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Câncer de Colo Uterino

Introdução

 Terceiro mais frequente - atrás do de mama e colorretal –


excetuando-se os de pele não melanoma.
 4° causa de óbito por câncer no Brasil.
 Problema de saúde pública.
 Idade mediana de diagnóstico: 40 – 59 anos (lenta evolução das formas
pré-neoplásicas).

Fatores de Risco

 Infecção persistente pelo HPV – causa necessária.

HPV 16 e 18 (alto grau oncogênico) – transmissão via sexual, outros tipos: 31,
33, 35, 45 ,52 e 58.

HPV = IST mais comum – 20 a 40% dos jovens sexualmente ativos.

 Múltiplos parceiros
 Parceiro exposto
 1° relação precoce
 Outras ISTs
 Imunossupressão (má resposta imune ao vírus, maior progressão)
 Multiparidade
 Tabagismo
 Baixo nível socioeconômico
 Gestação precoce
 Uso de ACO
 Radiaçao ionizante

Prevenção

 Vacinação é a melhor forma de prevenção.


A- Meninas 9-14 anos – esquema de 2 doses, intervalo de 6 meses
B- Meninos 11-14 anos – esquema de 2 doses, intervalo de 6 meses
 Dectecção precoce e tratamento de lesões precursoras – screenig:
citologia oncótica (Papanicolaou) – proteção de 90%.
 Lesões precursoras: Lesão intraepitelial de alto grau (NICII e NICIII-
carcinoma invasivo) e Adenocarcinoma in situ (AIS)
 NIC I subclínico – TTO expectante.
 NIC I clínico ou persistente - TTO químico ATA, 5-FU; TTO físico
bisturi, laser, CAF, crioterapia, eletrocoagulação.
 NIC II e III – sempre tratar – CAF, LASER, Bisturi, crio,
eletrocoagulação.
 Rastreamento
1. Iniciar aos 25 anos, em mulheres que já tem tiveram ou têm
atividade sexual.
2. Se dois exames anuais negativos, fazer a cada 3 anos.
3. Limite de idade 64 anos.

Fisiopatologia

Tipos histológicos

 Carcinoma Epidermoide (70 a 80%) (carcinoma de células escamosas ou


espinocelular)
 Adenocarcinoma (10 a 20%).

Quadro clínico

 Início assintomático, sintomas apenas tardiamente.


 Sinosorragia, sangramento espontâneo intermitente, corrimento com
odor fétido.
 Tumor avançado: disúria, polaciúria, incontinência urinária, entorragia,
tenesmo, dores lombares, edema de membros inferiores (sinais
compressivos).
 A principal disseminação do tumor é por contiguidade.
Diagnóstico

 Colcoscopia + biópsia.
 Área vegentante sagrante friável, lesões ulceradas sugestivas de tumor
devem ser biopsadas.
 Diagnóstico diferencial: ectopia (eversão do epitélio glandular-condição
benigna), já que é a principal causa de sinorragia.
Estadiamento

 Clínico – toque retal – observa se houve acomentimento de paramétrio.


 RM – mais acurado que o TR
 Estágios

I-tumor restrito ao colo.

A-Tumores microinvasores

IA1 – até 3 mm de invasão de membrana basal

IA2 – 3 a 5 mm de invasão e 7 mm de extensão horizontal.

B-Tumores macroscópicos

IB1 - <2cm

IB2 - ≥2 e < 4 cm

IB3 - ≥ 4 cm.
IIA – 2/3 superiores da vagina

IIA1 - < 4 cm

IIA2 - ≥ 4 cm

IIB – Paramértricos (não alcança o osso


ilíaco, não compromete ureter)

IIIA – 1/3 inferior da vagina

IIIB – paramétricos até a parede pélvica


ou comprimi ureter, gerando hidronefrose
ou rim não funcionante.

IIIC- LFN pélvicos e paraórticos

IVA – bexiga ou reto


IVB – metástases a distância

Tratamento

 PIVER I – histerectomia (preserva anexos) – IA1

*Em caso de mulher sem prole, pode ser feita conização. Com prole
recomenda-se histerectomia.
 PIVER II –histerectomia + parametrectomia bilateral (limita-se aos
cruzamentos com ureteres) + terço superior de vagina + lifadenectomia
pélvica - IA2 (alguns serviços indicam PIVER III).
 PIVER III-histerectomia + parametrectomia total + terço superior de
vagina + linfadenectomia – IB1 e IB2 (também chamada de histerectomia
radical).

 Sinônimo de PIVER III = Wertheim-Meigs


 IB3 – tumores grandes – recomendado radioterapia e quimioterapia
(radiossessibilizante).

 IIAI – PIVER III


 IIA2 – tumores grandes – recomendado radioterapia e quimioterapia.

 Pacientes com sangramentos importantes – tamponamento.

 Paciente sem condições cirúrgicas – RT e QT.

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