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AULA EXPOSITIVA

NUMA PERSPECTIVA CRÍTICA

1 – Conceituação

 Numa perspectiva tradicional, aula expositiva consiste numa preleção


verbal utilizada pelos professores com o objetivo de transmitir
determinadas informações a seus alunos.
 Numa perspectiva crítica, a aula expositiva pode se transformar numa
técnica que estimula a atividade e a iniciativa dos alunos sem
prescindir da iniciativa do professor; favorece o diálogo entre
professor e alunos, e dos alunos entre si, sem cair numa prática
permissiva; e considera os interesses e experiências dos alunos sem
desviar-se da sistematização lógica dos conteúdos previstos nos
programas de ensino.

2 – Vantagens da aula expositiva

a) é econômica porque a média de estudantes para cada professor pode


ser grande;
b) é flexível; pode adaptar-se, para rápidas considerações, a qualquer
tipo de ouvinte, a um programa que não disponha de material
impresso;
c) provê reforço não disponível em outros procedimentos ;
d) é um meio rápido para atingir os objetivos de transmissão e
compreensão de determinadas informações.

e) 3 – Uso adequado da aula expositiva

a) quando o objetivo básico é disseminar informações;


b) quando o assunto deve ser organizado e apresentado de uma forma
particular a um grupo específico;
c) para despertar o interesse em relação ao assunto;
d) para introduzir os alunos em tarefas de aprendizagem que terão
prosseguimento com outros métodos de ensino;
 para apresentar conceitos e princípios fundamentais que serão trabalhados no
decurso de uma unidade;
e) para sintetizar ou concluir alguma unidade ou mesmo algum curso.

4 – Limitações da aula expositiva


a) ênfase excessiva na comunicação verbal;
b) quando os professores tendem a usá-la como única técnica de ensino.

5 – Fases

5.1 – Preparação:
 ter claros os objetivos da aula;
 selecionar os tópicos a serem abordados;
 organizar um esquema essencial do assunto;
 preparar recursos didáticos.

5.2 – A aula propriamente dita:


 tomar como ponto de partida a experiência dos alunos relacionada
com o assunto em estudo (os conhecimentos apresentados pelo
professor são questionados e redescobertos pelos alunos a partir do
confontro com a realidade conhecida);
 valorizar a vivência dos alunos, seu conhecimento do concreto,
buscando relacionar esses conhecimentos prévios com o assunto a ser
estudado;
 a partir das experiências de vida, caminhar em busca de uma
compreensão crítica, e ao mesmo tempo científica, da realidade
global;
 problematizar: questionar determinadas situações, fatos, fenômenos e
idéias;
 estimular os alunos a levantar problemas e identificar as respectivas
alternativas de solução, levando à reelaboração e produção de
conhecimentos.

5.3 – Conclusão
 estimular os alunos a uma organização de resumo, exercitando, assim,
seu pensamento criador.

6. Observações:

7. Referências

RONCA, A. C. C. & ESCOBAR, V. F. Aula expositiva. In Técnicas pedagógicas: domesticação ou desafio à


participação? Rio de Janeiro: Vozes, 1980. Cap. 5, p. 85-105.

LOPES, A. O. Aula expositiva: superando o tradicional. In: VEIGA, 1. P. A. (org.) Técnicas de Ensino:
Por que não? Campinas, São Paulo: Papirus, 1991. Cap. 2, p. 3 5-48.

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