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FUNÇÕES DA LINGUAGEM IV Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.

É possível reconhecer nos textos, diversas


funções de linguagem, ou seja, diferentes
intenções do emissor: procuram informar,
convencer, seduzir, entreter, sugerir estados de
Em correspondência a essas
ânimo, etc.
intenções, é possível categorizar os textos,
levando em consideração a função da linguagem
que neles predomina.

3. Função Poética

4. Função Fática

A função poética é marcada principalmente


pela utilização do sentido conotativo das
palavras. Por isso, o emissor se preocupa em
como a mensagem será transmitida,
quais figuras de linguagem serão utilizadas, O principal objetivo da função fática é
entre outras coisas que interferem na chegada estabelecer ou causar interrupções na
comunicação. Ela tem como ênfase o canal
da mensagem até o receptor.
de comunicação e a relação gerada entre o
Essa função está presente nos textos literários, emissor e receptor.
na publicidade, nas expressões cotidianas que Quando o enunciado se centra no contato
possuem metáforas, nas músicas, trocadilhos, (ou no canal), dizemos que a linguagem
anedotas e até em provérbios. possui função fática. Nesse caso, a mensagem
está sempre voltada para o contato em si, a
fim de certificar-se de que o canal está aberto,
 Não se limita à poesia.
funcionando eficientemente, e de prolongar a
comunicação. Costuma estar presente em
 Trata-se de uma combinação estética e determinados momentos de ligações
intencional de palavras. telefônicas ou contatos por
escrito (cartas, e-mails, bilhetes, mensagens
 Rimas, trocadilhos e metáforas são por redes sociais), além de algumas
recursos recorrentes. construções orais.

 Efeitos figurativos (sinestesia,


eufemismo…). Exemplos
Publicidade
 Poesia, crônica, conto… (prosa 1. É Gripe? Benegripe!
poética). 2. Seu pai tá correndo no trânsito? Xinga ele.
(Campanha de conscientização de
Veja esse poema de Millôr Fernandes em que
segurança no trânsito, em Porto Alegre)
se usa da função poética:
Frases Atividade
1. Bom dia! 1. Identifique a função da linguagem predominante no
2. “... e é assim que deve ser feito. Entendeu texto a seguir e exemplifique.
tudo ou tem alguma questão?” "Posso ajudá-lo, cavalheiro?"
3. "Depois de ir ao mercado … - Ei! Está me "Pode. Eu quero um daqueles, daqueles..."
ouvindo? - Não esqueça de passar na "Pois não?"
lavanderia." "Um... como é mesmo o nome?"
4. Alô. Quem fala? "Sim?" (Luis Fernando Veríssimo)
5. Amanhã nos vemos. Até lá! _____________________________________________
_____________________________________________
Músicas _____________________________________________
“Ei você aí, me dá um dinheiro aí 2. Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.
Me dá um dinheiro aí”
Neologismo
(Trecho de Me Dá Um Dinheiro Aí, de Ivan Ferreira) Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
“Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!) Que traduzem a ternura mais funda
Até quando vai ficar sem fazer nada? E mais cotidiana.
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!) Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Até quando vai ser saco de pancada?” Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
(Trecho de Até Quando?, de Gabriel O Pensador)
Manuel Bandeira
Literatura
O texto “Neologismo” pertence ao gênero discursivo
Um telefone toca num fim de tarde, começo de em que predomina a linguagem:
noite . . . _____________________________________________
_____________________________________________
* Alô? _____________________________________________
* Pronto.
Ele: - Voz estranha... Gripada? 3. Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.
Ela: - Faringite. A diva
Ele: - Deve ser o sereno. No mínimo tá saindo todas
Vamos ao teatro, Maria José?
as noites pra badalar.
Quem me dera,
Ela: - E se estivesse? Algum problema?
desmanchei em rosca quinze kilos de farinha
Ele: - Não, imagina! Agora, você é uma mulher livre. tou podre. Outro dia a gente vamos
Ela: - E você? Sua voz também está diferente. Falou meio triste, culpada,
Faringite? e um pouco alegre por recusar com orgulho
Ele: - Constipado. TEATRO! Disse no espelho.
Ela: - Constipado? Você nunca usou esta palavra na TEATRO! Mais alto, desgrenhada.
vida. TEATRO! E os cacos voaram
Ele: - A gente aprende. sem nenhum aplauso.
Ela: - Tá vendo? A separação serviu para alguma Perfeita.
coisa. (PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999.)
Ele: - Viver sozinho é bom. A gente cresce. Os diferentes gêneros textuais desempenham funções
Ela: - Você sempre viveu sozinho. Até quando sociais diversas reconhecidas pelo leitor com base em
casado só fez o que quis. suas características específicas, bem como na situação
Ele: - Maldade sua, pois deixei de lado várias coisas comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A
diva:
quando a gente se casou.
a) narra um fato real vivido por Maria José.
Ela: - Evidente! Só faltava você continuar rebolando
b) surpreende o leitor pelo seu efeito poético.
nas discotecas com as amigas. c) relata uma experiência teatral profissional.
Ele: - Já você não abriu mão de nada. Não deixou d) descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora.
de ver novela, passear no shopping, e) defende um ponto de vista relativo ao exercício
comprar jóias, conversar ao telefone com as amigas teatral.
durante horas.

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