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PSICOMOTRICIDADE: FERRAMENTA PARA O APRENDIZADO DAS CRIANÇAS


NOS ANOS INICIAIS

   

Anna Flávia Gonçalves Rodrigues Ribeiro 1


 Lizandro Poletto2

RESUMO:

Palavras chaves:

1.INTRODUÇÃO

Com a transição na educação básica do RCNEI (Referencial Curricular


Nacional para Educação Infantil) para a BNCC (Base Nacional Comum Curricular)
novos desafios foram propostos para aprimorar o desenvolvimento e possibilitar uma
nova aprendizagem infantil. Assim a BNCC apresenta que relação entre o Ensino –
Aprendizagem e a educação motora devem ser aplicadas por faixa etária e
respeitando as diferenças e limites de cada criança, sendo conduzida de forma
lúdica, levando-as a fazer uso de diferentes gestos, posturas e expressões corporais
para o desenvolvimento correto da coordenação motora de grandes e pequenos
músculos, equilíbrio, velocidade, agilidade, ritmo, saltar, correr, arremessar e outros.
Sugerindo vários campos de experiências a ser explorados, conhecer o lúdico e
entender deste processo no mundo infantil, apresenta o professor como mediador e
facilitador da aprendizagem através do brinca. Diante destes fatos, percebe a
necessidade de pesquisar: O que é psicomotricidade? Quais as etapas do

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Acadêmica do 8° período de Pedagogia do Instituto Superior de Educação da Faculdade Alfredo Nasser, do
ano letivo 2020-2.E-mail: anninha_fgr@hotmail.com
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Doutorando em Ciências da Religião – PUC/GOIAS, Mestre em História – UFPR-PR, Teólogo -PUC-PR,
Teólogo - PUL – Roma Itália. Bacharel em Direito – FAN-GO, Pedagogo -ULBRA-RG, Filósofo – FBB-BA,
Historiador-FAN-GO, Administrador – FAN -GO, Cientista Social – ULBRA-RG, Geógrafo –FEAC-ES,
Licenciado em Educação Física – Faculdade Ideal -DF; Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos – FEAC-
ES. Professor da Faculdade Alfredo Nasser, Aparecida de Goiânia, GO.
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desenvolvimento infantil? A psicomotricidade contribui para o desenvolvimento do


ensino - aprendizagem nos anos iniciais?
Estimular as expressões emocionais para contribuir no desenvolvimento infantil e
consequentemente explorar a criatividade na construção da linguagem e
aprendizado.
Conhecer a imagem do seu próprio corpo;
Apresentar as possibilidades da ludicidade para a educação infantil de acordo com a
BNCC;
Identificar as etapas do desenvolvimento infantil relacionando a psicomotricidade e o
desenvolvimento infantil;
Possibilitar meditações do docente para o processo ensino-aprendizagem da criança
através do brincar.
O objetivo deste estudo foi detalhar sobre a relação da psicomotricidade com o
desenvolvimento e criatividade das crianças nos anos iniciais, visando favorecer o
desenvolvimento integrado dos domínios cognitivos, afetivos, social e psicomotor
procurando mostrar que através de atividades psicomotoras pode se proporcionar
um processo de ensino aprendizagem significativa e contextualizada. Assim a
inclusão dos campos de experiências da BNCC voltada para a Educação Infantil,
mostra que o brincar no cotidiano da criança permite a comunicação consigo
mesma, além de estabelecer uma relação com o outro, que auxilia a construção de
novos conhecimentos e garante seu desenvolvimento integral. Segundo a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC),

“a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças


possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu
entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar
respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar
está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus
conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu
cotidiano.” (Brasil, 2017, p. 41)

Com o brincar a criança se apropria do mundo de forma significativa e


estabelece pontes com o outro, e ao mesmo tempo aprende a compreender
situações com diferentes pontos de vista que é eficaz para seu desenvolvimento. Ter
a criança como personagem principal do processo de ensino-aprendizagem por
meio dos campos de experiências, faz com que seus direitos através do brincar
construindo sua identidade e vivenciando um processo único, autônomo e
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importante para o progresso desta criança. Assim as atividades que exploram a


psicomotricidade revelam sua importância, pois a construção do conhecimento,
induzindo atividades lúdicas e prazerosas, desenvolvendo a capacidade de iniciação
e ação ativa e motivadora.
O desenvolvimento psicomotor deve ser trabalhado em todos os educandos
de acordo com sua capacidade de desenvolvimento pois a psicomotricidade refere-
se a dominância do corpo e consecutivamente a associação com o meio em que se
vive. Para que isso ocorra é necessário, então, que se diversifique as metodologias
de ensino. As atividades que exploram a psicomotricidade revelam a sua
importância, pois promovem situações de ensino-aprendizagem e contribuem na
construção do conhecimento, introduzindo atividades lúdicas e prazerosas,
desenvolvendo a capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora.
No contexto atual, entender que a necessidade que está em torno da criança
vai além do repassar informações ou apresentar caminhos, pelo contrário, hoje é
necessário oferecer formas para que o indivíduo possa ter possibilidades de escolha
e encontre através das vivencias novos caminhos para percorrer a busca pelo
conhecimento, e que no final permita o seu desenvolvimento integral e de forma
significativa. 
Para a elaboração deste artigo, a metodologia a ser utilizada será uma
pesquisa bibliográfica, focalizando na análise de ideias de alguns teóricos e
documentos da Educação: Alves (2012); BNCC (2018), Brasil (1988; 1996; 2009),
Fonseca (1981, 2008; 2012); entre outros. As ideias centrais destes autores e
documentos serão selecionadas e argumentadas por meio da elaboração de
citações, na perspectiva do tema: A Psicomotricidade: ferramenta para o
aprendizado das crianças nos anos iniciais. O estudo bibliográfico proporcionará
fontes de conhecimentos necessários para aprofundamento desta pesquisa.

 
2. A HISTÓRIA DA PSICOMOTRICIDADE

A psicomotricidade originou-se na França no início do século XIX, através do


discurso para nomear a Zona de Córtex cerebral situadas mais além das regiões
motoras. Henry Wallon (1925), médico psicólogo, ficou conhecido como um dos
pioneiros da psicomotricidade, ele aprofundou sua pesquisa ao movimento humano,
à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo, vista do campo científico.
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Para realizar o estudo da psicomotricidade, teve-se a necessidade de recorrer


a outras áreas do conhecimento, que estudavam o comportamento motor e o
desenvolvimento humano. Abordando à relação existente entre motricidade, a mente
e a afetividade, utilizando-se de técnicas a fim de facilitar a abordagem global da
criança. É através do corpo que o ser humano interage e conhece o mundo em que
vive, é por meio do seu corpo que ele terá a capacidade de adquirir conhecimento e
ter opinião para poder classificar o que aprendeu destas experiências. Segundo
Fonseca (1981, p. 99)
A história da psicomotricidade, representada já um século de esforço de
ação e de pensamento, a sua cientificidade na área da cibernética e da
informática, vai-nos permitir certamente, ir mais longe da descrição das
relações mútuas e recíprocas da convivência do corpo com o psíquico. Esta
intimidade filogenética e ontogenética representam o triunfo evolutivo da
espécie humana; um longo passado de vários milhões de anos de conquista
psicomotora.

O objetivo da psicomotricidade é o estudo do indivíduo pelo seu corpo e


movimentação em relação ao seu mundo interno e externo, suas possibilidades de
agir, atuar e perceber como outro e consigo mesmo. Isso se relaciona ao processo
de maturação, em que o corpo é de origem orgânicas e cognitivas. A compreensão
de movimento organizado e integrado, de experiências vividas pelo sujeito, refletindo
em sua socialização e sua subjetividade.
A Psicomotricidade esteve em processo de desenvolvimento no Brasil através
do conteúdo e matéria de “Educação Física” (1980) em um ambiente escolar,
ocupava-se apenas dos problemas ligados as estruturas psicomotoras, como o
equilíbrio, a lateralidade, o andar, correr, saltar e noções de espaço corporal.
Atualmente, as novas contribuições da psicomotricidade se distinguiram das outras
disciplinas se aperfeiçoando em suas próprias características. De acordo com
Fonseca (2012, p. 180)
De fato, a noção do corpo (imagem do corpo ou somatognosia no fundo são
expressões equivalentes) constitui um dos aspectos relevantes para se
compreender até que ponto a motricidade influencia a psicomotricidade, o
que é o mesmo que afirma até que ponto a noção do corpo influencia o
desenvolvimento do potencial de aprendizagem de uma criança.

Apesar da psicomotricidade ter conquistado seu território com suas


especificidades, ela orienta o sujeito a ser bem sucedido em todas as outras
matérias escolares. Fonseca (1988) dizia que era através do conhecimento obtido
pelos estudos científicos que definiu o termo psicomotricidade como ponto de
partida. Ela norteia e facilita o comportamento e o desenvolvimento humano. Para
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um bom empenho nas outras disciplinas, é necessário que a percepção de espaço,


seus movimentos, equilíbrio, e entre outros que facilitam no progresso humano,
esteja evoluindo gradativamente.

Se considerarmos o movimento como forma de expressão, de comunicação e


relacionamento entre si permitindo interações no nível do pensamento, emoção e
socialização,. A psicomotricidade entende a pessoa como um ser integral e
conforme a relação entre função motora e funções psíquico a essência das
habilidades psicomotoras tornam-se mais compreensíveis com conhecimento de
suas contribuições dentro do desenvolvimento humano.

Para Sousa (2004), a prática de Piaget contribuiu significativamente na teoria


da psicomotricidade, já que investigou a fundo as inter-relações entre a motricidade
e a percepção, por meio experiências que visavam o desenvolvimento da
inteligência baseada na interação do sujeito com os objetos do conhecimento.

Segundo Jean Piaget (1975) “os atos biológicos são atos de organização e
adaptação ao meio ambiente”. Ou seja, a organização a que se refere Piaget
consiste na organização dos seus processos internos em sistemas coerentes. A
inteligência seria uma forma especial de adaptação biológica onde se integra o
corpo ao meio, concomitante a formação de um ser pensante global e totalque não
só se mocimenta, também interage com os estímulos recebidos.

Atualmente, a educação psicomotora vem sendo valorizada em várias


atividades infantis o que instrumentaliza o movimento humano enquanto meio
pedagógico para favorecer o desenvolvimento da criança por meio de várias
metodologias que consigam desenvolver a psicomotricidade como um todo, ´pois
através das mudanças históricas influenciadas por diferentes áreas do saber, a
psicomotricidade é vista como processo de construção no qual vivenciar e praticar
transforma a imagem para a ação em estímulos para os procedimentos musculares
adequados que estimula um desenvolvimento global por intermédio do trabalho de
alguns fundamentos psicomotores específicos de acordo com as necessidades e
particularidades do individuo. Para Assis; Jobim (2008 p.7) o “esquema corporal é a
organização das sensações relativas ao próprio corpo em conexão com os dados do
mundo exterior e a utilização da imagem do corpo”, ou seja, o esquema corporal
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integra o desenvolvimento global do meio, do movimento e do desenvolvimento


cognitivo, social, cultural e cientifico através das relações vivenciadas.

Fonseca (2004) ressalta que a psicomotricidade é concebida como integração


superior da motricidade, ou seja, produto de uma inter-relação da criança com o
meio. Já Coste ( 1992) afirma que a psicomotricidade nasce com a história do corpo,
com experiências e reformulações que culminaram e permitem compreender que os
elementos de desenvolvimento psicomotor estão interligados entre o meio, o sujeito
e suas vivências.

Levin ( 1995) afirma que: “A psicomotricidade é a articulação que parte de


uma ordem simbólica e possibilita conhecer o corpo, os gestos, os movimentos ,o
tônus, os espaços, as posturas, o objeto e o tempo como o dizer corporal de um
sujeito “A psicomotricidade é uma ligação entre o pensamento e a atividade motora”.
Essa idealização entre o individuo e o meio que afirma Levin, não depende somente
da maturação dos processos orgânicos, mas também, do intercâmbio deste meio
com a interação do sujeito, pois a psicomotricidade trabalha a globalidade do
individuo, integrando a vivência corporal. A integração entre o sujeito, o objeto e o
meio na realização de uma atividade que é uma experiência ativa, lúdica, e permite
a imagem do corpo em meio ao que se vive dando significado ao aprendizado.

A prática psicomotora começa a partir do desenvolvimento global, único e


genuíno do sujeito que se relaciona com o mundo, com pessoas e objetos, mas
também é a expressão do que não é está consciente, mas age sobre isso fazendo
emergir seus desejos mais arcaicos. Nessa perspectiva, a psicomotricidade se
refere a construção somativa do ser humano em relação ao mundo que o cerca e
destaca nossa complexidade como indivíduos acerca do quanto é infinita nossas
formas de evolução do aprendizado.

 
3.DESENVOLVIMENTO MOTOR

Os aspectos motores são desenvolvidos no momento em que o sujeito tem


contato com o objeto, com o meio e com ele mesmo. Quando isso ocorre, é
inevitável que haverá uma comunicação e o conhecimento corporal com resultados
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significativos. A atividade motora é um estímulo com a finalidade de aprimorar a


organização de diferentes habilidades que a criança possui. Promovendo e
estimulando a interação da criança com seu meio natural externo, como também
com suas experiências concretas desenvolvidas pelo brincar.
Se o processo citado for desenvolvido adequadamente, priorizando a
ludicidade, a brincadeira e experiências reais, tornará o ensino prazeroso e
proporcionará um desenvolvimento significativo e contextualizado. Dentre as
brincadeiras e seu processo de aprendizagem deve haver a importância da
lateralidade, o equilíbrio e o esquema corporal.
A lateralidade está relacionada à predominância de um hemisfério cerebral
sobre o outro. Quando houver a predominância do hemisfério esquerdo sobre o
direito, este sujeito será destro, a utilização de todo o seu lado direito refletirá nas
brincadeiras, na escrita. Quando ocorrer o predomínio do direito sobre o esquerdo,
teremos um indivíduo canhoto ou sinistro. De acordo com Fonseca (2012, p. 151)
A lateralidade manual surge no fim do primeiro ano, mas só se estabelece
fisicamente por volta dos 4 a 5 anos, independentemente de muitas crianças
atravessarem a ambilateralidade e vários episódios de flutuação antes de
obterem a lateralização direita ou esquerda. No nascimento, os dois
hemisférios são equipotenciais funcionalmente (não anatomicamente), como
provam os estudos de crianças com lesões no hemisfério esquerdo que
posteriormente desenvolvem a linguagem no direito, fenômeno esse
observável em um cérebro maturo.

O conhecimento do próprio corpo é importante na relação do indivíduo para


com o mundo. Não dependendo somente do cognitivo, mas do visual, combinação
de linguagem, percepções, sensações táteis e sinestésicas. É através do dia a dia e
do brincar que a lateralidade é desenvolvida, compreendendo então seu eixo
corporal e as noções espaciais básicas. É extremamente importante que as crianças
experimentem atividades que possam utilizar ambos os membros do corpo para
terem uma noção básica do que é direita e esquerda, e a necessidade em que elas
possuem para com a outra. Conforme Fonseca (2008, p. 242)
Todas as noções espaciais básicas, como as de cima-baixo, por cima-por
baixo, frente-trás, dentro-fora, antes-depois, esquerda-direita, etc. que são
noções relativas, estão estruturalmente dependentes da noção de
lateralidade, do binômio corpo-cérebro, dos nossos membros, dos nossos
sentidos e dos nossos hemisférios, binômio psicomotor entendido como
centro autogeométrico de orientação.

O equilíbrio é o movimento que depende da coordenação do


movimento, sendo ele um dos sentidos mais importantes do corpo humano. Na
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medida em que a estrutura física de uma criança se desenvolve, o equilíbrio torna-se


cada vez mais fundamental para a sustentação do corpo.
Sua principal característica é a capacidade de locomoção. É essencial
que o adulto possibilite atividades de destrezas motoras para o progresso dos
movimentos mais complexos como: andar, correr, saltar, girar, agarrar. É pelo
equilíbrio que a criança começa a movimentar-se e a explorar os objetos interagindo
com o mundo externo. Fonseca (2012, p.133) afirma
A equilibração assume dentro desses parâmetros uma potencialidade
corporal, que serve de base para estruturar qualquer processo humano de
aprendizagem. A equilibração traduz a exclusividade de postura bípede
humana de onde partem orientações extrabiológicas únicas e peculiares. A
complexa integração sensorial que está na base da equilibração é
especificamente humana. Dela partem as orientações simbólicas definitivas
da humanidade.

O esquema corporal (formação do eu) é adquirir consciência do próprio corpo


e da possibilidade de expressar-se por meio dele. É relevante que a criança vivencie
estímulos sensoriais que possa possibilitar a discernir às partes do corpo e as
funções que elas desempenham. O desenvolvimento cognitivo se constrói a partir da
relação do sujeito com o meio, e isso influência a ampliar suas sensações e
percepções vivenciadas.
É necessário que a criança desde os anos iniciais tenha contato com
atividades que permitirá a consciência de seu próprio corpo, a capacidade de
compreender funções que seus membros têm, a movimentar-se, identificar
sensações e ter o domínio da linguagem corporal. Se desde pequena essas funções
motoras e psíquicas forem desenvolvidas adequadamente, ela crescerá de forma
saudável, aprenderá com mais facilidade suas funções, conteúdos e atividades
também propostas pelas instituições escolares. Terá facilidade em seu mundo
externo como também interno.

ELABORAR DUAS PÁGINAS

 
4. APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NOS ANOS INICIAIS

O movimento da criança significa mais do que simplesmente mexer o corpo, é


uma forma de expressar e socializar suas ideias e até mesmo a oportunidade de
expressar suas emoções e descobrir o mundo e seus detalhes. É através dos
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movimentos que demonstrará o sentimento de prazer, frustração, desagrado,


euforia, reconstruindo assim, através dos gestos uma memória afetiva. A
psicomotricidade não é somente a ação, e sim a consciência que une o corpo e
mente, a personalidade, afetividade do sujeito.
Quando é inserida na Educação ela cria condições favoráveis para a
construção do conhecimento. Ao promover o movimento humano e contextualizado,
associados ao ambiente, à cognição, emoção e as significações proporcionam o
desenvolvimento integral do ser. O desenvolvimento e a aprendizagem ocorre na
vivência do dia a dia, entretanto, a escola sendo uma instituição social que se
apresenta como responsável pela educação sistemática do indivíduo, deve dar
clareza e segurança dos objetivos e atividades propostas.
A intervenção pedagógica do professor é ampla e complexa, cabe a ele
mostrar o caminho através do brincar para poder descobrir ou construir meios para
orientá-los a crescerem, a se conhecer como sujeito, a interagir com a sociedade
que está inserido, apropriar-se dos conhecimentos sociais da humanidade e não
apenas mera produções e assim propiciar um ambiente em que cada criança possa
desenvolver suas habilidades e potenciais. Segundo Alves (2008, p. 49):
É através do corpo que a criança vai descobrir o mundo, experimentar
sensações e situações, expressar-se, perceber-se e perceber as coisas que
a cercam. À medida que a criança se desenvolve, quanto mais o meio
permitir, ela vai ampliando suas percepções e controlando seu corpo
através da interiorização das sensações. Com isso ela vai conhecendo seu
corpo e ampliando suas possibilidades de ação. O corpo é, portanto, “o
ponto de referência que o ser humano possui para conhecer e interagir com
o mundo”.

Suas manifestações motoras podem ampliar o desenvolvimento dos aspectos


da motricidade das crianças. As escolas devem aderir aos padrões de movimentos
para proporcionar brincadeiras e jogos que envolvam os aspectos motores. A
ludicidade vai além de motivar a brincar, ela engloba o desenvolvimento integral do
indivíduo.
Há eixos importantes na aprendizagem que são: conviver, brincar, explorar,
participar, expressar e conhecer. É essencial que esses aspectos sejam inclusos
nos anos iniciais para que o ensino aprendizagem seja prazeroso e significativo.
Deve provocar desafios para a construção do próprio conhecimento. Conforme
Fonseca (2012, p. 261)
É por meio do corpo que as manifestações do amor e da relação intima com
o outro ser vão-se estabelecer. Por conseguinte, a nossa perspectiva é
tentar mostrar que o corpo por meio do diálogo tônico, da segurança
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gravitacional e do conforto tátil que está por detrás da relação entre mãe e
filho, vai produzir efeitos de maturação em nível do sistema nervoso que
vão, de certa forma, estruturar a evolução da motricidade e aprendizagem
em termos antropológicos.

A psicomotricidade é a relação entre o intelecto, afeto e movimento.


Desenvolve aspectos cruciais para a evolução do indivíduo, tanto sua imagem
corporal, quanto seu equilíbrio, noção de espaço, lateralidade e entre outros. É
significativo se partir da vivência, do cotidiano do indivíduo. O brincar, o brinquedo e
o lúdico fazem com que as instituições de ensino alcancem seus alvos como
educadores que é a aprendizagem, sendo ela crucial.
Por meio das intervenções e do ensino a criança vai conhecer a si mesma e
sua importância em seu meio social. A proposta é permitir que a criança aprenda
brincando, e que possa descobrir e enfrentar desafios para a criação de seu próprio
conhecimento.

ELABORAR DUAS PÁGINAS


 

 
CONSIDERAÇÕES FINAIS

PSYCHOMOTRICITY: TOOL FOR CHILDREN'S LEARNING IN EARLY YEARS


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Abstract:

Keywords:

 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 

                
ALVES, Fátima. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. 4ª ed. Rio de Janeiro:
Wak, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE. Código de Ética do


Psicomotricista. Disponível em: <http://www.psicomotricidade.com.br/historico-da-
psicomotricidade>. Acesso em: 19 março 2020.

BRASIL. Congresso Nacional. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996.


Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 23 de dez. 1996.

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Fundamental. Brasília: MEC – Secretaria de Educação Básica, 2018.

______. MEC/SEF. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.


Brasília: MEC/SEF, 1998.

FONSECA, Vitor da. Contributo para o estudo da Gênese da Psicomotricidade.


3. Ed. Lisboa: Editora Notícias, 1981.

______. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.


2008
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______. Manual de Observação Psicomotora. 2ª ed. Rio de Janeiro: Wak. 2012

VIEIRA, D. R. G. Desenvolvimento psicomotor: a importância da maternação no


primeiro ano de vida. Rio de Janeiro: Revinter, 2009

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