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Puberdade Precoce
Puberdade Precoce
PUBERDADE FISIOLÓGICA
PUBERDADE PRECOCE
DIAGNÓSTICO
Avaliação clínica
Na avaliação dos pacientes com distúrbios puberais deve-se atentar para
diferenciar as condições benignas daquelas causadas por doenças, como os
tumores.
Pacientes com as características a seguir devem ser avaliados para afastar
um possível distúrbio puberal:
1. Aparecimento precoce e/ou evolução acelerada dos caracteres
sexuais secundários;
2. Sinais clínicos de virilização;
3. Estatura acima do padrão genético familiar;
4. Velocidade de crescimento acima do esperado para o sexo e
idade.
Deve-se investigar a história clínica, como as condições de nascimento,
antecedentes perinatais de infecções, uso de medicamentos e uso prévio
de hormônios, antecedentes de doença neurológica, ritmo de evolução e
idade do aparecimento dos caracteres sexuais, dados anteriores de
crescimento, além da história familiar puberal, como a menarca
materna e o período da mudança de voz paterna.
O exame físico deve incluir os dados de estatura e peso, o estadiamento
puberal, de acordo com a classificação de Tanner, verificando se há
caracteres heterossexuais associados, além do exame neurológico.
No momento do exame físico das meninas, é importante investigar possíveis
alterações decorrentes do estrogênio e dos androgênios.
Avaliação laboratorial
O diagnóstico é basicamente clínico, no entanto, a dosagem das
gonadotrofinas é importante para classificar a puberdade precoce, uma
vez que o tratamento varia entre a PP central e periférica.
Deve-se realizar a dosagem de FSH e LH (para avaliar ativação do eixo),
além dos esteroides sexuais (estradiol e testosterona) e adrenais (DHEA e
SDHEA).
Se houver dúvida se há ou não participação do eixo, deve-se realizar o teste
de estímulo com GnRH ou um análogo do GnRH para posterior dosagem das
gonadotrofinas.
Se a dosagem de LH basal for > 0,6 U/L, há ativação comprovada do
eixo HHG.
Se o LH for normal, deve-se realizar um teste de estímulo com GnRH
(administrar 100mcg, EV), com nova dosagem do LH em 15, 30, 45 e 60
minutos após a administração.
Se o pico de LH for > 9,6 U/L em meninos ou > 6,9 U/L em meninas, há
evidência de ativação do eixo.
Caso o estímulo seja feito com um análogo do GnRH, a dosagem posterior de
LH deve ser feita em 30 e 120 minutos: se LH > 10 U/L, há ativação do eixo.
TRATAMENTO