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EXERCÍCIO FORMAÇÃO DE PLACA DENTAL – SENAL FERNANDES

1)
Apesar da sua diversidade, a microbiota que habita a cavidade bucal
humana não apresenta uma distribuição homogênea, devido aos diferentes
microambientes que a compõe (GIBBONS et al., 1964). Além disso, mesmo
considerando um único ambiente, como o biofilme dental formado sobre a
superfície de uma específica estrutura dental, a microbiota é única para um
determinado momento, uma vez que após sua remoção, o novo biofilme que se
forma em seguida é diferente qualitativamente e quantitativamente
(SOCRANSKY; MANGANIELLO, 1971).
O biofilme dental pode ser dividido em:
Biofilme Supragengival: encontrado coronalmente a margem gengival;
Biofilme Subgengival: encontrado apicalmente a margem gengival.

As principais Bacterias do Biofilme Subgengival são do complexo


vermelho:
A exemplo, temos: Porphyromonas Gingivalis (P. gingivalis); Tannerella
forsythia (T. forsythia); Treponema denticola (T. denticola).
Tendo em vista que os colonizadores iniciais constituem os complexos
amarelo (Streptococcus spp.), azul (Actinomyces spp.) ou roxo (Actinomyces
odontolyticus e Veillonella parvula) e os colonizadores tardios, ou secundários,
integram os complexos verde, laranja e vermelho.

T. denticola https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fmedium.com%2F
%40thais11.fonseca%2Ftreponema-denticola-
acfa79ba5588&psig=AOvVaw3CT0F5xDFU80QhazKjBPWx&ust=1606946511419000&source=
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T. forsythia
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P. gengivalis
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As principais Bactérias do Biofilme Supragengival são:


Gram-positivos: Actinomyces viscosus (A. viscosus) e Streptococcus
sanguis (S. sanguis).
Gram-negativos: Fusobacterium nucleatum (F. nucleatum), Veillonella
parvula (V. parvula) e Prevotella intermedia (P. intermedia).
Tendo em vista que a colonização bacteriana inicial se resume à
presença de gram-positivos anaeróbios facultativos. E nos estádios mais
tardios da formação do biofilme predomina a co-agregação entre espécies
gram-negativas.
Essa co-agregação, adjunto da sucessão microbiana, leva a uma alta
diversidade de espécies e, ultrapassando o período de quinze dias, o biofilme
atinge uma comunidade clímax.

Gram +

A. viscosus
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%2Factinomyces-viscosus-bacteria-science-photo-
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S. sanguis
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streptococcus-sanguis-scimat.html&psig=AOvVaw3UPjHxzaT7SM4P9p-
vg_k0&ust=1606947157887000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCLDXoermre0
CFQAAAAAdAAAAABAx
GRAM -

F. nucleatum
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%2Farticles
%2F03_02%2Ffusobacterium_sequenced.shtml&psig=AOvVaw1go8LrWXTQdW7ajk0JrDfw&u
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AAdAAAAABAJ

Veillonella spp.
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bacteria-gram-negative-anaerobic-cocci-veillonella-bacteria-gram-negative-anaerobic-cocci-
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uGiuOdn&ust=1606947294860000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCNj846vnre
0CFQAAAAAdAAAAABAJ
Prevotella spp.
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Ffineartamerica.com%2Ffeatured
%2Fprevotella-intermedia-dennis-kunkel-microscopyscience-photo-
library.html&psig=AOvVaw0iIDHSP1WdTlVvOd2B9H9a&ust=1606947375203000&source=ima
ges&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCIjV7dTnre0CFQAAAAAdAAAAABAJ

REFERÊNCIAS:
GIBBONS, R.J.; KAPSIMALIS, B.; SOCRANSKY, S.S. The source of salivary
bactéria. Arch. Oral. Biol., v.9, p101-103, 1964.
SOCRANSKY, S.S.; MANGANIELLO, S.D. the oral microbiota of man from birth
to senility. J. Periodont., v. 42, n.8, p.485-496, 1971.
ANEXOS DA 1ª QUESTÃO:
(Referência da figura: Adaptado de Monroe D (2007) Looking for Chinks in the Armor of
Bacterial Biofilms. PLoS Biol 5(11): e307. doi:10.1371/journal.pbio.0050307)

(Fonte: https://www.intechopen.com/media/chapter/51109/media/fig6.png)
https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.hs-menezes.com.br
%2Fbiofilme_18.html&psig=AOvVaw0AG7Pe_2qZf7Am3eaIuvfr&ust=1607029778824000&sour
ce=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOinys-asO0CFQAAAAAdAAAAABAD

https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.hs-menezes.com.br
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2)
O artigo “Formação in vitro de biofilme por Pseudomonas aeruginosa e
Staphylococus aureus na superfície de canetas odontológicas de alta rotação”,
escrito por Valdionir de Rosa FREITAS, Sueli Teresinha van der SAND e
Amauri Braga SIMONETTI, do Departamento de Microbiologia, Instituto de
Ciências Básicas da Saúde, UFRGS – Universidade Ferderal do Rio Grande do
Sul, publicado na Revista de Odontologia da UNESP, em 2010, foi realizado
com intuito de mostrar que a utilização de canetas odontológicas de alta
rotação, por estarem sempre em contato com a microbiota oral de diversos
pacientes, pode favorecer a formação de biofilme em sua superfície e pode,
também, representar riscos para uma eventual contaminação cruzada. Assim
sendo, o artigo está organizado em oito páginas e é composto por seis tópicos:
Introdução; Material e Método; Resultado; Discussão; Conclusão e
Agradecimentos.
Em introdução, eles tratam de relatar as características essenciais que fazem
micro-organismos virarem biofilme, bem como avaliar a formação in vitro de
biofilme por P. aeruginosa e S. aureus em fragmentos de alumínio provenientes
do corte de canetas odontológicas de alta rotação.
É relevante observar que, em material e método, foram utilizadas cepas de S.
aureus, P. aeruginosa, S. epidermidis e isolados de Klebsiella pneumoniae e
Citrobacter sp., que foram mantidas em meio sólido de Ágar Nutriente a 4ºC,
distribuídos em tubos de ensaio inclinados. Todos os materiais foram
provenientes do Departamento de Microbiologia-ICBS-UFRGS.
A metodologia seguiu as seguintes etapas: incubação, fixação, coloração e
leitura das absorbâncias na placa de microtitulação. Assim, os resultados foram
avaliados de acordo com a coloração apresentada pelas colônias testadas e
comparadas aos controles após os períodos de incubação. Tendo como
método avaliativo, a capacidade de P. aeruginosa e S. aureus de produzirem
cápsula como teste provável para a formação de biofilme a partir da semeadura
em Ágar Vermelho Congo, com pequenas modificações; coloração preta para
as produtoras de cápsula e coloração vermelha para as não produtoras de
cápsula.
Diante disso, os resultados obtidos após 14 dias de incubação ressaltam que
os testes realizados in vitro foram satisfatórios, no qual todas as bactérias
testadas no eventual teste produziram biofilme, sendo que em relação a P.
aeruginosa houve um aumento gradual da adesão bacteriana aos fragmentos
ao longo da incubação, enquanto que a S. aureus sofreu certa discrepância
com relação aos números de bactérias viáveis adquiridas nesse mesmo tempo
(com aparecimento no 6º dia de incubação, e atingindo valores máximos após
14 dias). Por fim, a Discussão e Conclusão reitera que o trabalho teve como
assertiva a razão da escolha de P. aeruginosa e S. aureus pelo fato de estes
micro-organismos apresentarem grande capacidade para a formação de
biofilme.
Link do artigo:
https://www.revodontolunesp.com.br/article/588018b07f8c9d0a098b4d81/pdf/rou-39-4-
193.pdf

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