Você está na página 1de 9

Aconselhamento - 1

Aconselhamento Cristão: Como Aconselhar


Pessoas?

Como aconselhar pessoas? Em algum momento, já tivemos que aconselhar alguém que
passava por dificuldades. Porém, muitas vezes não sabemos o que dizer ou como ajudar a
pessoa a dar passos para solucionar seus problemas.

É importante saber, primeiro, diagnosticar a causa do problema, e, também, saber como se


portar enquanto conselheiro, ao ajudar a pessoa a enxergar uma saída para seus problemas.

Esse mini curso lhe dará ferramentas para realizar um bom aconselhamento cristão. Você pode
assistir os vídeos e acompanhar a leitura dos tópicos de cada bloco.

I – TEOLOGIA E ÉTICA DO ACONSELHAMENTO

Parte 1 do Mini Curso sobre Aconselhamento, tratando sobre a Teologia e a Ética do


Aconselhamento.

1 – Base do Aconselhamento Cristão

• Rm14:13 – Julgamento e Preconceito – Por que alguém se abriria com você?

• I Co 13 – Amor.

• I Pe 4:8 – Como lidar com o pecado – A base de todo sofrimento humano.

• Ez 18 – O papel do indivíduo na sua cura – A Responsabilidade é pessoal.

2 – Composição do Homem

• Gn 2:7 – Tricotomia

• A Bíblia nos ensina a cuidar por completo – Integralmente.

• I Tm 5:23 – Corpo.

• I Rs 19 – Alma.

• I Co 5:5 – Espírito.

3 – Sarar a Alma constitui uma das missões da Igreja

• Uma das funções de Jesus – Is 61:1-3; Jo10:9,10; Sl 23.

4 – Ética do Aconselhamento

• Ética: Forma de viver, conduta de vida – Regras aplicáveis ao Conselheiro antes,


durante e após o Aconselhamento.

• Sigilo Profissional e Sacerdotal – A Lei protege por entender ser um bem

• público.
Aconselhamento - 2

• Dignidade Humana – Manipulação e Engano

• Liberdade e Autonomia do Aconselhado

5- Atitudes a Evitar – Cuidados a Tomar

• Aparência – Limpeza, cheiro, vestuário.

• Reações bruscas – Exteriorização de sentimentos.

• Sermão.

• Pessimismo.

• Falsas promessas.

• Limite o relacionamento.

• Dependência e co-dependência.

• A postura na escuta.

• Fale o mínimo.

II – NOÇÕES DE PSICOLOGIA

Parte 2 do Mini Curso sobre Aconselhamento, tratando sobre Noções de Psicologia.

1 – Psicanálise

EGO – SUPEREGO – ID

Id – O id contém a nossa energia psíquica básica, ou a libido, e se expressa por meio da


redução de tensão. Assim, agimos na tentativa de reduzir essa tensão a um nível mais
tolerável. Para satisfazer às necessidades e manter um nível confortável de tensão, é
necessário interagir com o mundo real. Por exemplo: as pessoas famintas devem ir em busca
de comida, caso queiram descarregar a tensão induzida pela fome. Portanto, é
necessário estabelecer alguma espécie de ligação adequada entre as demandas do id e a
realidade.

Ego – O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do


mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente
e irracional do id. Freud chamava o ego de ich, traduzido para o inglês como “I” (Eu” em
português). Ele não gostava da palavra ego e raramente a usava. Enquanto o id anseia
cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da realidade, manipula-a e, dessa
forma, regula o id. O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca
do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão.

Superego – O superego desenvolve-se desde o início da vida, quando a criança assimila as


regras de comportamento ensinadas pelos pais ou responsáveis mediante o sistema de
recompensas e punições. O comportamento inadequado, sujeito à punição torna-se parte da
consciência da criança, uma porção do superego. O comportamento aceitável para os pais ou
para o grupo social e que proporcione a recompensa torna-se parte do ego-ideal, a outra
porção do superego. Dessa forma, o comportamento é determinado inicialmente pelas ações
Aconselhamento - 3

dos pais; no entanto, uma vez formado o superego, o comportamento é determinado pelo
autocontrole. Nesse ponto, a pessoa administra as próprias recompensas ou punições. O
termo cunhado por Freud para o superego foi über-ich, que significa literalmente “sobre-eu”.

O superego representa a moralidade. Freud descreveu-o como o “defensor da luta em busca


da perfeição – o superego é, resumindo, o máximo assimilado psicologicamente pelo indivíduo
do que é considerado o lado superior da vida humana” (Freud, 1933, p.67). Observe-se então,
que, obviamente, o superego estará em conflito com o id. Ao contrário do ego, que tenta adiar
a satisfação do id para momentos e lugares mais
adequados, o superego tenta inibir a completa satisfação do id.

• Esferas constitutivas do homem – Amor – Ódio – Medo.

• A importância da sexualidade para Freud – Sexo se define na infância.

• Neurose.

o Crise.

o Delírio.

o Histeria.

o Paranóia.

o Obsessão (Passa-se no pensamento)

o Compulsão (Ações, lavar mãos, abrir e fechar, etc.)

o Bipolaridade (Humor – Vontade – Atenção/Concentração).

• Psicose

o Esquizofrenia.

o Hebefrenia – Neologismo e repetições.

o Bipolaridade – Maníaco-depressivo.

o Mania – Exaltação do humor, raciocínio rápido, fala sem parar, alta


movimentação.

Depressão

Atinge 25% da população mundial.

Causas:

1. Pré-disposição genética – submetido a estresse causa diminuição de


noradrenalina.

2. Biológica – Hipotireoidismo; desequilíbrio endócrino; infecções virais.

3. Orgânica – doenças; fadigas.

4. Psicológicas – Raiva recalcada; culpa; perda; frustração; experiências


traumáticas na infância.
Aconselhamento - 4

5. Falsas convicções – Julgamento negativo sobre si, o mundo e o futuro.

Sintomas:

1. Distúrbios de humor – Tristeza, choro, dor moral, solidão, isolamento,


ausência de motivação, ausência de interesse, sensação de incapacidade, auto-
depreciação, pessimismo, certeza de que não se livrará da dor, sensação de abandono
por Deus.

2. Inibição psico-motora – dificuldade de pensar, decidir, falar.

3. Ansiedade e distúrbio de personalidade – medo de tudo, irritabilidade.

4. Distúrbios psíquicos – sono perturbado, distúrbios digestivos, perda do desejo sexual,


mal estar geral.

5. Desejo de suicidar.

Falta de desejo de cura:

1. Autopunição (culpa).

2. Vingança – Afetar outros.

3. Desejo de chamar a atenção.

4. Fidelidade a um ente querido falecido.

5. Orgulho.

6. Atribuir a responsabilidade a outros.

Evite:

1. Chorar com a pessoa.

2. Mostrar alegria forçada.

3. Estimulá-lo a reagir.

4. Duvidar de seu sentimento.

5. Incitá-lo à introspecção.

6. Incitá-lo a tomar decisões importantes.

7. Dizer que está melhor, quando não está.

8. Aconselhá-lo a férias, viagem.

9. Bombardeá-lo com versículos bíblicos.

Faça:

1. Enfatize a coragem por buscar ajuda e aliviar a culpa.

2. Informe da progressividade da cura.

3. Projete na imaginação uma luz de esperança.


Aconselhamento - 5

4. Medicamentos e internação.

Risco de suicídio – I Rs 19:4; Nm 11:15; Jó 6:9

Há riscos quando:

1. Já houve tentativa.

2. Cogitou a alternativa (80%).

3. Se há comportamento destrutivo crônico.

4. Vive sozinho ou tem poucos contatos sociais.

5. Demonstra calma após período de agitação.

Como ajudar:

1. Fale abertamente sobre o assunto (Mística da morte).

2. Reforce a rede de relações.

3. Internação.

III – ACONSELHAMENTO EM SITUAÇÕES DE CRISES E PERDAS

Parte 3 do Mini Curso sobre Aconselhamento, tratando sobre Aconselhamento em Situações


de Crises e Perdas.

1 – Crise

• Ruptura de relação que exige busca de novas formas de funcionamento.

• Gera:

o Incapacitação e frustração ao não dar conta.

o Fortalecimento ao desenvolver novas ferramentas e estratégias. (Resiliência).

• Duração: 6 a 8 semanas.

2 – A Morte (Perda)

• As cinco fases da morte:

1. Negação.

2. Raiva.

3. Negociação (Barganha).

4. Interiorização.

5. Aceitação (Melhora da morte).


Aconselhamento - 6

IV – TEORIAS DO ACONSELHAMENTO

Parte 4 do Mini Curso sobre Aconselhamento, tratando sobre as diferentes Teorias de


Aconselhamento.

1 – Aconselhamento Cristão

Características:

• Pessoal: Respeito à individualidade.

• Biblicamente embasado.

• Ênfase no futuro, não no passado.

• Sensível à cultura.

• Orientada para fora.

• Dirigida pelo Espírito Santo.

Alvos:

• Autoconhecimento.

• Comunicação.

• Aprendizado e mudança de comportamento (Pecado x Errado).

• Autorrealização.

• Apoio.

• Integridade espiritual.

Conselheiro:

• Empatia.

• Aceitação incondicional.

• Sinceridade.

• Atenção: Olhar; gestual; preparo intelectual, físico e espiritual.

Escuta: Atenção ao dito e ao não dito.

Resposta:

• Condução.

• Comentário.

• Confronto.

• Informação.

• Apoio.
Aconselhamento - 7

Filtrar: Verdadeiro – Falso.

Modelo:

1. Escuta da queixa (Aparente)

2. Queixa real

3. Planejamento – alvos

4. Desenvolvimento – Tarefa de casa.

2 – Aconselhamento Pastoral

Modelo:

1. Motivação – porque veio, como veio, como se sente aqui.

2. Problema – Enfatizar sentimentos positivos e negativos.

3. Impressões diagnósticas – Quais sentimentos devem ser trabalhados.

4. Tarefa de casa.

3 – Aconselhamento terapêutico

Características:

• Trabalha com restauração de relacionamentos.

• Eixo: Pecado – Culpa > Restauração – Perdão.

Aspectos do estilo de vida

1. Como eu me vejo?

2. Como vejo os outros?

3. Como me sinto no mundo?

4. Quais os objetivos e métodos para alcançá-los?


Aconselhamento - 8

Gostou desse conteúdo? Venha estudar com a gente!!

Nosso seminário oferece formação completa em teologia e liderança (nas modalidades


presencial e EaD):

Aprenda tudo sobre Bíblia e Teologia


Aprenda a se comunicar e liderar pessoas
Desenvolva sua espiritualidade pessoal
Aprenda a defender sua fé e relacioná-la com a cultura

Acesse nosso Site: https://semibsul.com.br/


Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/semibsul/
Curta-nos no Facebook: https://www.facebook.com/SemibSul/

Você também pode gostar