi-
veem, também cegam. A explicação é 2) maldizer leira moderna, são notáveis alguns poe-
que eles sofrem quando não a veem e 3) escárnio mas que Drummond dedicou ao tema do
ficam deslumbrados com o brilho de sua 4) Provença amor tardio, como é o caso do soneto
beleza (por isso cegam) quando a veem. 5) No poema de Joan Garcia de Guilhade, o que se inicia com o verso “Na curva peri-
3) Pode-se dizer que a mesma ideia é repeti- tema não é religioso; trata-se de tema gosa dos quarenta / Derrapei neste amor.
da nas três estrofes, com pequenas varia- amoroso, como a própria classificação da Que dor!...”. Um dos romances mais
ções, porque nas três se afirma que os olhos cantiga já indica (cantiga de amor). poderosos da literatura mundial recente é
sempre sofrerão, vendo ou não a amada. Resposta: D Lolita, de Vladimir Nabokov, que enfoca
4) O que há de estranho é a colocação do o assunto de ma neira sério-cômica.
pronome: o português moderno, ao con- MÓDULO 15 Stanley Kubrick diri giu um filme,
trário do português arcaico, não admite TROVADORISMO: também chamado Lolita, que é uma boa
ênclise com o futuro. Com esse tempo CANTIGA DE ESCÁRNIO adaptação do romance de Nabokov.
(seja o futuro do presente, seja o do 2) Gil Vicente, com a linguagem inflamada
pretérito) só são admitidas a próclise (vos 1) Trata-se de um texto de ataque, de teor do Velho, satiriza a linguagem poética de
direi) e a mesóclise (dir-vos-ei). ofensivo, agressivo, de grande hostilidade. sua época. Tratava-se de uma linguagem já
5) O poema é chamado cantiga de amor 2) Considerando esse dado linguístico, convencional, carregada do tipo de ima-
porque nele o eu lírico se dirige à amada pode-se afirmar que o eu lírico se dirige a gens e exageros que o poeta pôs na boca
e lhe fala de seu amor. uma mulher, como se comprova por meio do Velho.

IV –

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