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GEOTÉCNICA E FUNDAÇÕES

AULA 04 – CAPACIDADE DE
CARGA DE FUNDAÇÕES
SUPERFICIAIS

Profa: Paloma Medeiros


INTRODUÇÃO

• Consideremos uma sapata de concreto armado de base retangular


com largura B e comprimento L embutida no maciço de solo a uma
profundidade h em relação à superfície;
•Aplicação de uma força vertical de compressão P;
INTRODUÇÃO

Capacidade de carga é a máxima carga que o terreno é capaz de


suportar sem que haja ruptura ou deformação excessiva, na cota de
assentamento pré-fixada.
INTRODUÇÃO
MECANISMOS DE RUPTURA
 As curvas carga-recalque tem diferentes
formas;
 Segundo Terzaghi (1943):
- Ruptura generalizada;
- Ruptura localizada.

 Segundo Vésic (1963):


- Ruptura generalizada;
- Ruptura localizada;
- Ruptura por puncionamento.
MECANISMOS DE RUPTURA
MECANISMOS DE RUPTURA
MECANISMOS DE RUPTURA
MECANISMOS DE RUPTURA
MECANISMOS DE RUPTURA
• O tipo de ruptura que vai ocorrer, em determinada situação de geometria e
carregamento, depende da compressibilidade relativa do solo;
• Solo incompressível e resistência ao cisalhamento finita  Ruptura generalizada;
• Solo compressível  Ruptura puncionamento
MECANISMOS DE RUPTURA
• Fatores que afetam o modo de ruptura:
• Propriedades do solo: rigidez  generalizada
• Geometria do carregamento:
D/B  + punção
- L/B – tendência indefinida
• Tensões iniciais:
Ko  + generalizada
• Mecanismos descritos válidos p/ carregamento vertical e centrado;
• Outras características que devem ser examinadas: excentricidade e inclinação da
carga.
MÉTODOS DE CÁLCULO

Prandtl (1920)
Reissner (1924)
Terzaghi (1925, 1943)
Meyerhof (1951)
Balla (1962)
Hansen (1961, 1970)
Vesic (1963, 1969,1973, 1975)
TEORIA DE TERZAGHI (1943)
- Uma fundação superficial é aquela cuja largura 2b é igua ou maior que
a profundidade D da base da fundação
- Despreza a resistência ao cisalhamento do solo acima do nível da base
da fundação, substituindo-o por uma sobrecarga q = ϒ . D;
TEORIA DE TERZAGHI (1943)
-Trata-se de uma sapata corrida (problema bidimensional);
TEORIA DE TERZAGHI (1943)
NBR 6122/10
Exemplo 2
Uma fundação quadrada tem 1,5 m x 1,5 m em plano. O solo que suporta
a fundação tem um ângulo de atrito de φ’ = 20˚ e c’ = 15,2 kN/m². O peso
específico do solo, ϒ, é 17,8 kN/m³. Determine a carga bruta permitida na
fundação com um fator de segurança (Fs) de 4. Presuma que a
profundidade da fundação (Df) seja de 1 metro e que a ruptura de
cisalhamento geral ocorra no solos.
Exemplo 3
Uma fundação quadrada é mostrada na figura. A sapata carrega uma
massa bruta de 30.000 kg. Utilizando um fator de segurança 3, determine
o tamanho da sapata – ou seja, o tamanho de B.
Método de Brinch Hansen (1961, 1970)
Método de Brinch Hansen (1961, 1970)

Excentricidade em uma direção


Teoria de Vesic (1965, 1969, 1973, 1975)
Teoria de Vesic (1965, 1969, 1973, 1975)

Fatores de forma (DeBeer, 1970)


PM1

Teoria de Vesic (1965, 1969, 1973, 1975)

Fatores de profundidade (Hansen, 1970)

São validas para Df/B ≤ 1 São validas para Df/B > 1

tg-1(Df/B) está em radianos


Slide 24

PM1 Paloma Medeiros; 06/03/2019


PM1

Teoria de Vesic (1965, 1969, 1973, 1975)

Fatores de inclinação (Meyerhof, 1963)

α = inclinação da carga na fundação com relação à vertical


Slide 25

PM1 Paloma Medeiros; 06/03/2019


Método de Meyerhof
- A superfície de ruptura se prolonga na camada superficial do terreno;
- Contribuição não só da sobrecarga, como também da resistência ao
cisalhamento do solo nessa camada.
- Para o caso de carga vertical excêntrica:
Método de Meyerhof
Exemplo 4
Uma sapata retangular de 1,5 m x 1 m
é mostrada na figura. Determine o valor
da carga final bruta aplicada de forma
excêntrica que cause a ruptura de
capacidade de carga no solo, segundo
os métodos de Hansen e Vésic.
Método de Skempton
- Argilas saturadas na condição não drenada (φ = 0), temos Nq = 1 e Nϒ =
0, o que simplifica a equação de capacidade de carga de Terzaghi para:
Solo estratificado
1. BULBO DE TENSÕES
Solo estratificado
1. BULBO DE TENSÕES
Solo estratificado
2. DUAS CAMADAS
- Segunda camada com características de resistência e compressibilidade
diferentes da outra, ambas atingidas pelo bulbo de tensões.
Solo estratificado
2. DUAS CAMADAS

Caso a verificação não for satisfeita, será necessário reduzir o valor da


capacidade de carga média, de modo que o valor propagado Δσ não
ultrapasse σr2.
Anexo - Correlações
Teixeira e Godoy (1996)
Influência do Lençol Freático
Exercício 5
A figura 16.19 mostra uma sapata quadrada. Determine a carga bruta admissível, Qadm,
que a sapata pode suportar dados: massa específica de solo acima do lençol freático,
ρ=1750 kg/m³; massa específica de solo saturado ρsat=1950 kg/m³; c’= 28 kN/m³,
φ’=22˚, Df = 2,5 m; h = 1,5 m e B = 2m.
Seja FS = 3,5
Anexo - Correlações
Teixeira e Godoy (1996)
Exercício 6
Estimar a capacidade de carga de um elemento de fundação por sapata
com as seguintes condições de solo e valores médios no bulbo de tensões:
a) Argila rija com NSPT = 15
b) Areia compacta com NSPT = 30
c) Areia argilosa com φ = 25º e c = 50 kPa
(valores não drenados)
Exercício 7
Estimar a capacidade de carga de um elemento de fundação por sapata
com as seguintes condições de solo e valores médios no bulbo de tensões:
a) Argila média com NSPT = 8
b) Areia medianamente compacta com NSPT = 12
c) Areia argilosa com φ = 20º e c = 40 kPa
(valores não drenados)
Exercício 8
Estimar a capacidade de carga de um elemento de fundação por sapata
com indicada na figura:
Conceitos Básicos sobre Solos Colapsíveis

• Solo poroso, não saturado, com esqueleto sólido formado por grandes poros
onde os grãos são ligados por um fraco cimento ou por meniscos capilares;
• A estrutura é formada pela deposição eólica e leve cimentação calcárea
(loess) ou pela lixiviação de elementos finos de um solo pré-existente (Vargas,
1977).
• A estrutura é altamente determinante no comportamento dos solos colapsíveis.
• Estruturas porosas apresentam equilíbrio meta-estável entre partículas, que
são mantidas em sua posição por algum vínculo que confere ao solo uma
resistência adicional temporária.
Conceitos Básicos sobre Solos Colapsíveis

•Sofrem variação brusca de volume ao ser submetido a:


- aumento da tensão aplicada;
- redução da resistência ao cisalhamento pela perda de coesão e/ou
sucção matricial.
Critérios para Identificação do Colapso
• Critérios regionais: desenvolvidos para ocorrência de solos em
determinados locais ou regiões a partir de conceitos empíricos ou testes
rápidos;
• Critérios baseados em índices físicos;
• Critérios que empregam o ensaio de adensamento.
Processos de Tratamento dos Solos Colapsíveis

• Escavação seguida da compactação do próprio solo retirado (depende da


espessura do solo colapsível, compactação feita com soquetes manuais, cravação
de estacas, injeção sob pressão ou pesos em queda livre);
• Projetos de drenagem adequados, impermeabilização de áreas descobertas e
controles de vazamentos em condutos de água e esgoto: reduz a possibilidade de
saturação do solo);
• Pré-saturação de solos com baixo grau de saturação ;
• Aprofundamento das fundações das obras;
• Técnicas mais refinadas: adição de polímeros, adição de soluções de argila e
silicatos e o tratamento térmico.
Solos colapsíveis x Solos expansivos

 Solos não saturados, com minerais argílicos, montmorilonita ou


vermiculita.
 Contrações e expansões com a aparecimento de superfícies de
fricção.
 Solos com drenagem baixa e atividade alta, derivados de rochas
ígneas e sedimentares.
 Solos em regiões onde a evapotranspiração excede a
precipitação, regiões semi áridas de cli ma tropical e temperado.

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