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3.

Aparato e Procedimento Experimental


Para a realização da experiência utilizou-se um conjunto para movimento Cidepe composto
por um colchão de ar linear Master EQ020 munido de 5 sensores fotoelétricos EQ012, um gerador
de fluxo de ar Marte EQ021 e um carrinho para colchão de ar. O conjunto de mecânica Arete é
composto por: uma polia de alumínio por onde o barbante passou, o carro para trilho de ar estava
preso ao barbante que foi impulsionado por um peso que estava em direção ao solo (ver figuras).

Figura 1- Desenho esquemático do carrinho preso por um barbante e impulsionado por um peso
direcionado ao solo, além das forças atuantes no sistema.

Figura 2- Conjunto que serviu para impulsionar o carrinho.

Grandezas Conjunto que Polia Barbante


impulsionou o carro
Massa ± σ (29,8 ± 0,01)g (10,5 ± 0,05)g (1,9 ± 0,05)g
Diâmetro ± σ (3,4 ± 0,05)mm (26,0 ± 0,05)mm
Comprimento ± σ (9,3 ± 0,05)mm (202,0 ± 0,05)mm
Tabela 1- Características dos materiais utilizados.

Os sensores foram posicionados primeiramente em 200,0; 250,0; 300,0; 350,0 e 400,0mm


(figura 3-1), onde o sensor capturou o movimento acelerado (MRUV) em que a massa M 1 do
conjunto (figura 2) foi liberada de uma altura h (fixa) em que o carro de massa M 2 (263,2 ± 0,01)g
percorreu a distância L até parar resultando em uma aceleração constante. E o segundo
posicionamento dos sensores (figura 3-2) foram: 800,0; 850,0; 900,0; 950,0 e 1000,0mm, onde o
peso Mı já se encontrava em repouso no solo, ou seja, o movimento foi uniforme (MRU).

Figura 3- Posicionamento dos sensores (1) movimento acelerado e (2) movimento uniforme.

4. Resultados Experimentais
Após o ajuste dos sensores nas posições já mencionadas para o 1° e 2° lançamento
respectivamente, posicionou-se o carro para o colchão de ar sendo impulsionado pelo conjunto de
mecânica de massa (Mı), após a passagem do carro pelo primeiro sensor o cronometro começa a
contagem do tempo e assim para cada sensor sequente, foram realizados 10 lançamentos para os
dois conjuntos de posições. Os valores obtidos foram dispostos nas tabelas que se seguem:
200,0 
250,0 mm 250,0 
300,0 mm 300,0 
350,0 mm 350,0 
400,0 mm
0,303 0,137 0,105 0,088
0,293 0,137 0,105 0,087
0,316 0,139 0,105 0,088
0,301 0,139 0,106 0,088
0,288 0,137 0,104 0,087
0,307 0,138 0,104 0,087
0,293 0,137 0,104 0,084
0,307 0,138 0,104 0,087
0,305 0,138 0,104 0,087
0,292 0,138 0,104 0,087
∆ T ı = 0,3005 ∆ T 2 = 0,1378 ∆ T 3 = 0,1045 ∆ T 4 = 0,087
Tabela 2- Valores de cada intervalo de tempo para o 1° conjunto de posições dos sensores
(MRUV), para h = 50 cm.

800,0 
850,0 mm 850,0 
900,0 mm 900,0 
950,0 mm 950,0 
1000,0 mm
0,051 0,052 0,053 0,054
0,051 0,051 0,053 0,053
0,051 0,052 0,053 0,053
0,051 0,052 0,053 0,053
0,051 0,052 0,053 0,053
0,051 0,052 0,052 0,053
0,051 0,051 0,053 0,053
0,050 0,052 0,052 0,052
0,051 0,051 0,053 0,053
0,051 0,051 0,053 0,052
∆ T ı = 0,0509 ∆ T 2 = 0,0516 ∆ T 3 = 0,0528 ∆ T 4 = 0,0529
Tabela 3- Valores de cada intervalo de tempo para o 2° conjunto de posições dos sensores (MRU),
para h = 50 cm.
Para cada caso (uniforme e acelerado) construiu-se o gráfico da velocidade em função do
tempo (Vxt), figura 3 e 4, respectivamente
9 8 ,5

9 8 ,0

9 7 ,5

9 7 ,0

9 6 ,5
V (c m /s )

9 6 ,0

9 5 ,5

9 5 ,0

9 4 ,5

9 4 ,0
0 ,0 4 0 ,0 6 0 ,0 8 0 ,1 0 0 ,1 2 0 ,1 4 0 ,1 6 0 ,1 8 0 ,2 0 0 ,2 2

T (s )

Figura 4- Gráficos de Vxt (linear) para o movimento uniforme.

60

50

40
V (c m /s )

30

20

10
0 ,2 5 0 ,3 0 0 ,3 5 0 ,4 0 0 ,4 5 0 ,5 0 0 ,5 5 0 ,6 0 0 ,6 5

T (s )

Figura 5- Gráfico de Vxt (linear) para o movimento acelerado.


Através do Método dos Mínimos quadrados foi possível ajustar uma função e obter o valore
da aceleração e sua respectiva incerteza, com o auxílio do gráfico montado de Vxt para o
movimento acelerado. Considerando que a função do modelo (V= V0 + a.t) adotado é do tipo Y= ax
+ b, obteve-se: a = (106,8 ± 6,9)cm/s² e b = (-20,4 ± 3,5)cm/s.
Construiu-se um modelo para a situação em estudo para assim calcular o valor da aceleração
teórica desprezando a massa da polia e considerando a mesma.
Considerando a massa da polia, tem-se as duas forças que atuam no centro da mesma a força
Norma (N) e a força Peso (P) com R = 0 possuem Torque τ = 0 (nulo). Sendo:
τ = F1 . R (horário)
τ = - T2 . R (anti-horário)
τres = I α, logo:
T3 . R – T2 . R = I α, mas at = - α R, isolando alfa α = - at /R, isso implica em:
T3 . R – T2 . R = - I . a/R
R ( T2 – T3) = I . a/R, considerando I = ½ M . R² obtém-se:
T2 – T3 = ½ M . a → T – T' = ½ M . a (I).
Pela 2° lei de Newton de forma linear consegue-se:
m1 g – T1 = m1 . a, e T4 = m2 . a → T' = m2 . a, sendo:
T4 = T3 = T'
T2 = T1 = T, com isso obtêm-se:
[-T] = m1 . a - m1 . g, logo T = m1 (g – a).
Com essas considerações, substitui-se T' e T em (I) encontra-se:
[ m1 (g – a)] - m2 . a = ½ M . a , trabalhando com a equação obtém-se:
a = m1 .g / ½ M + m1 + m2
Sendo a aceleração teórica calculada com a equação acima, onde se considerou a massa da polia
foi a = (98,7 ± 0,14)cm/s².
E desconsiderando a massa da polia tem-se as seguintes considerações:
 Para a massa m1 (do conjunto utilizado como peso para impulsionar o carrinho, figura 1),
tem-se apenas forças atuando no eixo y:
ΣF,y = m . ay → m1 . g – T1 = m1 . a
 Para a massa m2 ( do carrinho), existem forças atuando nos dois eixos x e y:
ΣF,y = m2 . a → N = m2 . g e
ΣF,x = m2 . ax → T4 = m2 . a
Considerando essas condições, a polia apenas desvia a orientação da corda, logo:
T1 = T4 = T
→ m1 . g – T = m1 . a (II)
→ T = m2 . a (III).
Substituindo (III) em (II) encontra-se: m1 . g – m2 .a = m1 . a e isolando a nesta equação tem-se :
a = m1 . g / m1 + m2
E a aceleração teórica encontrada com a equação acima desconsiderando a massa da polia foi a =
(99,5 ± 0,03)cm/s².

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