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Eduardo Germano
Haylander Francesco
Kayppe Magalhães
Luciene Silva
Marla Oliveira
ATIVIDADE 1
Professora: LUCIENNE FRANÇA REIS PAIVA
Turno: MANHÃ
Curso: FARMÁCIA
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA CLÍNICA 2021.1
ORIENTAÇÕES
REFERENTE ÀS AULAS ONLINE E VÍDEOS-AULAS DE “BIOSSEGURANÇA", COLETA
individualmente.
Muitas explicações já foram sugeridas na tentativa de elucidar o mecanismo da reação de Gram. As mais
plausíveis dizem respeito à diferença na estrutura química da parede celular. Num primeiro momento, todas as
bactérias (G+ e G-) absorvem igualmente o cristal violeta (corante básico que possui afinidade pelos seus
citoplasmas, devido à carga elétrica negativa oriunda principalmente dos radicais fosfatos dos ácidos
nucléicos). A seguir, o lugol reage com o cristal violeta formando o complexo iodo-cristal violeta (CV-I), que se
fixa e cora a célula mais intensamente. Posteriormente, quando tratamos o esfregaço com álcool, as
As bactérias Gram-positivas não se descoram facilmente pelo tratamento com o álcool. Isto se explica
pelo fato dessas bactérias possuírem uma espessa parede celular (várias camadas de peptidioglicano),
além de outros possíveis componentes, como: ácidos teicóicos, proteínas, polissacárides e etc. Estas
substâncias não são solúveis em álcool, que parece atuar reduzindo a permeabilidade da parede,
dificultando a extração (saída) do complexo CV-I (no citoplasma). A bactéria Gram-positiva permanece
As bactérias Gram-negativas são descoradas pelo tratamento com o álcool. Estas bactérias possuem uma
delgada camada de peptideoglicano (que não é suficiente para impedir a passagem do solvente) além
de uma membrana externa rica em lipídios (lipoproteina, fosfolípides e lipídio “A” que participa do LPS). O
álcool solubiliza (dissolve) estes lipídeos (muitas vezes dissolvendo membrana externa), o que contribui
Finalmente, as bactérias descoradas pelo álcool, por não apresentarem contraste que permita sua
visualização, são contra coradas pelo corante secundário, que é a fucsina (coram-se em rosa).
As bactérias Gram-positivas retém o cristal violeta devido à presença de uma espessa camada de
peptidoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam uma espécie de malha na
região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes celulares, apresentando-se na cor roxa.
IMAGEM 1 IMAGEM 2
Em suma, o procedimento de coloração de Gram permite que as bactérias retenham a cor com base nas
diferenças nas propriedades químicas e físicas da parede celular. De fato, o uso dos corantes permite
IMAGEM 3
2. Considerando a coloração de Gram é correto afirmar, EXCETO:
Questão A
a) permite o resultado presuntivo do agente infeccioso
Questão B
a) tem valor preditivo positivo
3. Em relação aos meios de cultura relacionados abaixo, fale sobre a classificação, para que se
destina este meio e suas características, e um breve relato sobre o funcionamento deste meio:
a) Meio de Stuart
Princípio: a carência de uma fonte de nitrogênio impede consideravelmente a multiplicação de
microorganismos e a composição nutritiva garante a sobrevivência deles.
de microorganismos patogênicos como: Haemophilus spp., Pneumococcus, Salmonella spp., Shigella spp.
entre outros.
Controle de qualidade:
Crescimento bom (com 0, 24 e 48 horas de crescimento):
b) Ágar MacConkey
Princípio: o cristal violeta inibe o crescimento de microrganismos Gram positivos especialmente enterococos
e estafilococos. A concentração de sais de bile é relativamente baixa em comparação com outros meios, por
isso não é tão seletivo para Gram negativos como, por exemplo, o ágar SS.
Utilidade: isolar bacilos Gram negativos (enterobactérias e não fermentadores) e verificar a fermentação ou
não da lactose.
Controle de qualidade:
Positivo: Proteus mirabilis ATCC 12453 (não fermentador de lactose).
Interpretação:
Cor original do meio: rosa avermelhado.
redução baixo do meio neutraliza efeitos antibacterianos das espécies preservadas com mercúrio. A resazurina e o azul
de metileno são indicadores da posição de oxidação de aeróbios e a dextrose incluída na fórmula é para os
Utilidade: usado para o cultivo de microrganismos aeróbios, microaerófilos e anaeróbios. Usado para controle de
Controle de qualidade:
Crescimento bom a excelente:
Interpretação:
Cor original: amarelo claro.
d) Ágar Chocolate
Princípio: o meio de Ágar Chocolate é amplamente utilizado para o cultivo de microrganismos exigentes, embora
cresçam neste meio quase todos os tipos de microrganismos. Á base do meio, é adicionado sangue de cavalo, carneiro
ou coelho em temperatura alta, o que faz com que as hemácias lisem, liberando hemina e hematina, compostos
Observação: se utilizar sangue de carneiro ou coelho no lugar do sangue de cavalo, adicionar os suplementos a base de
Moraxella spp.
Colônias de tamanho pequeno a médio, com pigmento amarelo: sugestivo de Neisseria spp., Branhamella catarrhalis
ou Moraxella spp.
Colônias pequenas e delicadas, com pigmento creme claro: sugestivo de Haemophilus spp.
Lactose negativa: Proteus vulgaris ATCC 8427: crescimento moderado a denso, colônias azuis translúcidas.
Interpretação:
Cor original do meio: azul claro.
Características de crescimento:
Escherichia coli: colônias opacas, amarelas com ligeira cor amarelo escuro no centro, com cerca de 1,25 mm de
Espécies de Klebsiella: colônias muito mucosas, cor variável de amarelo a branco azulado
(V) A coleta de amostras biológicas é uma etapa crítica e deve ser realizada por profissionais capacitados.
(F) O transporte de amostras biológicas não impacta na viabilidade dos micro-organismos.
(F) Apenas com Ágar Sangue e Ágar MacConckey conseguimos isolar todos os principais agentes infecciosos
na rotina de Microbiologia Clínica.
(V) Placas e tubos com meio de cultura onde foram plantados os materiais clínicos, em incubação em
5. Sobre os meios de cultura utilizados na rotina dos laboratórios de microbiologia clínica, é CORRETO
afirmar:
a) Ágar sangue azida ou Ágar Columbia, utilizado no isolamento de Sthaphylococcus e Streptococcus,
é um meio seletivo para bactérias Gram positivas.
b) Ágar S.S. é um meio diferencial e seletivo para Sthaphylococcus e Streptococcus.
c) Ágar sangue é considerado um meio complexo e seletivo utilizado na identificação de espécies do gênero
Streptococcus.
d) Ágar MacConkey é um meio seletivo e diferencial utilizado para identificar bactérias Gram positivas
A) Meio de Stuart
B) Ágar MacConkey
C) Meio de Tioglicolato de sódio
a) A1, B2, C3
b) A3, B1, C2
c) A2, B3, C1
d) A3, B2, C1
e) A2, B1, C3
7. Meio de cultura sólido, muito utilizado em Microbiologia Clínica, considerado um meio seletivo e
diferencial, devido permitir o crescimento apenas de bacilos Gram-negativos, inibindo totalmente o
crescimento de bactérias Gram-positivas. Isso se refere ao:
a ) Ágar Cled;
d) Ágar Sangue;
e) Meio de Rugai.
8. As bactérias Gram negativas são divididas em 2 grandes grupos. Vocês irão estudar estes dois
grupos.
a) Quais são estes grupos?
As bactérias Gram negativas são divididas no grupo em dois grupos, sendo estes:
Bactérias fermentadoras de glicose: conseguem fermentar a glicose com ou sem produção de gás; são
aeróbios e anaeróbios facultativos e crescem bem em meios comuns de cultura, como ágar MacConkey.
Bactérias não fermentadoras de glicose: são microrganismos aeróbios, não formadores de esporos,
caracterizados por não usarem carboidratos como fontes de energia por meio da fermentação e não podem
fermentação da glicose.
contém 0,2% de proteína peptona e 1,0% de carboidratos, de modo que a proporção de meio de proteína
para carboidratos é de 0,2: 1 e a proporção no meio é de 2:1 Usado para a fermentação de carboidratos.
No BGN não fermentado, a concentração mais alta de carboidratos aumentará a capacidade dos
microrganismos de produzir ácido, enquanto o BGN produzirá um ácido muito fraco. O meio tem uma
consistência semissólida e usa azul de bromotimol como indicador de pH e contém uma pequena quantidade
de tampão difosfato para ajudar a detectar a produção de ácido. Inicialmente, é verde e contém um
indicador azul de bromotimol, que fica amarelo à medida que o açúcar produz ácido. Sua leitura acontece da
seguinte maneira: São usados dois tubos, um é exposto ao ar e o outro é coberto com óleo mineral estéril. Os
em fermentação produzem ácido em ambos os meios; as bactérias não glicolíticas sendo inativas no meio de
ph alcalino. Foram testados dois meios (um com vaselina e outro sem vaselina), onde a fermentação da
glicose foi realizada em meio livre de oxigênio (com vaselina) e a oxidação da glicose em tubo de ensaio
9. Após assistir o filme Epidemias/bactéria fatal (link acima e enviado por e-mail) resolva as
questões:
a) Faça uma breve introdução sobre as cepas de Escherichia coli enteropatogênicas.
O termo EPEC foi usado pela primeira vez em 1955 por Neter et al. (1955) para descrever uma série de E. coli
cepas epidemiologicamente relacionadas a uma série de surtos de diarreia infantil em 1940 e 1950 (Bray 1945;
Robins-Browne 1987). Definido originalmente pelo sorotipo, EPEC agora são definidos como aqueles que têm a
capacidade de causar diarreia, a capacidade de produzir uma histopatologia no epitélio intestinal conhecida
como anexação e apagamento (A / E) lesão, e a incapacidade de produzir toxinas Shiga (Nataro e Kaper
1998).
Subclassificação do patogrupo enteropatogênico de E. coli (EPEC) como típico EPEC (tEPEC) e EPEC atípico
(aEPEC) foi possível após o desenvolvimento de métodos de biologia molecular e celular e de ensaios de
cultura de tecidos que forneceram uma grande quantidade de informações sobre os fatores de virulência da
Uma característica notável das infecções por tEPEC e aEPEC compreende a formação de uma lesão
histopatológica característica conhecida como fixação e apagamento (AE). A principal diferença entre os
dois grupos é que a aEPEC não tem a virulência associada Plasmídeo EAF (fator de aderência EPEC) (pEAF),
que codifica um pilus tipo IV conhecido como pilus formador de feixe (BFP) (Trabulsi et al. 2002). Os métodos
ideais para diferenciar entre tEPEC e aEPEC são a detecção da produção de BFP e de o fenótipo de adesão
associado ao BFP (adesão localizada), uma vez que alguns aEPEC cepas podem carregar um operon bfp
defeituoso, resultando em reações positivas com o gene bfpA (Trabulsi et al. 2002; Abe et al. 2009).
absorvida pela corrente sanguínea, para chegar a outros órgãos, como os rins. O paciente inicialmente
apresentou cólicas abdominais intensas e diarreia aquosa, que durou uma semana, em média algumas pessoas
apresentam complicações potencialmente fatais, como a síndrome urêmica hemolítica SHU, que pode causar
insuficiência renal súbita e anemia hemolítica. Redução da micção associada à fadiga, que pode evoluir para
convulsões e / ou derrame.
Epidemiologia: A principal forma de infectar humanos é ingerindo alimentos e água contaminados, mas a
possibilidade de infecção direta entre as pessoas pela via fecal-oral é baixa. Essa abordagem é ainda mais
importante entre membros da família infectados, profissionais da área de alimentos e indivíduos com práticas de
higiene inadequadas. Resíduos de humanos ou animais podem ser potenciais para infecção. Alguns alimentos
podem veicular a EHEC como a carne e o leite. No Brasil é encontrado relatos de casos de ocorrência da
Síndrome Urêmica Hemolítica e nesses casos a EHEC é indicada como provável agente etiológico, mas não há
Surtos já descritos no mundo: Nos Estados Unidos, comer alimentos considerados de alto risco de infecção
incluem leite não pasteurizado, cidra não pasteurizada e queijo fresco feito de leite cru. Portanto, alimentos como
hambúrgueres, vegetais e alimentos processados podem ser a causa da epidemia. A infecção por EHEC foi
relatada em muitos países, mas a frequência de ocorrência é menor do que nos Estados Unidos.
Diagnóstico laboratorial: O diagnóstico é feito através de amostras de fezes e alimentos infectados. É feito
pelo cultivo e identificação da bactéria por métodos moleculares, fenotípicos e sorológicos. Quando se utiliza o
método tradicional de cultivo as amostras de fezes devem ser inoculadas em Ágar MacConkey.
Isolamento: Nas regiões onde E.coli 0157:h7 é mais frequente, portanto há um aumento, por parte dos
Identificação: Cultura das infecções por ECEH requer meios especiais. A identificação do sorotipo específico
Testes sorológicos: Os testes bioquímicos e sorológicos e feito a partir das colônias no Petrifilm localizados por
propriedades bioquímicas específicas das bactérias. Na segunda envolve a utilização de técnicas imunológicas e
a terceira, técnica da biologia molecular com o uso de sondas. Com a difusão dessa técnica, é possível investigar
a presença ou ausência de microrganismos patogênicos em uma diversidade de amostras, seja na área alimentar,
de saúde ou na área ambiental. Estas técnicas apresentam vantagens quando comparadas às técnicas
tradicionais de cultivo, principalmente no que se refere à sensibilidade das análises e relativa rapidez.
O diagnostico molecular é capaz de identificar e diferenciar os genes alvos utilizados neste tipo de diagnostico.
As técnicas moleculares que utilizam a hibridização e amplificação de sequências genéticas específicas são
importantes para detectar grande variedade de microrganismos, incluindo os subtipos de Escherichia coli. A
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) é uma técnica utilizada para o diagnóstico e tipagem da E.coli produtora
de toxinas shiga (STEC) e é baseada na amplificação de sequências específicas de DNA. Apresenta dentre as
suas vantagens facilidade e rapidez de execução, baixo custo, especificidade e sensibilidade. Outros tipos de
PCR como a amplificação randômica do DNA polimórfico, conhecida pela sigla RAPD-PCR (“Random Amplification
of Polymorphic DNA-Polymerase Chain Reaction”), é utilizada nos estudos sobre a diversidade destes
microrganismos e possibilita observar uma estreita associação de padrões eletroforéticos com parâmetros clínicos
e epidemiológicos. Para a populações de E. coli, o RAPD-PCR é um método de tipagem com elevado potencial
discriminatório,o que possibilita detectar uma diversidade genética de populações bacterianas e as relações
entre amostras epidemiologicamente relacionadas. Além disso, o emprego da técnica de PCR tem se mostrado
também muito útil como um instrumento alternativo de classificação filogenética de populações de E. coli,
bactérias, faz com que ela libere toxinas que pode aumentar o risco de o indivíduo desenvolver a Síndrome
Urêmica Hemolítica já que a morte da bactéria aumentaria a liberação de toxinas, além de danos graves aos rins
e ao cérebro.
e) Discuta brevemente sobre coprocultura – exame microbiológico indicado para diagnóstico de infecções
intestinais, que vcs estudarão em uma próxima aula.
A coprocultura é uma análise bacteriológica das fezes, que são recolhidas em um recipiente e colocadas em
cultura em laboratório para identificar a presença de um germe responsável por uma infecção bacteriana. Ela é
março de 2021.
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-
content/uploads/yumpu_files/Especial%20microbiologia%20Pt.%201.pdf. Acessado
em 16 de março de 2021.
2021.
março de 2021.
Escherichia coli carreadoras dos genes stx isoladas de bovinos nos estados de
Rondônia e do Rio de Janeiro. FIOCRUZ. Fundação Oswaldo Cruz, 2013. Disponível
em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24636/1/661.pdf. Acessado em: 16
de março de 2021.
IMAGEM 1: https://blog.jaleko.com.br/como-e-feito-o-metodo-de-gram/
IMAGEM 2: https://kasvi.com.br/bacteria-gram-positiva-gram-negativa/
IMAGEM 3: https://kasvi.com.br/bacteria-gram-positiva-gram-negativa/