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Tema: A importância do preventivo do câncer do colo do útero (PCCU) em

mulheres com faixa etária de 25 a 65 anos.

Problema: Compreender o desinteresse dessas mulheres em realizar o PCCU.

1. Introdução

Historicamente, a associação do vírus HPV com câncer de colo de útero


começou em 1949, quando o patologista George Papanicolau introduziu o
exame mais difundido no mundo para detectar a doença. (Rev. Bras. Enferm,
Brasília 2010 mar- abr; 63(2): 307-11)

No Brasil, o exame citopatológico continua sendo a principal estratégia de


rastreamento, recomendada pelo Ministério da Saúde prioritariamente para
mulheres de 25 a 59 anos de idade. (Esc Anna Nery Ver Enferm 2009 abr-
jun; 13(2): 378-84)

É estimado que uma redução de cerca de 80% da mortalidade por este câncer
pode ser alcançada pelo rastreamento de mulheres na faixa etária de 25 a 65
anos com o teste de Papanicolaou e o tratamento de lesões precursoras com
alto potencial de malignidade ou carcinoma. (Esc Anna Nery Ver Enferm 2009
abr- jun; 13(2): 378-84)

É importante ressaltar que as mulheres são simples, sem acesso à informação


e que não por maioria das vezes não realizam o exame por medo ou vergonha
A participação dos profissionais de saúde influencia por isso a essas mulheres
têm que ser dado toda atenção, carinho e, principalmente, respeito, as
mulheres que forem à procura. Provavelmente muitas delas tiveram que
superar barreira para chegar até a unidade de saúde, e espera receber
compreensão, paciência e ajuda. .(ministério da saúde 2002, manual
técnico)

2. Justificativa
3. Objetivo Geral

Entender quais os motivos que levam essas mulheres a não realizarem o


exame.

4. Objetivo Específico
 Analisar os motivos que levam o desinteresse dos profissionais de
saúde a essas mulheres
 Compreender os motivos que levam as mulheres a não retornarem para
receber o resultado do exame.
 Identificar as ações realizadas pelo serviço de saúde para estimular a
busca dessas mulheres pelo serviço de PCCU.
 Conhecer o que essas mulheres sabem sobre a importância
 Incentivar as mulheres a realizarem do exame do PCCU.

5. Desenvolvimento

O câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as


mulheres, sendo responsável pelo óbito de aproximadamente 230 mil mulheres
por ano.

A introdução do exame Papanicoloau, no Brasil, se deu na década de 70, e a


implantação do Programa de Assistência Integral a Mulher (PAISM), em 1983,
tinha como objetivo implantar ou ampliar as atividades de diagnostico precoce
do câncer uterino. Entre os anos 70 e 80, surgiram as primeiras evidencias da
provável associação do HPV com o câncer do colo uterino e, no final dos anos
90, descrevia-se a presença viral em aproximadamente 100% dos casos de
câncer cervical. (Esc Anna Nery Ver Enferm 2010 jan- mar; 14(1): 90-96)

Apesar do avanço nos conhecimentos, as taxas de morbi- mortalidades por


câncer de colo de útero continuam altas em países em desenvolvimentos, por
ser uma patologia de evolução lenta, sem manifestação clínica no seu início e,
principalmente por ser tratar de uma infecção de transmissão sexual. Em
países como o Brasil, em que o seu combate depende quase que
exclusivamente do exame citológico, ainda são necessários esforços para que
a ela seja detectada precocemente, pois são milhares de mulheres que já
foram expostas ao vírus HPV, e necessitam de seguimento e tratamento
adequado para uma infecção não progrida para o carcinoma. (Rev. Bras.
Enferm, Brasília 2010 mar- abr; 63(2): 307-11)

Em 1996 foi realizado pelo INCA/MS, o Projeto Piloto do Programa Viva Mulher
foi implantado a partir do primeiro semestre de 1997 em cinco capitais
brasileiras: Curitiba, Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Belém e no Estado do
Sergipe. Foi realizada em 1998, a primeira fase de intensificação do programa
viabilizada por meio de uma campanha que utilizou diversos meios de
comunicação para mobilização da população em mulheres de 35 a 49 anos e
em mulheres que nunca haviam realizado o exame. A partir de 1999, foi
iniciada a fase de consolidação das ações do programa na rotina dos serviços.
Em 2002, nos meses de março e abril foi realizada a segunda fase de
intensificação do programa, sendo desenvolvida uma campanha de mídia
nacional para mobilização das mulheres alvos.( Cely )

Para efetivação do programa nacional de controle do câncer do colo do útero,


dois pontos foram contemplados: O primeiro foi à sensibilização da população
feminina para realização do exame, sendo este respondido com divulgação da
campanha através dos meios de comunicação escrito, falado e televisionado. O
segundo ponto importante para viabilização do programa foi à sensibilização
dos profissionais de saúde da rede, realizada por meios de treinamentos dos
gerentes municipais do programa e profissionais de saúde da rede, elaboração
de materiais educativos e apresentação da proposta para os recursos humanos
envolvidos na atenção ao câncer do colo do útero, com sua justificativa
epidemiológica, objetivos, metas e orientações para o seguimento de cada
mulher.( Cely)

O Instituto Nacional do Câncer admite que o Brasil foi um dos primeiros países
do mundo a introduzir o exame citopatológico ( Papanicolau) com a finalidade
de detecção precoce do CCU, porém a doença continua sendo um problema
de saúde publica, pois 30% das mulheres realizam o Papanicolau apenas três
vezes na vida, o que explicaria o diagnostico já na fase avançada em uma
proporção de 70% dos casos. (Esc Anna Nery Ver Enferm 2010 jan- mar;
14(1): 90-96)

A incidência da infecção por HPV de alto risco é mais elevada do que a de


baixo risco. O HPV tipo 16 é o mais prevalente nas infecções de trato genital,
chegando ate 66%, seguido dos tipos 18(15%),45(9%) e 31(6%), sendo que os
4 tipos juntos , podem corresponder ate a 80% dos casos. (Rev. Bras. Enferm,
Brasília 2010 mar- abr; 63(2): 307-11)

O vírus HPV é considerado o agente infeccioso de transmissão sexual mais


comum. Estima-se que o numero de mulheres portadoras do DNA do vírus
HPV em todo o mundo chega a 291 milhões, e cerca de 105 milhões de
mulheres no mundo inteiro terá infecção pelo HPV 16 ou 18 pelo menos uma
vez na vida. No Brasil, estudos nacionais registraram um perfil de prevalência
da infecção por HPV de alto risco semelhante ao dos países subdesenvolvidos:
17,8% a 27%, com uma prevalência maior nas mulheres de faixa etária abaixo
de 35 anos e a partir dos 35 ate 65 anos, as taxas permanecem de 12 a 15%.
(Rev. Bras. Enferm, Brasília 2010 mar- abr; 63(2): 307-11)

6. Metodologia

O presente estudo é do tipo exploratório e descritivo, com o emprego de uma


abordagem qualitativa. A coleta vai ser realizada em algumas Unidades
Básicas de Saúde( UBS), do município de Benevides, Belém- Pará, Brasil.
Iremos entrevistar 40 mulheres na faixa etária de 25 a 50 anos que freqüentam
as UBS para coleta de dados, no bairro........................., localizadas no
município de Benevides.

O estudo vai ser baseado nos seguintes critérios: As mulheres entrevistadas


devem estar orientadas no espaço e tempo , estarem cientes quanto à
finalidade da pesquisa e consentirem seus depoimentos , por meio da
assinatura, ou se forem analfabetas, através da digital, do termo de
consentimento livre e esclarecido.

Quanto ao aspecto ético, o pré- projeto da pesquisa será submetido ao comitê


de ética, preservando o anonimato das depoentes, empregando o sistema
alfanumérico para identificação dos seis relatos.

A coleta de dados será realizada no período de fevereiro a dezembro de 2011,


utilizando duas técnicas de coleta: a entrevista semi- estruturada com
perguntas abertas e a observação livre, aplicadas na mesma seqüência. Sendo
utilizado um questionário para identificação do perfil sócio- cultural dos sujeitos
do estudo, constando de: Idade, cor/raça, naturalidade, estado civil, inicio da
atividade sexual, paridade, tabagismo, grau de instrução, renda, religião,
condições habitacionais e saneamento básico.

A entrevista semi- estruturada será composta por questões abertas pelo fato de
a mesma permitir o direcionamento pelo entrevistador de forma flexível,
podendo ser assumido pelo entrevistador. Por fim, empregaremos a
observação livre que será usada como uma técnica complementar, pois
acreditamos que ela favorecera a compreensão da linguagem não verbal, ou
seja, comportamentos, expressões faciais e físicas presentes durante a
entrevista dos sujeitos de estudo, auxiliando dos dados e na conclusão do
estudo.

7. Cronograma

Atividades/ Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mês
Elaboração do
Projeto
Entrega do
Projeto
Início das
Orientações
Elaboração da
Monografia
Entrega da
Monografia
Final
Defesa da
Monografia
8. Orçamento

 03 unid. De Lápis
 04 unid. De caneta
 01 resma de papel A4
 04 cartuchos de tintas: 03 coloridos e 01 preto

9. Bibliografia

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