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Como regra, todas as sentenças são, a um só tempo, condenatórias,

declaratórias e constitutivas. Em toda sentença há, pelo menos, a


condenação em custas e honorários; mesmo na ação condenatória, de
reparação de danos, por exemplo, há a declaração relativa à violação do
direito e à constituição de obrigação.
Como regra também, Independentemente da natureza da ação, qualquer
sentença que julga improcedente o pedido é denominada “declaratória
negativa”, uma vez que nesse caso a sentença tão somente declara a
inexistência do direito pleiteado.

Comumente, afirma-se que o exercício do direito de ação permite ao


autor formular em juízo pretensão que tenha como objetivo:

a) ação declaratória: eliminar a incerteza sobre determinada relação


jurídica . Segundo art. 19, I, do CPC, o interesse do autor pode limitar-se
à declaração acerca da existência ou inexistência de uma relação
jurídica. Para tanto, deverá o autor promover a respectiva ação
meramente declaratória nos termos do art. 20 do CPC. Pelo seu próprio
conteúdo, a sentença declaratória terá efeito imediato dispensando
procedimento executivo.
b) ação constitutiva: A sentença constitutiva é aquela que cria,
extingue ou modifica uma relação jurídica. O divórcio judicial constitui
exemplo claro dessa espécie de sentença. Quando o juiz decreta o
divórcio está extinguindo uma relação jurídica, o vínculo conjugal. A
sentença que determina a dissolução de uma sociedade empresária ou
mesmo a sentença de interdição (art. 747) são exemplos de sentença
constitutiva.A sentença constitutiva também possui eficácia imediata
dispensando procedimento executivo. Transitado em julgado a sentença
que decreta o divórcio, a parte promoverá de imediato a averbação no
respectivo cartório.
c) ação condenatória -A sentença condenatória tem como
característica principal a condenação do réu ao cumprimento de uma
obrigação.
Através dela, o juiz impõe a referida obrigação que, no caso de
descumprimento, ensejará procedimento executivo de cumprimento de
sentença, com seus atos executivos próprios em razão da obrigação
fixada. A condenação do réu fixada na sentença poderá determinar
variadas espécies de obrigações em desfavor do réu. Poderá fixar a
obrigação de pagar dinheiro, obrigação de fazer ou não fazer, obrigação
de entrega de coisa, ou até mesmo obrigação de emitir declaração de
vontade.

Como ilustrado acima, comumente utiliza-se esses três tipos clássicos de


sentença. Essa classificação trinária não é unívoca na doutrina.Há
setores da doutrina que defendem a classificação da sentença em cinco
espécies: declaratória, constitutiva, condenatória, executiva lato sensu e
mandamental.

Segundo a teoria quinária de Pontes de Miranda, as sentenças são


classificados em cinco modalidades, segundo a sua eficácia. Em suma:

Sentença declaratória: declara a existência ou inexistência de uma


relação jurídica.Ex: reconhecimento da autenticidade de documento.
Sentença constitutiva: cria ou modifica uma relação jurídica.
Há constituição de um novo estado jurídico. As ações constitutivas tanto
podem criar como extinguir uma determinada relação jurídica. Diz-se
então que elas tanto podem constituir como desconstituir. No primeiro
caso, dizem-se constitutivas positivas, neste último, constitutivas
negativas.
Exemplo: rescisão contratual, há uma extinção da relação jurídica
(constitutiva negativa). outro ex decretação do divórcio.

Sentença condenatória: "condena" o réu à prestação de uma


obrigação. A ex: Imposição do dever de pagamento de perdas e danos,
decorrentes da mora contratual.
Sentença mandamental: contém uma ordem expedida para que
alguma das partes cumpra um fazer ou um não fazer. A sentença
mandamental é aquela que se caracteriza por uma ordem. O juiz não
condena, ordena. Essa ordem tem como principal escopo coagir o réu.
Exemplo: o mandado de reintegração de posse expedido em favor do
demandante. outro exemplo Ex: reintegração ao cargo de funcionário
público em razão da ilegalidade da demissão.
Sentença executiva: é a sentença que determina, no seu próprio corpo
e, portanto, sem a necessidade de iniciativa por parte do autor, que o
provimento jurisdicional seja efetivado. A sentença executiva é aquela
que se realiza através dos meios de execução direitos e adequados à
tutela específica. Podemos citar como exemplo as sentenças que
determinam o despejo ou mesmo uma obrigação de fazer.
Sentença – De acordo com o CPC, a sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz “põe fim à
fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução”. Isso significa que, por meio
da sentença, o juiz decide a questão trazida ao seu conhecimento, pondo fim ao processo na primeira
instância. A sentença pode ser dada com ou sem julgamento do mérito, ou seja, acolhendo ou não a
causa levantada pela parte. Caso exista recurso ao tribunal, os desembargadores podem proferir um
acórdão. Tanto a sentença quanto o acórdão marcam o fim do processo, ao menos na instância em
que se encontra.

Decisões interlocutórias – As decisões são atos pelos quais o juiz resolve questões que surgem
durante o processo, mas não são o julgamento dele por meio de sentença. Essas questões que
precisam ser decididas no curso do processo são denominadas de questões incidentes ou questões
incidentais. São exemplos de decisões interlocutórias a nomeação de determinado profissional como
perito, aceitação ou não de um parecer e intimação ou não de certa testemunha indicada pelas partes
no curso do processo.

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