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ROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO.

MANDADO DE
SEGURANÇA. CARGO DE
DESEMBARGADOR. PROMOÇÃO POR MERECIMENTO.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 1.022 DO CPC/2015.
PONTUAÇÃO. CERCEAMENTO
À INFORMAÇÃO. ALEGAÇÕES DE VÍCIOS. OMISSÃO
VERIFICADA. CORREÇÃO
PARA ACOLHER OS EMBARGOS E DAR PROVIMENTO AO
RECURSO ORDINÁRIO.
I - Na origem, trata-se de mandado de segurança
impetrado contra ato
atribuído ao Desembargador do Tribunal de Justiça do
Estado de
Minas Gerais por ocasião da avaliação do impetrante para
concorrer à
vaga de promoção ao cargo de desembargador. No Tribunal
a quo,
denegou-se a segurança. Nesta Corte, negou-se
provimento ao recurso
ordinário em mandado de segurança.
II - Houve a interposição de dois recursos pela mesma
parte e contra
a mesma decisão, apenas o primeiro poderá ser submetido
à análise,
em face da preclusão consumativa e do princípio da
unicidade
recursal, que proíbe a interposição simultânea de mais de
um recurso
contra a mesma decisão judicial.
III - Opostos embargos de declaração, aponta a parte
embargante
vícios no acórdão embargado.
IV - Segundo o art. 1.022 do Código de Processo Civil de
2015, os
embargos de declaração são cabíveis para esclarecer
obscuridade;
eliminar contradição; suprir omissão de ponto ou questão
sobre o
qual o juiz devia pronunciar-se de ofício ou a requerimento;
e/ou
corrigir erro material.
V - No caso dos autos verifica-se que o acórdão não
considerou
outros precedentes desta E. Segunda Turma analisados
diante das
mesmas circunstâncias fáticas e decididos em sentido
oposto ao
acórdão embargado. Assim, a fim de se analisar a alegação
de falta
de integridade na jurisprudência desta E. Turma, passa-se
a tratar
da matéria.
VI - Conforme entendimento pacífico desta Corte "Os
magistrados
inscritos para promoção ao cargo de desembargador por
merecimento
possuem direito líquido e certo de acessar as informações
e dados
que justificaram a redução da pontuação nos quesitos para
a promoção
nos termos dos arts. 13 e 14, ambos da Resolução CNJ n.
106/2010, e
do art. 7º da Lei n. 12.527/2011". Nesse mesmo sentido:
AgInt no
RMS 62.448/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA,
julgado em 01/03/2021, DJe 04/03/2021; AgInt no RMS
62.448/MG, Rel.
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,
julgado em
01/03/2021, DJe 04/03/2021.
VII - Ante o exposto, acolho os embargos de declaração
para,
corrigindo a omissão apontada, reformar o acórdão
embargado e dar
provimento ao agravo interno, para e conceder a ordem a
fim de
garantir o fornecimento das informações e dados utilizados
pelo
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais para
determinar a
pontuação do recorrente no certame para a promoção ao
cargo de
desembargador do TJMG por merecimento.
VIII - Embargos acolhidos nos termos da fundamentação,
com efeitos
modificativos.
Acórdão
SUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
ENUNCIADO
ADMINISTRATIVO N. 3/STJ. SERVIDOR PÚBLICO.
MILITAR. DESERÇÃO.
ILEGITIMIDADE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. ACIDENTE
DURANTE A
ATIVIDADE MILITAR. DIREITO À REFORMA. NEXO CAUSAL
E INCAPACIDADE
COMPROVADOS. REVOLVIMENTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
CABIMENTO DO DANO
MORAL. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO.
1. O Tribunal de origem entendeu que quanto à aplicação
da pena de
deserção, considerando decisão já tomada em esfera penal
sobre o
tema, neste caso, seria incompatível a aplicação de referida
pena na
esfera administrativa, a despeito de haver a independência
das
esferas. Nesse sentido, o conhecimento do tema esbarra no
óbice da
Súmula nº 7/STJ ? ?a pretensão de simples reexame de
prova não
enseja recurso especial?.
2. Diante dos fundamentos da Corte Regional - de
existência de
incapacidade total para atividade civil ou militar e que há
nexo de
causalidade entre a atividade militar e a doença
incapacitante -
seria necessário a essa Corte Superior avançar no acervo
cognitivo
dos autos no intuito de se perquirir suposto equívoco da
instância
ordinária em sua análise da prova dos autos, situação
inviável em
sede de recurso especial tendo em vista o óbice da Súmula
7/STJ.
3. Sobre a discussão do dano moral e o seu valor, aplica-se
a súmula
7/STJ. Com efeito, sem a revisão do quadro fático
probatório não é
possível aferir a (in)ocorrência de danos morais em face do
ato
administrativo cometido. Isso porque o Tribunal de
origem considerou
que houve forte abalo moral e psicológico do autor pelo ato
da
Administração.
4. Agravo interno não pro

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