Você está na página 1de 131

Conteúdo Programático:

1. Definição da Obesidade

2. Prevalência da obesidade

3. Etiologia da Obesidade

4. Avaliação e Diagnóstico

5. Prescrição de Treinamento
Definição da Obesidade

Define sobrepeso e obesidade


como o excesso ou acúmulo
anormal de gordura corporal que
apresenta risco para a saúde.
(WHO, 2010)
Histórico

Na Idade Média e no
Renascimento, a obesidade era
idealizada e desejada, como
símbolo de saúde, prosperidade,
poder, riqueza e status.
Histórico

África

Obesidade sinal de domínio,


poder, sucesso. Em mulheres,
relação com fertilidade.

Igreja

Obesidade relacionada
ao pecado da gula.
Histórico

Por volta da década de 50, com os avanços nas


pesquisas, descobriu-se que a obesidade é uma doença
multifatorial.

Prejuízo na saúde das pessoas.


Tecido Adiposo

A célula do tecido adiposo

A célula de câncer
Conteúdo Programático:

1. Definição da Obesidade

2. Prevalência da Obesidade

3. Etiologia da Obesidade

4. Avaliação e Diagnóstico

5. Prescrição de Treinamento
Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1985
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1986
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1987
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1988
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1989
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1990
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1991
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14% 15%–19%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1992
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14% 15%–19%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1993
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14% 15%–19%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1994
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14% 15%–19%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1995
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14% 15%–19%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1996
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14% 15%–19%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1997
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14% 15%–19% ≥20%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1998
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14% 15%–19% ≥20%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 1999
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14% 15%–19% ≥20%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 2000
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14% 15%–19% ≥20%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 2001
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14 15%–19% 20%–24% 25%–29%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 2002
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14 15%–19% 20%–24% 25%–29%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 2003
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14 15%–19% 20%–24% 25%–29%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 2004
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14 15%–19% 20%–24% 25%–29%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 2005
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14 15%–19% 20%–24% 25%–29% ≥30%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 2006
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14 15%–19% 20%–24% 25%–29% ≥30%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 2007
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

No Data <10% 10%–14 15%–19% 20%–24% 25%–29% ≥30%


Obesity Trends* Among U.S. Adults
BRFSS, 2008
(*BMI ≥30, or ~ 30 lbs. overweight for 5’ 4” person)

Os gastos com as doenças relacionadas à


obesidade chegam a $ 117 bilhões por ano
nos EUA, o que representa 5-10% do gasto
total com a saúde

No Data <10% 10%–14 15%–19% 20%–24% 25%–29% ≥30%


BRASIL
49% sobrepeso
14,8% obesidade
HOMENS: 7,70%
MULHERES: 10,60%
HOMENS: 6,70%
MULHERES: 11,60%

HOMENS: 8,60%
MULHERES: 10,60%

HOMENS: 10%
MULHERES: 13,80%

HOMENS: 15,9%
MULHERES: 19,6%
Conteúdo Programático:

1. Definição da Obesidade

2. Prevalência da Obesidade

3. Etiologia da Obesidade

4. Avaliação e Diagnóstico

5. Prescrição de Treinamento
Qual é a CAUSA da obesidade?
Fatores

Ambientais

Genéticos
Etiologia da Obesidade

“O patrimônio genético da espécie humana não pode ter sofrido


mudanças importantes neste intervalo de poucas décadas, certamente
os fatores ambientais devem explicar esta epidemia.”

Os fatores genéticos respondem por 24% a 40% da


variância no IMC.
Fatores Genéticos:
Idade
Influências Pré-natais
A ingestão calórica materna durante a gravidez influência o tamanho,
formato e a composição corporal do feto.

Infância
Crianças obesas com menos de 3 anos possuem risco
moderado de se tornarem adultos obesos.

Adolescência
O peso na adolescência é um bom preditor de
peso na idade adulta
Menopausa

Ganho de peso e mudanças na distribuição de gordura

O declínio das secreções de estrogênio e


progesterona alteram a biologia da célula
adiposa

Aumento no depósito de gordura


abdominal, sendo este um fator
importante de risco cardiovascular
Curiosidade

Pai Mãe 50%


Curiosidade

Pai Mãe 80%


Fatores Ambientais:

Participação relativa de macro


1º Alimentação
nutrientes da população brasileira

28%
1º Carboidratos
59% 2º Proteínas
13%
Alimentação Normal 3º Lipídios

30% 40% Carboidratos


Proteinas
30%
Lipídios
Fatores Ambientais:
2º Sedentarismo
Artigos:
Sedentarismo
Efeitos de 6 meses de inatividade física continuou em
indivíduos sedentários
Peso Corporal Gordura Abdominal Total

Circunferência da Cintura Insulina de Jejum

Relação Cintura-Quadril Sensibilidade à Insulina

Gordura Visceral LDL-colesterol


Conclusões: No presente estudo, homens e mulheres que
vivem nos EUA dão menos passos por dia que habitantes
da Suíça, Austrália e Japão. Nós concluímos que baixos
níveis de atividade física espontânea estão contribuindo
para a alta prevalência de obesidade nos EUA.
Fatores Socioeconômicos e
Culturais
 Risco de obesidade é maior entre mulheres com menor
escolaridade

 Menor condição econômica

 Obesidade parece ser menor em mulheres com


cargos profissionais mais altos, não ocorrendo
com os homens.
SONO

Vários estudos apontam uma relação entre a quantidade de


sono e a obesidade.

Mas esta relação é CAUSAL?


SONO
Privação Qualidade

Restrição

No geral, os dados clínicos dão base aos dados epidemiológicos que relacionam
baixa quantidade de sono à obesidade, por resultar em redução do consumo de
frutas e vegetais, aumento de dietas hiperlipídicas, alta frequência de consumo de
fast food, redução na tendência de comer em horas convencionais e dominância de
lanches ricos em sódio sobre as refeições.

Restrição parcial ou total de sono aumenta a ingestão calórica diária em 300-


559KCal/dia!

St-Onge, MP. J Clin Sleep Med 2013;9(1):73-80.


A obesidade não é
caracterizada, somente pelo
excesso de gordura total;

Mas também, pelo acúmulo


regional de gordura.
Distribuição da Gordura

Obesidade Andróide: acúmulo de gordura na região


abdominal sobretudo na região intra-abdominal. Mais
frequente no homem.
Distribuição da Gordura

Obesidade Ginóide: acúmulo de gordura na região


glúteo-femoral, quadril, nádegas e coxa. Mais
frequente na mulher.
Obesidade quanto ao
Crescimento do Tecido Adiposo

HIPERTROFIA:
aumento do
tamanho

HIPERPLASIA:
+ + aumento no
número
Relação entre Tamanho e
Número de Células Adiposas
PROBLEMA 1
PROBLEMA 2
OBESIDADE QUANTO AO CRESCIMENTO DO
TECIDO ADIPOSO

Comparações entre Obesidade Hipertrófica e


Hipertrófica/Hiperplásica
Hipertrófica/
Parâmetros Hipertrófica
Hiperplásica
Tamanho da célula Aumentado Aumentado
Número de células Normal Aumentado

Gravidade Moderado Acentuada

Idade de início Adulta Criança


Distribuição da Central Central e periférica
gordura

ADAPTADO DE SANDE & MAHAN, 1991.


Conteúdo Programático:

1. Definição da Obesidade

2. Prevalência da Obesidade

3. Etiologia da Obesidade

4. Avaliação e Diagnóstico

5. Prescrição de Treinamento
Cálculo IMC
PESO
(em quilos)
IMC
ESTATURA X ESTATURA
(em metros)
Tipos de Obesidade

Categoria IMC Kg/m2

Abaixo do peso Abaixo de 18,5

Peso normal 18,5 – 24,9

Sobrepeso 25,0 – 29,9

Obeso leve (I) 30,0 – 34,9

Obeso moderado(II) 35,0 – 39,9

Obeso mórbido(III) 40,0 e acima


IMC X Risco a Saúde

MODERADO ALTO MUITO


BAIXO ALTISSIMO
ALTO
CINTURA

(MARINS e GIANNICHI, 2003)


QUADRIL

(MARINS e GIANNICHI, 2003)


Relação cintura – quadril
Classificação De Riscos Para Homens

Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto

20 A 29 < 0,83 0,83 - 0,88 0,89 - 0,94 > 0,94

30 A 39 < 0,84 0,84 - 0,91 0,92 - 0,96 > 0,96

40 A 49 < 0,88 0,88 - 0,95 0,96 - 1,00 > 1,00

50 A 59 < 0,90 0,90 - 0,96 0,97 - 1,02 > 1,02

60 A 69 < 0,91 0,91 - 0,98 0,99 - 1,03 > 1,03

FONTE: APPLIED BODY COMPOSITION ASSESSMENT, PÁGINA 82 ED. HUMAN KINETICS, 1996.
Relação cintura – quadril
Classificação de Riscos para Mulheres

Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto

20 A 29 < 0,71 0,71 - 0,77 0,78 - 0,82 > 0,82

30 A 39 < 0,72 0,72 - 0,78 0,79 - 0,84 > 0,84

40 A 49 < 0,73 0,73 - 0,79 0,80 - 0,87 > 0,87

50 A 59 < 0,74 0,74 - 0,81 0,82 - 0,88 > 0,88

60 A 69 < 0,76 0,76 - 0,83 0,84 - 0,90 > 0,90

FONTE: APPLIED BODY COMPOSITION ASSESSMENT, PÁGINA 82 ED. HUMAN KINETICS, 1996.
Doenças Associadas
50% dos
Esteatose obesos
Hepática
Síndrome
Hipertensão
Metabólica

61% dos
obesos
24% dos
Diabetes obesos
Osteoartrite
tipo II
Obesidade

Mama = 11%
Síndrome
do ovário Câncer Colón = 11%
policístico
Endométrio = 34%
Síndrome Doenças
da apneia Coronarianas
do sono 17% dos
obesos
Conteúdo Programático:

1. Definição da Obesidade

2. Prevalência da Obesidade

3. Etiologia da Obesidade

4. Avaliação e Diagnóstico

5. Prescrição de Treinamento
Como emagrecer?
Como emagrecer?

Metabolismo
de AGLs

Kcal do
 TMB
Exercício

 EPOC
Mobilização: tecido adiposo, lipoproteínas plasmáticas e
reservas intramusculares.

1. Nível de treinamento 5. Dieta pré-exercício

2. Intensidade 6. Quantidade CHO e Lip. durante


exerc.

3. Duração 7. Tipo do Exercício

4. Reservas Intramusculares 8. Habilidade de mobilização e


trasporte
Exercício de Intensidade Constante
70%
% do Metabolismo de Gordura ou Carboidrato

65%
60%
55%
50%
45%
40%
35%

30%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%
Tempo de Exercício (min)
Como metabolizar a gordura?
Efeito do exercício resistido no metabolismo
precedendo uma sessão aeróbica
Voluntários: 50% VO2máx
20 minutos
11 homens
Ciclo ergômetro
21 mulheres

Supino sentado

Leg press
Lateral pulldown
Cadeira extensora
Remada sentado 50% VO2máx
20 minutos
Desenvolvimento
3 Séries 3 Séries
12 repetições 8 repetições
2 minutos de intervalo 2 minutos de intervalo

1) Supino sentado 2) Leg press 3) Lateral pulldown


4) Cadeira extensora 5) Remada sentado
6) Desenvolvimento
Conclusões do Estudo

A sessão que combina exercício resistido


antes do exercício aeróbio, apresenta um
gasto energético maior e utilização de gordura
durante o exercício aeróbio.
Qual a melhor intensidade
do Exercício Físico para uma
maior metabolização de lipídios?
A intensidade do exercício para a máxima
metabolização de gordura em homens e mulheres
(obesos) foi em 42% e 43% do VO2máx,
respectivamente.
Como monitorar a intensidade
do Exercício Físico?
6
7 Extremamente fácil
8 Escala de
9 Muito fácil
10 Borg
11 Fácil
12
13 Um pouco difícil
14
15 Difícil
Monitorar a
intensidade do
16
exercício por meio da
17 Muito difícil
percepção subjetiva do
18
esforço
19 Extremamente difícil
20
Classificação da intensidade do exercício
Intensidade Relativa
Intensidade %VO2máxR/FCres %FCmáx PE

Muito leve <20 <50 <10


Leve 20-39 50-63 10-11
Moderada 40-59 64-76 12-13
Pesada 60-84 77-93 14-16
Muito pesada ≥85 ≥94 17-19
Máxima 100 100 20

Adaptado de Kesaniemi et al., 2001


Determinação da Intensidade

Protocolo de Balke Modificado (Ideal para obesos)

VO2máx(mets)
Velocidade constante = 4,5com
(5,5 km/h) + (0,4 x 10)
incrementos iguais de
inclinação (1% ) a cada 1 minuto.
VO2máx(mets) = 4,5+ (4,0)
VO2máx(mets) = 4,5 + (0,4 x inclinação)
VO2máx(mets) = 8,5

VO2máx = 8,5 x 3,5

VO2máx = 29,75
Balke, B.; Ware, R., 1959
Nível de aptidão física do American Heart
Association para mulheres VO2max ml/kg/-1min-1
Faixa Muito
Fraca Regular Boa Excelente
etária fraca

20-29 < 24 24-30 31-37 38-48 > 49

30-39 < 20 20-27 28-33 34-44 > 45

40-49 < 17 17-23 24-30 31-41 > 42

50-59 < 15 15-20 21-27 28-37 > 38

60-69 < 13 13-17 18-23 24-34 > 35


ACSM, 2000
Nível de aptidão física do American Heart
Association para homens VO2max ml/kg/-1min-1
Faixa Muito
Fraca Regular Boa Excelente
etária fraca

20-29 < 25 25-33 34-42 43-52 > 53

30-39 < 23 23-30 31-38 39-48 > 49

40-49 < 20 20-26 27-35 36-44 > 45

50-59 < 18 18-24 25-33 34-42 > 43

60-69 < 16 16-22 31-40 > 41


ACSM, 2000
Como emagrecer?

Metabolismo
de AGLs

Kcal do
 TMB
Exercício

 EPOC
Balanço Energético
Gasto Energético, kcal/kg-1/min-1

Percentual do VO2máx

glicogênio muscular AGL plasmático

triglicerídeos muscular glicose plasmática


A revisão da literatura aponta que o VOLUME do TF
tem maior impacto sobre o gasto energético
DURANTE o exercício.
Como emagrecer?

Metabolismo
de AGLs

Kcal do
 TMB
Exercício

 EPOC
O que é o EPOC?

Metabolismo elevado e prolongado pós-exercício

Influência no balanço energético e controle de


peso
A intensidade parece ser o maior
determinante do EPOC
Fatores que Influenciam o
EPOC
Intensidade Duração

Magnitude Duração
do EPOC do EPOC
A magnitude do EPOC após o exercício aeróbio é claramente
dependente da intensidade e duração do exercício

Parece que uma intensidade acima de 50 a 60% do VO2max é


necessária para induzir um EPOC por várias horas.

A somatória de treinos pode produzir longos períodos de EPOC


durante a semana levando a um gasto calórico considerável.
Como emagrecer?

Metabolismo
de AGLs

Kcal do
 TMB
Exercício

 EPOC
Taxa de Metabolismo Basal é a quantidade mínima de
energia (calorias) necessária para manter as funções vitais
do organismo em repouso (McARDLE e col., 1992 ).
Aumento das
atividades
díárias

Aumento Aumento
Treinamento Aumento
Massa Gasto
de Força TMB
muscular Calórico

Aumento da
Oxidação de
Gorduras
Comparação de treinamento de endurance,
pesos e combinados (gc–mm–tmb)
Doelezal and potteiger. Journal of applied physiology, 2001

• Homens adultos 18-24 anos


• 3x semana – 10 semanas

1. ENDURANCE (65-85% FCmáx);

2. FORÇA (3 sets-10/15RM) 1 ª - 2 ª semana


(3 sets 10-12; 8-10; 4-8RM) 3 ª - 10 ª semanas

3. COMBINADO endurance + força


Resultados

Gordura Corporal (Kg) Massa Magra (Kg)


11,9
11,1
12 67,3 66,9
8,8 9,4 68
10 67
6,8 6,5 65,2
8 66 65 64,6
6 65 63,7
64
4
63
2 62
0 61
Força Endurance Combo Força Endurance Combo
Pré Pós 12s Pré Pós 12s
Resultados

Taxa Metabólica Basal (kcal/dia) Diferença na TMB (Kcal/dia)

1932
1950
1900 1853
150 114
1850 1818
1780 83
1800 100
1750 1727
1679 50
1700 -48
1650
0
1600 Força Endurance Combo
Endurance
1550 -50
Força Endurance Combo
Pré Pós 12s
Resultados

O treino combinado parece predominar na redução da adiposidade


e manutenção da massa magra.

A Taxa Metabólica Basal apresentou incremento nos grupos de


força e combinado, mas sem impacto nos valores de adiposidade.
Falsa Magra
Amostra
Mulheres adultas entre 30 e 45 anos [39,71 ± 3,8] / n=14;
IMC 18,5 a 24,9 Kg/m2 [22,65 ± 1,56]
Não Fumantes;
Saudáveis;
Treinamento (Estações do Circuito)
1-Meio Agachamento na Barra Guiada
2-Puxador Frente Aberto
3-Supino Reto na Barra Guiada
4-Leg Press 45
5-Remada Unilateral com Halteres
6-Supino Inclinado com Halteres 2x
7-Mesa Flexora
8-Remada Alta com Barra
9-Reto Abdominal no Puxador
Treinamento
Intensidade:
• Não se trabalhou com % de 1RM;

• Peso para 8 a 12 repetições máximas, com ajuste volta a volta;

• Estímulo verbal para realização do máximo de repetições possível.

Aquecimento: 15 a 20 repetições sub-máximas e pesos leves

Séries: 1

Repetições: de 8 a 12 máximas

Duração de cada repetição: 3 s (1,5 conc. + 1,5 exc.)

Intervalo de descanso entre os aparelhos e voltas: 1 min

Número de voltas no circuito: 2

Número de sessões/semana: 3
• Massa corporal sem diferenças
Pré • Massa gorda-redução de 4,09 kg Pós
• Massa magra-ganho de 3,2 kg
57,848
56,955

Teste T pareado: α= 0,05; p>0,05


*

21,911

17,824

Teste T pareado: α= 0,05; p= 0,02134


* diferença significativa entre as amostras
*

39,130

35,937

Teste T pareado: α= 0,05; p= 0,00060


* diferença significativa entre as amostras
Exemplo de Montagem de Treinamento
para Obeso

1-Agachamento na Barra Guiada

2-Puxador Frente Aberto

3-Supino Reto na Barra Guiada

4-Leg Press 45


5-Remada Unilateral com Halteres

6-Supino Inclinado com Halteres

7-Mesa Flexora

8-Remada Alta com Barra


9-Reto Abdominal no Puxador
Fase Semana Micro %1RM Séries x rep Inter Sistema
1 INC 40 2 x 20 1' Circuito
2 ORD 45 2 x 20 1' Circuito
3 ORD 45 2 x 20 1' Circuito
4 REC 40 1 x 20 1' Circuito
Exercício Aeróbio
5 ORD procedendo
45 2 x 20 o Exercício
1' Circuito
Resistido –6 15 aORD 20 min.
50 50% do VO2max
2 x 15 1' Circuito
7 CHO 50 3 x 15 1' Circuito
ou abaixo do limiar Anaeróbio.
Básica 8 REC 45 1 x 15 1' Circuito
Resistencia 9 ORD 50 2 x 15 1' Circuito
10 ORD 55 2 x 15 1' Circuito
11 CHO 55 3 x 15 1' Circuito
12 REC 50 1 x 15 1' Circuito
13 ORD 55 2 x 15 1' Circuito
14 ORD 55 2 x 15 1' Circuito
15 CHO 55 3 x 15 1' Circuito
16 REC 50 1 x 15 1' Circuito
Como controlar o gasto enérgico?
Cálculo do Gasto Calórico da Sessão de Treino
Caminhada/Corrida
Passo 1: determinação da intensidade do exercício em METs e
cálculo do VO2 de trabalho (VO2t)

Caminhada/Corrida

Caminhada:
METs = Velocidade (km/h) – 1
Ex. 5km/h = 4 METs

Corrida:
METs = Vel
Ex. 10km/h = 10 METs
Cálculo do VO2 de trabalho (VO2t)

Caminhada: Corrida:
METs = Velocidade (km/h) – 1 METs = Vel
Ex. 5km/h = 4 METs Ex. 10km/h = 10 METs

VO2t (ml/kg minuto) = METs x 3,5

VO2t (ml/kg minuto) = 10 x 3,5

VO2t = 35 ml/kg minuto


Cálculo do Gasto Calórico da Sessão de Treino

Passo 2: determinação do gasto energético por minuto

1 Litro de O2 5KCal

GC (KCal/min) = VO2t x peso x 5


1000
Cálculo do Gasto Calórico da Sessão de Treino

Passo 3: cálculo da sessão

GC (KCal) = KCal/min x tempo (min)


Exemplo - Cálculo do Gasto Calórico

Aluno: Mario Campo Objetivo: Metabolização de Gordura


Idade: 36 anos Treino: Caminhada 5,5 Km/h – METs: 4,5
Peso: 90 kg Tempo: 40 minutos

Passo 1: determinação da intensidade


VO2t (ml/kg do exercício
minuto) = METs x 3,5 em METs e
cálculo do VO2 de trabalho (VO2t)

VO2t (ml/kg minuto) = 4,5 x 3,5

VO2t = 15,75 ml/kg minuto


Exemplo - Cálculo do Gasto Calórico
Aluno: Mario Campo Objetivo: Metabolização de Gordura
Idade: 36 anos Treino: Caminhada 5,5 Km/h – METs: 4,5
Peso: 90 kg Tempo: 40 minutos

Passo 2: determinação do =
GC (KCal/min) gasto
VO2tenergético
x peso x por
5 minuto
1000
1 Litro de O2 5KCal
GC (KCal/min) = 15,75 x 90 x 5
1000

GC (KCal/min) = 7.087,5
1000

GC = 7,0875 Kcal/min
Cálculo do Gasto Calórico da Sessão de Treino
Aluno: Mario Campo Objetivo: Metabolização de Gordura
Idade: 36 anos Treino: Caminhada 5,5 Km/h – METs: 4,5
Peso: 90 kg Tempo: 40 minutos

GC (KCal)
Passo=3:KCal/min
cálculo dax sessão
tempo (min)

GC (KCal) = 7,0875 x 40 (min)

GC = 283,5 KCal
Cálculo do Gasto Calórico da Sessão de Treino
Natação

Velocidade (m/min) = (METs - 0,1437)/0,1558

METs Velocidade (m/min) 25m (segundos) VO2 KCal/min


4 24,8 61 14,0 5,2
5 31,2 48 17,5 6,5
6 37,6 40 21,0 7,8
7 44,0 34 24,5 9,1
8 50,4 30 28,0 10,4
9 56,8 26 31,5 11,7
10 63,3 24 35,0 13,0
11 69,7 22 38,5 14,2
12 76,1 20 42,0 15,5
13 82,5 18 45,5 16,8
14 88,9 17 49,0 18,1
15 95,4 16 52,5 19,4
16 101,8 15 56,0 20,7
17 108,2 14 59,5 22,0
Cálculo do Gasto Calórico da Sessão de Treino
Aluno: Mario Campo
Idade: 36 anos
Peso: 90 kg
Tempo: 45 min.

GC (Kcal/min) = METs x 3,5 x Peso x 5 x 0,001

GC (Kcal/min) = 7 x 3,5 x 90 x 5 x 0,001

GC (Kcal/min) = 7 x 3,5 x 90 x 5 x 0,001

GC = 11,05 Kcal/min
Cálculo do Gasto Calórico Total de Treino
Aluno: Mario Campo
Idade: 36 anos
Peso: 90 kg
Tempo: 45 min.

Gasto Calórico Total = Tem. Gasto min x Kcal/min

Gasto Calórico Total = 45 x 11,05

Gasto Calórico Total = 496,125


Cálculo do Gasto Calórico da Sessão de Treino
KCal/rep
%1RM Homens Mulheres
100 1,00 0,70 Homens
95 0,95 0,67
90 0,90 0,63
85 0,85 0,60
80 0,80Gasto0,56
Calórico = % 1RM x nº rep.
75 0,75 0,53
70 0,70 0,49
65 0,65 3 x 20 = 50
0,46 Calórico=
Gasto 60 x 460
60 0,60 600,42
x 8 = 460 rep. Total de treino
55 0,55 0,39
50 0,50 0,35
45 0,45 0,32 GC= 2.3000 Kcal
40 0,40 0,28
35 0,35 0,24
30 0,30 0,21
Cálculo do Gasto Calórico da Sessão de Treino
KCal/rep
%1RM Homens Mulheres Mulheres
100 1,00 0,70
95 0,95 0,67
90 0,90 0,63
GC = (% 1RM x nº rep x 0,7)/100
85 0,85 0,60
80 0,80 0,56
75 0,75 0,53
70 0,70 GC=
0,49 (50 x 460 x 0,7)/100
65 0,65 0,46
60 0,60 0,42
55 0,55 0,39 GC= 16100/100
50 0,50 0,35
45 0,45 0,32
40 0,40 0,28
35 0,35 0,24 GC= 161 Kcal
30 0,30 0,21
nataliasantanielo@gmail.com

Você também pode gostar