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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTE DA BAHIA – UFOB

CCBS- Centro das ciências biológicas e da saúde- Farmácia


Caroline Rocha Sá Teles
Hanna Rubia Almeida
Jefferson Cleriston
Mariany Morais

EFEITOS COLATERAIS DO USO DE QUIMIOTERAPICOS NO


TRATAMENTO ONCOLOGICO

BARREIRAS - BA
2019
Caroline Rocha Sá Teles
Hanna Rubia Almeida
Jefferson Cleriston
Mariany Morais

Metodologia ativa: Efeitos colaterais do uso de quimioterápicos no tratamento


oncológico

Trabalho apresentado para a


disciplina de Histologia humana do
curso de farmácia da UFOB. Para a
obtenção de nota parcial, orientado
pela professora Maiara Marques

BARREIRAS - BA
2019
EFEITOS COLATERAIS DO USO DE QUIMIOTERAPICOS NO
TRATAMENTOONCOLOGICO
SIDE EFFECTS OF THE USE OF CHEMOTHERAPICS IN ONCOLOGICAL
TREATMENT

Resumo: O artigo tem como objetivo falar dos aspectos histológicos dos
tecidos atingidos pelo uso de quimioterápicos no tratamento oncológico. A
quimioterapia é o tratamento mais utilizado no combate ao câncer, porém o uso
dos medicamentos causa muitos efeitos colaterais atingindo tecidos, órgãos e
sistema no organismo do paciente.
Abstract: The article aims to talk about the histological aspects of the tissues
affected by the use of chemotherapy in cancer treatment. Chemotherapy is the
most commonly used cancer treatment, but drug use causes many side effects
affecting the patient's tissues, organs and system.
Introdução:
As células cancerígenas têm o crescimento mais acelerado que as células
normais. A quimioterapia é um tratamento que age como forma de impedir ou
dificultar o crescimento das células cancerígenas. Esse tratamento apesar de
eficaz é bastante agressivo, pois age também nas células normais causando
muitos efeitos colaterais. Pode ser feito via oral, intravenosa, intramuscular,
subcutânea ou intratecal. O tipo de quimioterapia utilizada será determinado
pelo médico de acordo com o tipo de câncer, o estágio e as condições clinicas
do paciente.
São mais de 100 quimioterápicos utilizados no tratamento, eles podem ser
agrupados de acordo como vão agir no organismo, a forma que interagem com
outros medicamentos e sua estrutura química. São eles:
Agentes Alquilantes: impedem a célula de se reproduzir danificando seu
DNA.Antimetabólitos: interferem no DNA e do RNA substituindo os blocos de
construção normais de RNA e de DNA.
Antibióticos Antitumorais: alteram o DNA dentro das células cancerígenas
para evitar que elas cresçam e se multipliquem.Inibidores da Topoisomerase:
interferem nas enzimas denominadas topoisomerases, que separam os
filamentos de DNA para que possam ser copiados.
Inibidores Mitóticos: agem impedindo as células de se dividirem para formar
novaacélulas.
Entre outros.

Os efeitos colaterais dependem das dosagens e os quimioterápicos utilizados,


os médicos podem prescrever outros medicamentos para amenizar ou prevenir
os efeitos colaterais. A intensidade varia de paciente para paciente e alguns
podem causar efeitos a longo prazo, como problemas neurológicos, cardíacos
e infertilidade. Os efeitos mais comuns são náuseas evômitos, perda de cabelo,
perda de apetite, infecção, anemia, hematomas, hemorragias, problemas
renais, infertilidade, veias escuras, pele ressecada.

Aspectos histológicos:
Veias escuras:
As suas veias poderão parecer mais escuras quando você tomar quimioterapia
intravenosa. Acontece porque a maioria dos quimioterápicos irrita a camada
interna dos vasos, fazendo com que elas fiquem mais finas, endurecidas e
mudem de pigmentação. Atinge o tecido conjuntivo elástico. (Foto 1)

Foto 1
Ressecamento na pele:
O primeiro efeito colateral causado pela quimioterapia não é a coceira na pele,
e sim o ressecamento. A pele perde sua proteção natural com esse
ressecamento, ficando exposta à ação de agentes externos. A epiderme é um
tecido epitelial pluriestratificado. É formada por estratos (ou camadas), dos
quais destacam-se o estrato basal (também chamado de estrato germinativo),
que fica apoiado na derme e é formado por células de aspecto cúbico. (Foto 2)

Foto 2

Queda de cabelo (Alopecia):


É o sintoma mais conhecido no tratamento, ocorre porque os medicamentos
chamados de citotóxicos, que são usados na quimioterapia afetam
principalmente as células que se multiplicam de forma rápida e com frequência.
O tecido atingido pela quimioterapia nesse caso é o tecido epitelial glandular,
que formam os folículos capilares, que é a parte principal do cabelo.(Foto 3)

Foto 3

Náuseas e Vômitos:
São sintomas muito desagradáveis, descritos por muitos pacientes como
"piores do que dor". Pode ser a principal causa de queda de qualidade de vida
relacionada ao tratamento. A náusea e/ou o vômito ocorrem em 40% a 70%
dos pacientes com câncer. Estes efeitos aparecem porque a quimioterapia
pode causar irritação nas paredes do estômago e intestino provocando enjôos
e vômitos. Ela pode também agir diretamente em áreas do cérebro sensíveis,
responsáveis por detectar intoxicações em geral - chamados de "centros do
vômito". (Foto 4)

Foto 4
A anemia:
É caracterizada pelo nível baixo dos glóbulos vermelhos (hemácias). Os
glóbulos vermelhos contêm a hemoglobina, proteína que distribui o oxigênio no
organismo. Se o nível dos glóbulos vermelhos estiver muito abaixo do limite
inferior aceitável, partes do corpo não recebem oxigênio suficiente e passam a
não funcionar corretamente. A maioria das pessoas com anemia sente-se
cansadas ou fracas. A anemia é um sintoma comum em pacientes em
tratamento quimioterápico.
Causas
O hormônio eritropoético produzido nos rins, alerta o corpo quando a medula
óssea deve produzir mais hemácias. Desse modo, qualquer dano no rim ou na
medula levará à anemia, por exemplo:
•. Alguns quimioterápicos podem causar dano à medula óssea, prejudicando
sua capacidade de produzir glóbulos vermelhos.
•. Os cânceres que afetam diretamente a medula óssea ou que provocam
metástase óssea podem comprimir as células normais da medula óssea,
incluindo os glóbulos vermelhos.
•. O tratamento quimioterápico com cisplatina e carboplatina podem prejudicar
os rins, diminuindo a produção do hormônio eritropoético.
•. O tratamento radioterápico em grandes regiões do corpo, como região
pélvica, pernas, ou abdome pode causar danos na medula óssea.
•. Náuseas, vômitos e perda de apetite podem levar à falta de nutrientes
necessários para produção dos glóbulos vermelhos, como ferro, vitamina B12 e
ácido fólico.
•. Sangramento, em consequência da cirurgia, ou um tumor causando
hemorragia interna pode levar à anemia se a perda das hemácias for maior que
a capacidade de reposição.
•. A resposta do sistema imunológico às células cancerosas pode causar
anemia, neste caso, denominada anemia de doença crônica.
Tecido esponjoso mole: tecido da medula óssea que produz as hemácias.
(Foto 5)

Foto 5
Trato urinário, rins e bexiga:
Alguns tipos de quimioterapia afetam as células dos rins e na bexiga. Entre
esses problemas, podem ocorrer: Queimação ou dor quando você começa a
urinar com sua bexiga vazia, frequente e urgente vontade de urinar, não estar
apto para urinar, não conseguir controlar o fluxo da urina com a bexiga
(incontinência), sangue na urina, febre, arrepios. Urina que é laranja, vermelha,
verde, amarelo escuro ou com um forte cheiro de medicamento.Tecido
conjuntivo denso- rim (Foto 6) e epitélio de transição / epitélio estratificado –
bexiga e ureter (Foto
7)

Foto 6 Foto 7

Metodologia ativa
A metodologia ativa escolhida foi um jogo de memória onde a participação da
turma é essencial. A turma terá um tempo para memorizar os efeitos colaterais
causados que surgem durante a quimioterapia e qual o tecido/sistema/órgão
que atinge no organismo humano. Dado esse tempo as cartas serão “viradas” e
a turma tentará adivinhar qual a combinação de cada carta. As cartas terão
uma explicação sobre o porquê do efeito colateral surgir quando o
quimioterápico atinge tal tecido/sistema/ órgão.

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