MOTO 5G EM ANÁLISE

A MOTOROLA ESTÁ DE VOLTA A PORTUGAL

ILUMINAR SEM POLUIR
TECNOLOGIA NACIONAL
NA ILUMINAÇÃO PÚBLICA
SAMSUNG GALAXY S21
O QUE IMPORTA SABER SOBRE
O NOVO TOPO DE GAMA

#177
15/1/2021

LE V E E
I R M1
K A
C B OO
U E SE
O M A N A R O Q M UM
LU CIO ZER CO ÁTIL
R E VO E FA P O R T
VEM POD ULTR A
 TUTORIAL APRENDA A TIRAR
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 N O T I C I A S HA R DWA R E
O ULTRAPORTÁTIL
COM UMA GRÁFICA RTX 3080
POR PAULO MATOS FOTOS D.R.
É
uma espécie de ‘melhor dos dois mundos’. O
ROG Flow X13 é um ultraportátil convertível
de 1,3 kg, capaz de cativar os fãs de mobi-
lidade, e conta com a gráfica externa ultraportátil
ROG XG Mobile, para seduzir os jogadores. Esmiu-
çando: o computador em si incorpora uma Nvidia
GeForce GTX 1650, mas é possível ligá-lo a uma GPU
externa que integra uma RTX 3080 num chassis de
208x155x29,6 mm e 1 kg.
Para a conexão gráfica, a XG Mobile possui uma
interface PCIe 3.0 x8 e porta combo USB 3.2 Gen
2 Type-C. Há também espaço para 4x USB 3.2
Gen 1 Type-A, HDMI (suporta HDMI 2.0a), Dis-
playPort 1.4, leitor de cartões SD, RJ-45 LAN e
uma entrada DC para alimentar o adaptador de
energia de 280 W.
Concentrando atenções no Flow X13, o convertível
tem 15,8 mm de espessura e o ecrã tátil de 13,4 po-
legadas conta com uma resolução 4K (3840×2400).
Em Portugal será disponibilizada a edição especial
EXAME INFORMÁTICA
O FLOW X13 É UM
CONVERTÍVEL
... MAS PODE
COM UMA GRÁFICA
SERLIGADO AO
DEDICADA GTX 1650...
XG MOBILE, QUE
INCORPORA
UMA RTX 3080
Flow X13 Supernova com o processador Ryzen 9
5980HS e 32 GB de memória RAM. O SSD é de 1 TB.
A nível de áudio, este ROG conta com som surrou-
nd de 5.1.2 canais virtuais desenvolvido pela Dolby
Atmos. O Flow X13 possui uma porta USB 3.2 Gen 2
Type-C, HDMI 2.0b e USB 3.2 Gen 2 Type-A.
O sistema de arrefecimento do Flow X13 foi ajus-
tado para permitir um melhor desempenho dentro
de um chassis pequeno. Assim, de acordo com a
Asus, o composto térmico de metal líquido me-
lhora a transferência da temperatura da CPU para
os tubos de calor, o que reduz a temperatura do
processador em até 10° em comparação com outros
equipamentos. As ventoinhas Dual Arc Flow são
baseadas num novo design com 84 pás que variam
em espessura de modo a fazer circular mais ar.
A Asus avançou à Exame Informática que o ROG
Flow X13 deverá chegar ao mercado português no
primeiro trimestre deste ano e o preço recomen-
dado é de €3799,99.
 N O T I C I A S SMARTPHONES
SAMSUNG S21
CHEGA SEM
CARREGADOR
E A PREÇOS
MAIS BAIXOS
POR PAULO MATOS FOTOS D.R.
U
m mês mais cedo do que o habitual, a Sam-
sung realizou o evento Unpacked para dar
a conhecer a linha de smartphones Galaxy
S21. O novo topo de gama da marca coreana chega
em três modelos: S21 com ecrã de 6,2”, S21+ com
6,7” e S21 Ultra com 6,8”, todos com 5G e com um
novo design na zona das câmaras, em que o metal
do rebordo lateral se funde com o módulo das lentes.
O S21 e o S21+ partilham a esmagadora maioria
das características técnicas, como a taxa de atua-
lização adaptativa de 48 a 120 Hz. A resolução é de
2400x1080 pixéis, o que significa que é inferior à
3200x1440 dos modelos anteriores. José Correia,
responsável ibérico de marketing para o segmento
mobile da Samsung, explica que os dados recolhidos
pela empresa referem que 90% das interações dos
consumidores são feitas em FHD e que esta alteração
também contribui para se conseguirem apresentar
preços mais baixos. O S21 com 8 GB de RAM e 128
GB de armazenamento custa €879, enquanto o S21+
com as mesmas memórias custa €1079 – valores que
EXAME INFORMÁTICA
O S21 E O S21+
POSSUEM TRÊS
CÂMARAS
TRASEIRAS,
MENOS UMA
DO QUE O
MODELO ULTRA
ficam abaixo dos modelos com 5G dos S20 quando
foram lançados no ano passado.
A nível de câmaras, estes dois smartphones con-
tam com três lentes na traseira: a principal e a ultra
grande angular com 12 MP e a teleobjetiva de 64
MP. Destaque-se a declarada aposta da Samsung
no vídeo, como a já conhecida possibilidade de
gravar a 8K e um conjunto de novas funcionalida-
des: modo de realizador, em que todas as câmaras
estão disponíveis e o utilizador pode escolher com
qual quer ir alternando durante a gravação, e que
permite também o chamado ‘vlogger view’, que
capta, em simultâneo, imagens da câmara frontal
e da traseira num único ficheiro (similar ao Vista
Dupla dos terminais Huawei); e gravação com dois
microfones (o do smartphone e o de uns Buds, por
exemplo). Além disso, o Single Take foi aperfeiçoado
e foi criado um Zoom Lock para dar maior estabi-

lidade quando se fazem zooms a longa distância.
Estas funcionalidades estão igualmente dispo-
níveis no S21 Ultra, mas o terminal mais robusto
da Samsung conta com um módulo de câmaras
diferentes. Assim, na traseira está um sensor capaz
de captar imagens com cores a 12 bits e uma câmara
principal de 108 MP, uma ultra grande angular de 12
MP (120°) e duas teleobjetivas de 10 MP (uma para
zooms até 3x e outra entre 3x e 10x, sendo que o
zoom digital de 100x está de volta).
E já que falamos em diferenças do Ultra em rela-
ção aos outros dois modelos, importa referir que a
resolução do ecrã é maior (WQHD+) e que a taxa de
atualização adaptativa vai dos 11 aos 120 Hz, sendo
capaz de suportar a S Pen. Além disso, conta com
Wi-Fi 6E, Dual Bluetooth e uma bateria de 5000
mAh. O preço para a versão de 12 GB de RAM e 128
GB de armazenamento é de €1279, com o modelo
EXAME INFORMÁTICA
A CÂMARA FRONTAL ESTÁ
EMBUTIDA NUM FURO E O
SENSOR DE IMPRESSÃO
DIGITAL ESTÁ NO ECRÃ
de 16 GB de RAM e 512 GB de armazenamento a
custar €1469.
EM NOME DO AMBIENTE
Todos os modelos contam com o primeiro pro-
cessador Exynos de 5 nanómetros – pelo menos,
em Portugal e no resto da Europa, já que, como é
habitual na Samsung, a versão para, por exemplo,
o mercado americano terá um Snapdragon 888.
Outro ponto de destaque é a decisão dos smar-
tphones não trazerem carregador na caixa (vem
apenas o cabo), tal como a Apple decidiu fazer com
o iPhone 12. A justificação para esta atitude é am-
biental, com José Correia a referir que tal permitirá
uma poupança de 30 mil toneladas de lixo eletrónico
e acarretando também benefícios a nível de cartão
porque as embalagens passam a ser mais pequenas.
Em termos de cores, a Samsung aposta em preto,
branco, cinzento, rosa, prateado e violeta, sendo que
nem todas estarão disponíveis em todos os modelos.
As pré-vendas começam já dia 14 e os novos S21
chegam às lojas portuguesas dia 29.
Mas nem só de smartphones viveu o Unpacked.
Com o crescimento do mercado de wearables, a
Samsung anunciou os Galaxy Buds Pro, uns auri-
culares sem fios com cancelamento de ruído. Os
novos Buds contam com três microfones para um
melhor som em chamadas, ANC ajustável e baixam
automaticamente o volume quando o utilizador
começa a falar. Custam €239 e serão oferecidos a
quem comprar um S21 Ultra (quem adquirir um S21
ou S21+ terá direito a uns Buds Live).
Igualmente oferecido a quem comprar qualquer
um dos Galaxy S21 está um novo produto da Sam-
sung: a Smart Tag. Este produto funciona de forma
similar à Lapa, ou seja, pode ser colocada numa
mochila, carteira, coleira, etc. e recorre a BLE e à
app SmartThings para mostrar a localização da Tag
e, consequentemente, do item onde está. Funciona
numa ótica de ecossistema, com outros utilizado-
res a contribuírem para a partilha dos dados de
localização.
N O T I C I A S IoT

A BASE DE CARREGAMENTO
DO I3+ INCLUI UM SITEMA DE
ASPIRAÇÃO PRÓPRIO PARA
TRANSFERIR O LIXO DO ROBÔ
PARA O RESERVATÓRIO NA BASE

OS ROBÔS
ASPIRADORES O Roomba i7+ é o nosso aspirador robótico
favorito. É capaz de navegar de modo

‘INDEPENDENTES’
inteligente por várias divisões da casa e
ir despejar o lixo automaticamente ao contentor,
ou seja, à base que também carrega a bateria do

DA IROBOT
robô. Estas capacidades fazem com que o i7+
raramente precise de apoio, ou seja, é capaz de
trabalhar durante vários dias sem intervenção

ESTÃO MAIS
humana. O problema do i7+ é o preço: cerca de
€1000 está longe de ser um valor acessível.

ACESSÍVEIS
ROOMBA I3+: QUASE UM I7+,
MAS COM UM PREÇO DE €699
O i3+ é a nova proposta da iRobot para quem
POR SÉRGIO MAGNO FOTO D.R. procura as capacidades do i7+, mas tem um orça-

EXAME INFORMÁTICA
 O ACABAMENTO COM
TEXTURA QUE SIMULA
TECIDO DIFERENCIA O
DESIGN DO ROOMBA
I3+ RELATIVAMENTE À
RESTANTE FAMÍLIA
mento mais parco. Como indica o ‘+’ na denomi-
nação do modelo, o Roomba i3+ inclui a mesma
Clean Case do irmão i7+. Ou seja, o Roomba i3+
é capaz de descarregar automaticamente o lixo
que aspirou para a base, que está equipada com
um saco capaz de armazenar o lixo de algumas
dezenas de aspirações (o suficiente para cerca de
dois meses). Um saco que, segundo a iRobot, “usa
4 camadas anti alergénios que retém até 99% dos
pólens e mofos”.
O i3+ também tem um sistema de navegação
inteligente, apesar de mais limitado do que o sis-
tema do i7+. O que se nota pela ausência de câmara
superior no i3+, câmara que no i7+ é usada para
ajudar a mapear as divisões. Ainda assim, a iRobot
garante que o novo Roomba é capaz de executar a
limpeza de um modo lógico, seguindo linhas para-
lelas e organizadas. E em várias divisões da casa. O
robô será ainda capaz de detetar zonas com maior
sujidade e reforçar a respetiva limpeza.
DESIGN MAIS DISTINTIVO
Apesar de o i3+ ficar abaixo do i7+ na gama, a acre-
EXAME INFORMÁTICA
ditar nas imagens, parece-nos mais atraente. Em vez
do habitual plástico luzidio no topo, o novo Roomba
apresenta uma textura de metal, que, garante a
marca, “minimiza as dedadas e é mais resistente
ao pó”. Tem ainda um “anel de luz oculto” que
“ajuda o robot a enquadrar-se com o ambiente da
casa”. Esta “luz apenas se acende para comunicar
comportamentos ou para notificações do robot
quando este está ativamente a limpar”.
Ainda segundo a iRobot, “a inteligência artificial
de última geração da iRobot e a capacidade de com-
preender a casa possibilita ao Roomba i3+ apren-
der como o utilizador gosta de fazer as limpezas.
O Roomba i3+ irá fazer sugestões personalizadas
através da aplicação iRobot Home com base em
tarefas de limpezas anteriores ou sugestões úteis de
limpeza durante a época das alergias ou da mudança
de pelo dos animais”.
Este robô está também disponível em versão sem
a Clean Base, ou seja, sem o ‘+’ na denominação,
com um preço recomendado de €499. Os novos
Roomba deverão chegar ao mercado nacional no
final de fevereiro.
 N O T I C I A S FÍSI CA
NOVA PARTÍCULA QUÂNTICA,
NOVO COMPORTAMENTO
POR SARA SÁ FOTO D.R.
I
nvestigadores da Universidade de Princeton,
nos EUA, parecem ter descoberto um novo tipo
de partícula quântica – o fermião neutro – que
permite a um material isolante ter um comporta-
mento que se pensava até agora ser exclusivo dos
metais. Em termos genéricos, os metais conduzem
eletricidade e os isolantes não. A capacidade de
condução elétrica explica-se ao nível molecular,
com os eletrões a poderem movimentar-se mais
livremente nos metais e estando mais fixos nos
isolantes. Como efeito secundário desta movimen-
tação, nos metais assiste-se a um fenómeno conhe-
cido por oscilações quânticas: quando expostos a
um campo magnético a temperaturas mais baixas,
os eletrões mudam para um estado quântico que
causa uma oscilação na resistência do material,
algo que não aconteceria nos isolantes.
A equipa de Princeton descobriu que o mate-
rial ditelureto de tungstênio comporta-se como
um metal na maior parte das situações, mas age
como um isolante quando é reduzido a uma forma
EXAME INFORMÁTICA
bidimensional (como o grafeno): o material mono-
camada, quando sujeito a um campo magnético,
começou a oscilar.
“Foi uma completa surpresa. (…) Ainda não
o entendemos completamente”, disse Sanfeng
Wu, que lidera o estudo. A publicação New Atlas
explica que este comportamento não pode ser
explicado pelas teorias físicas atuais, pelo que
os investigadores avançaram com uma hipótese
própria, a de que não são os eletrões que se estão
a movimentar e que as interações criadas estão a
gerar um novo tipo de partículas – o tal fermião
neutro – que causa o efeito observável.
“Se as nossas interpretações estão corretas,
estamos a ver fundamentalmente uma nova for-
ma de matéria quântica (…) Estamos a imaginar
um mundo completamente novo que possa estar
escondido nos materiais isolantes. É possível que
tenhamos falhado na sua identificação ao longo das
últimas décadas”, completa Wu. O estudo sobre
a investigação foi publicado na revista Nature.
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OPINIAO
FERNANDO BRAZ
COUNTRY LEADER DA SALESFORCE PORTUGAL
TECNOLOGIA DE AUTOMAÇÃO É
ESSENCIAL PARA AGILIZAR SERVIÇOS
P
erante toda a incerteza vivida em 2020
e no arranque de 2021, resta-nos a
confiança no desenvolvimento de uma
maior digitalização das empresas e dos
serviços. Olhando para o mais recente estudo
da Salesforce - o State of Service - que inquiriu
mais de 7.000 profissionais de serviços em todo o
mundo, ficamos a saber que, durante a pandemia,
75% afirmam que a gestão do enorme e crescente
volume de contactos com os seus clientes, assim
como da complexidade dos mesmos têm sido os
maiores desafios. Com este contexto, mais de 80%
dos líderes de empresas de serviços optaram por
acelerar as suas iniciativas digitais.
Esta urgência pela transformação é evidente e
mais de 50% dos profissionais de serviços afirmam
mesmo que a pandemia veio expor lacunas diversas,
dando espaço a que a tecnologia surja como solução
para a melhoria dos serviços prestados. À medida
que diferentes empresas procuram atingir novos
níveis de relação com os seus clientes e com as
suas expectativas, vão precisar da tecnologia certa,
assim como de garantir que as suas equipas estão
corretamente equipadas para as utilizarem de
forma efetiva. Num mundo cada vez mais digital e
marcado pelo trabalho remoto e descentralizado,
é importante que as empresas incluam iniciativas
de reskilling e formação nas suas estratégias de
transformação digital.
É perante este contexto que falamos em
automação, que ajuda as equipas a melhor gerirem
este aumento em diferentes canais, transformando
não apenas a forma como as empresas gerem as
informações dos seus clientes, mas a forma como
podem trabalhar essa informação para retirarem
EXAME INFORMÁTICA
insights valiosos para a sua operação. O acesso
a estes dados permite alocar diferentes recursos
consoante as necessidades, levando 58% das
empresas inquiridas a terem já desenvolvido uma
estratégia de Inteligência Artificial para o efeito,
levando 77% dos agentes de contacto com o cliente
a afirmarem que este tipo de automação permite
que estejam mais focados no seu trabalho e em
tarefas mais complexas, onde o seu conhecimento
e profissionalismo são necessários.
A automação aqui pode também ser um chatbot,
por exemplo, que permite responder a uma maior
volume de questões mais simples, deixando para
as equipas e recursos humanos os casos onde estes
acrescentam um maior valor. Os próprios clientes
demonstram que esta estratégia resulta, com 87%
dos inquiridos a notarem um enorme aumento na
utilização de canais digitais como o online chat,
apps de mensagens e suporte de vídeo.
Esta questão é especialmente relevante e urgente,
pois se é verdade que a maioria das organizações
conta com um maior número de casos de serviço
e apoio ao cliente, os orçamentos e o número
de colaboradores mantêm-se inalterados ou
reduzidos. Esta é a principal razão pela qual 50%
dos profissionais indicam que a pandemia expôs
fragilidades operacionais, afirmando mesmo que
gerir o volume de casos se tornou mais desafiador
durante a pandemia (75%).
À medida que o serviço se torna mais digital, e
os clientes esperam cada vez mais por experiências
conectadas, as parcerias com as Tecnologias da
Informação (TI) são fundamentais, razão pela qual
88% dos decisores consideram-nas estratégicas
para a sobrevivência e crescimento.
OPINIAO
RUI DA ROCHA FERREIRA
JORNALISTA
VOTO ELETRÓNICO.
QUANDO TENCIONAM
USAR A TECNOLOGIA
A FAVOR DO CONTRIBUINTE?
Q
uem me conhece sabe que gosto
de usar exemplos exagerados
para colocar algumas ideias em
perspetiva e tentar despertar um
sentimento de culpa e vergonha
alheia pelo caminho. Cá vai disto: já enviámos
sondas para o espaço interestelar, temos
protótipos funcionais de computadores
quânticos, os sistemas de Inteligência Artificial
já são capazes de verdadeiras revoluções
ao conseguirem determinar estruturas de
proteínas, mas ter voto eletrónico? Ui, isso é
um desafio que não somos capazes de resolver!
E cá estamos nós, em 2021, na pior fase da
pandemia – pelo menos para Portugal –, com
umas eleições presidenciais à porta, as mais
debatidas e faladas que me lembro por haver
novas forças políticas no jogo do poder, e os
níveis de abstenção podem ser os maiores de
sempre, podendo mesmo aproximar-se dos 70%,
segundo o jornal Expresso desta sexta-feira.
Esta é a minha opinião: o tema do voto
eletrónico em eleições presidenciais,
legislativas, autárquicas ou europeias não
está resolvido, porque por algum motivo não
EXAME INFORMÁTICA
há vontade em resolvê-lo. No final de quase
todas as eleições, vemos os responsáveis
políticos a lamentarem-se como a abstenção
dos portugueses foi maior do que o desejado
e como é imperativo refletir-se sobre o
tema. Pois bem, nunca nenhum deles o fez
verdadeiramente.
Se houve aspeto que a primeira vaga da
pandemia nos ensinou, é que quando é preciso
arregaçar as mangas, criam-se soluções para
resolver os problemas das pessoas, nem que
isso signifique criar um ventilador com peças
feitas em impressoras 3D e com balões de festa!
Foi possível fazer – e, mais importante, testar,
testar, testar – uma vacina para a doença em
dez meses. Obrigado ciência! Pessoalmente,
não acredito que não fosse possível desenvolver
um sistema de voto eletrónico seguro em igual
período de tempo. Também gostava de poder
agradecer à tecnologia.
Só alguém muito ingénuo é que podia
acreditar que chegaríamos a janeiro sem uma
nova vaga da pandemia. Maior ou menor,
ela existiria sempre, como consequência
dos contactos feitos nas épocas de Natal e
Ano Novo. Por isso pergunto, porque não
nos preparamos para esta eventualidade de
termos milhares de infetados, isolados ou
simplesmente com medo de irem votar?
Porque não convocámos as melhores
tecnológicas, os melhores especialistas em
cibergurança, constitucionalistas e todos os
outros que fossem necessários, para criar um
sistema de voto eletrónico em tempo recorde,
funcional e seguro? Porque não fizemos disto
uma prioridade nacional? Todos temos o direito
ao voto e o Estado tem a obrigação de nos dar
condições para exercermos este direito. Se não
o fizer, estará a falhar redondamente naquela
que é a sua missão e no seu contrato social
estabelecido com os cidadãos.
Além disso, nem sequer teríamos que
começar do zero. Nas eleições europeias de
2019, foi feito um teste piloto, em Évora,
de voto eletrónico (presencial, é certo),
experiência que recebeu uma nota positiva
da secretaria-geral do Ministério da
Administração Interna. Só era preciso começar
a construir a partir daqui. Na Estónia, em 2019,
nas legislativas locais, dos 561.131 estónios
que votaram, 247.232 fizeram-no através
do sistema de votação online – ou seja, 44%
usaram o voto eletrónico. Pois mande-se
alguém para a Estónia para aprender como é
que se faz!
Para mim, era preferível termos feito um
esforço hercúleo para desenvolvermos um
sistema de voto eletrónico funcional, mas que
depois, por opção, até podíamos nem usar
por a situação permitir o voto tradicional,
do que estarmos com os dedos a fazer figas
na expectativa de que a pandemia estivesse
‘sugadita e não nos chateasse.
Está mais do que na hora de usarmos o
dinheiro dos contribuintes para aquilo que é
verdadeiramente importante e que salvaguarde
o seu interesse. Está na altura de deixarmos de
achar normal que o Portal das Finanças vá abaixo
EXAME INFORMÁTICA
quando é preciso meter as faturas ou que o Portal
das Matrículas deixe os pais à beira de um ataque
de nervos, como aconteceu no ano passado.
Está na altura de pensarmos na tecnologia
como uma verdadeira resposta e alternativa
para determinadas ações ‘analógicas’, em vez
de olharmos apenas para elas como um meio
termo, como ‘só meia dúzia é que vão usar
isto’ ou ‘como é óbvio, não devem submeter as
faturas todas no último dia do prazo’. Porquê?
O prazo não serve para isso mesmo, para me
permitir fazê-lo até àquele ponto? Um golo
nos descontos no futebol não é tão válido como
um golo nos primeiros segundos da partida? A
digitalização de todos os aspetos da nossa vida é
inevitável, mais vale prepararmo-nos para isto
em condições do que andar sempre a remediar
problemas, ano após ano.
O voto eletrónico podia até nem ser para
todos os portugueses, mas sê-lo apenas, por
exemplo, para quem está mesmo ‘impedido’
de ir votar. Se conseguissemos reduzir em 5, 10
ou 15% o número de pessoas que se deslocam
às urnas – e haverá sempre quem o irá fazer,
nem que um dia se invente o voto telepático
–, já estávamos a dar uma grande ajuda em
termos de mitigação de riscos de saúde pública.
E mais importante, estaríamos a dar um
passo de gigante na salvaguarda de um direito
fundamental dos cidadãos e, no global, da
democracia.
Tirando o descrédito nos políticos, nunca se
perguntaram por que razão a abstenção é tão
elevada? Nunca se perguntaram se é possível
que a abstenção diminua significativamente se
tornarmos muito mais conveniente o método
de voto?
Há um ditado que diz que para aprender,
é preciso cair. Pois bem, que este tenha
sido o tombo final que todos precisavam,
especialmente os que têm responsabilidade
política, para que se concretize algo que já
devia ser uma realidade.
R E P O R T A G E M I oT

EXAME INFORMÁTICA
 ILUMINAR
SEM
POLUIR
POUPANÇAS DA ORDEM DOS 70%
E CANDEEIROS EQUIPADOS COM
INTERNET DAS COISAS SÃO A MARCA
DAS LUMINÁRIAS PRODUZIDAS EM MORA,
NO ALENTEJO, PELA ARQUILED.
PORQUE HÁ MUITO MAIS A DIZER
SOBRE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
DO QUE O SIMPLES ACENDER E APAGAR
POR SARA SÁ FOTOS DIANA TINOCO

A HISTÓRIA DA ARQUILED, DIRIGIDA POR

MIGUEL ALLEN LIMA, COMEÇOU COM O PROJETO
DE ILUMINAÇÃO DO CASINO DE LISBOA

EXAME INFORMÁTICA
 R E P O R T A G E M I oT
U
m ponto de luz ao fundo da sala escura aponta-
-nos o caminho. Estamos em Mora, na fábrica
da Arquiled, empresa portuguesa de ilumi-
nação de rua que é o principal empregador
privado da vila alentejana. Daqui saem luminárias para
várias cidades portuguesas e também da Colômbia ou do
Brasil. Neste espaço onde são feitos ensaios de dispersão
e intensidade da iluminação é obrigatório andar com
óculos de proteção – parecidos com os recomendados
para observação de eclipses solares – para não lesionar
a pupila enquanto decorrem os testes de fotometria.
Antes de pôr um candeeiro na estrada é preciso medir
com rigor qual a intensidade da luz, como se distribui,
quais as zonas de sombra. Há normas e requisitos bem
definidos e preocupação quanto à poluição luminosa, ao
EXAME INFORMÁTICA
COM FÁBRICA EM MORA, A ARQUILED
É O PRINCIPAL EMPREGADOR
PRIVADO DA VILA ALENTEJANA
desperdício de energia. “Queremos iluminar a estrada,
sem emitir para cima, o eixo da via e o passeio, mas não a
loja que está atrás. Abrir o feixe de luz para chegar até ao
candeeiro seguinte, evitando o efeito zebra”, exemplifica
Miguel Allen Lima, CEO da Arquiled.
Há 15 anos, quando a empresa entrou no mercado, a
tecnologia LED era uma novidade. E a prova de fogo foi
o projeto de iluminação do Casino de Lisboa, no Parque
das Nações. A partir daí a empresa foi evoluindo para
projetos de rua, sendo a grande bandeira a poupança
de energia – pode chegar a 70% de redução. “O que
acaba por ser bastante significativo para as autarquias,
uma vez que a fatura da eletricidade acaba por ter um
grande peso”, observa Miguel Allen Lima. Esta pou-
pança tanto resulta da tecnologia de LED em si como
 DA FÁBRICA PORTUGUESA SAEM EQUIPAMENTOS QUE VÃO ILUMINAR MUNICÍPIOS
DE TODO O PAÍS E TAMBÉM DA COLÔMBIA OU DO BRASIL

dia, quando há mais pessoas a correr. “Não faz sentido

NOS TESTES DE FOTOMETRIA GARANTE-SE
às quatro da manhã ter o mesmo nível de iluminação
que às seis da tarde no inverno ou às oito da noite no
verão. A nossa tecnologia permite-nos gerir de forma
inteligente e controlada à distância, quando antes se
ligava e ficava assim a noite toda”, compara.
Isto é possível porque as luminárias estão equipadas
com Internet das coisas, através da rede LoRa, e tam-
bém com GPS. A partir daí, o céu é o limite em termos
de possíveis aplicações. Há municípios que optam por
acrescentar aos candeeiros sensores de qualidade do
ar ou do estado dos caixotes do lixo, para programar
melhor a rota do veículo de recolha. Em alguns locais
pode fazer sentido medir o caudal do rio e antecipar
inundações, detetar oscilações na concentração de

QUE A LUZ CHEGA AONDE TEM DE CHEGAR
E QUE NÃO HÁ POLUIÇÃO LUMINOSA
da possibilidade de se fazerem ajustes à intensidade
da luz, de acordo com a hora do dia e o local em que
as luminárias estão instaladas. Por exemplo, durante
as Festas do Mar, em Cascais, faz sentido aumentar a
intensidade de boa parte das 350 luminárias espalhadas
pela vila. Ou afinar a iluminação ao longo do paredão
para brilhar mais à sexta-feira e ao sábado ao final do
pessoas para emitir alertas de saúde pública em con-
texto de pandemia. No fundo, o sistema de iluminação
acaba por ser também um sistema de comunicação, o
que permite ter pontos de recolha de dados em vários
pontos da cidade. “Nós damos a estrada e alguns ca-
miões. As autarquias podem usar o sistema para aquilo
que quiserem”, ilustra Miguel Allen Lima.
A estética também não foi esquecida na gama da
Arquiled. Há modelos mais tradicionais, como os es-
colhidos por cidades com zonas históricas, ou soluções
mais futuristas e resistentes.

EXAME INFORMÁTICA
R E P O R T A G E M EXAME INFORMÁTICA TV

XBOX SERIES X
VS PS5 NESTE PROGRAMA ESPECIAL COMPARAMOS
A DUAS NOVAS CONSOLAS DA SONY E DA MICROSOFT
E APRESENTAMOS UMA ALTERNATIVA QUE NÃO EXIGE
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EXAME INFORMÁTICA
TESTES

APPLE MACBOOK AIR M1

€1159

EXAME INFORMÁTICA
C
 O
novo MacBook até pode pa-
recer igual à versão ante-
rior, mas o interior esconde
uma grande diferença: o processador
Apple M1. Na edição passadas expli-
cámos as novidades deste chip e por
que é uma ‘pedrada no charco’ no
segmento dos processadores. Uma
mudança tão grande em termos de
arquitetura – obriga à utilização de
um novo sistema operativo – que tem
consequências que vão muito além
de discussões sobre o desempenho.
E foi por isto que optámos por só
publicar esta análise após um mês
de utilização do MacBook Air. Qui-
semos, além de medir aspetos como
desempenho e autonomia, sentir a
experiência de utilizar um Mac com
chip M1 associado ao sistema ope-
rativo macOS Big Sure.
ARRANQUE EM FALSO
Ao contrário da maioria das aná-
lises ao novo MacBook que foram
publicadas, a nossa experiência
dificilmente poderia ter começado
pior. Ao fazermos uma reinstalação
completa do macOS Big Sure, fomos
surpreendidos com um erro que nos
levava a reiniciar o processo de ins-
talação… Só para ver o mesmo erro e
voltar a repetir tudo de forma cíclica.
Uma falha que, pelo menos durante
CIONÁRIO
o teste, a Apple escondeu ‘bem no
EXAME INFORMÁTICA
fundo’ da área de suporte online. Isto
apesar de termos encontrado muitas
referências ao problema por clientes
da Apple que passaram pelo mesmo.
Pelo que conseguimos averiguar,
não se tratava de uma falha ocasio-
nal, mas sim de um problema que
surgia sempre que se tentava fazer
uma reinstalação total do sistema
operativo antes de atualizá-lo para
a versão 11.1. Explicamos como so-
lucionámos a falha na secção Ajuda
desta edição, já que recebemos mails
de leitores que experimentaram o
mesmo problema. Como poderão ve-
rificar, as soluções estão longe de ser
intuitivas e o facto de nunca termos
tido tantos problemas para reinstalar
um sistema operativo num compu-
tador atenta à ideia de facilidade de
utilização muito associada à Apple.
REATIVO COMO NUNCA
Como explicámos com mais detalhe
na edição passada, o M1 surgiu da
experiência que a Apple desenvolveu
ao longo dos anos com iPhone e iPad.
O M1 pode ser visto como uma versão
mais poderosa do A14, o chip mais re-
cente da série A, que equipa o iPhone
12 e o iPad Air 4. O próprio macOS Big
Sure tem muito de iPad OS e iOS. De
tal modo, que no MacBook Air tanto
podemos instalar aplicações criadas
para o macOS como apps criadas
TESTES

NÃO HÁ UMA ÚNICA VENTOINHA DENTRO

DO MACBOOK AIR M1, O QUE SIGNIFICA QUE
NÃO HÁ RUÍDO DURANTE A UTILIZAÇÃO

EXAME INFORMÁTICA

para o iPhone e iPad. No fundo, os
O BOTÃO Mac com M1 vieram aplicar a ideia
PARA LIGAR/ de aplicações universais já há tanto
DESLIGAR O tempo anunciada como um dos gran-
des objetivos da indústria. Algo que a
MACBOOK É, Apple agora está a liderar e com uma
TAMBÉM, UM distância grande para a concorrência,
LEITOR DE leia-se Microsoft.
IMPRESSÕES Trata-se, portanto, de uma nova
arquitetura para computadores pes-
DIGITAIS QUE soais que tira partido da evolução da
AUTENTICAR tecnologia nos dispositivos móveis
O UTILIZADOR baseados na arquitetura ARM. En-
quanto os processadores x86, como
os da Intel, nasceram há décadas,
numa altura em que preocupações
com o consumo energético, os pro-
cessadores com instruções ARM,
como o Apple M1, foram criados
com a eficiência como prioridade,
o que significa conjuntos de ins-
truções mais simples, mais obje-
BENCHMARK tiva, que podem ser referidas, de
CINEBENCH R20 CPU MULTI um modo simplificado, como ‘mais
leves’. De um outro modo, enquanto
8000
os processadores x86 têm muitos
transístores dedicados a operações
6771
pouco ou nada utilizadas, os chips
MACBOOK
AIR 2019 APPLE ARM, especialmente os M1, foram
(INTEL MACBOOK desenhados para executar o melhor
CORE i5) AIR M1
possível as operações mais comuns.
€1099
DESCONTINUADO E é por isto que a experiência de
utilizar o MacBook Air M1 é, em
1692
alguns aspetos, mais similar à ex-
EXAME INFORMÁTICA
periência de usar um smartphone
ou tablet de alto desempenho. Re-
ferimo-nos, sobretudo, à reativida-
de, como a velocidade com que as
aplicações são iniciadas ou comu-
tadas. Há uma série de coisas que
acontecem de forma quase imediata.
Algumas até podem não importar
muito, como a instantaneidade com
que se comuta entre o ecrã do Ma-
cBook Air e um ecrã externo. Mas
outras, como a fluidez com que é
possível mover ou ampliar fotos de
altíssima resolução num editor de
imagem, são importantes para mui-
tos utilizadores.
Há uma sensação de imediatismo a
que não estamos habituados mesmo
em computadores mais caros. A flui-
dez da experiência é uma constante
e uma mais-valia que não é visível
nos benchmarks. Neste MacBook
Air podemos abrir dezenas de se-
paradores no browser e quase não se
sente o desempenho a ser afetado.
Isto numa máquina com apenas 8
GB d RAM. Uma vez mais, a forma
como o sistema parece ser capaz de
atribuir recursos apenas às estâncias
das aplicações em primeiro plano,
deixando as outras janelas em stan-
d-by, é muito mais próxima do que
estamos habituados nos smartpho-
nes do que nos computadores, sejam
eles Mac Intel ou PCs Windows.
NÃO É UM PASSO, É UM SALTO
Mas mais do que o desempenho,
até porque em muitas aplicações o
MacBook Air está, naturalmente,
longe de poder ser considerado uma
máquina de alta performance, é a
eficiência que nos deixa atordoa-
dos. Vamos a exemplos concretos.
Como seria de esperar, o MacBook
Air é menos poderoso que portáteis
maiores e mais caros em tarefas exi-
 TESTES
gentes como render de vídeo 4K no
Adobe Premiere (programa de edição
de vídeo profissional). Mas não só a
diferença de desempenho é menor
do que seria de esperar – não nos po-
demos esquecer que o MacBook Air
é um ultraportátil, que nem ventoi-
nhas tem para dissipar calor – como
a energia gasta para realizar a tarefa
é várias vezes inferior aos que os
concorrentes fazem. É incrível como
esta máquina consegue fazer tanto
trabalho gastando pouca energia.
A percentagem da bateria ‘teima’
em manter-se elevada. Voltando ao
exemplo do Premiere Pro, experi-
mentámos fazer um render espe-
cialmente complicado de um filme
4K. Apesar de o MacBook Air M1 de-
morar mais tempo a fazer o referido
render, quando comparado com um
portátil Windows com processador
Core i7, placa gráfica GeForce RTX
2060 e bateria de capacidade se-
melhante, o MacBook Air precisou
apenas de 12% da bateria para fazer o
teste enquanto a máquina Windows
gastou mais de 50%!
(não expansível) ○ SSD de 256 GB ○ Wi-Fi 6, Bluetooth 5.0 ○
O MAU
Apesar de, como referido, ser possível
instalar apps para iOS, a experiência
está longe de estar bem conseguida.
Aspetos como a adaptação ao formato
do ecrã e a falta de capacidade tátil
FAZ FALTA do MacBook Air prejudicam muitas
UMA TERCEIRA das apps. E há muitas aplicações que,
PORTA USB-C simplesmente, não estão disponíveis.
Talvez porque as respetivas produto-
E UMA SAÍDA ras percebam que a experiência não
DISPLAYPORT é boa. Considerando o histórico da
OU HDMI Apple, é difícil perceber porque é que
a empresa sequer permite instalar
apps que resultam numa experiência
tão negativa. No mínimo, a instalação
O ÚNICO
de apps iOS nos Mac M1 deveria ser
COMPONENTE rotulada de beta.
SUBSTITUÍVEL A máquina propriamente dita não
É A BATERIA. impressiona por aí além. Atualmen-
NÃO É POSSÍVEL te, já é habitual vermos ultraportá-
teis com molduras de ecrã bem mais
MUDAR O SSD finas que as deste MacBook Air, o que
OU AUMENTAR A permite uma maior área útil do ecrã
MEMÓRIA RAM e/ou um portátil mais compacto. A
webcam, tão importante neste pe-
ríodo de pandemia, tem apenas uma
NOTA FINAL DESEMPENHO qualidade satisfatória, gostaríamos
4,3
de ter maior conectividade e capa-
CARACTERÍSTICAS
cidade de expansão e o teclado tem
QUALIDADE/PREÇO um curso curto e a resistência das
gms-store.com/pt molas não é a mais adequada (bate
CARACTERÍSTICAS
no limite muito rápido), o que afeta
Ecrã 13,3” (2560x1600) ○ Processador Apple M1 (CPU 8
cores, GPU 7 cores, 16 cores neurais) ○ Memória 8 GB
negativamente a ergonomia.
2x USB-C (Thunderbolt) ○ 304x212x16 mm ○ 1,29 kg
VEREDICTO
JOGOS PRODUTIVIDADE CRIATIVIDADE AUTONOMIA O MacBook Air M1 demonstra que a
Fraco Excelente Bom Excelente
nova tecnologia de processamento
da Apple representa um dos maiores
BENCHMARKS
Geekbench 5.3 1726/7507 (sigle/multi) z Cinebench saltos qualitativos da história recente
R23 1493/6771 (single/multi) z Autonomia 16h02
(reprodução de vídeo 4K) da computação pessoal. Nunca houve
EXAME INFORMÁTICA
um portátil tão eficiente, sobretudo
em tarefas de produtividade. Quem
gosta do ecossistema Mac, tem no
MacBook Air M1 uma excelente pro-
posta para companheiro de estrada.
A autonomia é tanta que, durante
este mês de utilização intensiva,
até nos esquecemos várias vezes de
onde deixámos o carregador. Sabe-
mos que não é momento para isso,
mas com o MacBook Air M1 pode-
mos fazer uma viagem de dois ou
três dias e deixar o carregador em
casa se a utilização for do tipo ‘office’.
Em termos de aplicações de criativi-
dade, o Air consegue fazer coisas que
nunca se conseguiu num ultraportátil
de baixo consumo. No entanto, ainda
será necessário esperar mais tempo
para o desenvolvimento de aplicações
otimizadas para o M1 na área da cria-
tividade profissional para perceber-
mos até que ponto faz sentido investir
neste sistema. Podemos dizer que o
Air M1 tem desempenho q.b. para as

aplicações de criatividade pessoais,
mas não é uma solução adequada
aos profissionais. Neste segmento,
as placas gráficas de alto desempe-
nho ainda fazem muita diferença e
levam a melhor sobre a capacidade
de processamento gráfica do M1. O
mesmo se pode dizer para jogos. Este
MacBook corre muito bem jogos tí-
picos de smartphones e tablets, mas
não tem capacidade para lidar com
os títulos mais exigentes. Nem seria
de esperar que isso acontecesse. Na
verdade, o desempenho deste Air é
tão elevado que acabamos por cair na
ratoeira de compará-lo com outras
máquinas mais caras, maiores e mais
pesadas. Não nos podemos esquecer
que estamos a falar de um ultrapor-
tátil que pode ter autonomia medida
em dias e nem tem ventoinhas para
arrefecer o interior. Sérgio Magno
O APPLE M1?
O M1 não é apenas um processador geral (CPU), é
um System On Chip (SOC), uma arquitetura típica de
smartphones. O M1 integra as componentes CPU
(processamento geral), GPU (processamento gráfico),
motor neural (processamento de aprendizagem máquina e
inteligência artificial), memória cache, unidades de controlo
de comunicação e até memória RAM. Esta integração
permite maior eficiência e acelera as comunicações entre
as diferentes unidades. A componente CPU é constituída
por oito núcleos de duas variáveis: quatro para aplicações
mais exigentes e quatro de baixo consumo energético.
Deste modo, o consumo dos computadores é ainda
mais baixo quando estão a executar aplicações que não
necessitam do desempenho extra. A componente GPU é
constituída por sete ou oito núcleos de processamento
(sete no caso do M1 usado no MacBook Air aqui testado,
o mais acessível). As frequências são variáveis, podendo
atingir velocidades maiores nos Mac M1 com dissipador
ativo (ventoinha). No caso dos MacBook Air, não há qualquer
ventoinha para arrefecer o M1.

EXAME INFORMÁTICA
TESTES

HELLO
(NOVAMENTE)
MOTO
MOTOROLA MOTO G 5G PLUS €299

E
eis que a Motorola está de regresso ao nosso país. A Lenovo, que,
recorde-se, é a detentora da marca, fechou um acordo com a dis-
tribuidora jp.di para colocar no mercado nacional terminais como
o Motorola Edge, Moto G9 Play, Moto G9 Plus e Moto E7 Plus. O primeiro
que nos chega às mãos nesta ‘segunda vida’ da marca é um smartphone
que promete ‘fazer mossa’ no segmento médio. Paulo Matos

EXAME INFORMÁTICA
„ Tornou-se a norma. Agora até smartphones de
gama média são capazes de trazer quatro câmaras
traseiras e duas frontais. No caso do Moto G
5G Plus, isso significa que atrás há uma câmara
principal de 48 MP a que se juntam uma ultra
grande angular capaz de capturar imagens a 118°,
uma para macro e outra para profundidade de
campo. As fotografias são razoáveis, mas nota-se
ruído se estivermos perante uma luz desafiante
ou se puxarmos pelo zoom. Gostámos mais dos
resultados da dupla câmara frontal, que até tem
o pormenor útil da iluminação em redor do sensor
se acender conforme a câmara utilizada para
sabermos exatamente para onde olhar. Onde a
Motorola fez um bom trabalho foi na personalização
da interface e na disponibilização de modos como
o Cor Direta, que coloca a imagem a preto e branco
com exceção dos itens de uma cor que tenhamos
identificado – pode dar origem a resultados
artísticos, embora nem sempre funcione bem.
„ Este não é um smartphone que conquiste
o utilizador à primeira vista. É grosso, tem a
traseira em plástico e incorpora o sensor de
impressões digitais no botão de energia (de que
não somos fãs por reduzir a fiabilidade). Também
não é cativante a nível ergonómico. Por outro
lado, ainda conta com jack de 3,5 mm, tem um
botão dedicado para se ativar o assistente de voz,
o tom azul assenta-lhe bem e as quatro câmaras
traseiras quase não apresentam protuberância.
„ Um dos fatores diferenciadores que sempre
apreciámos nos Moto é a personalização
do sistema operativo. Há uma declarada
aposta num Android puro (versão 10, neste
caso), mas com pequenos apontamentos
que enriquecem a experiência de utilização.
Um exemplo é o controlo por gestos, em que,
por exemplo, agitar o telemóvel duas vezes
acende a lanterna ou virá-lo para baixo ativa
o modo Não Incomodar. Além disso, é possível
ter acesso a atalhos rápidos com dois toques
leves no botão de energia (calculadora,
Google Maps, YouTube, etc.).
„ A mais-valia deste Moto G está mais no
interior do que no exterior. Bem equipado a
nível de componentes, destacamos a presença
do CPU Snapdragon 765 5G da Qualcomm,
que garante não só um bom desempenho em
praticamente todas as tarefas – comprovável
pelos valores obtidos nos benchmarks e que
superaram largamente os dos concorrentes
desta gama de preço – como a capacidade
de funcionar, no futuro, com as redes 5G que
vierem a ser implementadas em Portugal.
A bateria de 5000 mAh proporciona uma
autonomia convincente.

„ O ecrã de 6,7” do Plus conquistou-nos. É

verdade que a moldura ainda é assinalável
– apesar das câmaras frontais estarem
embutidas em furos –, mas a resolução
FHD+ proporciona bons níveis de detalhe
e a taxa de atualização de 90 Hz garante
uma fluidez na navegação rara no segmento
médio. O rácio é 21:9 e a presença de
HDR10 ajuda a tornar o consumo de vídeos
numa experiência aprazível.

NOTA FINAL DESEMPENHO

4,3 jpdi.pt
CARACTERÍSTICAS

QUALIDADE/PREÇO

CARACTERÍSTICAS
Estabilização 3 eixos: rotação horizontal -161.2° a
171.95°, rotação vertical -106.54° a 235.5°, rotação
frontal -136.7° a 198° ○ Suporta dispositivos até 230 g ○
Autonomia 15 h ○ BT 5.0, USB-C, USB-A ○ Bateria 2450
mAh ○ 163x99,5x46,5 mm ○ 390 g

CONSTRUÇÃO UTILIZAÇÃO ECRÃ AUTONOMIA

Bom Muito Bom Muito Bom Muito Bom

BENCHMARKS
UM PREÇO ALICIANTE PARA
Antutu 311025 z CPU 100444 z GPU 85091 z Memória
66049 z UX 59441 z 3DMark Sling Shot Extreme
UM BOM TERMINAL DE GAMA
OpenGL 3018 z Wild Life 1485 z PCMark Work 2.0 8384
z Autonomia (PCMark) Não correu
MÉDIA, QUE CONJUGA COM
SUCESSO DESEMPENHO E
UM ECRÃ COMPETENTE

EXAME INFORMÁTICA
 HÍBRIDO,
ELÉTRICO

KIA XCEED PHEV

DESDE €33 240

EXAME INFORMÁTICA
 O
Xceed é um carro feito à
medida das tendências e
das necessidades do mer-
cado nacional: tem o formato de
crossover, mas com boa equilíbrio
entre dinâmica e conforto; é com-
pacto, mas com espaço q.b. para a
família; tem, de base um bom pacote
de tecnologia, incluindo ecrãs gene-
rosos e suporte para Apple CarPlay e
Android Auto; apresenta uma quali-
dade de construção assinalável; tem
uma garantia de sete anos para paz
de espirito; e, fundamental, oferece
tudo isto a um preço muito compe-
titivo. Faltava a eletrificação, que
chegou no formato híbrido plug-
-in (PHEV). Com a bateria carre-
gada, temos, realisticamente, uns
40 quilómetros de autonomia em
modo elétrico, q.b. para a maioria
dos percursos diários. Mas, como
NOTA FINAL DESEMPENHO
3,8
O KIA XCEED É UM CARRO CARACTERÍSTICAS
BEM EQUILIBRADO, MAS
GOSTARÍAMOS QUE O MOTOR QUALIDADE/PREÇO
ELÉTRICO DA VERSÃO PHEV kia.pt
FOSSE MAIS POTENTE CARACTERÍSTICAS
Potência e binário 104 kW, 265 Nm ○ 0-100 km/h:
11 s ○ Vel. máx. 188 km/h ○ Bateria: 8,9 kWh ○
Consumo WLTP 1,4 l/100 km Vel. carregamento
de 10 km/h (AC, 10A) a 16 km/h (AC, 16A)
EXAME INFORMÁTICA
o motor elétrico é menos potente
que o habitual, o motor a gasolina
entra em ação facilmente: basta uma
subida um pouco mais inclinada ou
uma aceleração mais vigorosa para
iniciar uma ultrapassagem. Aliás,
como o ensaio foi feito durante
dias muito frios, percebemos que
até o sistema de aquecimento faz
arrancar o motor a gasolina (não
tem bomba de calor). Isto significa
que dificilmente acabamos o dia
com 0,0 litros/100 km, a não ser em
circulação urbana cuidada. Ainda
assim, a eficiência é um dado adqui-
rido. Nos nossos testes, concluímos
que é de espera menos de 1/100 km
nos primeiros 50 a 60 quilómetros
de viagem. Mesmo depois de a ba-
teria ficar sem carga suficiente, a
arquitetura híbrida garante que só
em viagens muito longas ou mais
‘aceleradas’ é que o consumo ultra-
passa os 5 l/100 km. Isto significa
que, pelo menos enquanto o preço
promocional for válido, que per-
mite adquirir este carro por menos
de €40.000, o Xceed PHEV é uma
proposta economicamente mais
atraente que as versões a gasolina
ou gasóleo já que é fácil recuperar
investimento extra. Sérgio Magno
TESTES THE PATHLESS €49,99

ESPÍRITO
UMA EXPERIÊNCIA DE JOGO
MINIMALISTA E DIFERENCIADORA
NUM MUNDO ABERTO QUE
FOMENTA A CURIOSIDADE
EXPLORADORA DO JOGADOR.
MAS QUE NÃO APELA A TODOS

EXAME INFORMÁTICA
EXAME INFORMÁTICA
TESTES THE PATHLESS

A
ssim que começamos a ouvir os ritmos
tribais da música do menu inicial senti-
mo-nos a entrar num transe hipnótico. Só
o áudio já é eficaz a transportar-nos para
um ambiente esotérico e esse imaginário é reforçado
quando começamos a jogar The Pathless e nos depa-
ramos com uma arte gráfica diferenciadora – linhas
simples e cativantes, cores fortes, quase como uma
banda desenhada de autor. Este título da Giant Squid
tem, claramente, mais ar de jogo indie do que AAA
e coloca-nos na pele de uma Caçadora que tem de gumes. Por um lado, a sensação de liberdade é imbatível.
explorar uma ilha mística para libertar a Natureza das Por outro, ou nos sentimos rapidamente atraídos por
trevas que estão a tomar conta do planeta. este universo ou dificilmente vamos encontrar moti-
Não é preciso muito tempo de jogo para perceber que vos para voltarmos a ligar a consola e carregarmos The
The Pathless é um título que requer um utilizador em- Pathless com frequência. Confesso que me insiro neste
penhado. Estamos numa ilha em mundo aberto, mas segundo grupo. Reconheço méritos ao jogo, mas senti
não é disponibilizado um mapa com informação que que faltou algo para me ‘prender’ definitivamente a ele.
nos ajude na exploração, a aposta é que o jogador esteja Apesar disso, gostei da mecânica de deslocação da nossa
atento. Também não é fornecida grande informação Caçadora. É que ao longo da ilha existem uns alvos e
sobre a jogabilidade, é como se o utilizador tivesse de podemos usar o arco para disparar para eles; quando
embarcar nesta aventura cheio de vontade de explorar: acertamos deslocamo-nos mais depressa e conseguir
não só o espaço físico como a forma de jogar. disparos encadeados torna a experiência de uma fluidez
cativante. E não é preciso grande pontaria, já que o foco
“THE EAGLE HAS LANDED” no alvo é automático. Cedo também arranjamos uma
O jogo assenta basicamente em duas premissas: explo- águia como companheira de aventura, pelo que depois
ração e resolução de puzzles. E esta é uma faca de dois podemos usar a ajuda dela para nos deslocarmos pelo ar.

EXAME INFORMÁTICA

+ ESTA MÚSICA TEM UM APELO
ENCANTATÓRIO… PARECE QUE FUMEI
QUALQUER COISA
+ UMA EXPERIÊNCIA DIFERENCIADORA: DA
ARTE VISUAL À JOGABILIDADE SEM
VIOLÊNCIA
- ENTREGUES A NÓS MESMOS, HÁ POUCO
ENQUADRAMENTO
- FALTA UM GOLPE DE ASA PARA NOS
PRENDER MAIS AO JOGO
EXAME INFORMÁTICA
Outro ponto positivo é a capacidade de usar uma más-
cara que transforma a forma como vemos o mundo.
Isto permite não só descobrir passagens secretas como
indicadores de locais que precisam de ser ‘curados’. O
enredo não nos cativou imediatamente, já que a história
dos espíritos corrompidos e das trevas nos pareceu ex-
cessivamente vaga. E experienciámos algo semelhante
com os quebra-cabeças. Resolvemos uns, outros eram
mais difíceis, mas nenhum deles nos
NOTA FINAL
deixou particularmente intrigados e
3,4
com uma forte vontade de insistir até
avançarmos. The Patheless é, no fun-
do, um jogo com méritos, mas para o
PS5 (testado), PS4, qual é preciso entrar com o espírito
PC, macOS, iOS
certo para se tornar uma experiência
recompensadora. Paulo Matos
S O L U Ç Õ E S C ON SU LTÓR I O

POR: SÉRGIO MAGNO

EN V I E AS S UAS DÚVIDAS PARA

consultorio@exameinformatica.pt
Envie o e-mail com «Consultório» no Assunto.
Descreva pormenorizadamente a dúvida e a configuração do hardware

DE: P. M. MENDES empresa utiliza atualmente (deverá ser o Microsoft

OFFICE 365 OU GOOGLE?

Sou assinante há mais de 10 anos da Exame
Informática e tenho a agradecer o vosso trabalho
que tanto me ajudou. Toda a tecnologia que compro
é baseada nos vossos testes e recomendações e tem
sido uma tática de sucesso. Em 10 anos, é apenas
a segunda vez que vos envio um pedido de ajuda
porque normalmente as respostas que preciso estão
nas revistas. Mas não têm feito nada no campo
de Office para empresas e acho que deve ser uma
dúvida comum a muita gente. Sou sócio-gerente
de uma pequena empresa onde temos três PCs em
que trabalhamos com uma aplicação de faturação e
Microsoft Office, sobretudo Outlook, Excel, Word e
PowerPoint. Nos últimos meses começámos a usar
o Teams porque temos estado maioritariamente em
teletrabalho. Está na altura de renovar a licença e o
Office que temos tem um custo de cerca de €380/
ano mais IVA para os três PCs. Como as coisas
estão muito difíceis na nossa área de negócio,
andamos a planear cortes no orçamento e estou
a estudar a hipótese de mudar para Google, mais
especificamente para o Business Starter, que fica por
menos de metade do preço do Office 365. Sei que
não é a mesma coisa, mas, por exemplo, os 30 GB
por utilizador na cloud são mais que suficientes para
as nossas necessidades.
É difícil apontar qual a melhor opção sem uma
análise específica do seu caso. Primeiro, é importante
referir que está a comparar soluções distintas. Isto
porque a alternativa mais próxima da Microsoft ao
Google Workspace Business Starter é o Microsoft 365
Empresas Basic, que tem um custo de €4,2 + IVA/
mês por utilizador (para o plano anual), o que dá
pouco mais de €150/ano para os três utilizadores.
A grande diferença deste plano para o que a sua
365 Empresas) é que a utilização das aplicações é
exclusivamente web. Ou seja, deixaria de ter direito
a instar as aplicações do Office nos PCs – apesar de
poder continuar a instalar as apps em dispositivos
móveis Android e iOS. Há ainda que considerar
o custo da mudança. Refiro-me a questões como
migração de dados e hábitos de utilização. Pode
não ser fácil para os utilizadores adaptarem-se à
interface das aplicações Google. Quanto à migração
de dados, não tem de apenas considerar a cópia
dos ficheiros na cloud ou o mover das caixas de
correio. Por exemplo, se usarem o Teams de um
modo mais extenso, incluindo gestão de equipas,
projetos e partilha de ficheiros, poderá ser ficar
desiludido com as funcionalidades apresentadas
pela alternativa da Google (Hangouts). Isto além
da complexidade de replicar os cenários que utiliza
atualmente. Por outro lado, se os utilizadores já estão
habituados às aplicações da Google – é possível, por
exemplo, que já as usem pessoalmente – e se usa
o Teams sobretudo para reuniões virtuais, então é
bem possível que a adaptação seja fácil. Também
pode considerar por uma opção mista, em que, por
exemplo, tem apenas uma licença Microsoft 365
Empresas para um PC onde considere essencial para
a produtividade ter as aplicações instaladas e duas
licenças Basic para os restantes. Até pode instalar
aplicações grátis compatíveis com os ficheiros do
Office. É importante referir que as aplicações Office
online têm uma interface similar às aplicações ditas
‘destktop’ (que são instaladas nos computadores), o
que significa que o tal custo de adaptação é reduzido.
Finalmente, para garantir que toma a melhor decisão
possível, recomendo que experimente o Google
Workspace, o que pode fazer gratuitamente. E, caso
ainda não o tenha feito, experimente também usar o
Office 365 online – poderá fazê-lo com a sua conta
atual. Deste modo perceberá se será fácil ou difícil
fazer a mudança.

EXAME INFORMÁTICA
APPS

VEEDEEO SPOT MERGE MAGIC!

Uma aplicação para Fuuu…sãooo! Se era fã de Dragon
videochamadas que pode ser Ball vai perceber rapidamente
utilizada no smartphone, tablet o conceito deste jogo: juntar
ou TV, e que é compatível com diferentes itens no seu jardim
as salas virtuais e reuniões da para transformá-los num único
Veedeeo. Suporta multilíngua melhor. As combinações podem
e regista o histórico de ser variadíssimas e vão de ovos,
chamadas. Também pode ser árvores, tesouros e estrelas
usada com uma câmara Spot a flores mágicas ou criaturas
para funcionar como alarme míticas. Há mais de 500 objetos
de movimento ou visualização para combinar e 81 desafios para
remota do lar. descobrir.

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POR PAULO MATOS

EXAME INFORMÁTICA