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Sala: 15
Período: Tarde
Tópico:
Resumo e uma a análise socio-histórica da obra “ O Ministro “.
Perfil do autor:
Em consequência desta postura ideológica, foi preso, em 1959, pela polícia política do
Estado colonial-fascista (PIDE/DGS), acusado de participar em actividades políticas
revolucionárias, consideradas subversivas e atentatórias à integridade do regime colonial
português.
Cumpriu parte desta pena de prisão, no período entre 1962 e 1970, no campo de
concentração do Tarrafal, em Cabo Verde. Colaborou na página cultural do jornal A
Província de Angola, página de feição nacionalista.
Interessou-se pela arte da escrita em finais da década de 60, e nos anos 70, ainda na prisão,
dedicou-se a escrever, embora a sua obra incida numa experiência vivencial de épocas
anteriores, em especial das décadas de 40 e 50.
Uanhenga Xitu é um dos membros fundadores da União de Escritores Angolanos (UEA),
da qual foi Presidente da Comissão Directiva. Escritor prestigiado em Angola e no
estrangeiro, as suas obras encontram-se traduzidas em várias línguas.
“O ministro”, obra com uma forte componente de crítica política e social, essa obra literária
vem critica desvios políticos, económicos no MPLA e no Estado nos primeiros anos da
independência de Angola, o Ministro é uma obra da literatura angolana do período pós
independente, que descreve factos vividos, outros frutos da imaginação do autor, e vividos
por outras pessoas, sobre alguns factos que ocorreram nos anos 70 e 80 fazendo críticas
sociopolíticas subtis. «Há momento em que o narrador intervém, portanto produz-se ai a
ficção, mas há dum momento ao outro a intromissão do próprio autor, como ministro,
“governante” a dizer aquilo que tinha realmente acontecido citando inclusive textos
governamentais», disse o investigar acrescentando por outro lado ter “caçado” «ponto a
ponto estes textos para confirmar se o que diz Uahenga Xitu como autor pode ser
comprovado.
Unhenga Xitu trouxe à luz que um povo colonizado queria apenas libertadade a
todo custo, não importava à que preço, ideologia que teriam que abraçar ainda que ferisse
sua cultura e ou religião
O autor destaca ainda o medo da feitiçaria ou envenenamento pela magia megra que
alguns dirigentes sentiam, quando eram nomeados a ocupar cargos de responsabilidades,
rejeitavam o convite que o povo de sua região fazia para que os visitassem a fim de matar
saudades e receber bençãos tradicionais. Alguns dirigentes aceitavam o convite e outros
não, visto que, já estavam desenraizados do meio, perdidos ao ponto de sentirem vergonha
de falar a língua da região, e por outro lado óbiviamente por medo de serem enfeitiçados
O racismo também é apontado pelo autor como um problema social que afectou
Angola no período pós independência, sendo como heranças do processo de colonização e
escravatura ou como circunstância de um processo histórico, esses fenomeno para Unhanga
Xitu, não era apenas estético, adaptou-se às circunstâncias, ao meio, aos fins políticos,
económicos e socias, deixanto à tona ressentimentos seculares entre pretos e mulatos de um
lado e entre brancos e pretos. Na narrativa Uahenga Xitu critica a forma como se tratavam
os brancos em Angola após o alcance da independência, a 11 de Novembro de 1975.
Sector da saúde - debilitado, sem quadros, visto que, muitos médicos, enfermeiros e
técnicos estrangeiros e angolanos haviam deixado o país e alguns que ficaram, deixados
pelo governo de transição não eram simpatizantes do partido no poder. Esse cenário
reflectia o óbvio - problemas no sector da saúde.