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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR

CAMPUS CORNÉLIO PROCÓPIO

PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
1. FUNÇÕES DE VARIAS VARIÁVEIS

1.1. Noções básicas de funções de várias variáveis

As funções reais de várias variáveis reais aparecem naturalmente em problemas práticos.

Quando procuramos a área S de um paralelogramo de base x e altura y, multiplicamos a base pela


altura. Então, o valor de S  xy depende dos valores da base e da altura. Dizemos que a área S é
função das duas variáveis x e y.

Da mesma forma concluímos que o volume de um paralelepípedo, de dimensões x, y e z é uma função


de 3 variáveis, pois V  xyz e a cada terno de valores atribuídos a x, y e z corresponde um valor
determinado do volume.

A Física, através de suas fórmulas, também oferece inúmeros exemplos de funções de várias variáveis.

A notação "z = f(x, y) no domínio D   2 " significará que z é dado como uma função de x e y para
P P

todos os pontos de um domínio D do plano xy. As variáveis x e y são chamadas variáveis


independentes, enquanto que z se diz dependente.

O gráfico de uma função z = f(x, y) é uma superfície contida em  3 e para as funções u = f(x, y, z), o
P P

gráfico está contido em  4 o qual não podemos visualizá-lo.


P
P

Algumas Aplicações:

1) Dado (x, y), podemos considerá-lo como por exemplo, o comprimento e a largura de um terreno
retangular e, associar a cada par (x, y):
(i) A sua área: A = x . y
(ii) O perímetro do mesmo: P = 2(x + y)
(iii) A distância do ponto até a origem: D  x 2  y 2

2) Dado (x, y, z), podemos considerá-lo como por exemplo as dimensões de uma caixa retangular
(paralelepípedo reto-retângulo) e, associar a cada terna (x, y, z):
(i) O volume do mesmo: V = x . y . z
(ii) A sua área lateral: A l = 2(x . y + x . z + y . z)
B B

(iii) A distância do ponto até a origem: D  x 2  y 2  z 2

3) Considere o seguinte enunciado: O volume V de um cilindro é dado por V   r h , onde r é o raio


2

e h é a altura.

Analisando esses enunciados, verificamos que as funções envolvidas requerem o uso de duas ou mais
variáveis independentes.

Podemos, por exemplo, dizer que o volume de um cilindro, denotado por V, é uma função do raio r e
da altura h. Assim, V  V (r, h) é uma função de duas variáveis definidas por: V (r, h)   r h .
2

Essas situações mostram exemplos práticos que aplicam funções de vária variáveis.

Constataremos que o estudo das funções de três ou mais variáveis difere muito pouco do estudo de
funções de duas variáveis. Por isso, vamos, neste curso, trabalhar mais com funções de duas variáveis.
Por outro lado, vamos salientar as diferenças fundamentais entre o cálculo de funções de uma variável
e o cálculo de funções de várias variáveis.
2
 Domínio de uma função de várias variáveis

Seja z  f ( x, y) a lei de correspondência para representar a função f nas variáveis x e y.

Façamos uma representação gráfica mais conveniente. Tomemos 3 eixos ortogonais 2 a 2.

A cada par ( x, y) corresponde um z . O terno ordenado ( x, y, z ) tem por imagem gráfica um ponto do
espaço.

A função de 2 variáveis reais é definida em certos pontos ( x, y) do plano real; portanto, o conjunto D
destes pontos, domínio da função, é uma superfície de  2 .

Quando a função f é de 3 variáveis x, y e z. A cada terno ( x, y, z ) corresponderá, através da lei f, um


valor real w  f ( x, y, z ) . O conjunto de todos os ternos ordenados ( x, y, z ) de números reais é o
espaço 3       . Logo, toda função real de 3 variáveis reais é definida em um subconjunto D
do espaço tridimensional real.

3
Exemplos: Determine o domínio das funções de várias variáveis a seguir e represente-o
geometricamente.

xy
1) Seja a função: z 
x y
Solução:

A característica da função z é um quociente e ele só é definido para x  y  0 , isto é, x  y .

O domínio de z é o conjunto D  {( x, y)   2 / x  y} , conjunto dos pontos do plano x0 y que não


pertencem à bissetriz dos quadrantes ímpares x  y .

x2
2) Seja a função: z 
y4
Solução:

Além do quociente, temos que considerar a raiz quadrada. A função z é definida para:

x  2  0  x  2
  D  {( x, y)  2 / x  2 e y  4}
y  4  0  y  4

4
3) Seja a função: z   x 2  5x  4  3 y  y 2

Solução:

Examinando a função, notamos que z real acontece quando:  x 2  5x  4  0 e 3y - y 2  0 .


 x  5 x  4  0  1  x  4
2

Resolvendo as inequações: 

3 y  y  0  0  y  3
2

Então, D  {( x, y)  2 / 1  x  4 e 0  y  3}

A seguir tem-se a representação gráfica do domínio da mesma.

4) Seja a função: z  x 2  3xy  y 2  1

Solução:

Esta função é definida para x, y   , então: D  2 . Assim, o domínio D é todo o plano real  2 .
Em outras palavras, o valor de z é definido em todo ponto ( x, y)  2 .

5
5) Seja a função: w  4 xy  6 xz  8 yz

Solução:

Esta função é definida para x, y, z   , então: D  3 . Assim, o domínio D é todo o espaço real
3 . Em outras palavras, o valor de w é definido em todo ponto ( x, y, z )  3 .

6) Seja a função: w  1  x 2  4  y 2  2 9  z 2

Solução:

Para w ser um número real, devemos impor as condições: 1  x 2  0 , 4  y 2  0 e 9  z 2  0

A resolução dessas desigualdades, nos leva a:

1  x  1 ,  2  y  2 e  3  z  3

Assim, o domínio dessa função é dado por:

D  {( x, y, z)  3 /  1  x  1,  2  y  2 e  3  z  3}

Geometricamente, o domínio D é um paralelepípedo de faces paralelas aos planos coordenados,


conforme ilustra a figura a seguir.

6
7) Seja a função: z  ln (4  x  2 y)

Solução:

Examinando a função: z  ln (4  x  2 y) , verificamos que existirá z real para: 4  x  2 y  0 ou


equivalentemente x  2 y  4  0 .

Assim, o domínio dessa função é dado por:

D  {( x, y)  2 / x  2 y  4  0}

Vejamos o esboço do gráfico do domínio de z.

Para y  0  x  4
Representemos a reta x  2 y  4  0 : 
Para x  0  y  2

Experimentemos o ponto (0,0) na desigualdade: x  2 y  4  0  0  0  4  0 . Assim, o ponto (0,0)


satisfaz a inequação, logo o domínio é o semi-plano hachurado ilustrado na próxima figura.

8) Determine o domínio das funções:


a) z  4  x 2  y 2 b) f ( x, y, z )  16  x 2  y 2  z 2
Solução: Solução:
Domínio: D( z)  {( x, y)  2 / x 2  y 2  4} . D  {( x, y, z)  3 / x 2  y 2  z 2  16}

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REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DE FUNÇÕES
As funções de uma variável podem ser representadas graficamente como curvas desenhadas em um
sistema de coordenadas bidimensional. Como veremos agora, as funções de duas variáveis podem ser
representadas graficamente com superfícies em um sistema de coordenadas tridimensional.
Infelizmente, não há modo análogo de visualizar funções de mais de duas variáveis.
Para construir um sistema de coordenadas tridimensional, adicionamos um terceiro eixo (o eixo z ) ao
plano de coordenadas xy já conhecido, como mostra a figura a seguir. Note que o plano xy é colocado
na horizontal. O eixo z é perpendicular ao plano xy , e o sentido para cima é escolhido para ser a
direção positiva de z (por simplicidade, apenas os eixos das coordenadas positivas estão desenhados
nessa figura.

Podemos descrever a localização de um ponto em um espaço tridimensional especificando três


coordenadas. Por exemplo, o ponto da figura a seguir que está a 3 unidades acima do plano xy e que
se situa diretamente sobre o ponto ( x, y)  (1, 2) é representado pelas coordenadas x  1 , y  2 e
z  3 , e é denotado pelo trio ordenado ( x, y, z)  (1, 2, 3) . Analogamente, o trio ordenado (2,  1,  3)
representa o ponto que está a 3 unidades abaixo do plano xy e que se situa diretamente sob o ponto
( x, y)  (2,  1) .

Para plotar uma função f ( x, y) de duas variáveis independentes x e y , é usual introduzir a letra z
para representar a variável dependente e escrever z  f ( x, y) . Os pares ordenados ( x, y) do domínio
de f são tomados como pontos no plano xy , e a função f associa uma altura z a cada ponto desse.
Assim, se f (1, 2)  3 , expressaríamos este fato geometricamente plotando (1, 2, 3) em um sistema de
coordenadas tridimensional. O gráfico de f consiste em todos os pontos ( x, y, z ) para os quais
z  f ( x, y) . A função pode associar diferentes alturas a diferentes pontos do seu domínio e, em geral,
seu gráfico será uma superfície no espaço tridimensional. Esta situação esta ilustrada na figura a
seguir:

8
Assim, da mesma forma que no estudo das funções de uma variável real, a noção de gráfico
desempenha um papel importante no estudo das funções de várias variáveis reais. Isso ocorre
principalmente para as funções de duas variáveis, cujo gráfico, em geral, representa uma superfície no
espaço tridimensional. A visualização geométrica auxilia muito no estudo dessas funções. Temos a
seguinte definição:

Definição:
O gráfico de uma função de duas variáveis z  f ( x, y) é o conjunto de todos os pontos ( x, y, z )  3 ,
tais que ( x, y)  D( f ) e z  f ( x, y) .

Simbolicamente, escrevemos: graf (f)  {(x, y,z)  3 / z  f ( x, y)} .

Exemplos:
1) Determine o domínio, a imagem e construa o gráfico da função: z  4  x 2  y 2 .
Solução:
Domínio: D( z)  {( x, y)  2 / x 2  y 2  4} .

Imagem: Im( z )  [0, 2]

Gráfico:

graf (f)  {(x, y,z)  3 / z  4  x 2  y 2 }

e, geometricamente, representa o hemisfério


superior da esfera de centro na origem e raio 2,
conforme ilustra a figura a seguir:

2) A equação x  2 y  3z  3 é a equação de um plano inclinado que corta os eixos coordenados em


x  3 , y  3 e z  1 . Resolvendo essa equação para z em função de (x, y), obtemos a função:
2
1
z  (3  x  2 y ) , cujo domínio é todo plano xy e cuja imagem é todo eixo z. A parte do gráfico
3
de z  f ( x, y) que se encontra no primeiro octante está representado na próxima figura.

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Dada uma superfície S no espaço, podemos nos perguntar se ela sempre representa o gráfico de uma
função z  f ( x, y) . A resposta é não. Sabemos que, se f é uma função, cada ponto de seu domínio
pode ter somente uma imagem. Portanto, a superfície S só representará o gráfico de uma função
z  f ( x, y) se qualquer reta perpendicular ao plano xy cortar S no máximo em um ponto. Isso é
ilustrada na figura a seguir.

No caso das funções de uma variável, uma maneira de obter seu gráfico é elaborar uma tabela
determinando os valores da função para uma série de pontos de seu domínio. Esse método rudimentar,
embora não muito eficientes, constitui uma ferramenta importante. No entanto, para esboçar o gráfico
de uma forma mais precisa, vários outros recursos são utilizados, tais como determinação de raízes,
assíntotas, intervalos de crescimento e decrescimento, pontos de máximos e mínimos etc.

Para uma função de duas variáveis, é praticamente impossível obter um esboço do gráfico apenas
criando uma tabela com os valores da função em diversos pontos de seu domínio. Para contornar essa
dificuldade, vários procedimentos são adotados. O principal deles, muito usado pelos cartógrafos na
elaboração de mapas de relevo, consiste em determinar os conjuntos de pontos do domínio da função,
em que esta permanece constante. Esses conjuntos de pontos são chamados de curvas de nível da
função e são definidas a seguir.

CURVAS DE NÍVEL

Normalmente não é fácil esboçar o gráfico de uma função de duas variáveis. Uma maneira de
visualizar uma superfície é mostrada na figura a seguir. Note que quando o plano z  C intercepta a
superfície z  f ( x, y) , o resultado é uma curva no espaço. O conjunto de pontos ( x, y)
correspondentes no plano xy que satisfazem f ( x, y)  C é chamado curva de nível de f em C , e
uma família inteira de curvas de nível é gerada quando C varia em um intervalo de valores.
Esboçando membros dessa família no plano xy , podemos obter uma representação útil da superfície
z  f ( x, y) .

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Figura: Uma curva de nível da superfície z  f ( x, y) .

Por exemplo, imagine que a superfície z  f ( x, y) é uma “montanha” cuja “elevação” no ponto ( x, y)
é dada por f ( x, y) , como mostrado na figura (a) que segue. A curva de nível f ( x, y)  C está
diretamente sob uma trajetória na montanha cuja altitude é sempre C . Para plotar a montanha,
podemos indicar as trajetórias de altitudes constantes esboçando a família de curvas de nível em um
plano, e colocando um “aviso” em cada curva para mostrar a altitude a que ela corresponde (figura (b),
a seguir). Esta figura “plana” é chamada mapa topográfico da superfície z  f ( x, y) .

Figuras: (a) A superfície z  f ( x, y) como uma montanha.


(b) As curvas de nível proporcionam um mapa topográfico de z  f ( x, y) .

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Exemplo:

1) Discuta as curvas de nível da função f ( x, y)  x 2  y 2 .

Solução:

A curva de nível f ( x, y)  C tem a equação x 2  y 2  C . Se C  0 , obtemos o ponto (0, 0) , e se


C  0 , temos um círculo de raio C . Se C  0 , não há pontos que satisfaçam x 2  y 2  C . O gráfico
da superfície f ( x, y)  x 2  y 2 está mostrado na figura a seguir. As curvas de nível que acabamos de
descobrir correspondem a secções perpendiculares ao eixo z . Pode-se mostrar que as secções
perpendiculares ao eixo x e y são parábolas (tente visualizar porque isto é verdadeiro). Por esta
razão, a superfície tem a forma de uma cuia. Ela é chamada parabolóide circular ou parabolóide de
revolução.

Figura: (a) As curvas de nível de f ( x, y)  x 2  y 2 são círculos x 2  y 2  C .


(b) A superfície z  x 2  y 2 como uma cuia.
Definição:
Seja k um número real. Uma curva de nível C k , de uma função z  f ( x, y) é o conjunto de todos os
pontos ( x, y)  D( f ) , tais que f ( x, y)  k .

Simbolicamente, escrevemos: Ck  {( x, y)  D( f ) / f ( x, y)  k}

Exemplo:
1) Para a função z  4  x 2  y 2 , algumas curvas de nível são:
C 0 : 0  4  x 2  y 2  x 2  y 2  4 ; C 1 : 1  4  x 2  y 2  x 2  y 2  15 ;
2 2 4
C1 : 1  4  x 2  y 2  x 2  y 2  3 ; C 3 : 3  4  x 2  y 2  x 2  y 2  7 ;
2 2 4

Para k  2 , a curva de nível é dada por 2  4  x 2  y 2  x 2  y 2  0  x  y  0 . Nesse caso, a


curva se reduz a um ponto e é chamada curva degenerada.

Para k  0 e k  2 , as curvas de nível C k são conjuntos vazios.

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Na figura a seguir apresentamos as curvas de nível determinadas e, ilustramos a seção da superfície
correspondente à curva de nível C 3 .
2

 Esboço de gráficos usando curvas de nível

As curvas de nível são sempre subconjuntos do domínio da função z  f ( x, y) , e portanto são traçadas
no plano xy. Cada curva de nível f ( x, y)  k é a projeção, sobre o plano xy, da interseção do gráfico
de f com o plano horizontal z  k .

Assim, para obtermos uma visualização do gráfico de f, podemos traças diversas curvas de nível e
imaginarmos cada uma dessas curvas deslocada para a altura z  k correspondente. Nas próximas
figuras ilustramos esse procedimento para as funções: z  x 2  y 2 e z  x 2  y 2 .

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Observando as figuras anteriores, vemos que as curvas de nível de ambas as funções: z  x 2  y 2 e
z  x 2  y 2 são circunferências de centro na origem. Assim utilizando somente as curvas de nível,
podemos ter dificuldade em esboçar o gráfico corretamente. Um outro recurso muito útil para
visualizar a forma do gráfico consiste em determinar a interseção deste com os planos coordenados yz
e xz.

A interseção do gráfico z  x 2  y 2 com os planos yz e xz são as semi-retas z   y e z   x ,


z  0 , respectivamente. Por sua vez, a interseção de z  x 2  y 2 com os planos yz e xz são,
respectivamente, as parábolas z  y 2 e z  x 2 . Essa informações ajudam-nos a ver que o gráfico de
z  x 2  y 2 é um cone e que z  x 2  y 2 é um parabolóide.

Linhas de comando no softwarwe MATLAB (MAT = Matriz; LAB = Labatório)

Exemplo: Gráficos da superfície z  x 2  y 2


1 o )DEFINIÇÃO DO DOMÍNIO
PU
UP

 >> mesh(Z)
>> x=-5:0.01:5;  >> mesh(X,Y,Z)
>> y=-5:0.01:5;  >> surf(Z)
>> [X,Y]=meshgrid(x,y);  >> surf(X,Y,Z)
OU SIMPLESMENTE  >> surface(Z)
 >> surface(X,Y,Z)
>> [X,Y]= meshgrid(-5:0.01:5,-5:0.01:5);  >> countour3(X,Y,Z)
O
2 )DEFINIÇÃO DA FUNÇÃO
PU
UP
 >> countour3(Z)
 >> countour(X,Y,Z)
>> Z=X.^2+Y.^2;
 >> countour(Z)
Realize cada um dos comandos ao lado e veja a  >> countourf(X,Y,Z)
diferença:  >> countourf(Z)

Exercício: Dadas as funções a seguir, utilize o software MATLAB  para gerar as curvas de nível e
P
P

seus respectivos gráficos:


1) f ( x, y)  y 2  x 2 2) z  4  x 2  4 y 2 3) z  4  ( x 2  y 2 )
2
y2 z
4) z  x  y
2 2 2
5) y  4  x  z
2 2
6) x 
2
 1
4 2

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 USANDO O SOFTWARE MAPLE V  PARA PLOTAR AS CURVAS DE NÍVEL E
P
P

GRÁFICOS DE SUPERFÍCIES

1) Construir, usando o software Maple V  (versão 7.0), os gráficos e as curvas de nível das seguintes
P
P

curvas:
a) f ( x, y)  x 2  y 2 (Parabolóide)

> plot3d(x^2+y^2,x=-3..3,y=-3..3);
> with (plots):
> contourplot(x^2+y^2,x=-3..3,y=-3..3,color=black);
,

b) f ( x, y)  x 2  y 2 (cone)

> plot3d(sqrt(x^2+y^2),x=-3..3,y=-3..3);
> with (plots):
> contourplot(sqrt(x^2+y^2),x=-3..3,y=-3..3,contours=30,color=black);

15
c) f ( x, y)  x 2  y 2
> plot3d(x^2-y^2,x=-3..3,y=-3..3);
> with (plots):
> contourplot(x^2-y^2,x=-3..3,y=-3..3,color=black);

d) f ( x, y)  y 2  x 2
> with (plots):
> contourplot(y^2-x^2,x=-4..4,y=-4..4,color=black,contours=10);

e) f ( x, y)  x 2  y 2
> with (plots):
> contourplot(x^2+y^2,x=-3..3,y=- 3..3,contours=30,color=black);

16
2) Outros exemplos de gráficos tridimensionais no Maple V (versão 7.0)

a) f ( x, y)  xy  e  x  y2
2

> plot3d(x*y*exp(-x^2-y^2), x=-2..2,y=-2..2);

b) f ( x, y)  x  e  x  y2
2

> plot3d(x*exp(-x^2-y^2), x=-2..2,y=-2..2);

c) f ( x, y)  y  e  x  y2
2

> plot3d(y*exp(-x^2-y^2), x=-2..2,y=-2..2);

17
3 3
d) f ( x, y )  x 2  xy  y 2   , 3 x  3 e 3 y  3
x y 5
> plot3d(x^2+x*y+y^2+3/x+3/y+5,x=-3..3,y=-3..3);

3 3
e) f ( x, y )  x 2  xy  y 2   , 2 x  2 e 2 y  2
x y 5
> plot3d(x^2+x*y+y^2+3/x+3/y+5,x=-2..2,y=-2..2);

3 3
f) f ( x, y )  x 2  xy  y 2   , 4 x  4 e 4 y  4
x y 5
> plot3d(x^2+x*y+y^2+3/x+3/y+5,x=-4..4,y=-4..4);

18
3) Construir os seguintes gráficos, usando o software Maple V  (versão 7.0), dada a função e o
P P

domínio da mesma.
a) f ( x, y)  ln( x 2  y 2 ),  8  x  8 e  8  y  8 , na cor cinza (gray)
> plot3d(ln(x^2+y^2),x=-8..8,y=-8..8,color=gray);

b) f ( x, y)  ln( x 2  y 2 ),  3  x  3 e  3  y  3 , , na cor padrão do Maple V (versão 7.0)

> plot3d(ln(x^2+y^2),x=-3..3,y=-3..3);

c) f ( x, y)  sen 2 x 2  y 2 ,  3  x  3 e  3  y  3 , na cor padrão do Maple V (versão 7.0)


> plot3d( (sin(sqrt(x^2+y^2))^2 ),x=-3..3,y=-3..3);

19
5x
d) f ( x, y)   ,  3  x  3 e  3  y  3 , na cor azul (blue)
x  y 2 1
2

> plot3d(-5*x/(x^2+y^2+1),x=-3..3,y=-3..3,color=blue);

sen( x 2  y 2 )
e) f ( x, y )  ,  3  x  3 e  3  y  3 na cor verde (green)
x2  y2
> plot3d(sin(x^2+y^2)/(x^2+y^2),x=-3..3,y=-3..3,color=green);

20
4) Use a função IMPLICITIPLOT => GRÁFICOS DE FUNÇÕES IMPLÍCITAS
T

a) x 2  y 2  16 (Circunferência)
> with(plots):
> implicitplot(x^2+y^2=16,x=-5..5,y=-5..5);

x2 y2
b)   1 (Elipse)
4 9
> with(plots):
> implicitplot(x^2/4+y^2/9=1,x=-3..3,y=-4..4);

x2 y2
c)   1 (Hipérbole)
4 9
> with(plots):
> implicitplot(x^2/4-y^2/9=1,x=-3..3,y=-4..4);

21
d) z 2  x 2  y 2 (cones)
> with(plots):
> implicitplot3d(z^2=x^2+y^2,x=-3..3,y=-3..3,z=-3..3,color=gray);
> implicitplot3d(z^2=x^2+y^2,z=-2..2,y=-2..2,x=-2..2);

e) x 2  y 2  z 2  9 (Esfera)
> with(plots):
> implicitplot3d(x^2+y^2+z^2=9,x=-3..3,y=-3..3,z=-3..3);

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LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS

1) Dada a função f(x, y) = x 2 – y 2 + 3x – 4, calcule:


P
P
P
P

a) f(0 ,0) =
b) f(3, 4) =
c) f(2, t) =
d) os valores de x para os quais f(x, y) = - y 2 P
P

Resposta: a) – 4 b) – 2 c) 6 – t 2
P
P
d) x = - 4 ou x = 1

2) Encontrar uma função de várias variáveis que nos dê:


a) O volume de água necessário para encher uma piscina redonda de x metros de raio e y metros de
altura.
b) A quantidade de rodapé, em metros, necessária para se colocar numa sala retangular de largura x e
comprimento y.
c) A quantidade, em metros quadrados, de papel de parede necessária para revestir as paredes laterais
de um quarto retangular de x metros de largura, y metros de comprimento, se a altura do quarto é z
metros.
d) O volume de um paralelepípedo retângulo de dimensões x, y e z.
e) A distância entre dois pontos P1 ( x1 , y1 , z1 ) e P2 ( x2 , y 2 , z 2 ) .
f) A temperatura nos pontos de uma esfera, se ela, em qualquer ponto, é numericamente igual a
distância do ponto ao centro da esfera.

Resposta: a) V ( x, y)   x 2 y b) f ( x, y)  2( x  y) c) f ( x, y, z)  2( xz  yz )
d) V ( x, y, z)  xyz e) d ( P1 , P2 )  ( x2  x1 )2  ( y2  y1 )2  ( z2  z1 )2
f) T ( x, y, z )  x 2  y 2  z 2

3) Uma loja vende um certo produto P de duas marcas distintas, A e B. A demanda do produto com
marca A depende do seu preço e do preço da marca competitiva B. A demanda do produto com
marca A é: DA  1.300  50 x  20 y unidades/mês, e do produto com marca B é:
DB  1.700  12 x  20 y unidades/mês, onde x é o preço do produto A e y é o preço do produto B.
Escrever uma função que expresse a receita total mensal da loja, obtida com a venda do produto P.

Resposta: a) R( x, y)  1.300 x  1.700 y  32 xy  50 x 2  20 y 2

4) Determine o domínio das seguintes funções reais de várias variáveis reais.


a) z  x 2  y 2 b) z 
7
1  x2  y 2
Resposta: D  2 Resposta: D  {( x, y)  2 / x 2  y 2  1}
5
c) f ( x, y, z, u, v)  Resposta: D  {( x, y, z, u, v)  5 / x  y  z  u  v  0}
x y z uv
Esse domínio não tem representação gráfica, pois são subconjuntos do espaço 5 .

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5) Determine, em cada caso, o maior subconjunto de  3 no qual são definidas as funções:
4 xyz
a) f ( x, y, z ) 
9  x2  y2  z 2
Resposta: D  {( x, y, z)  3 / x 2  y 2  z 2  9} , ou seja, uma bola aberto de centro na origem e raio 3

b) w  x 2  yz  4 36  x 2  y 2  z 2
Resposta: D  {( x, y, z)  3 / x 2  y 2  z 2  36} , ou seja, uma esfera de centro na origem e raio 6.

x yz2
c) w 
xyz
Resposta: D  {( x, y, z)  3 / x  0 e y  0 e z  0 } .

d) w  ( x  2) 2  ( y  3) 2  ( z  1) 2  25
Resposta: D  {( x, y, z)  3 / (x - 2)2  ( y - 3)2  ( z - 1)2  25} ,ou seja, uma esfera de centro no ponto
(2, 3, 1) e raio 5.

6) Determine e construa um esboço do domínio das funções:


x2  y2
a) f ( x, y )  2
x  y2
Resposta: D  {( x, y)   2 / x  0 e y  0} , ou seja, D   2  {(0,0)} .

x  2y
b) z   12  x  x 2
4y  y 2

Resposta: D  {( x, y)   2 / - 3  x  4 e 0  y  4}

x y
c) f ( x, y ) 
x y
Resposta: Semi-planos abertos {( x, y)   2 / x  y}

d) f ( x, y)  ln ( y  x)
Resposta: Semi-plano aberto {( x, y)   2 / y  x}

 x 2  4x  3   y 2  4 
e) f ( x, y)   2 . 
 x  6x  9   y  2 
Resposta: D  {( x, y)   2 / x  3 e y  2}

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7) Dadas as funções reais de várias variáveis reais, determine o domínio e represente-o
geometricamente.
a) f ( x, y)  4  x 2  y 2 1
b) f ( x, y )  2
x  y2
Resposta: D  {( x, y)  2 / x 2  y 2  4} Resposta: D  {( x, y)  2 / x   y }

c) f ( x, y)  ln (x - y) d) f ( x, y, z )  16  x 2  y 2  z 2
Resposta: D  {( x, y)   2 / x  y} Resposta: D  {( x, y, z)  3 / x 2  y 2  z 2  16}

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