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Fundações

Capacidade de Carga
e Tensão Admissível do Solo

Professores:
Dra. Ana Patrícia Nunes Bandeira.
Dr João Barbosa de Souza Neto

Setembro de 2020
Capacidade de Carga e Tensão Admissível

Capacidade de Carga: máxima carga ou tensão que pode ser


transmitida ao solo sem que ocorra a ruptura do sistema solo-
fundação.

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TENSÃO ADMISSÍVEL E
TENSÃO RESISTENTE DE CÁLCULO

Tensão admissível: máxima tensão que, aplicada ao terreno pela


fundação rasa ou pela base de tubulão, atende, com fatores de
segurança predeterminados, aos estados limites últimos (ruptura) e
de serviço (recalques, vibrações etc.).

Tensão resistente de cálculo: valor de tensão resultante da


divisão do valor característico da tensão de ruptura geotécnica pelo
coeficiente de ponderação (redução, no caso) da resistência
última.
ABNT NBR 6122/2019.
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TENSÃO ADMISSÍVEL E
TENSÃO RESISTENTE DE CÁLCULO
Nos projetos de fundações rasas é necessário conhecer:

- Tensão admissível

- Tensão resistente de cálculo

Utiliza-se a tensão admissível, se o projeto for feito considerando


fator de segurança global e valores característicos; (Ex. FS=3)

Utiliza-se a tensão resistente de cálculo, se o projeto for feito


considerando os coeficientes de ponderação e valores de cálculo.
(gm=2,15; gf=1,4)

Essas tensões devem satisfazer simultaneamente aos estados


limites últimos (ELU) e de serviço (ELS), para cada elemento
isolado de fundação, bem como para o conjunto.
(item 7.1 NBR 6122/2019)
TENSÃO ADMISSÍVEL E
TENSÃO RESISTENTE DE CÁLCULO
Fatores a serem considerados
(item 7.2 NBR 6122/2019)
• características geomecânicas do subsolo;
• profundidade da fundação;
• dimensões e forma dos elementos de fundação;
• influência do lençol d’água;
• eventual alteração das características do solo (expansivos,
colapsíveis etc.) devido a agentes externos (encharcamento,
contaminação, agressividade etc.);
• alívio de tensões;
• características ou peculiaridades da obra;
• sobrecargas externas;
• inclinação da carga;
• inclinação do terreno;
• estratigrafia do terreno;
• recalques. 5
TENSÃO ADMISSÍVEL E
TENSÃO RESISTENTE DE CÁLCULO

A PARTIR DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO

- Prova de carga sobre placa;

- Métodos teóricos (teorias de capacidade de carga)

- Métodos semiempíricos (relacionam resultados de


ensaios: SPT, CPT etc.)

(item 7.3 NBR 6122/2019)


TENSÃO ADMISSÍVEL E
TENSÃO RESISTENTE DE CÁLCULO

A PARTIR DO ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

As tensões determinadas pelos métodos no estado limite


último devem também atender ao estado limite de serviço.

O valor limite de serviço para um determinado efeito das


ações é o valor associado a problemas de desempenho,
tais como trincas inaceitáveis, vibrações ou
comprometimentos à funcionalidade plena da obra.

(item 7.4 NBR 6122/2019)


TENSÃO ADMISSÍVEL E
TENSÃO RESISTENTE DE CÁLCULO
CASOS PARTICULARES
- Fundação sobre rocha
Deve-se considerar as suas descontinuidades (falhas; fraturas;
xistosidades, etc.), a natureza da rocha matriz e o grau de decomposição
ou alteração. Realizar estudos especiais.

- Solos expansivos
Levantamento da fundação e a diminuição de resistência do solo, devendo
ser consideradas no projeto e no método construtivo.

- Solos colapsíveis
Considerar a possibilidade de encharcamento (vazamentos de tubulações
de água, elevação do lençol freático etc.).

Ver item 7.5 ABNT 6122/2019


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Capacidade de Carga em Fundações

Tipos de ruptura: Generalizada

Comum em solos argilas rígidas ou areias compactas

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Capacidade de Carga em Fundações

Tipos de ruptura: Generalizada

Comum em solos argilas rígidas ou areias compactas

10
Capacidade de Carga em Fundações

Tipos de ruptura: Localizada

Comum em solos argilas de consistência média ou


mole e areias fofas ou medianamente compactas.

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Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da capacidade de carga

Prova de Carga

12
Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da capacidade de carga


Prova de Carga: resultados

https://images.app.goo.gl/GLxr6VkBUWBSo2qr6 13
Capacidade de Carga em Fundações

Prova de Carga:
Resultados
Campo
Experimental da
UFCA

Xavier (2018)
Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da capacidade de carga


Prova de Carga: Limitações

15
Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da capacidade de carga

Extrapolação de Provas de Carga – Solo Homogêneo

Teixeira e Godoy (1998)

Terzaghi e Peck (1948)

16
Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da Tensão Admissível

Ruptura Generalizada NBR 6122/2019


Item 6.2.1.1
Semiempíricos ou
analíticos acrescidos de
duas ou mais provas de
carga, necessariamente
executadas na fase de
projeto, conforme 7.3.1

FS = 2
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Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da Tensão Admissível

Ruptura Localizada
Código de Obras de Boston - EUA

= 80 kPa

= 115/2 = 57,5 kPa

s10 = tensão para recalque de 10 mm


s25 = tensão para recalque de 25 mm

sadm = 57,5 kPa


18
Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da Tensão Admissível


Ruptura indefinida – Van Der Veen (1953)

19
Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da Tensão Admissível


Ruptura indefinida – Van Der Veen (1953)
00,10,20,30,40,50,60,70,80,911,11,21,31,41,51,61,71,81,922,12,22,32,42,52,62,72,82,933,13,23,33,43,53,63,73,83,94
0,000
Tensão (kPa) 250 kPa

0 20 40 60 80 100 120 140 160180 200 220 240 260 260 kPa
0
5 20,000 270 kPa
10
15 280 kPa
20
25 290 kPa
30 40,000
35
40 300 kPa
45
50 310 kPa
Recalque (mm)

55
60 60,000
320 kPa
65
70 330 kPa
75
80
85 80,000 340 kPa
90
95 350 kPa
100
105 360 kPa
110 100,000
115 380 kPa
120
125
130 400 kPa
135
140 120,000 420 kPa
145
150 R² = 0,9979 R² = R²
0,998
= 0,9977 440 kPa

Xavier (2018) 140,000


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Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da Tensão Admissível


Ruptura indefinida – Van Der Veen (1953)
Tensão (kPa) Tensão (kPa)
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
0
0
50

100 100

150

200 200
Recalque (mm)

250
300
Recalque (mm)
300

350
400
400

450
500
500

600 550

600

700 650

700
Xavier (2018) 21
Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da Tensão Admissível


Ruptura indefinida – Van Der Veen (1953)
Tensão (kPa)
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340
0
Van der Veen (1953)
50

100

150

200

250
Recalque (mm)

300

350 FS=3
400
sadm = 320/3 = 107 kPa
450

500

550 FS=2
600
sadm = 320/2 = 160 kPa
650

700
Xavier (2018) 22
Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da Tensão Admissível

FS=2
sadm = 320/2 = 160 kPa
A cota de apoio de uma
fundação deve ser tal que
assegure que a capacidade de
suporte do solo de apoio não
seja influenciada pelas
variações sazonais de clima ou
por alterações de umidade.
(item 7.7.2 NBR 6122/2019)

Xavier (2018) 23
Tensão Admissível – Métodos Empíricos

Tabela de Tensões Admissíveis (Antiga NBR 6122/1996)

24
Capacidade de Carga em Fundações
Tensão Admissível – Métodos Empíricos

Baseados no Resultados de Sondagens SPT

Joppert Jr (2007)

Nmédio = média aritmética dos NSPT


na região localizada entre a cota de
apoio da sapata e o término do
bulbo de tensões

Não aconselhável para tensões


admissíveis superior a 400 kN/m2
ou Nmédio de até 20 golpes 25
Capacidade de Carga em Fundações
Tensão Admissível – Métodos Empíricos

Baseados no Resultados de Sondagens SPT

Schnaid e Odebrecht (2012)

NSPT,60 = índice de penetração convertido para uma


eficiência de 60%. Velloso e Lopes (2009) recomendam
majorar entre 10 e 20% o NSPT dos ensaios brasileiros.

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Tensões Admissíveis
Ensaios de Cone (CPT)

Sapatas apoiadas
sobre argilas

Sapatas apoiadas
sobre areias

Onde: qc = resistência de ponta


do ensaio de cone (CPT) 27
Capacidade de Carga – Fundações superficial

Determinação da capacidade de carga

Teoria da Capacidade de Carga – Terzaghi (1943)

Fonte: Das (2014) – Fundamentos de Engenharia Geotecnica. Cap. 16

28
Capacidade de Carga em Fundações
Capacidade de carga: Teoria (Terzaghi, 1943)

(1)

(2)

29
Capacidade de Carga em Fundações
Capacidade de carga: Teoria (Terzaghi, 1943)

(2)

(3)
Capacidade de Carga em Fundações
Capacidade de carga: Teoria (Terzaghi, 1943)

Equação Geral da Capacidade de Carga

(4)

Fatores de Capacidade de Carga


Capacidade de Carga em Fundações
Capacidade de carga: Teoria (Terzaghi, 1943)

b = B/2
Capacidade de Carga em Fundações
Capacidade de carga: Teoria (Terzaghi, 1943)

33
Capacidade de Carga em Fundações
Capacidade de carga: Teoria (Terzaghi, 1943)

34
Capacidade de Carga em Fundações
Capacidade de carga: Teoria (Terzaghi, 1943)

35
Fatores de Capacidade de Carga – Ruptura Generalizada
Fatores de Capacidade de Carga – Ruptura Localizada

37
Capacidade de Carga em Fundações
Efeito do lençol freático

38
Capacidade de Carga em Fundações
Efeito do lençol freático

39
Capacidade de Carga em Fundações
Efeito do lençol freático

40
Capacidade de Carga em Fundações
Efeito do lençol freático

41
Capacidade de Carga em Fundações
Observação:

❑ Capacidade de Carga Bruta = sult


❑ Tensão Admissível Bruta = sadm.b = sult / FS = sult / 3
❑ Tensão Admissível Líquida = sadm.b = sadm.b - g.Df
Obs: a tensão admissível líquida busca reduzir
na tensão admissível bruta o peso da
fundação (sapata – WF) + o solo do aterro de
preenchimento da vala (WS).
Para fins prático, pode-se admitir WF e WS
iguais.
Logo, se dividirmos pela área, a pressão
exercida será equivalente a g.Df = q
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 1

Observação: considere que a areia esteja num


estado medianamente compacto.

43
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 1
Lençol Freático na Superfície
Solução: 1O Passo: Determinação dos fatores
de capacidade de carga:
Ruptura Local – Areia medianamente compacta
Tabela 2.

f’ = 38 graus N’c = 30,43


c’ = 0
N’q = 16,85
gnat = 18 kN/m3
N’g = 12,75
gsat = 20 kN/m3
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 1
Lençol Freático na Superfície
Solução: 2O Passo: Cálculo das parcelas
de capacidade de carga

Parcela 1
1,3 c’ Nc = 0

Parcela 2
q N’q = gsub . Df = 10 kN/m3 . 1,5 m . 16,85
= 252,75 kN/m2

Parcela 3
f’ = 38 graus
0,8.(B/2).gsub. N’g =
c’ = 0
= 0,8.(2,25m/2).10 kN/m3 . 12,75
gnat = 18 kN/m3
q = 114,75 kN/m2
gsat = 20 kN/m3
45
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 1
Lençol Freático na Superfície
Solução: 2O Passo: Cálculo das parcelas
de capacidade de carga

srup = (2/3)Parcela 1 + Parcela 2 + Parcela 3

srup = 0 + 252,75 kN/m2 + 114,75 kN/m2

srup = 367,5 kN/m2

sadm,b = srup / 3 =122,5 kN/m2

sadm,l = sadm,b – gsat . Df =

f’ = 38 graus = 122,5 – 1,5 m . 20 kN/m3


= 92,5 kN/m3
c’ = 0
gnat = 18 kN/m3 Obs: se considerar 5% da carga do pilar
gsat = 20 kN/m3 como o peso da sapata, trabalhar com sadm,b
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 1
Lençol Freático à Grande Profundidade
Solução: 2O Passo: Cálculo das parcelas
de capacidade de carga

Parcela 1
1,3 c’ Nc = 0

Parcela 2
q N’q = gsub . Df = 18 kN/m3 . 1,5 m . 16,85
= 454,95 kN/m2

Parcela 3
f’ = 38 graus
0,8.(B/2).gnat. N’g =
c’ = 0
= 0,8.(2,25m/2).18 kN/m3 . 12,75
gnat = 18 kN/m3
q = 206,55 kN/m2
gsat = 20 kN/m3
47
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 1
Lençol Freático à Grande Profundidade
Solução: 2O Passo: Cálculo das parcelas de
capacidade de carga

srup = (2/3)Parcela 1 + Parcela 2 + Parcela 3

srup = 0 + 454,95 kN/m2 + 206,55 kN/m2

srup = 661,5 kN/m2

sadm,b = srup / 3 = 220,5 kN/m2

sadm,l = sadm,b – gsat . Df =

f’ = 38 graus = 220,5 kN/m2 – 1,5 m . 18 kN/m3


= 193 kN/m3
c’ = 0
gnat = 18 kN/m3 Obs: se considerar 5% da carga do pilar
gsat = 20 kN/m3 como o peso da sapata, trabalhar com sadm,b
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 2

Qual a largura mínima de uma sapata quadrada


para suportar a carga de um pilar, sobre uma
areia densa, apoiada numa profundidade de 1,5
m da superfície do terreno. A pilar transmite à
fundação uma carga de 1000 kN. Não foi
verificado nível d’ água;
Dados:
gnat = 19 kN/m3
f’ = 420; c’ = 0 kN/m3
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 2

1O Passo: Determinação da largura


Solução: da sapara para a carga do pilar

Tabela 1.

Areia densa = ruptura geral


Df = 1,5 m
NA = cota de assentamento da
fundação
Carga do Pila = 1000 kN Nc = 119.67
gnat = 19 kN/m3 Nq = 108,75
f’ = 420; c’ = 0 kN/m3
Ng = 171,99
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 2

Solução:

2O Passo: Determinação da largura mínima (B) da sapata:

B0,85 m
Capacidade de Carga em Fundações Superficiais

Contribuições de Vésic (1975)

FÓRMULA GERAL DA CAPACIDADE DE CARGA:

=
q
Q
=
ult
ult
'
A
cN
s
c
cd
i
cb
c
cg
c+
qN
s
q
qd
i
qb
q
qg
q
'
B
+
2
Ns
di
bg g
ggg
ggg
sc, sq, sg - fatores de forma
dq, dq, dg - fatores de profundidade
ic, iq, ig - fatores de inclinação da carga Nc = (Nq – 1) cot f
bc, bq, bg - fatores de inclinação da base da fundação Nq = etgf tg2(45º+f/2)
gc, gq, gg - fatores de inclinação do terreno Ng = 1,5(Nq – 1)tgf
A’ – área efetiva da fundação
52
Capacidade de Carga em Fundações Superficiais

Contribuições de Vésic (1975) • Nc e Nq (HANSEN);


• Ng = 2(Nq+1) tgf.
Tabela 3

53
Capacidade de Carga em Fundações Superficiais

Contribuições de Vésic (1975)

Fatores de Forma da Sapata

Para cargas excêntricas utilizar B’ e L’

54
Capacidade de Carga em Fundações Superficiais

Contribuições de Vésic (1975)

55
Capacidade de Carga em Fundações Superficiais

Contribuições de Vésic (1975)

Fatores de Ínclinação da Carga

mL ou mB – conforme a carga
inclinada paralelamente a menor
dimensão B ou à maior
dimensão L.
V e H - componentes vertical e
horizontal da carga.

H ≤ Vtgδ + A’Ca ; δ ângulo de


atrito solo-fundação;
Ca aderência solo-fundação
(para areia δ = f e Ca = 0); para
argila não drenada δ = 0 e Ca =
Su
56
Capacidade de Carga em Fundações Superficiais

Contribuições de Vésic (1975)

• Fatores de profundidade (dc, dq, dg)

SeD/ B1
Se= D/ B1
D
 =0) dc =1+0,4arctg
 
D
dc =1+0,4 (para  B
B
D
dq =1+2tg(1−sen)2
D dq =1+2tg(
1 −sen )2
 
arctg
 B
B
Dg =1
Dg =1
Vesic desaconselha a utilização destes fatores, visto que o procedimento
executivo usual das fundações superficiais é:

ESCAVAÇÃO, EXECUÇÃO E REATERRO.


57
Capacidade de Carga em Fundações Superficiais

Contribuições de Vésic (1975)


• Fatores de Inclinação da Base da Fundação e do Terreno (bc, bq, gc, gq)

bc = 1- (2/(+2))
bq = bg = (1- /tgf)2

gc = 1- (2/(+2))
gq=gg = (1- /tg )2

(Velloso e Lopes, 1997)


58
Capacidade de Carga em Fundações Superficiais

Contribuições de Vésic (1975)


• Influência da Compressibilidade

cc = 0,32 + 0,12B / L + 0,60 log I r

cq = cg = exp(− 4,4 + 0,6 B / L )tgf  + (3,07senf )(log 2 I r ) / (1 + senf )

 (
I r = 1 / 2 exp (3,30 − 0,45B / L ) cot 45o − f / 2 )

59
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 3
Efetuar o dimensionamento geométrico de uma fundação
quadrada para o carregamento do pilar P1 quadrado, indicado
no quadro abaixo.
Considere que a sapata esteja apoiada na profundidade de 1,5
m e não foi detectada a presença do N.A nas sondagens.
O solo é constituído por uma areia compacta com NSPT(médio) =20,
f’ = 40º e c’ = 0 kN/m2 e gnat = 18 kN/m3.
Efetuar o estudo da capacidade de carga considerando a
posição do NA e os dois tipos de solo utilizando Vèsic (1975).

60
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 3

Solução:

f’ = 40º e c’ = 0 kN/m2 e gnat = 18 kN/m3.


Df = 1,5 m , NSPT = 20

1o Passo: Determinação dos fatores de


capacidade de carga e forma - Tabela 3
2o Passo: Estimativa da tensão
admissível

sadm = (20 golpes/0,05).kN/m3

sadm = 400 kN/m3

61
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 3

Solução:

3o Passo: cálculo da dimensão da sapata

A(m2) =Q/ sadm = 3.300 kN/400 kN/m2 = 8,25 m2

62
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 3

Solução:

4o Passo: cálculo do fatores de forma

sc = 1,85; sq = 1,84; sg = 0,60

63
Capacidade de Carga em Fundações: Exercício 3

Solução:

5o Passo: Cálculo das dimensões efetivas


Mx = 50,2 kN.m
My = 225,6 kN.m

ex = My/V = (225,6 kN.m)/3300 kN =0,07m ey = Mx/V = (50,2 kN.m)/3300 kN =0,02m

L’ = B - 2ey = 3,0m – 2.(0,02m) = 2,96 m B’ = B – 2ex = 3,0m – 2.(0,07m) = 2,86 m

6o Passo: Cálculo das dimensões efetivas


srup= sc. c’.Nc + sq.gnat .Df.Nq +sg.(B’/2). gnat .Ng

srup= 1,85.(0kN/m2).75,31 + 1,84.(18kN/m3).1,5m.64,2 +0,6.(2,86m/2).18kN/m3.109,41

srup= 6.569 kN/m2 sadm,b= srup/3 = 2.190 kN/m2


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