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Relatório – Experimento 5 – 2020.

Principio de Arquimedes

Edilton Costa Alves - 170002365

1 Introdução Teórica

O princípio de Arquimedes afirma que “todo corpo submerso em um fluido


experimenta uma força ascendente chamada empuxo, equivalente ao peso do fluido
deslocado pelo corpo.” Vivenciamos esse princípio quando nadamos, quando
jogamos um objeto na água, e o objeto afunda se seu peso for maior que o peso do
fluido deslocado. O objeto flutua quando seu peso é menor ou igual ao peso do
fluido deslocado.

No presente relatório encontra-se a teoria básica das forças que


intervieram no experimento, neste caso foi uma força de empuxo (princípio de
Arquimedes), o princípio do fluido também é levado em consideração, suas
propriedades como: densidade e peso específico.

O princípio de Arquimedes é um princípio físico que afirma que “um


corpo totalmente ou parcialmente submerso em um fluido em repouso, recebe um
impulso de baixo para cima igual ao peso do volume do fluido que desloca.” Esta
força é chamada de impulso hidrostático. ou Arquimediano, e é medido em Newtons.
A explicação do princípio de Arquimedes consiste em duas partes,
conforme indicado na figura:
• O estudo das forças em uma porção do fluido em equilíbrio com o resto do
fluido.

• A substituição da referida porção de fluido por um corpo sólido da mesma


forma e dimensão.

E = ρliquido .•g•Vcorpo (1)

Imagem 1. Principio de Arquimedes.


É importante descrever que na Imagem 1, temos:

1o) O empuxo de baixo para cima nem sempre é suficiente para deslocar o corpo
porque se for mais denso que o fluido no qual o referido corpo está imerso, não
se moverá para cima, afundará ainda mais apesar do empuxo arquimediano, só que
fará mais devagar. Ele aumentará apenas se sua densidade for menor que a do
fluido.

2o) Em condições de gravidade zero e para corpos pequenos o suficiente para que
não possam gerar um campo gravitacional próprio apreciável, a pressão
hidrostática deixa de existir. Consequentemente, nessas condições, não há tipo
de empuxo para nenhum dos lados devido à ausência de um gradiente de pressão, o
que implica que o princípio de Arquimedes, nessas condições, "não é aplicável"

3o) As forças que atuam hidrostaticamente em outro corpo são distribuídas por
toda a superfície de contato que têm com ele; a integral dessas forças
superficiais (pressões) nos dará uma resultante das forças localizadas no centro
de gravidade. Isso nos permite, de forma válida e simples, imaginar
abstratamente que uma única força está agindo ali, mas o concreto é que não há
força aplicada no centro de gravidade na realidade.

Devido ao efeito de empuxo, corpos imersos em um fluido aparentemente


têm menos peso do que seu peso real, e chamamos isso de peso aparente. O valor
da força de empuxo é determinado pela diferença do peso real e do peso aparente,
ou seja:
Empuxo = Peso real - Peso aparente

Como todo corpo imerso em um líquido se ajustará a uma profundidade em


que seu peso seja igual ao da água deslocada, o peso do corpo é dado pela
expressão:
Fcpo = Pcpo = ρcpo•Vcpo•g (2)

e o peso do fluido deslocado ou força de empuxo exercida pelo líquido é dado


pela expressão:
E = ρliq•Vcpo•g (3)

Ainda temos que a densidade é definida por :


m (4)
ρ =
V

1.1 Erro Experimental Absoluto

Ao apresentar um resultado experimental, faz-se necessário evidenciar


a margem de erro deste valor. Um dos princípios básicos da física diz: “Não se
pode medir uma grandeza física com precisão absoluta”, ou seja, “qualquer
medição, por mais bem feita que seja, é sempre aproximada”. O Erro Experimental
Absoluto é dado pela soma dos erros Instrumental e Aleatório, onde o erro
instrumental é definido como sendo a metade da menor precisão do instrumento
utilizado, e o erro aleatório como as variações das medidas obtidas pelo desvio
padrão (σ) dado por:

O valor de (σ) fornece uma idéia sobre a incerteza padrão (incerteza


típica) de qualquer medida, tendo como base o conjunto das N medidas.

O parâmetro (σ)pode ser interpretado como sendo a incerteza que se


pode esperar, dentro de certa probabilidade, se uma (N+1)-ésima medição viesse a
ser realizada, quando já se conhece o que ocorreu nas N medições anteriores. O
desvio padrão amostral indica uma boa avaliação sobre a distribuição das
medidas, em torno do valor médio.

1.2 Propagação de erro

Na maioria dos experimentos, a medição de uma grandeza de interesse é


feita de maneira indireta, sendo esta grandeza obtida a partir de medidas de n
grandezas primárias {a1, a2, a3,... an}.
O cálculo é feito a partir de uma função conhecida das grandezas
primárias A e B, representadas por A= Ā ± ∆ A e B= B̄ ± ∆ B . Em linguagem
formal teremos:
Propagação de erro para Adição: C=( Ā+ B̄)±(∆ A+∆ B)
Propagação de erro para Subtração: C=( Ā− B̄)± (∆ A+∆ B)

Propagação de erro paraMultiplicação: C=( Ā B̄)±( B̄ ∆ A + Ā ∆ B)

1.3 Imprecisão

A imprecisão é calculada comparando-se o valor do erro absoluto ∆X com


o valor da melhor estimativa, determinando o erro relativo percentual:

∆X
E= 100

2. Objetivos
Verificar a perda de peso dentro de um fluido.
3. Materiais utilizados
Neste experimento foram utilizados:
Recipiente plástico cilíndrico
Canudo plástico
Copo plástico descartável
Balança digital
Balança de equilíbrio artesanal
Fluido: Água filtrada
Fluido: Óleo de soja
Ferro
Madeira
Carne

4. Procedimentos
As medidas foram realizadas enchendo-se com o fluído (agua destilada
ou óleo de soja) até que esse fluido alcançasse e ultrapassasse o canudo no
orifício de transbordo, quando se aguardava o equilíbrio do volume máximo
suportado.

Após a obtenção do volume máximo, foi colocado um copo plástico


descartável para coleta do fluído que seria expelida em cada experimento de
imersão de corpos no recipiente, isso, a fim de pesá-lo e reutilizá-lo na
balança de equilíbrio.

Os valores foram anotados para cada uma das combinações de corpos e


fluídos.

O procedimento mais complicado e menos preciso nesse experimento


caseiro foi a utilização da balança de equilíbrio, a qual acabou se mostrando
muito rústica. Entretanto foi possível obter dados.

5. Dados Experimentais
Fluído 1: Água destilada Fluído 2: Óleo de soja
Peso Real Volume Peso Aparente Volume Peso Aparente
Expelido Expelido
Ferro 38,00±0,05(g) 1,00±0,05(g) 33,40±0,05(g) 1,00±0,05(g) 33,80±0,05(g)
Madeira 4,00±0,05(g) 0,70±0,05(g) 0,0±0,05(g) 0,77±0,05(g) 0,00±0,05(g)
Carne 5,00±0,05(g) 0,80±0,05(g) 0,30±0,05(g) 1,00±0,05(g) 0,80±0,05(g)
Tabela 1: Tabela de volumes e pesos
6. Análise de Dados

Agua destilada Óleo de soja


Ferro VExpelido = 1 Ferro VExpelido = 1

E= PReal - PAparente E= PReal - PAparente


E= 38,00 - 33,40 E= 38,00 - 33,80
Empuxo = 4,60 Empuxo = 4,20

Madeira VExpelido = 0,70 Madeira VExpelido = 0,77

E= PReal - PAparente E= PReal - PAparente


E= 4,00 - 0,00 E= 4,00 - 0,00
Empuxo = 4,00 Empuxo = 4,00

Carne VExpelido = 0,70 Carne VExpelido = 1,00

E= PReal - PAparente E= PReal - PAparente


E= 5,00 - 0,30 E= 5,00 - 1,00
Empuxo = 4,70 Empuxo = 4,00

Os resultados nos mostram que ao comparar líquidos com diferentes


densidades, dependendo dos corpos, nota-se que ao mergulhar no fluido
experimenta-se a perda de peso, sendo que quanto maior o volume submerso, maior
a perda de peso, pois a força o empuxo será maior, portanto, quanto mais denso o
líquido, maior será o empuxo.

7. Conclusões

Neste experimento foi possível ponderar conceitos de forma satisfatória


quanto a força de impulso, volume deslocado e influência da densidade de um
objeto.

Graças ao princípio de Arquimedes é possível calcular o volume dos corpos


regulares, sem a necessidade de derretê-los para transformá-los em figuras
regulares.
Referencias Bibliográficas

[1] Sears-Semansky, University Physics, 12th edit., pág. 456-475.


[2] McKelvy y Grotch, Física para Ciencias e I ngenierías, Págs. 364 -
366
[3] Alonso - Fin, Física, vol. I Mecánica, Págs. 366 -368
[4] http://www.leb.esalq.usp.br/leb/aulas/lce5702/medicao.pdf

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