Você está na página 1de 29

NEOPLASIAS

GASTROINTESTINAIS
PARTE 1

Profa.Juliana Carneiro Melo


CASO CLÍNICO 1

• Você está no Hospital Escola e vai evoluir uma paciente,sexo


feminine, 63 anos apresentando icterícia obstrutiva e ascite.
• Quais exames você vai solicitar na admissão ?
CASO CLÍNICO
• Líquido ascítico: POSITIVO PARA
CÉLULAS NEOPLÁSICAS. Ver
comentário.
• Comentário :Os preparados citológicos
revelam blocos de células atípicas com
núcleos hipercromáticos em meio à
grande quantidade de células
inflamatórias e mesoteliais de aspecto
reacional. Os achados citológicos são
consistentes com CARCINOMA. Para
completa definição diagnóstica, contudo,
é fundamental estreita correlação com os
demais aspectos clínicos e radiológicos.
. Vesícula biliar e segmento hepático: ADENOCARCINOMA
DE VESíCULA BILIAR, MODERADAMENTE
DIFERENCIADO, extensamente necrótico, medindo 4 x 1,5 x
1,5 cm, infiltrando toda a espessura da parede, o fígado e
gordura subjacentes. Presença de invasão angiolinfática e
perineural. Colelitíase associada. Parênquima hepático
adjacente com septos fibrosos, esboço de nódulos, esteatose
predominantemente macrogoticular e colestase.
2. GRANDE OMENTO: Infiltração por
ADENOCARCINOMA MODERADAMENTE
DIFERENCIADO.
Estadiamento patológico: pT3, pNx, pMx.
CARCINOMA DE VESÍCULA BILIAR

• Etiologia: 60-90% associados a Colelitíase, casos acalculosos podem ocorrer


como resultado de infecção piogênica ou parasitária
• Localização: fundo e pescoço da vesícula, acompanhado das paredes laterais
• Quadro clínico: dor abdominal inespecífica, anorexia, náusea e perda de peso
• Diagnóstico: achado incidental colecistectomia
• Padrões de crescimento: infiltrativo ou exofídico
• Macroscopia: tumor firme devido a fibrose. Ulceração, necrose e hemorragia
também podem ser comuns. Usualmente envolve estruturas adjacentes
• Microscopia: mais de 90% adenocarcinoma bem diferenciado
• Prognóstico: muito ruim, em 5 anos com taxa de sobrevida de 1%
Carcinoma Pseudocístico HCC Metástase Carcinoma de Carcinoma de
gástrico Do Pâncreas Hepática vesícula biliar Pâncreas

Nódulo + + + + + rare
abdominal

Ictericia - ocasional terminal +/- + comum

cirrose - - comum raro - -

Sinais de - - - + - -
Tumor
primário
Sinal de - - - raro Não +
Trousseau incomum
CARCINOMA DE PÂNCREAS
• Fatores de risco: tabagismo, alcoolismo, pancreatite crônica e diabetes
• Localização: 60% cabeça de pâncreas, 15% corpo, 5% cauda , 20% envolvimento difuso
• Quadro clínico:dor abdominal, icterícia obstrutiva, anorexia , perda de peso, massa
abdominal, Sinal de Trousseau
• Diagnóstico: USG,TC,RNM,CPRE e biópsia guiada
• Macroscopia: suave ou firme dependendo quantidade de mucina ou fibrose
• Microscopia: Adenocarcinoma moderadamente ou pouco diferenciados com
crescimento infiltrativo
• Prognóstico: curso rapidamente progressivo, apenas 15% dos casos podem ser
operados para melhorar a sobrevida.
TUMOR METASTÁTICO ENVOLVENDO O LOBO
ESQUERDO DO FÍGADO
• Envolvimento secundário do fígado é mais comum que os tumores primários do
fígado
• Qualquer tipo de malignidade pode envolver o fígado (carcinoma , sarcoma, leucemia
e linfoma)
• Tu primários mais comuns que causam metástases no fígado
• Quadro clínico: sinais e sintomas do tumor primário, fígado palpável com superfície
nodular
• Macroscopia: fígado alargado com superfície nodular
HEPATOCARCINOMA

• Envolvimento secundário do fígado é mais comum que os tumores primários do


fígado
• Qualquer tipo de malignidade pode envolver o fígado (carcinoma , sarcoma, leucemia
e linfoma)
• Tu primários mais comuns que causam metástases no fígado
• É uma das lesões malignas raras que podem ser prevenidas por imunização
• Quadro clínico: sinais e sintomas do tumor primário, fígado palpável com superfície
nodular
• Macroscopia: fígado alargado com superfície nodular
CASO CLÍNICO 2

• Homem, 60 anos, tabagista de longa data com quadro de


disfagia, desconforto retroesternal e anorexia.
CÂNCER DE ESÔFAGO

• O carcinoma esofágico tem início insidioso e produz disfagia e


obstrução progressiva e tardia
• QC: leve odinofagia, desconforto retroesternal, sensação de
corpo estranho no esôfago proximal, dor epigástrica, anorexia,
náuseas, perda sangüínea e emagrecimento sem causa aparente.
CÂNCER DE ESÔFAGO

• Sexo: homens
• Faixa etária: 5 e 6 década
• Metástases à distância : fígado e pulmão.
CASO CLÍNICO 3

• Mulher , 64 anos com quadro de anemia .


• USG abdominal: lesão estômago
GIST: EPIDEMIOLOGIA

• 300-500 casos/ano → 5000-6000 casos/ano


• Idade dos pacientes:
• Adolescência a 90 anos
• Pico de incidência = 60 anos
•H = M
• Não há preferência racial
GIST:CLÍNICA

• Sintomas relacionados à massa


• Sangramento digestivo (ulceração da mucosa)
• Achado incidental em endoscopia, exame de imagem ou
autópsia
GIST:LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA

• Qualquer lugar no trato GI


• Estômago – 50-60%
• Intestino delgado – 20-30%
• Colon – 10%
• Esôfago – 5%

• Localidades extra-GI
• 5% dos casos
• Mesentério, omento e retroperitônio
GIST

• GIST deve atualmente ser sempre considerado como tumor com


potencial para comportamento biológico agressivo, o que depende
principalmente do tamanho do tumor e índice mitótico.
• Mutações ativadoras dos genes KIT ou PDGFRA estão envolvidas no
desenvolvimento da neoplasia.
• GLIVEC: geralmente empregados nos casos de doença localmente
avançada sem possibilidade de ressecção completa, doença metastática e
GISTs de alto risco para comportamento biológico agressivo.

Você também pode gostar