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MARKETING DIGITAL

Leandro Fabris Lugoboni


SUMÁRIO

1 MARKETING E MÍDIAS DIGITAIS............................................................... 3


2 MARCAS E CONSUMO DIGITAL .............................................................. 16
3 PLANEJAMENTO DE MARKETING DIGITAL ............................................. 27
4 REDES SOCIAIS DIGITAIS ........................................................................ 39
5 MARKETING DE CONTEÚDO .................................................................. 51
6 FERRAMENTAS DE MARKETING ............................................................. 63

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1 MARKETING E MÍDIAS SOCIAIS

Neste bloco, entenderemos os conceitos fundamentais de marketing digital e as


estruturas das mídias sociais. Assim como refletiremos sobre:

• O CONCEITO DE MARKETING E MÍDIAS DIGITAIS;


• PLATAFORMAS;
• CULTURA DIGITAL E CONSUMO;
• PILARES DO E-COMMERCE;
• ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL.

Antes de darmos início a discussão, precisamos definir o que é marketing digital.

São muitas as definições sobre marketing digital, entretanto, aqui evidenciaremos


apenas algumas, a fim de darmos um panorama sobre o tema.

Muitos autores definem marketing digital como um modo de pensar ações


estratégicas de marketing por meio de recursos digitais, podendo ser representadas
pela Internet. No entanto, o conceito de marketing é muito mais amplo que o de
marketing digital, não se trata apenas de comercial ou propaganda, como algumas
empresas compreendem o marketing.

Durante a Revolução Industrial, as atividades de marketing concentravam-se em


controlar os processos de troca. Enquanto na esfera on-line, as definições de consumo
são designadas pelos clientes, da mesma forma como eles são os responsáveis por
definir a melhor oferta e o melhor preço que estão dispostos a pagar por um produto
ou serviço.

Atualmente, os clientes estão cada vez mais exigentes e com o tempo ainda mais
escasso, agravando, assim, não só a concorrência pelo melhor preço e serviço, mas
também por produtos e serviços mais rápidos e melhores. Desta maneira, o velho
formato de troca e aquelas obsoletas estratégias de marketing, que visavam os 4 p’s,
não são mais tão eficazes, uma vez que o esperado do marketing na era digital é a

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realização das necessidades presentes e futuras dos clientes, da forma mais rápida,
personalizada e eficiente possível.

Dessa maneira, não podemos deixar de afirmar que uma empresa que pensa em
marketing digital hoje, está valorizando, sobretudo, o cliente, sua satisfação é apenas
uma parte de todo o “espaço de mercado” que surge com a era digital.

1.1 Mídias Sociais

Muitas pessoas confundem mídias sociais com redes sociais, entretanto, elas não são a
mesma coisa, pois mesmo utilizadas de forma indistintas, a primeira é uma categoria
da última.

Existem diversos tipos de redes sociais, por exemplo: sabe aquele grupo de amigos que
você participa? Podemos definir isso como uma rede social, pois qualquer estrutura
composta por seres vivos, que possuem uma relação social em comum, é considerada
uma rede social, por isso, o trabalho, a universidade e qualquer outro lugar, no qual
você compartilhe valores e objetivos como outras pessoas, são redes sociais. Dessa
forma, podemos dizer que redes sociais existem desde o início da civilização, logo,
compreender o que é uma rede social é fundamental para entendermos melhor todo o
contexto em que o marketing digital está inserido.

Com a Internet, as redes sociais se transferiram para lugares específicos, nos quais as
pessoas se relacionam, denominadas mídias sociais, estas sim estão ligadas às
comunidades criadas na Internet para que os usuários possam se relacionar de
maneira virtual. As mídias tradicionais são conhecidas, por exemplo, como televisão,
revista, jornal e rádio. Já quando queremos dar exemplos de mídias sociais, falamos
em Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn, etc, também denominadas “redes sociais
on-line”. Olhando por esse prisma, não está totalmente errado dizer “redes sociais”,
uma vez que, as mídias sociais são uma ramificação das redes sociais, que seguiram
para a Internet. Portanto, toda mídia social é uma rede social, mas nem toda rede
social é, necessariamente, uma mídia social.

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É fundamental entendermos quais são os tipos de redes sociais on-line, uma vez que
para o marketing digital é necessário saber onde as pessoas estão agrupadas. Por um
lado, o Facebook, por exemplo, é uma rede social on-line de relacionamento destinada
a conectar pessoas pelo mundo. Por outro lado, o YouTube não tem a finalidade de
conectar pessoas, mas tem como objetivo oferecer entretenimento por meio de vídeos
on demand para seus usuários. Assim, podemos identificar 4 tipos de redes sociais:

• Relacionamentos;
• Entretenimento;
• Profissional;
• Nicho;

As redes sociais destinadas ao relacionamento são redes com um grande número de


usuários ativos, por exemplo, WhatsApp, Messeger, Facebook, Tinder, etc. Seu
principal objetivo é permitir que seus usuários mantenham amizades on-line com
pessoas que elas conhecem pessoalmente e também na esfera digital.

Já as redes sociais de entretenimento são facilmente confundidas com as de


relacionamento, pois esse tipo de rede é um agregador de conteúdo alimentado pelos
próprios usuários produtores. Faz parte dessa categoria o YouTube, o Spootfy, a
Deezer, etc. Elas dependem da produção de conteúdo dos próprios usuários para
funcionar.

As redes sociais profissionais são redes que têm o intuito de promover o usuário no
mundo profissional, com o objetivo de estimular novos relacionamento no meio
corporativo, criando novas conexões ou a busca por novas oportunidades, o LinkedIn é
o melhor exemplo desse tipo de rede social, pois é uma mídia social que permite criar
sua própria rede de relacionamento coorporativo. Enquanto o BeBee é uma mídia
social com o mesmo intuito, porém mais nova, criada em 2015, ela promete crescer
muito e tornar-se conhecida entre os recrutadores das empresas.

Não podemos deixar de salientar que as redes sociais de relacionamento podem se


transformar em redes sociais profissionais. Diversos profissionais estão utilizando, por

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exemplo, a plataforma do Instagram para divulgar seus talentos com o objetivo de
fazer sua rede de contatos e alavancar seus empreendimentos.

Por fim, temos as redes sociais de nicho, que apresentam como principal objetivo e
diferencial permitir aos seus usuários fazer uso de uma linguagem totalmente
específica. Nesse segmento temos, por exemplo, diversos fóruns direcionados a
assuntos específicos, como o Rededit. Esse formato busca auxiliar um público-alvo na
abordagem de assuntos em comum entre os usuários.

1.2 Plataformas

Facebook

É considerada uma das maiores redes sociais do mundo, atingindo a marca de 2


bilhões de usuários em junho de 2017. Criada em 2004 pelo seu CEO Mark Zuckerberg,
incialmente chamada de Facemash, o Facebook surgiu dentro da rede de
computadores de Harvard. Trata-se de uma rede social com o intuito de conectar
pessoas, porém, após sofrer inúmeras atualizações, tornou-se uma mídia social
versátil, apta tanto para relacionamento pessoal quanto para o comércio eletrônico.

Messenger

Uma ferramenta integrada ao Facebook, denominada por muitos de “inbox”. Antes era
utilizada apenas dentro do navegador e no site do Facebook, entretanto, em 2015 ela
se tornou um aplicativo que funciona de forma independente. Dessa forma, hoje é
classificada como uma rede social.

Twitter

É uma rede social de 140 caracteres, que em 2017 dobrou o seu número de dígitos
disponíveis para postagens. Criada em 2006, era denominada, inicialmente, como
“Status”, hoje ultrapassa 328 milhões de usuários. Atualmente, o Twitter está
perdendo usuários, porém não deixa de ser uma das principais redes sociais do

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mundo. As empresas utilizam o Twitter para ter uma relação mais próxima com os seus
clientes, devido ao seu dinamismo e agilidade.

WhatsApp

Aplicativo mobile presente no aparelho celular de diversos brasileiros, utilizado tanto


por pessoas físicas como jurídicas. Algumas empresas o utiliza como uma espécie de
SAC, além de como fonte de pedidos para deliverys. É muito comum ver negócios
locais, como pizzarias, cabelereiros, bares, entre outros, usarem essa ferramenta.
Criada em 2009, sua utilização cresce cada vez mais, já são mais de 10 bilhões de
mensagens trocadas por dia, as quais apresentam uma segurança quase que
inquebrável. Comprado pelo Facebook em 2014, o WhatsApp possui uma variável, o
WhatsApp Business.

WhatsApp Business

O WhatsApp Business, ou empresarial, variação do WhatsApp, foi feito e pensado para


que pequenas empresas pudessem estabelecer uma comunicação melhor com os seus
clientes, no entanto, a ferramenta não possui uma interface para clientes. Seu
diferencial é, justamente, proporcionar as empresas uma conta verificada como tal,
além de possuir recursos de administração, respostas automáticas para perguntas pré-
selecionadas, entre outros recursos.

LinkedIn

Rede Social destinada ao aumento do networking ou à procura por uma nova


colocação no mercado de trabalho. Atualmente milhões de empresas possuem
cadastro em uma page company. O Linkedin é frequentado pelos melhores
profissionais, de inúmeras áreas diferentes, e por recrutadores de empresas. Trata-se
de uma rede fundamental para profissionais de todos os campos de atuação.

YouTube

Por se tratar da maior rede social de entretenimento do mundo, seu surgimento é


considerado revolucionário, hoje são consumidos mais de 1 bilhão de horas de vídeos

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todos os dias. Criada em 2005, foi adquirida pela Google em 2006. O YouTube é a rede
social que possui os maiores criadores de conteúdo do mundo, é fonte dos mais
variados tipos de negócios e, atualmente, demonstra cada vez mais preocupação com
as produções agregadas em seus servidores.

Instagram

Inicialmente o Instagram era disponibilizado apenas para a plataforma IOS, chegou a


ser considerada uma mídia social de nicho, entretanto, devido a sua popularização se
expandiu. Hoje podemos considerá-la uma rede social híbrida, que mescla
relacionamento, entretenimento e profissional. Criada por um americano e um
brasileiro, foi comprada pelo Facebook recentemente. Além de disponibilizar aos seus
usuários a criação de um perfil pessoal para a postagem de fotos e vídeos, também é
possível criar uma página corporativa para negócios e empreendimentos.

Abaixo, seguem alguns dados, em ordem decrescente, de acessos das 5 maiores


plataformas sociais:

5º Instagram

Usuários ativos: 800 milhões mensalmente.

Surgimento da mídia social: 6 de outubro de 2010.

CEO: Kevin Systrom.

4º Messenger

Usuários ativos: 1,3 bilhões mensalmente.

Surgimento da mídia social: 14 de dezembro de 2015.

CEO: David Marcus.

3º WhatsApp

Usuários ativos: 1,5 bilhões mensalmente.

Surgimento da mídia social: 4 de março de 2009.


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CEO: Jan Koun.

2º YouTube

Usuários ativos: 1,5 bilhões mensalmente.

Surgimento da mídia social: 14 de fevereiro de 2005.

CEO: Susan Wojcicki.

1º Facebook

Usuários ativos: 2 bilhões mensalmente.

Surgimento da mídia social: 4 de fevereiro de 2004.

CEO: Mark Zuckerberg.

Além dos dados apresentados, um detalhe que não pode ser desconsiderado é que
Mark Zuckenberg é o proprietário de quatro das cinco mídias sociais mais acessadas do
mundo.

1.3 Cultura digital e Consumo

Antecedentes culturais

Há dois séculos existiam apenas dois tipos de cultura, a cultura erudita, instalada pelas
classes sociais dominantes, e a cultura popular, produzida no seio das sociedades
dominadas. A partir dos novos meios de comunicação e dos novos modos de
reprodução de conteúdo (Tv, rádio, jornal, cinema), o advento da cultura de massa
concentrou dentro de si uma divisão entre essas duas culturas antes citadas, deixando
de existir a fronteira entre o erudito e o popular, permitindo, assim, um cruzamento
cultural entre as produções tradicionais e as produções modernas, bem como entre
aquilo que era produzido artesanalmente e aquilo que era produzido industrialmente.

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Cultura midiática

Com o advento do modo de vida on-line vivemos dois momentos relacionados a


cultura, o primeiro é o da cultura midiática. Diferente da cultura de massa, a cultura
midiática é produzida por poucas pessoas, mas consumida por muitas. Entretanto,
essas pessoas não possuem o poder de interferir ou interagir com os produtos
simbólicos que consomem, no caso da TV a cabo, por exemplo, adquirirmos inúmeros
canais com uma infinidade de programação, porém não temos nenhum tipo de
controle sobre a programação que nos oferecem.

Dessa maneira, a cultura das mídias inicia um momento no qual seus consumidores
podem escolher apenas entre produtos simbólicos diferentes. A cultura humana é
sempre somativa, ou seja, a transformação de uma mídia não significa o
desaparecimento de outra, o jornal impresso, por exemplo, não desapareceu por
causa do surgimento do jornal on-line, assim como a TV não deixou de ser consumida
devido a invenção dos serviços de streaming. Portanto, a cultura das mídias promoveu
a fusão entre os meios de comunicação; a sua eficácia se revela por meio da
aceleração do tráfego de informações, das trocas e da diversidade na forma de
consumo.

Cultura digital

O segundo momento trata-se da introdução do computador. A relação receptiva de


sentido único com o televisor foi substituída pelo modo interativo e de produção
própria de conteúdo proporcionada pelo computador. A partir do momento que o
usuário foi aprendendo a interagir com as telas, seus hábitos de consumo passaram a
conviver com formas mais individuais de escolha. No entanto, como se não bastassem
as constantes mudanças e a reorganização do cenário cultural, o advento da cultura
das mídias e a era digital surgem para sofisticar ainda mais a vida em sociedade.

O digital promoveu a possibilidade de transformar toda informação – texto, som,


imagem, vídeo – em uma mesma linguagem universal, em uma linguagem multimídia.
A digitalização e o entendimento de dados, aceitam que as mídias sejam decifradas,
manipuladas, guardadas, repetidas e disseminadas digitalmente.
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1.4 E-commerce

Compreender a cultura digital e o seu modo de consumo é fundamental para o


marketing digital, principalmente para podermos, de alguma forma, “vender” no
mundo digital. Dessa forma, toda e qualquer tipo de venda na Internet, seja de
produtos ou de serviços, é chamada de e-commerce.

Para que um e-commerce seja possível, ele deve se desenvolver por meio de três
parâmetros, são eles, o Marketing, a Logística e o CRM (Costumer Relationship
Management), sendo o último diretamente relacionado ao consumo por meio de
estratégias tecnológicas, que operam na prospecção, na venda e no pós-venda do bem
ou do serviço oferecido pelo e-commerce. Estratégias de CRM podem estar
relacionadas a softwares, planilhas ou arquivos. O CRM trabalha com dados pessoais e
informações de costumes de consumo dos clientes, ou seja, “quanto compram?” “o
que mais compram?” . Um perfil do cliente é traçado e com esses dados é possível
idealizar estratégias de marketing eficientes capazes de alavancar as vendas do
negócio virtual.

O Marketing está relacionado às estratégias de marketing, trata-se do marketing


digital, o apoio a venda de produtos e serviços. Essas estratégias influenciam não só
em questões direcionadas aos clientes em si, como também em atitudes tomadas em
relação à Logística. É responsabilidade das estratégias decidir a distribuição e a
embalagem envolvidas no desenvolvimento do produto, bem como os indicadores de
venda e concorrência.

A Logística, por sua vez, está atribuída a toda a cadeia de valores e suprimentos do e-
commerce. Os suprimentos são tudo aquilo que envolve o processo de idealização do
produto, assim como o armazenamento, a fabricação e o consumo, ou seja, trata-se de
matéria prima e, por consequência, de fornecedores, distribuição, venda, até chegar
ao cliente. Enquanto os valores, estão relacionados às aspirações da empresa e, por
conseguinte, ao processo de produção do produto, logo, seu objetivo é fazer com que
o cliente perceba o diferencial do produto idealizado.
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O consumidor digital almeja de um e-commerce bom preço e qualidade no produto
disponibilizado. Além de buscar praticidade, dinamismo, logística eficiente e,
sobretudo, confiança e segurança nas suas compras. Informações como estas são
afirmadas pela pesquisa feita pela E-Commerce News, aplicada em 65 lojas virtuais,
cujo objetivo era entender se os varejistas conhecem os consumidores digitais e estão
atentos aos seus desejos. Como resultado, apontou-se que 42% dos varejistas
precisam melhorar suas taxas de conversão e 36% deles estão preocupados em saber
como desenvolver o perfil dos consumidores. A pesquisa também apontou que 69%
das empresas buscam uma logística mais eficiente.

1.5 Estratégias de Marketing Digital

Uma empresa que visa o êxito precisa investir em estratégias de marketing. Para tanto,
estar nas mídias sociais é fundamental para que ela seja reconhecida e vista pelos seus
clientes. O retorno do investimento é notável e o valor investido é relativamente baixo
em relação aos resultados obtidos, desde que sejam aplicadas as melhores estratégias.
Além disso, a Internet é um ambiente favorável a divulgação das ações da marca, bem
como para empresas que buscam engajamento e o aumento de tráfego das suas redes
sociais ou e-commerce. Um anúncio no Facebook, por exemplo, pode impactar,
especificamente, o usuário que a empresa almeja e existem diversas maneiras de fazer
isso. No entanto, é inútil montar estratégias para mídias sociais, se o conteúdo a ser
divulgado não é de qualidade, pois na Internet o conteúdo é fundamental.

Assim, temos diversas estratégias desenvolvidas, justamente, para isso, as quais


chamamos de marketing de conteúdo, cujo propósito é gerar conteúdo relevante para
atrair o consumidor, além de engajar possíveis clientes. Com um conteúdo de
qualidade, a divulgação torna-se orgânica, ou seja, o trabalho é transferido para o
consumidor, que o faz de forma espontânea e mais econômica. Leia a seguir,
instruções de como montar uma campanha de marketing de conteúdo.

O marketing de conteúdo necessita, primordialmente, de produção e distribuição. Sua


produção deve ser original e sua curadoria eficiente, uma vez que elas devem ser de
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interesse do público-alvo. Uma vez selecionado o conteúdo, a distribuição deve
ocorrer pelos canais utilizados por esse mesmo público. Dessa forma, seguem oito
passos para planejar e desenvolver uma campanha de conteúdo com resultados
eficazes.

1 – Elaboração de Metas: Desenvolver um objetivo para os conteúdos


desenvolvidos e correlaciona-los às metas almejadas;

2 – Discriminar o público: Essa distinção pode estar relacionada a região onde


vive, ao perfil demográfico ou psicográfico e aos aspectos comportamentais do
seu público;

3 – Desenvolvimento e planejamento do conteúdo: Nesta etapa deve-se definir


os formatos de divulgação, linguagens e narrativas, de acordo com o público;

4 – Criar o conteúdo: Originalidade e qualidade são fundamentais;

5 – Planejamento de distribuição: Observar quais são os melhores canais para


que o público consuma tal conteúdo;

6 – Amplificação do conteúdo: É fundamental desenvolver estratégias que


busquem demonstrar de que forma o conteúdo pode alcançar influenciadores
que o tornem mais relevante;

7- Avaliação: Monitorar o quanto as publicações de conteúdo estão alinhadas


com os objetivos da marca;

8 – Correções: Caso o conteúdo esteja em desacordo com as metas propostas,


será necessário tomar medidas corretivas de alinhamento, de acordo com as
reais metas.

Portanto, o marketing de conteúdo é muito eficiente quando desenvolvido com base


nas estratégias certas, ele é capaz de trazer aos clientes informações sobre os avanços
tecnológicos, além das facilidades que o mundo digital oferece. Um conteúdo bem

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produzido tem a capacidade de indicar aos consumidores sugestões sobre assuntos
relevantes, desenvolver uma forma de premiação e ajudar no engajamento.

Conclusão

Neste bloco, estudamos a definição de marketing digital, definido como um modo de


pensar ações estratégicas de marketing através de recursos digitais, podendo ser
representadas pela Internet. Compreendemos a diferença entre Redes sociais e Mídias
sociais e que, de certa forma, uma está correlacionada a outra. Também
estabelecemos alguns tipos de redes sociais e suas mídias denominadas:
relacionamento, entretenimento, profissional e nicho, assim como entendemos a
origem de algumas mídias sociais, como, o Facebook, o YouTube e o Instagram. Para
complementar, concluímos que para pensar digitalmente é fundamental entendermos
como ocorre o consumo digital e, de que forma, ele é capaz de transformar o
conteúdo para as mais diversas plataformas multimídias.

Após lermos sobre cultura digital, compreendemos que a Internet é um ambiente


muito propício para o comércio, porém o comportamento do consumidor on-line é
diferente do comportamento do consumidor físico, por isso para que ocorra um e-
commerce é necessário se atentar a três parâmetros: CRM, Logística e ações de
marketing. Por fim, tivemos contato com uma das ações de marketing digital mais
eficiente: o marketing de conteúdo.

REFERÊNCIAS

E-COMMERCE NEWS. Pesquisa revela o comportamento do novo consumidor no e-


commerce. E-Commerce News, 17 abr. 2018. Disponível em:
<https://ecommercenews.com.br/noticias/pesquisas-noticias/pesquisa-revela-o-
comportamento-do-novo-consumidor-no-e-commerce/ >. Acesso em: 22 ago. 2019.

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FERREIRA JUNIOR, A. B. Marketing digital: uma análise do mercado. Curitiba:
InterSaberes, 2015.

STRAUSS, J. E-Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.

TURCHI, S. R. Estratégia de marketing digital e e-commerce. Rio de Janeiro: Atlas,


2018.

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2 MARCAS E CONSUMO DIGITAL

No presente bloco, falaremos um pouco sobre o comportamento das marcas, e como


ocorre o ciclo de consumo no ambiente digital, portanto, os itens abordados neste
bloco serão:

• BRANDING DE PRODUTOS E SERVIÇOS;


• JORNADA E EXPERIÊNCIA DO CONSUMO;
• GOOGLE ADWORDS E ANALYTICS;
• MOBILE MARKETING;
• PLATAFORMAS DE BUSCA.

Definir o coração da marca é primordial para a estruturação de tudo que envolve o


branding, ou seja, ecossistemas, posicionamentos, estratégias de marketing, design,
ações publicitárias e a relação com os clientes e possíveis consumidores.

2.1 Branding

Definiremos Branding como uma estratégia fundamental para a valorização da marca,


e um importante diferencial dentro do mercado. Assim, Branding é a reflexão, na qual
se constrói a identidade ou a personalidade da marca, por meio de pesquisas e
posicionamento estratégico no mercado. Após a pesquisa elaborada, a marca é
idealizada através de uma identidade visual adequada a sua personalidade. Tal
identidade é formada a partir das necessidades e expectativas dos clientes em relação
ao posicionamento designado por ela.

O Branding pode ser considerado a evolução do marketing, aplicado a identidade


corporativa, pois o marketing é o responsável por determinar as ações e o
gerenciamento da marca, baseando-se sempre em pesquisas, enquanto o Branding vai
além, pois está ligado às relações de afeto entre marca e cliente.

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Para a construção de uma marca é necessário levar em consideração alguns pontos:

• Posicionamento

Trata-se de designar a essência da marca, sua concepção estratégica e o


desenvolvimento de diferencias relevantes, que são, realmente, percebidos pelos
consumidores. Um bom exemplo desse posicionamento é o da marca de relógios
SWATCH, totalmente voltado a itens chave como: moda, inovação, tecnologia e estilo
de vida.

• Gerenciamento da marca

Toda a comunicação da marca deve ser desenvolvida baseada na manutenção dos


valores ditados pelo seu posicionamento. A propaganda deve ter como objetivo
sustentar a identidade, mantendo os diferencias evidenciados em toda ação
publicitária.

• Valor da Marca (Brand Equity)

Trata-se de tudo àquilo que agrega valor à marca, sejam eles valores matérias ou
ideológico, que, de alguma forma, contribuem para a valorização e a sustentação dos
lucros da marca. Integra-se aos valores da marca, itens tangíveis, como, imóveis,
veículos, número de maquinários, número de funcionários, etc; já os itens intangíveis,
estão agregados ao brand equity - um valor percebido, que está intimamente
relacionada a decisão de compra, uma vez que a marca intervém na percepção das
qualidades do produto. Para a percepção dos valores intangíveis deve-se considerar
três principais fatores, são eles: os atributos, que estão relacionados à performance do
produto, ou seja, embalagem, acabamento, preço, etc.; os benefícios, relacionados às
necessidades atendidas pelos atributos; e as atitudes, que estão ligadas às crenças
sobre a marca.

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2.2 Jornada e Experiência de consumo digital

É evidente que, apesar da jornada de compra está se tornando cada vez mais
particular a cada indivíduo, ainda é possível estabelecer um padrão característico para
os consumidores em geral. De modo que a jornada de compra, pode ser classificada
por meio das seguintes etapas:

Etapa 1 – Consciência: Fase em que o potencial comprador toma conhecimento sobre


a marca/produto oferecido. Ao consumidor é oferecido um conteúdo útil, que atende
suas necessidades e/ou acalma seus anseios, gerando interesse pelo produto/marca.
Isso é feito a partir de conteúdos de qualidade, focados no público-alvo, por meio de
blogs, e-books, vídeos, infográficos, etc., são as chamadas “iscas digitais”.

Etapa 2 – Engajamento: Nesta fase, o possível comprador já se encontra mais próximo


ao produto/marca, passando a se interessar mais pelo que lhe é oferecido. Ela é
desenvolvida por meio de um conteúdo mais focado, como o envio de newsletters, por
exemplo, de modo a destacar quais assuntos mais geram interesse em cada
consumidor e, assim, segmentar sua base de Leads, o que possibilita o envio de
conteúdos mais específicos a cada consumidor, de acordo com o interesse
demonstrado pelos Leads. Além disso, é importante que o comprador perceba que
determinado produto/marca, oferece a solução ideal para seu problema e atende, com
perfeição, suas necessidades. Conteúdos como newsletters, demonstrações, cases de
sucesso e webinars aproximam o consumidor da marca.

Etapa 3 – Compra: Aqui, o consumidor já está pronto para comprar e, portanto, é


necessário retirar quaisquer objeções que ele possa vir a ter em relação a compra. Se
uma dessas objeções for relacionada ao preço do produto ou ao serviço, pode-se
oferecer um desconto irresistível. Se sua objeção se relacionar ao medo de eventuais
prejuízos, os cases de sucesso podem ser demonstrados. É imprescindível que se tenha
acesso ao histórico digital do cliente, todas as suas interações no site do
produto/marca e via e-mail para que se mantenha uma conversa mais focada no Lead,
isso otimiza o diálogo e o leva ao que realmente interessa.

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Etapa 4 – Retenção: Nesta etapa, é importante manter o interesse contínuo do
consumidor, para garantir que ele retorne à loja/empresa para adquirir novos
produtos complementares àquele que já comprou. Isso deve ser feito por meio de
ações, como pesquisa de satisfação, suporte ao cliente, envio de brindes ou materiais
que enriqueçam ainda mais a experiência do cliente com o produto/serviço que
adquiriu.

Etapa 5 – Crescimento: Após assegurar a retenção do cliente, é possível realizar vendas


cruzadas ou upsell, cujas ofertas podem ter fundamento no comportamento de
compra do cliente e no comportamento Lead. Por exemplo, se o cliente adquiriu um
novo teclado para jogos, é essencial lhe oferecer outros produtos relacionados, como
mouse, jogos, etc. É importante que se agregue valor ao produto, levando em conta os
interesses e as necessidades particulares de cada consumidor.

Etapa 6 – Advocacia/Arautos: Uma das definições da palavra “Arauto” é: pessoa que


defende uma ideia ou uma causa”. Assim, nesta etapa, o cliente encontra-se
plenamente satisfeito com os produtos ou serviços que lhe foram oferecidos, atuando
como verdadeiro advogado defensor daquela marca. Uma marca que realiza um
excelente trabalho nesse sentido, é a Apple. Quando um cliente se torna um arauto da
marca, passa a defende-la e indica-la aos outros. Essa é a grande vitória das ações de
marketing, mas é preciso esclarecer que atingir esse nível de relacionamento com o
cliente exige a criação de um conceito que gere significado e agregue valor ao público-
alvo. Novamente daremos como exemplo a Apple, é comum vermos nos meios de
comunicação notícias sobre as filas geradas pelo lançamento de um novo IPhone. A
marca conquistou esse status através de seu conceito de design e do ideal “Pense
diferente”, tornando a experiência com seus produtos única. Portanto, se deseja ser
referência, é necessário pensar diferente e inovar.

2.3 Google Adwords e Analytics

Os mecanismos de pesquisa ajudam os usuários a encontrarem o que estão


procurando. Eles são aparentemente simples, a palavra é digitada e o banco de dados
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exibe os resultados relevantes para o usuário. O que o usuário não sabe é que são
exibidas duas listas de resultados, uma lista orgânica e outra listagem de resultados
que pagaram para aparecerem primeiro. O Google trabalha divulgando as duas listas
de forma separada, a listagem paga é exibida como “Links patrocinados” e aparecem
primeiro. No Google os resultados orgânicos são independentes dos patrocinados,
possibilitando que anunciantes tenham melhores desempenhos nas listagens. Nos
resultados orgânicos a relevância do Google é determinada por muitos fatores, um
deles é o chamado PageRank de uma determinada página da Internet. PageRank é a
relevância de uma página da Web baseada nos links recebidos de outras páginas
acessadas.

Funcionamento do Marketing de Busca

Ambas listagens, orgânicas e patrocinadas, adotam um tipo de abordagem de


marketing, essa abordagem denomina-se SEO (Search Engine Optmization ou
Otimização dos mecanismos de pesquisa). A SEO envolve a criação ou alteração de
sites novos ou já existentes, otimizando a sua classificação nas listagens orgânicas do
mecanismo de pesquisa na busca por termos relacionados ao seu conteúdo. As ações
de SEO estão diretamente envolvidas com o marketing de busca, processo de
promoção direcionado aos sites de buscas como, por exemplo, o Google. Para gerar
algum tipo de promoção de busca no Google é necessário criar uma conta no Google
AdWords. Após ter a conta criada é necessário inserir os termos de pesquisa do
usuário, denominados “palavras-chave”, que podem estar veiculadas ao seu site ou
conteúdo.

O Adwords é a funcionalidade de publicação de anúncios do Google. A partir dessa


funcionalidade é possível gerenciar todos os anúncios, ela também determina alguns
requisitos, como idade, localização geográfica, poder aquisitivo, entre outros, que
indicam ao público qual anúncio será exibido. Todos os anúncios são exibidos através
de palavras-chave que serão encontradas por meio de mecanismos de busca que estão
de acordo com a relevância designada pelos usuários. Desse modo, quanto maior o
volume de busca de determinado termo ou palavra relacionados às designações das
palavras-chave definidas pelo anunciante, maior será a probabilidade desse anúncio

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aparecer nas primeiras posições das buscas realizadas. O sistema de publicação de
anúncios funciona por meio do Google Adwords e Resultado da busca no Google.

O Google Adwords, é um sstema no qual o anunciante insere os anúncios à serem


publicados e observa os resultados dos termos mais relevantes de busca. Para a
publicação, o anunciante deverá pagar um valor variável por clique, de acordo com a
disputa pelas palavras-chave escolhidas.

Já o Resultado da busca no Google corresponde à palavra digitada pelo usuário. O


sistema Adwords localiza no seu banco de dados os anúncios com conteúdos
relacionados àquela pesquisa publicando-os no resultado. Os principais benefícios de
anunciar utilizando o Google Adwords são:

Agilidade: Com um pouco de noção de funcionamento do sistema, é possível iniciar


uma campanha de alcance nacional rapidamente, além disso, termos podem ser
comprados através de um cartão de crédito.

Informação: Os anúncios realizados no Adwords têm a capacidade de gerar muitos


dados mercadológicos, assim como uma demonstração do comportamento de seus
usuários.

Controle de custos: O mecanismo todo do Adwords oferece ao anunciante um controle


sobre o desempenho das campanhas realizadas, facilitando as tomadas de decisões
em relação a geração de receitas e custos.

Como dito anteriormente, a aquisição de palavras-chave possui um valor variável, ele é


determinado através de leilão de palavras. Todos os anúncios são cobrados de acordo
com a quantidade de cliques correspondentes ao longo da sua exposição, é
responsabilidade do cliente definir qual será o seu orçamento para a aquisição
temporária daquele termo de pesquisa. Após criar o anúncio, é possível definir o lance
da campanha inicial para aquisição das palavras-chave. O próprio sistema determina o
quão relevante é aquele termo para os anúncios, além de determinar também o preço
através de notas que vão de 10 até 0. Entre outros fatores, as segmentações
geográfica, etnográfica, entre outras, influenciam no preço dado a palavra-chave.

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Google Analytics

Uma das ferramentas utilizadas para medição e controle de custo oferecidas pelas
plataformas do Google é o Analytics. Esse sistema é gratuito e realiza um
monitoramento de tráfego, cujo o objetivo principal é saber quantos usuários
trafegaram na página. Além disso, ele demonstra como os usuários se comportam
durante a navegação dentro dessas páginas, auxiliando, assim, as estratégias de
marketing e também as ações que devem ser tomadas para a otimização do SEO. São
disponibilizadas pelo sistema algumas informações como, número total de visitantes,
os visitantes que acessaram o site uma única vez ou que voltaram à página; origem
geográfica dos visitantes; controle de metas do site; e as melhores e piores ações de
marketing que foram tomadas.

2.4 Consumo Mobile

Há anos todo o desenvolvimento de todas as ferramentas para Internet era pensado


para o desktop. Porém, hoje não restam dúvidas de que os primeiros dispositivos a
serem considerados no desenvolvimento de aplicações para Web são os smartphones.

Uma pesquisa desenvolvida, em fevereiro de 2018, pelo Instituto Nacional por


Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), referente à 2016, retrata o smartphone como
o protagonista dos acessos a Internet no Brasil, com 94,6% dos usuários, ficando à
frente de acessos pelo desktop (63,7%), Tablets (16,4 %) e TVs (11,3%). Foi apurado na
pesquisa um universo de 77,1% dos usuários de celular, isso demonstra que a
prioridade dos desenvolvedores é o mobile.

Diante dessa realidade, devemos destacar o uso de aplicativos de mensagens, de


fotografia e de realidade aumentada, aplicações pensadas, sobretudo, para atividade
mobile.

Realidade virtual é uma vertente tecnológica que permite ao usuário participar do


mundo virtual através de jogos, passeios, vídeo aulas, etc. A realidade aumentada
proporciona ao usuário um complemento virtual ao mundo real. O jogo Pokémon Go,

22
por exemplo, é um jogo de celular lançado pela Nintendo, no qual um personagem
digital é capturado no mundo real baseando-se na localização do usuário.

A realidade virtual (RV) é destaque dentro das inovações, ela introduz o usuário em um
ambiente que o faz sentir-se em um mundo ficcional. Em contrapartida, a realidade
aumentada mistura o real e o virtual, projetando elementos virtuais em contextos
reais visualizados nos dispositivos. A (RA) procura, ainda, interfaces que interagem e se
aproximam do mundo real e das sensações humanas. Como característica principal,
podemos destacar a visualização do movimento em espaços tridimensionais em tempo
real, e a interação com objetos desse ambiente. Agências publicitárias se apropriaram
dessas ferramentas em suas campanhas, nas quais utilizam a realidade virtual para
destacar os seus produtos, agregando valor ao marketing e demonstrando o produto
em detalhes, reforçando os seus benefícios.

Ambas as tecnologias, realidade aumentada e realidade virtual, só foram possíveis


devido melhorias, o aumento da capacidade de processamento dos sistemas e sua
adaptação e compactação para o mobile. Simplificando, podemos dividir essas
inovações tecnológicas em três partes, a realidade virtual, que faz o uso de objetos do
mundo físico e os transforma em virtual; a realidade aumentada, que possibilita ao
usuário interagir com o virtual, mas distingue o real e o virtual; e a realidade mista, que
é capaz de confundir o usuário devido ao grande nível de imersão em objetos reais e
virtuais.

2.5 Plataformas de busca

Não por acaso, o Google tornou-se uma verdadeira referência como site de busca,
dominando 94% do tráfego orgânico na Internet atualmente. Ainda assim, é preciso
considerar também os outros 6% de usuários que utilizam as plataformas digitais e
acessam outros sites de buscas, igualmente importantes. Portanto, é necessário definir
as plataformas de buscas como ferramentas on-line utilizadas para encontrar diversos
tipos de conteúdo partindo do uso de determinadas palavras-chave, possibilitando ao

23
usuário localizar imagens, textos, documentos e diversas outras informações por meio
das pesquisas realizadas.

Mas como funciona a ferramenta de buscas da plataforma? Resumidamente, temos o


seguinte passo a passo:

1. A ferramenta de buscas é composta por rastreadores (robôs) que vasculham a


Internet procurando novos conteúdos ou atualizações. Os rastreadores são
chamados de crawlers, spider ou bots;

2. Após a identificação das informações, os rastreadores capturam e cadastram o


novo conteúdo na base de dados da plataforma;

3. A página visitada é indexada ao site de busca, tornando-a possível de ser


localizada por qualquer usuário que utilize aquela plataforma;

4. Utilizando palavras-chave, o usuário realiza sua pesquisa;

5. O site de busca, em resposta à pesquisa do usuário, apresenta uma página com


diversos resultados, chamada de SERP, sigla em inglês, que significa Search
Engine Results Page;

6. Ao clicar em uma das sugestões, o usuário é enviado para o link já cadastrado


pelo rastreador.

A facilidade das plataformas de busca

Em decorrência da grande onda de utilização das plataformas de busca, as empresas


compreenderam a grande oportunidade que estava sendo apresentada e buscaram
formas de aparecer em destaque nos resultados das plataformas de busca, como o
Google.

Surgiu, então o SEO, sigla inglesa para Search Engine Optimization, que consiste em
técnicas de otimização de páginas para mecanismos de busca, uma ferramenta
fundamental para que links de páginas na Internet sejam apontados aos usuários como

24
a solução para as buscas realizadas. Com sucesso, o SEO aumenta o número de
visitantes e os Leads nos sites de determinada marca ou produto.

Daí por diante, a empresa, usando estratégias de marketing como, o inbound, por
exemplo, empreende esforços para fidelizar seus clientes e garantir o consumo de seus
produtos, iniciando suas estratégias de sucesso através das plataformas de busca.

Principais plataformas de busca

Atualmente, podemos listar as cinco plataformas de busca mais acessadas pelos


usuários. São elas:

1. Google: É a principal plataforma de busca do mundo, por isso, dispensa


apresentações. Como demonstrado, é raro encontrar um usuário que não
utilize o Google como mecanismo de pesquisa;
2. Bing: Buscador padrão do sistema Windows, da Microsoft. É o principal
concorrente do Google, embora não possua condições de tirá-lo do topo da
lista;
3. Yahoo: É o buscador padrão do navegador Mozilla Firefox. Sua desvantagem,
porém, é não ser uma plataforma de busca, mas sim uma plataforma comum
que replica os resultados encontrados pelo Google e pelo Bing;
4. Ask.com: Além das buscas tradicionais, realizadas do mesmo modo que nas
outras plataformas, o Ask abre espaço para que outros usuários respondam aos
questionamentos realizados, possibilitando a troca de informações;
5. AOL: Um dos principais provedores de e-mail de anos atrás, AOL ainda se
mantém como um site de busca, apesar da grande maioria dos usuários sequer
conhecer esta sua função.

Conclusão

No bloco atual, iniciamos nossos estudos com as definições de branding e as etapas de


posicionamento de uma marca. No item seguinte, compreendemos os processos da

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jornada de consumo digital e definimos seis etapas importantes: Consciência,
Engajamento, Compra, Retenção, Crescimento, Advocacia/Arautos. Seguindo os
estudos, adentramos ao Google Adwords, ferramenta de anúncios da Google que
oferece muitos benefícios aos anunciantes, também apresentamos uma ferramenta de
métrica de alcance de anúncio denominada Google Analytics. Neste bloco, também
vimos como o mobile é fundamental e não pode ser deixado de lado com suas
tecnologias diferenciadas de realidade virtual, aumentada e mista, importantes
ferramentas para o marketing nos dias atuais. Ao final do bloco descobrimos como
funciona as plataformas de buscas e pesquisas na Internet e os modos alternativos de
pesquisa além da Google.

REFERÊNCIAS

FERREIRA JUNIOR, A. B. Marketing digital: uma análise do mercado. Curitiba:


InterSaberes, 2015.

STRAUSS, J. E-Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.

TURCHI, S. R. Estratégia de marketing digital e e-commerce. Rio de Janeiro: Atlas,


2018.

26
3 PLANEJAMENTO DE MARKETING DIGITAL
Chegamos ao terceiro bloco. Nele, entenderemos como ocorre o planejamento de
marketing digital e suas etapas. Assim, os itens que serão contemplados são:

• BRIEFING: ANÁLISE E DIAGNÓSTICO;


• OS 8 P’S DO MARKETING DIGITAL;
• PLANEJAMENTO: CONCEITOS E ETAPAS;
• AS ETAPAS DO DESIGN THINKING;
• ANÁLISE DE ETNOGRAFIA E NETNOGRAFIA.

3.1 Briefing

Antes de montarmos um briefing devemos entender qual a sua real importância para as
estratégias de marketing digital. Um Briefing tem como objetivo reunir todas as
informações que servirão de guia para os projetos. Nele, deverá conter todas as
necessidades do cliente e, de que forma, sua empresa pode ajudá-lo. O briefing
também diminui o retrabalho das estratégias tornando-as mais assertivas. Dessa
forma, o segredo de um bom briefing é a coleta de dados relevantes para o projeto.

A seguir iremos compreender como montar um briefing de marketing digital eficiente,


bem como suas etapas.

1- Estruturação do briefing

Devemos, em primeiro lugar, traçar os objetivos do cliente e compreender as


suas necessidades, que podem ser várias, como, ganhar visibilidade, gerar
leitores qualificados, otimizar vendas, criar conteúdo, mensurar resultados,
fidelização, etc.

2- Orçamento e prazo

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Compreender os recursos e os prazos do cliente são fundamentais para elaborar
estratégias que correspondem às suas expectativas.

3- Público-alvo

Delimitar o público-alvo é essencial para conseguir êxito nas estratégias de


marketing.

4- Resolução do problema

Nesta etapa, devemos entender quais são os reais problemas do cliente e


alinhá-los aos objetivos das ações de marketing digital.

5- Escopo

Na etapa do escopo é necessário desenvolver um cronograma de ações, além de


definir a duração do projeto.

6- Situação atual

É importante saber se o cliente já executa ações de marketing digital e seus


resultados atuais. Dessa forma, é possível melhorar seus resultados, sabendo por
onde começar.

7- Exceções

Conhecer o que o cliente não deseja é fundamental para ações estratégicas


efetivas no marketing digital.

Terminada a estruturação do briefing, é preciso continuar a preenchê-lo com as


informações. Seguindo o modelo de Marcelo Sales, publicado no site Linkedin, temos
as seguintes etapas:

Coleta de informações

Elabore um questionário completo para obter todas a informações fundamentais, o


qual deve conter:

Propósito da empresa
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• Como a empresa entrega valor ao cliente?
• Como você deseja que a sua empresa seja percebida pelo cliente?
• Quais problemas a empresa ajudar a resolver?
• Quais são as soluções oferecidas?

Objetivos do cliente

• Quais são os problemas que podemos resolver?


• Como você pensa que a sua empresa poderia alcançar melhores
resultados?
• Quais são os resultados que você busca no mundo digital?

Público-alvo

• Quais são as principais características do seu cliente?


• Como você se relaciona com o público?
• Quais são as principais objeções do cliente?
• Você já possui personas criadas?
• Quais são as soluções oferecidas?
• Quais são os seus produtos ou serviços?
• Como a sua solução se diferencia da idealizada pela concorrência?
• Quais são as tendências que podem afetar o seu mercado?

Canais de comunicação e vendas

• Como a sua empresa divulga os produtos ou serviços?


• Quais são os canais de comunicação mais utilizados pelo seu cliente?
• Quais foram os resultados alcançados com as ações de marketing digital
que já foram desenvolvidas?
• Como o processo de vendas é estruturado?
• A empresa possui um funil de vendas definido?

Presença digital

• A empresa possui um setor de marketing digital?


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• Quais ações de marketing digital foram executadas nos últimos meses?
• A empresa analisa os resultados obtidos nos canais digitais?

Organização dos dados

De acordo com a proposta feita pelo cliente organize os dados, construindo um


documento completo com todas as informações necessárias. Com base nas
informações colhidas, é fundamental organizar as melhores estratégias para resolução
dos problemas do cliente.

Alinhamento com o cliente

O último item a ser resolvido no briefing é o alinhamento das estratégias estabelecidas


com o cliente.

3.2 P’S do marketing digital

Idealizado durante a Revolução Industrial, no século XIX, o denominado marketing 1.0,


era focado no produto, uma vez que a produção em massa estava voltada para o
mercado consumidor. As empresas eram responsáveis por determinar o padrão de
consumo, ou seja, o que vender, quanto cobrar, quando vender, etc. O cliente não
tinha voz ativa e adquiria o que estava disponível no comércio.

Já a Era 2.0 do marketing teve como principal objeto o consumidor, por intermédio dos
meios de comunicação em massa, criados no início do século XX, era fundamental
atingir o máximo de consumidores possíveis visando ampliar o consumo das mais
diversas classes sociais. No decorrer da Era 2.0, surgiram as redes sociais digitais e as
empresas deram início as suas campanhas nas mídias sociais. Além disso, surgiu o
conceito dos 4 P’S - praça, produto, preço e promoção.

Chegamos ao século XXI e o foco da Era 3.0 do marketing tornou-se as pessoas e seus
valores, questões sociais e ambientais passaram a ser cada vez mais valorizadas,

30
seguidas por avanços tecnológicos, vendas on-line e por dispositivos móveis.
Baseando-se nessas questões, no marketing 3.0, o empreendedor carece de criar
estratégias diferenciadas, a fim de reforçar o compartilhamento de valores sociais
positivos.

Atualmente, as empresas devem acompanhar a evolução do mercado e estão


passando por profundas mudanças em suas estratégias de marketing digital. De acordo
com elas, as empresas devem constantemente reinventar suas estratégias, buscando
acompanhar e sempre estar ao lado do cliente. Essa é a Era 4.0 do marketing, na qual
vivemos hoje.

O consumidor está cada vez mais conectado socialmente, exigindo maior integração
entre empresa, consumidor e comunidade. Com base nesse universo digital, o
marketing deve ampliar seus horizontes e expandir o conceito de 4 P’S, pois este não
supri mais as necessidades das pessoas. Hoje é fundamental estabelecer uma nova
metodologia de marketing denominada os oito pilares do marketing digital, os 8 P’S:

1. PESQUISA: Estão neste item os estudos sobre o comportamento do consumidor e as


peculiaridades de cada mídia e rede social. A partir dessas pesquisas é possível
identificar como o consumidor pensa e se comporta na esfera digital;

2. PLANEJAMENTO: Após reconhecer a realidade dos clientes, é necessário estabelecer


as estratégias adequadas. Neste item, é preciso determinar as mídias e os canais que
serão veiculados, bem como as linguagens e o design adequados;

3. PRODUÇÃO: Esta etapa é dedicada a criação de conteúdo e tudo aquilo que está
relacionado a campanha que será desenvolvida, atentando-se para as particularidades
das mídias e dos veículos selecionados no planejamento;

4. PUBLICAÇÃO: Neste item deve-se atentar para o cronograma e para os tipos de


peças publicitárias em todas as mídias pré-determinadas;

5. PROMOÇÃO: Esse é o momento da divulgação no ambiente virtual. O conteúdo


deve ser impulsionado nas redes sociais, e-mail marketing, entre outras estratégias;

31
6. PROPAGAÇÃO: Corresponde ao conteúdo a ser viralizado na Web. Tem estreita
relação com a promoção. Neste item, é preciso se preocupar com a viralização, ou
seja, a propagação natural dentro do meio digital;

7. PERSONALIZAÇÃO: A grande diferença da Era 4.0 do marketing é a personalização


de cada produto ou serviço. Este item se dedica a isso, pois as empresas precisam
interagir, incessantemente, com os seus usuários, respondendo suas dúvidas,
reclamações e elogios;

8. PRECISÃO: Consiste em executar a leitura, a avaliação e a mensuração do tráfego de


resultados por meio de métricas. Desse modo, o profissional do marketing pode
descobrir se as metas traçadas estão sendo atingidas.

3.3 Planejamento de marketing digital

De forma simplificada, fazer um planejamento de marketing digital é elaborar um


plano de ação para alcançar as metas desejadas. Devido as constantes mudanças, a
efetividade do plano dependerá do que a empresa realizar em termos de marketing.
As estratégias podem envolver inúmeros objetivos, uma maneira simples de elaborar
um planejamento, é tomar as seguintes ações:

Identificar os consumidores

Toda estratégia de marketing precisa entender, sobretudo, os consumidores que


compõem determinados mercados, compreender quem são seus reais clientes e
possíveis compradores em potencial.

Identifique seus objetivos e as ferramentas necessárias

Os objetivos de marketing devem estar alinhados com os objetivos primários do


empreendimento. Exemplificando, caso o objetivo da empresa seja aumentar a
receita, será necessário aumentar o tráfego de conteúdo publicado, entre outras
ações. Seja qual for o objetivo geral é fundamental saber como mensurá-lo e ter
ferramentas adequadas para isso.

32
Avaliar os canais existentes

Considerar os canais utilizados no plano de marketing é prioridade. A estrutura dos


canais deve contemplar os objetivos almejados para ela. Devem ser considerados
pontos importantes como:

• Canais próprios (sites, redes sociais, blogs);

• Mídia conquistada (alcance orgânico no Facebook, adwords, etc);

• Mídia paga (anúncios nas mídias sociais).

Planejamento de mídia de propriedade

Quando se trata de marketing digital, definir a mídia de propriedade é essencial, tudo


que é publicado pela marca deve se transformar em conteúdo, tanto em suas mídias
sociais, como em seus blogs ou sites. Isso ajuda na conversão de visitantes em clientes
efetivos e aumenta o branding da marca no digital.

Analise os seus concorrentes

É importante observar quem são e como os concorrentes de mercado estão se


comportando no ambiente digital.

Estabelecer um cronograma

É fundamental monitorar a duração de cada ação, bem como os resultados e recursos


necessários para realizá-la. Estabelecer um prazo para as metas e ações faz com que se
tenha um panorama maior delas, se elas estão atingindo o desempenho pretendido ou
precisão de correções.

Execução

O objetivo do planejamento de marketing digital é ter uma visão geral de todos os


elementos que integrarão as estratégias digitais. Até o momento da execução, o plano
de marketing deve conter:

• Definição do perfil dos clientes;

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• Objetivos de marketing digital;
• Delimitação das mídias e canais adquiridos e pagos;
• Um plano de criação das peças publicitárias.

Sem esquecer, no entanto, do real propósito do planejamento, que é mapear as ações


que serão tomadas para atingir os objetivos de marketing no período estipulado.

3.4 Design Thinking aplicado a Web

O Design Thinking é uma metodologia usada para desenvolver soluções, apontar


equívocos e também aperfeiçoar estratégias. Levando isso em consideração, o mesmo
pode ser efetivamente aplicado ao desenvolvimento do material digital com o objetivo
de criar conteúdos que atendam às necessidades do público-alvo. O seu principal
diferencial é o foco no público-alvo, pois essa metodologia valoriza a interação entre
as pessoas.

A aplicação do Desing Thinking não consiste em uma linguagem de programação, mas


sim numa forma de aplicar dados de pesquisa, pensando, sobretudo, nas necessidades
do usuário. Aplicação do Design Thinking ocorre em 5 etapas:

Etapa 1 – Empatia

Esta etapa visa entender a perspectiva do cliente, a base do Design Thinking é fazer
com que os produtores de conteúdo se coloquem no lugar dos usuários e entendam as
experiências que eles terão diante do conteúdo produzido. Por isso, é importante
compreender os hábitos de navegação do público que almeja atingir.

Etapa 2 – Definição

Esta etapa contempla a apuração das informações reveladas durante as pesquisas da


primeira etapa. Ela visa realizar a análise de informações e traçar panoramas mais
consistentes sobre o projeto. Organização dos registros e identificação dos
comportamentos.

34
Etapa 3 – Ideação

A ideação é uma etapa que busca gerar soluções efetivas. O Design Thinking nesse
momento atua em equipe, sugerindo soluções para os problemas identificados. Para
desenvolver um conteúdo inovador, a metodologia sugere um roteiro de orientação:

Compor a equipe: Nesse momento quanto mais variadas forem as áreas de atuação
dos integrantes, melhor serão as soluções sugeridas.

Imersividade: A metodologia sugere a definição dos problemas que serão


desenvolvidos.

Expansão: Este é um item de pesquisa, no qual os integrantes da equipe buscarão


soluções para os objetivos designados.

Critérios de seleção: Levando em consideração aspectos como verba, tempo e


dificuldades do processo, neste item serão selecionadas as melhores propostas de
resolução para o problema.

Protótipo: Esse item correspondente a fase de teste de algumas escolhas de solução,


na qual a melhor origina um protótipo para validação.

Etapa 4 – Prototipação

É a escolha da ideia mais apropriada, bem como a apresentação de uma forma


simplificada do conteúdo: um site, um blog, um fórum, etc. Trata-se de uma etapa de
estudo, na qual as opiniões da equipe são essenciais para uma versão final.

Etapa 5 – Teste

É a etapa final da metodologia, consiste no momento de colocar em prática todas as


ideias do processo, porém, sem desconsiderar as últimas alterações no projeto.

3.5 Etnografia e Netnografia

Etnografia

35
Define-se etnografia como um método antropológico utilizado com o intuito de
descrever os costumes e tradições de um determinado grupo humano. Tem como
objetivo auxiliar no conhecimento da identidade das comunidades humanas que se
desenvolvem na sociedade.

A etnografia sugere a observação dos indivíduos que estão agindo em sociedade


durante um determinado tempo. A observação pode ser complementada com
entrevistas, cujo objetivo é recolher mais dados. Faz parte do processo do pesquisador
etnográfico ser participativo e estar inserido na comunidade observada, afim de
melhorar sua compreensão cultural. Também, faz parte do seu trabalho, descrever
todos os menores costumes, crenças e mitos que estão inseridos nessa comunidade,
podendo, ainda, recorrer a recursos de pesquisas qualitativos e quantitativos.

Netnografia

A netnografia é um processo antropológico que descreve costumes e comportamentos


por meio de métodos qualitativos com o objetivo de entender a jornada do usuário na
Internet. Eficaz, essa metodologia utiliza toda informação pública no ambiente digital.

É comum as empresas utilizarem a netnografia para compreender o público que


pretende atingir, influenciar ou reposicionar as escolhas dos usuários na Internet. Além
disso, funciona como pesquisa mercadológica para as marcas poderem desenvolver
produtos, novas marcas, serviço personalizados, etc.

Atualmente a netnografia está presente em todo planejamento estratégico das marcas


que atuam no mundo digital. Com os dados qualitativos e quantitativos coletados, as
empresas buscam compreender a jornada e o comportamento do consumidor, elas se
valem de estratégias como, e-mail marketing, pesquisas em vídeos e publicidade
impulsionada para tentar traçar o perfil dos seus consumidores.

Dessa forma, mais complexa que uma simples análise de perfil, a netnografia é o
entendimento do comportamento das pessoas e suas escolhas, além de buscar
determinar tendências.

36
Conclusão

Neste bloco entendemos que a base de todo planejamento de marketing, inclusive do


digital, é um bom briefing. Uma boa análise e um diagnóstico bem feito podem
diminuir os custos e o tempo. No briefing existem itens importantes que merecem
uma atenção maior, como o público-alvo e a resolução de problemas. Em seguida,
compreendemos que além de um bom briefing, saber como funciona os pilares do
marketing digital é fundamental. Oriundos dos 4 P’S das Eras mais antigas do
marketing, os 8 P’S existem para comtemplar todas as áreas que o profissional deve
estar atento. Aplicamos, ainda, o briefing e os 8 P’S dentro de um planejamento
estratégico, além de compreendermos suas etapas. Ao final deste bloco, entendemos
duas metodologias de análise de comportamento: A etnografia, que consiste no
mapeamento de costumes de pessoas inseridas em determinadas comunidades, e a
netnografia, que compreende o mesmo mapeamento do comportamento das pessoas,
porém no ambiente e nas comunidades on-line.

REFERÊNCIAS

FERREIRA JUNIOR, A. B. Marketing digital: uma análise do mercado. Curitiba:


InterSaberes, 2015.

LIMEIRA, T. M. V. E-Marketing. São Paulo: Saraiva, 2007.

MICELI, A. L. C.; SALVADOR, D. O.; SIMONIADES, R. Planejamento de Marketing


Digital: como posicionar sua empresa em mídias sociais, blogs, aplicativos móveis e
sites. Rio de Janeiro: Brasport, 2015.

REEDY, J.; SCHULLO, S. Marketing eletrônico: integrando recursos eletrônicos ao


processo de marketing. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

SALLES, M. Como montar um briefing de marketing digital. Linkedin, 28 set. 2018.


Disponível em: <https://www.linkedin.com/pulse/como-montar-um-briefing-de-
marketing-digital-marcelo-sales>. Acesso em 10 jul. 2019.

37
STRAUSS, J. E-Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.

TELLES, R. Canais de marketing e distribuição. São Paulo: Saraiva.

TOTTI, F. Marketing eletrônico e internacional. São Paulo: Pearson Education do


Brasil, 2016.

TURCHI, S. R. Estratégia de marketing digital e e-commerce. Rio de Janeiro: Atlas,


2018.

38
4 REDES SOCIAIS DIGITAIS

No quarto bloco, falaremos sobre as redes sociais e os conteúdos voltados para essa
importante ferramenta do meio digital, bem como o perfil das pessoas que fazem uso
dessa plataforma. Para tanto, serão contemplados assuntos como:

• CONTEÚDO DA MARCA NAS REDES SOCIAIS;


• ENGAJAMENTO;
• COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DIGITAL;
• INFLUENCIADORES;
• SEO E SEM.

4.1 Conteúdo das marcas nas redes sociais

Na atualidade, construir uma marca no meio digital sem ter uma estratégia de
conteúdo para as redes sociais é algo quase impossível. É comum muitos
empreendedores enxergarem as redes sociais apenas como algum tipo de SAC ou um
simples canal de comunicação com o consumidor, pois não conseguem ver que as
redes sociais são uma importante ferramenta de impulsão de vendas.

Dessa forma, é fundamental darmos uma atenção especial para as estratégias de


conteúdo. A palavra de ordem dentro das redes sociais digitais é engajamento, por isso
a criação da página de uma marca é essencial para aproximá-la dos seus consumidores
e mantê-los engajados, sem dúvidas, envolver-se com o público-alvo e oferecer um
conteúdo atrativo e envolvente é uma importante atitude do empreendedor.

Interagir com a audiência no ambiente digital, respondendo comentários e


compartilhando conteúdos pertinentes, estreita os laços de confiança entre a marca e
o consumidor. No momento em que uma marca responde, em suas próprias redes
sociais, comentários feitos a respeito de algum produto que ela idealizou, a mesma se
iguala aos seus consumidores, demonstrando que não é uma marca inacessível.
39
Ao compartilhar os conteúdos produzidos pelos próprios frequentadores da rede
social, a marca ganha de diversas maneiras. Em primeiro lugar, porque seus usuários
confiam no que outros usuários dizem; em segundo lugar, porque a marca deixa claro
para os seus usuários que dá visibilidade ao conteúdo que outros usuários produzem,
gerando, assim, um maior engajamento entre a marca e seus usuários.

Outro modo de ter um conteúdo aplicável e pertinente é criar algum tipo de


relacionamento com influenciadores digitais. Construir uma grande audiência nas
redes sociais é fundamental, pois inúmeros consumidores baseiam suas decisões de
compra nas opiniões e/ou recomendações de alguém que já fala sobre o assunto,
demonstrando, dessa forma, que os usuários confiam nos influenciadores e priorizam
comprar produtos indicados por eles.

Fazer sorteios, por exemplo, é um modo muito eficaz de pensar estratégias de


marketing de conteúdo, principalmente, o conteúdo voltado para as redes sociais.
Sorteios geram muito tráfego dentro das redes e possibilitam que novos usuários
entrem em contato com o conteúdo gerado pela marca.

Ações de remaketing rendem inúmeros acessos e aumento na frequência de usuários


nas redes sociais. Remarketing é uma ferramenta encontrada no Google Adwords e,
também, em outras plataformas de busca e redes sociais, ela concede ao usuário que
se interessou por um produto ou serviço visto em um anúncio, mas, por algum motivo
não o adquiriu, a possibilidade de entrar em contato novamente com esse mesmo
anúncio por meio de outras plataformas parceiras, a fim de leva-lo à compra.

Dessa forma, a ferramenta remarketing é uma importante aliada nas redes sociais,
pois aumenta a audiência e direciona vendas, ela é responsável por atingir usuários
que já manifestaram interesse por algum produto digitalmente. A palavra que resume
os serviços prestados nas redes sociais é personalização, por isso criar conteúdos
específicos para um nicho pode gerar um engajamento melhor e um retorno mais
eficaz.

Cada mídia social tem uma linguagem própria, funcionalidades particulares e públicos
específicos. Otimizar o post de acordo com a mídia social possibilita que o mesmo
40
atinja o objetivo e o engajamento esperado. Além de adequar o conteúdo, é
fundamental ficar atento ao momento ideal para a publicação do seu conteúdo, pois
para atingir o alcance e o engajamento almejado, é importante testar, publicar o
mesmo conteúdo em horários distintos, em diferentes mídias, para engajar ainda mais
o público em suas publicações.

Além de entender os usuários, as redes sociais são ótimas fontes de ideia para novos
assuntos, utiliza-las para trazer à tona assuntos inéditos gera um novo tipo de
engajamento com o público-alvo, assim, como indagar o público, por meio de
pesquisas a respeito do conteúdo veiculado é uma ação extremamente válida. Dessa
forma, cria-se repertório e possíveis pautas para conteúdos futuros.

É fundamental diversificar as estratégias de conteúdo nas redes sociais, assim, como


também é muito importante sempre trazer criatividade, informação, análises dos
assuntos. As estratégias de marketing de conteúdo nas redes sociais são muito eficazes
na construção de uma marca no ambiente digital.

4.2 Engajamento nas redes sociais

Causar engajamento nas mídias sociais significa perceber o quanto os usuários


interagem com a página ou com os perfis da marca nessas mídias, ele indica o quanto
o usuário está interagindo, se envolvendo e sendo influenciado pelo conteúdo da
mesma.

O engajamento é o mecanismo que a marca possui para se conectar e interagir com o


seu público, as marcas que conseguem engajar seus consumidores avançam no quesito
empatia, porque o engajamento promove uma relação de admiração, na qual seus
consumidores tornam-se verdadeiros defensores dos produtos e serviços da marca,
ele aumenta o número de seguidores, os compartilhamentos, os comentários e as
discussões geradas nas páginas da empresa. As métricas são fundamentais para
entender quais são os conteúdos que geram maior engajamento nas redes sociais das
marcas.

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A longo prazo, o engajamento é um relacionamento que pode representar os
resultados positivos ou negativos das ações de uma empresa nas mídias sociais,
porém, não basta estar apenas nas redes sociais, é essencial reforçar o engajamento.
Abaixo, observe alguns passos que impulsionam o engajamento nas redes sociais:

Conhecer o usuário

É fundamental possuir informações básicas, como sexo, idade, profissão, instrução,


além de saber detalhes de consumo do público-alvo, bem como peculiaridades da sua
personalidade. Ao conhecer o universo dos potenciais clientes, a marca tem a
capacidade de ajustar o conteúdo das publicações para os seus seguidores,
aumentando o engajamento nas redes sociais.

Utilizar as mesmas mídias dos públicos-alvo

Uma vez conhecida as particularidades dos seus usuários, a marca tem a capacidade
de saber quais são as redes sociais mais utilizadas por eles e pelo público-alvo, além de
saber como eles agem dentro cada mídia, adequando, assim, sua linguagem de acordo
com a mídia utilizada.

Estratégias adequadas

É muito importante planejar a publicação e a periocidade do conteúdo nas mídias


sociais. Definir temas, modos de abordar o usuário, linguagens, tamanhos e design das
postagens e, se possível, é sempre bom testar a publicação antes da efetivação.

Conteúdo personalizado

Além do número de curtidas e seguidores, que ainda merece atenção, o engajamento


através de comentários é uma forma eficiente de medir e avaliar o alcance e o
desempenho das publicações. Para isso, a marca deve investir em um conteúdo
autêntico, que convide o usuário a interagir com ele, além disso, a publicação deve
apresentar uma linguagem mais informal, com tom pessoal, como se a marca falasse
com seus consumidores.

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Linguagem autêntica

O ambiente digital é composto por inúmeras linguagens. As linguagens tradicionais,


como a publicitária, não funcionam mais e tornaram-se ineficazes em um meio tão
peculiar. Nas redes sociais, não é comum e nem adequado o uso da linguagem
publicitária tradicional, aquela com foco em vendas, divulgação de produtos, serviços
ou marcas. Ao contrário, deve-se ofertar conteúdos e linguagens, que criem
identificação com o público, as redes sociais exigem um modo único de comunicação.

Feedback aos usuários

Estar on-line e nas redes sociais não é o suficiente, caso a marca tenha perfis nas
mídias sociais esse será o modo mais fácil do cliente encontrá-la, construir diálogo,
esclarecer dúvidas e, não menos importante reclamar. Para isso, a marca tem a
responsabilidade, caso queira um bom engajamento, de estar preparada para
responder às demandas do consumidor. Uma resposta rápida aos comentários,
positivos ou negativos, é fundamental para gerar engajamento.

Interagir com os usuários

Interagir com os usuários nas redes sociais é fundamental para o engajamento de


qualquer empreendimento. A marca deve incentivar a participação dos usuários com
postagens que gerem identificação e, por consequência, comentários e
compartilhamentos. O que importa mesmo é que a marca participe dessa interação
demonstrando aos seus seguidores que realmente se importa com a presença deles
nas suas redes sociais, valorizando a opinião dos usuários.

Métrica das ações

Avaliar o desempenho das publicações nas mídias sociais é uma boa maneira de
impulsionar suas ações, desse modo, a marca é capaz de identificar os interesses e
desinteresses dos seus usuários, quais publicações tiveram maior engajamento e
ajustar as estratégias das publicações, que não tiveram tanto engajamento assim. Para
que isso ocorra os objetivos e metas devem estar definidos.

43
4.3 Consumidor digital

As pessoas estão cada vez mais conectadas através dos mais diversos dispositivos
móveis e utilizam esses dispositivos para obter qualquer tipo de informação, inclusive
sobre produtos e serviços. Esse é o novo perfil do consumidor, que toma decisões
sobre compras por meio dos dispositivos.

Os consumidores digitais buscam, além de produtos, conhecimento e opiniões sobre


uma possível nova aquisição. Por esse motivo, as empresas estão atualizando seus
sistemas de busca, investindo em sites responsivos e ações de inbound marketing.

Além disso, os consumidores digitais procuram novas experiências, que facilitem o seu
dia a dia, não apenas através de aplicativos, mas também de ensinamentos e tutoriais
encontrados facilmente na Internet. Ainda, como característica de todo consumidor,
seja on-line ou off-line, a busca por melhores preços e boas compras está sempre
presente. O marketing digital acompanha e classifica essa onda de novos
consumidores e seus hábitos. Abaixo seguem alguns perfis de novos consumidores
digitais:

Consumidor do círculo de confiança

São os consumidores que antes de consumir um produto se interessam pela opinião de


familiares e amigos, são de difícil convencimento, avessos à contatos via mídias digitais
ou e-mail marketing e confiam mais nas indicações de pessoas próximas.

Consumidores cautelosos

São consumidores que realizam uma seleção bem apurada das suas compras, assim
como a busca por todas as informações sobre os produtos na Web. Por isso, é
fundamental que as informações particulares sejam respeitadas pelas marcas e
estejam sempre presentes nas redes sociais.

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Consumidores candidatos-informação

Trata-se de consumidores extremamente ativos nas redes sociais, estão na Internet,


sobretudo, em busca de informação. Geralmente, não demonstram interesse por
conteúdos novos, mas sim específicos e estão mais preocupados com a qualidade do
conteúdo disponibilizado sobre determinado assunto. Antes de adquirir um produto,
recolhem muita informação sobre ele, os integrantes desse grupo estão nas mídias
sociais para trocar informações.

Consumidores entusiastas

Esse grupo de consumidores procura se manter em contato com outros consumidores,


que possuem interesses parecidos. Jovens em sua maioria, são bastante ativos nas
redes socais, e procuram ser pioneiros nas informações recebidas, incluindo ofertas e
descontos da marca, mas são igualmente exigentes quando se trata de qualidade de
conteúdo, principalmente, quando é algo que estão interessados.

Consumidores procuradores de propostas

São consumidores que estão sempre buscando ofertas e descontos nos mais variados
canais disponíveis, inclusive, em fóruns e aplicativos de desconto. Em contrapartida,
não são muito ativos nas redes sociais, porém participam com muitos comentários nos
conteúdos produzidos pelas marcas.

Consumidores compradores

Esse tipo de consumidor investe muito em compras on-line, entretanto, seus


interesses não se limitam apenas ao digital. Dedicam seu tempo pesquisando em lojas
físicas e se interessam por qualidade e preço, possuem, em média, 25 anos, e
apresentam alto poder aquisitivo. E-mail marketing são bem efetivos com esse tipo de
consumidor, porém as redes sociais também possuem um papel importante no seu
processo de convencimento.

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Consumidores viciados em notícias

Esses consumidores utilizam a Internet como principal fonte de informação, tanto para
notícias do cotidiano, quanto para informações sobre produtos. Extremamente ativos
nas redes sociais, comentam e publicam constantemente. Têm, em média, 35 anos e
estão mais dispostos a ler mais sobre os produtos que vão comprar do que todos os
outros grupos.

Consumidores jogadores

Jovens, ativos nas redes sociais e consumidores de jogos on-line e vídeo games. Com
pouco poder aquisitivo, utilizam as redes sociais, exclusivamente, para os jogos, não se
interessa por perfis de marcas ou produtos.

Consumidores amplificadores

Esses consumidores estão conectados e dispostos a dividir todo o conhecimento


adquirido na Web. Seus contatos nas redes digitais são levados muito a sério e são
extremamente ativos nelas, apoiam marcas e estão sempre presentes nos perfis delas
nas mídias sociais.

Consumidores abertos

Esses consumidores buscam exibir seus gostos e opiniões, sejam elas positivas ou
negativas, na Web. Podem ser os melhores apoiadores ou bem inconvenientes no
momento de deixar seu comentário nos perfis sociais das marcas. Enquanto alguns
consumidores estão interessados em adquirir informações sobre os produtos, esse
tipo de consumidor simplesmente busca dar sua opinião sobre o produto que
comprou, sem se importa se esta é positiva ou negativa.

4.4 Influenciadores digitais

O influenciador digital, consiste no indivíduo que impacta um determinado grupo de


pessoas, ele é responsável por forma um público de seguidores engajados, são capazes

46
de modificar opiniões e atitudes. O que distingue o influenciador digital é o seu
desempenho em três aspectos:

• Alcance;
• Relevância;
• Ressonância.

Esses três itens são fundamentais quando falamos de marketing de influência. Eles
auxiliam na identificação dos verdadeiros influenciadores digitais. Um usuário de rede
social, por exemplo, pode ter muitos seguidores (alcance), porém pode não existir
nenhum comentário ou discussão em suas páginas, ou seja, pouco engajamento
(ressonância), assim, não possuem grande importância (relevância) nos grupos que
participam. Possuir muitos seguidores não significa ter grande audiência.

Existem algumas classificações de influenciadores digitais, alguns já nasceram no


mundo digital e são produtores de conteúdo nas mídias sociais, são os denominados
nativos. Outros tiveram que se adaptar aos novos adventos da Internet, aprenderam a
transmitir toda a sua influência de modo digital, são as denominadas celebridades.

Os nativos, formaram seus públicos nas próprias plataformas digitais e produzem seu
próprio conteúdo. Já as celebridades, tiveram sua influência solidificadas nas mídias
tradicionais e sua popularidade foi transportada para mídias digitais.

Existem, ainda, os jornalistas, com uma projeção de influência similar ao das


celebridades, construíram seu próprio público em meio as mídias tradicionais.

Além dos nativos, das celebridades e dos jornalistas devemos considerar também as
autoridades, que utilizam sua notoriedade para impulsionar sua influência nas redes
sociais digitais; e os ativistas, que são líderes em seus assuntos de atuação.

Para o marketing, a importância dos influenciadores consiste em seu poder de


persuasão sobre os consumidores que frequentam seu grupo social digital, no
momento em que o usuário pesquisa sobre um assunto do seu interesse.

47
4.5 SEO e SEM

O marketing digital realmente é muito complexo, entretanto existem algumas


ferramentas que auxiliam nas tomadas de decisões estratégicas. Estamos falando do
SEO e do SEM ambas englobam o mesmo assunto: otimizar a experiência do usuário e
realizar a procura de conteúdo em plataformas de busca. O SEO (Search Engine
Optimization – Marketing de otimização de site para mecanismos de busca), já citado
anteriormente, está inserido dentro do SEM (Search Engine Marketing – Marketing de
Otimização de buscadores), voltado para os mecanismos de buscas.

O SEO é, na verdade, estratégias utilizadas para garantir que o conteúdo seja


extremamente acessível nas plataformas de busca, melhorando as chances de um site
ser encontrado organicamente pelos buscadores, como os usuários não vão até as
últimas páginas de busca dentro de sites, como Google e Bing, as práticas de SEO são
utilizadas pelos desenvolvedores que procuram atingir melhor classificação, são ações
que incluem:

• Melhora na qualidade do conteúdo publicado;


• Uso relevante de palavras-chave;
• Planejamento de distribuição de links para melhorar a popularidade;
• Uso das mídias sociais para alavancar o conteúdo;
• Melhora na navegação e experiência do site.

O SEM é uma área que o SEO integra, são complementares dentro das estratégias de
marketing. As duas ferramentas combinam-se dentro da otimização do conteúdo e na
linguagem da página dentro das plataformas de busca. Para um retorno positivo, o
ideal é trabalhar as duas ferramentas juntas. O SEO atuando dentro do conteúdo em si
e o SEM capaz de visualizar a melhor estratégia de links patrocinados para que ambos
façam o conteúdo (seja ele qual for) ter impulso orgânico.

Dessa forma, o SEM está inserido em uma área do marketing, que visa as plataformas
de busca, enquanto o SEO são ações que melhoram os sites nos resultados dos
buscadores.

48
Conclusão

Esse bloco foi dedicado às redes sociais e suas estratégias. O primeiro item abrange o
desenvolvimento do conteúdo das marcas nas redes sociais e a importância de sua
retransmissão (com ações de remarketing), mantendo o seu conteúdo em alta,
respondendo comentários e compartilhando o próprio conteúdo.

No segundo item, compreendemos a palavra primordial para qualquer conteúdo on-


line: engajamento, para tanto, conhecemos alguns passos que ajudam a impulsiona-lo
como conhecer o usuário, utilizar as mesmas mídias do público-alvo, estabelecer as
melhores estratégias, personalizar o conteúdo, possuir uma linguagem que converse
com o usuário, responder comentários, interagir e medir o alcance e a pertinência do
conteúdo. Dando sequência, no terceiro item, entendemos os tipos de consumidores
digitais, vimos que alguns são bem ativos nas redes sociais e outros não.

No penúltimo item conhecemos uma ferramenta importante, os influenciadores,


vimos que sua influência é baseada em três fatores: alcance, relevância e ressonância.
Na última parte do bloco, aprendemos sobre duas ferramentas, uma inserida na outra,
o SEM e o SEO, que se baseiam em ações de otimização do conteúdo para que seja
mais facilmente encontrados dentro de plataformas de busca na Web.

REFERÊNCIAS

FERREIRA JUNIOR, A. B. Marketing digital: uma análise do mercado. Curitiba:


InterSaberes, 2015.

LIMEIRA, T. M. V. E-Marketing. São Paulo: Saraiva, 2007.

MICELI, A. L.; SALVADOR, D. O.; SIMONIADES, R. Planejamento de Marketing Digital:


como posicionar sua empresa em mídias sociais, blogs, aplicativos móveis e sites. Rio
de Janeiro: Brasport, 2015.

REEDY, J.; SCHULLO, S. Marketing eletrônico: integrando recursos eletrônicos ao


processo de marketing. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

49
STRAUSS, J. E-Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.

TELLES, R. Canais de marketing e distribuição. São Paulo: Saraiva, 2002.

TOTTI, F. Marketing eletrônico e internacional. São Paulo: Pearson Education do


Brasil, 2016.

TURCHI, S. R. Estratégia de marketing digital e e-commerce. Rio de Janeiro: Atlas,


2018.

50
5 MARKETING DE CONTEÚDO

Neste bloco, estudaremos os conceitos de marketing de conteúdo e suas ramificações,


sendo elas:

• CROWDFUNDING E CROWDSOURCING;
• MARKETING INBOUND;
• PLANEJAMENTO E GESTÃO DE CONTEÚDO;
• WEBWRITING;
• TRANSMÍDIA STORYTELLING.

Antes de darmos início a discussão, é preciso dizer que o objetivo do marketing de


conteúdo é engajar o público-alvo de uma determinada empresa, aumentando suas
conexões e rede de clientes, por meio de novos conteúdos relevantes para os
potenciais clientes. A distribuição desse conteúdo pode ser feita de várias formas,
como, por exemplo, por meio da criação de um conteúdo de qualidade, que seja
valioso e pertinente ao público-alvo. Para isso, é fundamental a definição de alguns
conceitos, como veremos a seguir.

5.1 Crowfunding e Crowdsourcing

Criado por Tim O’Reilly, em 2003, o conceito de “Web 2.0” afirma que os usuários da
Internet tendem a se tornar cada vez mais colaboradores do ambiente em que
navegam. Assim, eles utilizam a Internet e contribuem com conteúdo on-line. Dessa
forma, diante desse contexto de colaboração e participação, surgiram os conceitos de
crowdfunding e crowdsourcing que, apesar da semelhança das palavras, são
diferentes.

O Crowdfunding, também chamado de “financiamento coletivo”, surgiu em 2005 e se


popularizou a partir de 2009, por meio do site Kickstarter. Trata-se da arrecadação de

51
recursos financeiros através da contribuição de usuários da Internet, que apoiam a
ideia difundida pelo crowdfunding.

Para iniciar um crowdfunding é necessário realizar um cadastro prévio do projeto ou


ideia que deseja financiar num site de crowdfunding, existem vários na Web. Assim, as
pessoas que desejam financiar a ideia doam um determinado valor. Em troca, o
fundador do crowdfunding, geralmente, oferece recompensas a seus apoiadores, as
quais podem variar de acordo com o valor doado ou com a proposta do financiamento
coletivo.

Na maioria das vezes, os donos do site de crowdfunding recebem dos responsáveis


pelo projeto uma comissão de, em média, 5%. O site americano Kickstarter, um dos
mais famosos de financiamento coletivo, já hospedou mais de 380 mil crowdfundings,
de todos os tipos, chegando a captar até 100 mil dólares em alguns projetos.

Atualmente, existem vários tipos de crowdfunding, como, por exemplo, o


financiamento da ida de um artista à determinada região do Brasil ou do mundo, a
compra de equipamentos, investimento em blogs ou canais de vídeo no YouTube, a
abertura de estabelecimentos (restaurantes, galerias de arte, etc) e, até mesmo,
projetos “tudo ou nada”, nos quais, caso a meta de arrecadação do financiamento não
seja alcançada, todo o valor arrecadado é devolvido aos doadores.

O conceito de Crowdsourcing, cuja palavra é a junção de “crowd” (multidão, em inglês)


e “source” (fonte, inglês), é a busca por fornecedores ou prestadores de serviços
terceirizados, também chamada de produção colaborativa. Dessa forma, caso tenha
uma empresa que decida criar um logotipo para sua marca, é possível, por meio de um
site direcionado para crowdsourcing, ela informar o que quer, como quer e o quanto
pretende pagar pelo trabalho, entrando em contato com diversos prestadores de
serviços do meio. O portfólio e as experiências profissionais de cada um dos
candidatos interessados na execução do trabalho, mesmo aqueles que estão
geograficamente mais distantes, fica disponível, assim é possível contratar o melhor
profissional.

52
O crowdsourcing segue a máxima que afirma “várias cabeças pensam melhor que
apenas uma”, portanto, reúne ideias e habilidades de diferentes pessoas na execução
de um trabalho. Dessa forma, a qualidade será a máxima, porém com o menor custo.
Por fim, é essencial mencionar que para iniciar um processo de produção colaborativa,
é necessário que as pessoas estejam conectadas em rede, trocando informações,
ideias e experiências. A produção colaborativa é um processo criativo coletivo,
composto por vários prestadores de serviço e ideias que se complementam, que pode
ser alterado por todos aqueles que participam dele.

Assim, apesar do crowdfunding e do crowdsourcing terem relação com a colaboração


de usuários via Internet, são conceitos distintos, pois o primeiro se refere a captação
de recursos financeiros para a execução de um projeto, enquanto o segundo consiste
na busca por usuários que possam prestar serviços e contribuir para resolução dos
problemas do contratante.

5.2 Inbound Marketing

Antes de apresentarmos o conceito de Inbound Marketing, é necessário dizer que a


jornada de compra compreende desde a forma como o cliente é atraído por um
determinado produto até sua efetiva compra. E, ainda que a experiência de compra
esteja se tornando cada dia mais individual, é possível estabelecer padrões e
metodologias que podem ser aplicadas a ela. A mais eficaz delas é chamada de
Inbound Marketing, que consiste na estratégia de atrair visitas de possíveis
consumidores para um site, mantê-los interessados e transformá-los em clientes.

Dentre essas estratégias estão a criação e distribuição de conteúdo em canais digitais,


a otimização (SEO), dentre outras. Os consumidores atraídos pelo Inbound Marketing
já possuem algum interesse naquele produto, por isso são grandes as chances de
serem convertidos em clientes efetivamente, uma vez que buscam na Internet
conteúdos que atendem suas necessidades e correspondam às suas expectativas.

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Um jogador on-line, por exemplo, que sinta dificuldade em jogar em seu computador,
mas que ainda não sabe a origem do problema, pode pesquisar na Web e descobrir
que está usando um teclado inapropriado para aquele jogo específico. Essa descoberta
pode ser feita por meio de vídeos, postagens em blogs, fóruns, etc., e, a partir dela, o
jogador procurará teclados melhores, que atendam suas necessidades. Se encontrar
uma loja digital que lhe forneça esse produto e o conduza pela jornada de compras,
serão altas as chances dele se tornar um consumidor daquela loja.

O Marketing chama essa jornada de compras de “Funil de Vendas”, que funciona como
uma estrutura que mapeia os objetivos de cada etapa da jornada, tornando possível
delinear medidas eficazes para atrair clientes em qualquer negócio na era digital. No
entanto, ainda assim, é necessário compreender que o público-alvo deve sempre ser
específico, sendo muito importante entendê-lo para que a estratégia criada seja
aprimorada e, consequentemente, ocasione o aumento nas vendas.

Trabalhar com inbound marketing consiste em seguir suas quatro ações


metodológicas. São elas:

Atrair: Para essa ação, é necessário apresentar conteúdos relevantes nas redes sociais,
em blogs e sites, sendo fundamental o emprego de palavras-chave para ele seja
facilmente encontrado por sistemas de busca on-line. O objetivo é captar novos
clientes e despertar neles interesse pelo produto ou serviço anunciado,
transformando-os em visitantes.

Converter: Esta ação consiste na conversão de visitantes em leads, através de links de


ação (call-to-action), landing pages (primeiras páginas acessadas pelos usuários),
formulários e contatos com possíveis clientes.

Fechar: Significa transformar leads em clientes. Essa ação requer o uso de e-mails ou
outras ferramentas de relacionamento direto, além do atendimento off-line, para que
o cliente se sinta à vontade e confiante com a marca, acreditando que é ela sua melhor
escolha.

54
Encantar: Esta etapa representa a transformação de um cliente em um divulgador, ou
seja, um cliente engajado, que compartilha as informações da marca e a indica em seu
ciclo social.

O objetivo dessas ações é promover ou aumentar as vendas, garantindo resultados


que, além de assegurarem a venda, imprimam no consumidor verdadeira satisfação
em adquirir aquele produto ou serviço. Quando se chega a esse ponto, é natural que o
cliente se sinta confortável em indicar a marca para outras pessoas, aumentando seu
engajamento e compartilhamento.

5.3 Planejamento e Gestão de conteúdo

Planejamento e gestão de conteúdo são o planejamento, o desenvolvimento, o


gerenciamento, a implantação, a preservação e a avaliação do conteúdo relevante de
uma marca ou empresa. Portanto, é esse gerenciamento que permite o controle de
conteúdo e sua utilização eficaz. O ciclo de gestão de conteúdo digital tem seis
diferentes fases:

1. Planejar: Análise da situação atual e dos requisitos de conteúdo. A estratégia de


gerenciamento de conteúdo deve estar alinhada com os objetivos do negócio;

2. Desenvolver: O conteúdo deverá ser criado, editado, capturado ou adquirido,


sempre proporcionando um contexto significativo ao conteúdo produzido;

3. Gerenciar: O conteúdo deverá ser armazenado, protegido, revisado e aprovado,


estando pronto para compartilhamento;

4. Implantar: O conteúdo é organizado, montado e entregue ao público por meio


de vários mecanismos e canais de divulgação digital. Ele pode refletir valores e
normas de cada região, usuário ou época, bem como os valores e a história da
marca;

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5. Preservar: É necessário proteger o conteúdo de possíveis alterações ou perdas,
assegurando-se de que sejam realizados backups e armazenamentos;

6. Avaliar: O conteúdo deve ser auditado, verificando se ele ainda está atualizado
e se é de fácil acesso aos usuários. Caso se constate que o conteúdo é antigo e
não possui mais relevância, é preciso redefinir a estratégia de conteúdo e as
metas a serem alcançadas.

Assim, é possível criar e administrar conteúdo de qualidade e, consequentemente,


atrair um público maior com mais chances de se interessar pelo produto ou serviço
anunciado. Para isso, é fundamental organização e planejamento, conhecer bem o
público-alvo, as palavras-chave que podem ser utilizadas nas buscas de sites de
pesquisa e sua linha editorial. Uma vez publicado, o conteúdo estará disponível para
que o público interaja com ele, comentando, curtindo e compartilhando.

Por fim, é muito importante medir os resultados alcançados, o que pode ser feito por
meio da avaliação de engajamento do conteúdo, do tempo de permanência no site, do
ranking de pesquisas em sites de busca, etc.

5.4 Webwriting

Webwriting consiste em técnicas de criação e distribuição de conteúdo na Internet, o


mesmo pode ser distribuído através de textos, vídeos, áudios, imagens, etc.

A técnica de webwriting foi criada por volta de 1997, época em que a Internet
começou a ser difundida e popular, de modo que se tornou importante a produção de
conteúdo para Web de forma diferenciada e exclusiva. A atuação do webwriting é
ampla, podendo envolver diferentes aspectos da informação, qualidade de conteúdo,
SEO, gestão de conhecimento, etc.

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Em primeiro lugar, é importante perceber que a leitura de conteúdo na Internet é
diferente da leitura em jornais, livros e revistas, pois nela os olhos do leitor percorre
um determinado caminho, “escaneando” toda a página e buscando por palavras ou
imagens que lhe interessem. Assim, o internauta descarta tudo o que não for
estritamente relacionado àquilo que procura.

Por isso, o webwriter busca entender o comportamento de leitura de seu leitor e, a


partir disso, disponibilizar seu conteúdo de forma atrativa, com o objetivo de manter o
leitor no site pelo maior tempo possível. Um site com webwriting bem desenvolvido,
por exemplo tem maior destaque nos motores de busca do Google e outros sites de
pesquisa, atingindo o maior número de pessoas e, consequentemente, captando mais
clientes em potencial.

Em segundo lugar, é necessário lembrar que o webwriting é essencial para a


construção de qualquer marca no meio digital, pois toda empresa deve contar sua
história, mostrar seu conteúdo e seus valores aos consumidores através da
publicidade. É isso que a difere das outras, a divulgação de seus conteúdos e
experiências e como eles atingem o seu público.

É dessa forma que o webwriting está presente nos vídeos que assistimos, nas
newsletters que recebemos, nos artigos que lemos em blogs e sites de conteúdo, etc.
Em resumo, ele está por toda a Web.

Portanto, para que uma marca capte clientes e aumente suas vendas, é preciso que
seu site e o conteúdo nele inserido sejam vistos pelas pessoas certas, ou seja, pessoas
interessadas no produto ou serviço ali vendido. Porém, é necessário que o site alcance
um grande número de clientes em potencial e a melhor maneira de fazer isso, como já
visto, é através da otimização dos mecanismos de busca de sites de pesquisa, como o
Google e similares.

Os robôs de sites de pesquisa não avaliam apenas as palavras-chave digitadas pelo


internauta em sua busca, mas também a qualidade do conteúdo, as imagens
disponibilizadas no site, etc. Assim, é necessário que o webwriting seja bem

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desenvolvido, atraindo cada vez mais clientes. De acordo com o site Ideia de
Marketing, o webwriting utiliza as seguintes estratégias:

• Conteúdo extremamente relevante;

• Textos com linguagem simples e de fácil entendimento;

• Sempre ensinar ao cliente algo novo em cada publicação;

• Atualizações regulares;

• Evitar o excesso de banners e anúncios;

• Evitar arquivos flash e imagens muito grandes e difíceis de carregar;

• Otimizar conteúdos, sem perder qualidade de texto;

• Criar títulos e chamadas atrativos;

• Revisar sempre seus textos antes de publicar e, se possível, pedir para alguém
ler;

• Divulgar em todas as mídias sociais que você puder;

• A cada 500 caracteres (no máximo), iniciar outro parágrafo;

• Escrever em listas;

• Colocar links de outros blogs e sites importantes;

• Adicionar vídeos e elementos visuais para enriquecer seus conteúdos.

Com técnicas de webwriting bem aplicadas, a marca terá ótimos resultados em seu
website, fidelizando novos clientes por meio de informações e experiências, além de
aumentar suas vendas e resultados.

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5.5 Transmedia Storytelling

Atualmente, é possível afirmar que a tecnologia está disponível para grande parte da
população. O mesmo acontece com as marcas, pois todas têm acesso a ferramentas
tecnológicas capazes de potencializar sua imagem, seus produtos e serviços através de
sites, e-commerce, vídeos, mobile marketing, redes sociais, etc.

No entanto, muitas delas ainda não possuem uma estratégia que possibilite a
integração dos meios e das ações praticadas, de modo que nem sempre há harmonia
entre a publicidade on-line e off-line. É comum que o marketing seja focado na marca
e no produto, porém, é preciso se lembrar que os consumidores e possíveis clientes
também buscam experiências com as quais possam se identificar, sentindo-se parte da
história da marca e desenvolvendo uma relação de empatia com ela.

Essa história, contada com os recursos proporcionados pela tecnologia, permite que a
marca interaja com o público, tornando-se de fato relevante na vida de seus
consumidores. Os clientes, realmente ficam ligados à marca, tornam-se verdadeiros fãs
e, até criam conteúdos para as marcas que se identificam.

Assim, a estratégia de transmedia storytelling consiste em desenvolver junto aos


consumidores uma verdadeira experiência de entretenimento, que possibilite a
participação do público na criação de conteúdo.

Uma boa estratégia de transmedia storytelling precisa cativar o público, fazer com que
as pessoas se sintam parte daquela história. É imprescindível, portanto, o uso de
diferentes meios de comunicação para divulgação da história, para que sua mensagem
seja levada ao máximo de pessoas possível, proporcionando uma experiência
diferenciada e marcante. A base da história deve ser sempre a emoção, os valores e a
humanidade. Seu centro já não é mais a marca, produto ou serviço anunciado, mas sim
o público, a vida. Este é um dos princípios do processo de storytelling.

Assim, é possível passar uma mensagem marcante e de fácil compreensão. A


estratégia de transmedia storytelling pode ser utilizada com o objetivo de:

• Lançar o produto ou serviço;

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• Criar uma determinada comunidade em torno de uma causa;

• Construir ligações profundas com uma base de fãs;

• Promover a integração entre os canais de comunicação de uma marca;

• Reduzir a repetição de conteúdo entre os diferentes canais;

• Promover a criação de conteúdo colaborativo.

É fundamental, no transmedia storytelling, a conjugação de diferentes meios, com


conteúdo próprio, parte integrante de uma narrativa maior, ou seja, a história a ser
contada. Portanto, ele é o responsável por tornar a comunicação de grandes marcas
algo especial, que aproxima a marca de seus clientes. É o que faz os consumidores se
lembrarem dela, falar sobre ela e se emocionar com suas campanhas e publicidades.

Conclusão

Neste bloco, estudamos mais de perto o marketing de conteúdo, cuja finalidade é


engajar o público-alvo de uma marca ou empresa, aumentando sua rede de clientes
através de conteúdos que apresentem relevância aos consumidores.

Dentre esses recursos, conhecemos o crowdfunding e crowdsourcing, ambos são


ferramentas que possibilitam aos usuários da Internet tornarem-se colaboradores do
ambiente on-line. Aprendemos que o crowdfunding é um financiamento coletivo, o
qual possibilita que internautas contribuam financeiramente com algum projeto pelo
qual se interessem, muitas vezes recebendo algum tipo de bônus ou recompensa do
fundador do crowdfunding. Já o crowdsourcing, é um tipo de produção colaborativa,
na qual uma empresa, que necessita elaborar um trabalho, consegue se conectar com
diferentes prestadores de serviço, analisando portfólios e experiências profissionais, e
receber, de cada um deles, ideias que se complementam e se conectam, possibilitando
interação e troca de ideias.

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Conhecemos também o Inbound Marketing, estratégia que visa atrair visitas aos sites e
redes sociais das marcas, captando possíveis clientes e mantendo-os interessados, nos
produtos ou serviços oferecidos, fidelizando os clientes e, sobretudo, garantindo que
os clientes indiquem a marca em seu círculo pessoal. Aprendemos que, com o objetivo
de promover ou aumentar as vendas, existem quatro ações metodológicas de Inbound
Marketing: atrair, converter, fechar e encantar.

Além disso, estudamos o planejamento e a gestão de conteúdo digital, que são ações
caracterizadas como planejamento, desenvolvimento, gerenciamento, implantação,
preservação e avaliação do conteúdo de uma marca. Descobrimos que o ciclo de
gestão de conteúdo digital tem seis diferentes fases: planejar, desenvolver, gerenciar,
implantar, preservar e avaliar.

Também conhecemos o webwriting, técnica de criação e distribuição de conteúdo on-


line, que pode ser distribuído entre outras maneiras, por meio de textos, vídeos,
áudios e imagens. Descobrimos que a leitura de conteúdo na Internet é diferente da
leitura de impressos porque, na Internet, os olhos dos leitores percorrem um caminho,
“escaneando” a página e buscando por palavras ou imagens que lhe interessem. Por
isso, é importante que o conteúdo seja elaborado de forma atrativa, com o objetivo de
manter os leitores por mais tempo no site, aumentando o número de clientes.

Por fim, também estudamos o transmedia storytelling, estratégia de contar uma


história ao público, proporcionando aos consumidores uma experiência de
entretenimento e emoção, focada em pessoas, locais, costumes, valores, etc. Vimos
que uma boa estratégia de transmedia storytelling precisa cativar o público, emocioná-
lo, e que a base da história deve ser sempre a emoção, a humanidade. Seu foco já não
deve estar mais na marca, produto ou serviço anunciado, mas sim no público, na vida.

REFERÊNCIAS

FERREIRA JUNIOR, A. B. Marketing digital: uma análise do mercado. Curitiba:


InterSaberes, 2015.

61
FONSECA, S. Webwriting: saiba o que é e como a técnica pode ajudar a posicionar seu
site na web. Ideia de Marketing, 6 mar. 2015. Disponível em:
<https://www.ideiademarketing.com.br/2015/03/06/webwriting-saiba-o-que-e-e-
como-a-tecnica-pode-ajudar-a-posicionar-seu-site-na-
web/?fbclid=IwAR3yvbXkiOLSs9QWeJrX5SSopv63-
oIniJ74XG6GccHGkCYEPAoAGLrI9Yo>. Acesso em: 10 jul. 2019.

LIMEIRA, T. M. V. E-Marketing. São Paulo: Saraiva, 2007.

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de Janeiro: Brasport, 2015.

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processo de marketing. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

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TELLES, R. Canais de marketing e distribuição. São Paulo: Saraiva, 2002.

TOTTI, F. Marketing eletrônico e internacional. São Paulo: Pearson Education do


Brasil, 2016.

TURCHI, S. R. Estratégia de marketing digital e e-commerce. Rio de Janeiro: Atlas,


2018.

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6 FERRAMENTAS DE MARKETING

Chegamos ao último bloco, os temas abordados nele estão voltados para as


ferramentas que podem ser utilizadas no marketing digital. Observaremos como
funcionam os anúncios em algumas mídias sociais, além de constatar como alguns
aplicativos mobiles como WhatsApp, Telegram, por exemplo, podem ser úteis para o
marketing digital. Aprenderemos sobre os formatos mais utilizados nos anúncios do
YouTube e, para finalizar, saberemos como funcionam os algoritmos e o sistema de Big
Data dos grandes sites de busca. Veremos, portanto:

• ADS: FACEBOOK, TWITTER, INSTAGRAM, LINKEDIN;


• TRÁFEGO NAS REDES: ORGÂNICO E PAGO;
• O USO DO WHATSAPP, TELEGAM, MESSENGER PARA O MARKETING;
• OS FORMATODO DO YOUTUBE;
• BIG DATA E ALGORÍTIMOS.

6.1 Publicidade nas redes sociais

Toda marca deve sempre buscar formas de divulgação que aumentem a consciência
dos seus produtos pelas pessoas. Dessa maneira, divulgar um produto por meio das
mídias sociais é uma estratégia bastante útil. Logo, uma ferramenta muito utilizada são
os anúncios nas mídias sociais, os Social Ads, que estão sendo, frequentemente,
adotados como forma de divulgação. Publicidades nas redes sociais aproximam e
criam laços entre produtor e consumidor.

A divulgação da marca nas mídias sociais segue uma mecânica própria, através de links
patrocinados que utilizam técnicas de SEO. Nesse contexto, os Social Ads são anúncios
publicitários feitos em plataformas de mídias digitais. Um anúncio publicitário desses
deve ter os seguintes objetivos:

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• Subir a taxa de seguidores naquela plataforma;
• Melhorar a relação entre as publicações da marca e os usuários (engajamento);
• Lançar produtos e marcas novas;
• Alavancar as vendas.

Existem inúmeras plataformas e diferentes formas de fazer os Social Ads. Abaixo,


seguem as principais plataformas em que podem ser anunciados.

Facebook

Principal rede social da atualidade, possui o maior número de usuários. O Facebook


permite diferentes formatos de multimídia e as marcas utilizam essa plataforma para
se manterem próximas dos consumidores. A central de Ads do Facebook denomina-se
Facebook Ads e nela é possível criar anúncios disponibilizados pela mídia, estipular
metas e saber o custo da ação publicitária dentro da rede social.

Instagram

Mídia social em ascensão, dedicada ao aspecto visual e de curta duração. A plataforma


é focada no engajamento com um grande uso de hashtags, termos escritos com o
símbolo “#”, que agrupam diferentes assuntos. Os anúncios nessa plataforma podem
ser utilizados para mostrar ao usuário diferentes produtos através de imagens e vídeos
curtos que duram 24 horas e possuem ótima qualidade.

Twitter

Rede social famosa no mundo, funciona como um microblog com o número de


caracteres limitado. Além de aceitar imagens e vídeos, seu diferencial é a comunicação
direta entre as marcas e os consumidores. Com uma dinâmica acelerada e a indexação
por hastags bem presente, a rede social elenca um ranking das hashtags mais
publicadas na mídia social. Essa mídia também trabalha com anúncios patrocinados e

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segmentados para usuários específicos, diferenciando o preço do anúncio conforme a
segmentação fica mais detalhada.

LinkedIn

Mídia social específica para profissionais e corporações, dedicada aos usuários que
almejam aumentar seus contatos no mundo corporativo. A realização de campanhas
de anúncios nessa rede social funciona através da criação patrocinada de páginas
coorporativas, essas páginas pagam por serviços de impulsionamento e segmentação
de alcance das mensagens enviadas através da página da empresa.

Spotify

Rede social mobile destinada à divulgação de música. Os usuários dessa rede têm a
opção de acessa-la assinando um plano pago ou uma versão gratuita, porém limitada,
na qual estão inseridos os anúncios. Os anúncios são divulgados em diferentes
formatos: 30 segundos de anúncios a cada 15 minutos de música tocada; vídeos
patrocinados de 30 segundos que, após serem assistidos pelos usuários, disponibilizam
mais 30 minutos de músicas; e vídeos publicitários destinados a versão para
computador do aplicativo.

Waze

Aplicativo para o mobile, de navegação GPS, mais acessado do mundo. A plataforma


oferece três modos de anúncio: por busca, semelhante ao Adwords do Google, na qual
são indicados anunciantes que adquiriram o termo; por anúncio digital no meio da
navegação do aplicativo; e por anúncios que aparecem na tela do aplicativo enquanto
os seus usuários estão parados no trânsito.

Os benefícios dos investimentos nas Sociais Ads são inúmeros, mas podemos destacar
alguns como, por exemplo, o aumento do tráfego dentro de um site ou página nas
mídias sociais, o conhecimento do próprio anunciante a respeito do seu investimento
em cada publicação (aumentando suas chances de impulsionamento) e a produção de
conteúdo especifico para determinados nichos que o anunciante deseja atingir. Todos

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os esforços de investimentos nos Sociais Ads acabam impulsionando também a força
das vendas, através de um trafego maior de usuários que acessam o conteúdo
produzido pela marca.

O alto nível de mensural dos Sociais Ads é uma das melhores características que
auxiliam nas estratégias de marketing digital. Analisando o trafego nos anúncios
publicados, cria-se um controle gerado pelas próprias plataformas, logo, ao analisar as
conversões dos acessos dos usuários em vendas efetivas, desenvolvem-se dados da
relação entre investimento e o retorno, denominados ROI (Return of Investment). Esse
relatório significa que anunciante saberá exatamente: o montante investido nos
anúncios; as visualizações e acessos de cada publicação; e quantas visitas foram
convertidas em vendas efetivas.

Anúncios em Social Ads é uma ótima ferramenta de marketing e deve ser levado em
consideração também a capacidade de fidelização que essa estratégia proporciona.

6.2 Tráfego nas redes sociais

Todas as visitas recebidas por um canal digital, seja um site, blog, página de empresa
ou rede social, são chamadas de tráfego. A geração de tráfego em páginas da Web traz
mais visibilidade e relevância para a marca ou empresa. Nas redes sociais, esse tráfego
pode ser ainda mais importante, tendo em vista a grande quantidade de pessoas que
faz uso diariamente dessas redes. É necessário, para ter sucesso no tráfego nas redes
sociais, conhecer as técnicas de posicionamento (orgânicas e pagas), que auxiliam
neste processo.

O tráfego orgânico se trata das visitas conquistadas espontaneamente, sem o uso de


anúncios ou estratégias para atrair consumidores. Sua maior vantagem é o baixo custo
empregado, já que os resultados vêm diretamente, sem grandes gastos. Porém, ainda
é necessário considerar que existem pequenos gastos para atrair o tráfego orgânico,
como a contratação de redatores, manutenção do site ou página da marca e um

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grande esforço para que sua marca seja sinônimo de qualidade, tornando-se a
primeira opção de seus consumidores.

Já no tráfego pago, os custos são mais elevados, pois ele consiste no pagamento por
anúncios nas redes sociais e em sites de pesquisa. Lembre-se que o anúncio deve ser
feito de forma constante, não bastando um único anúncio para trazer visibilidade à
marca. Assim, além de todos os gastos com a produção de conteúdo, também deve-se
investir em ferramentas de promoção dos anúncios em diversos locais, em variadas
redes, para alcançar o maior número de pessoas possíveis. A vantagem desse tipo de
tráfego é a rapidez com que os resultados atingem um grande número de pessoas.

Agora que já sabemos a diferença entre tráfego orgânico e tráfego pago, devemos
lembrar que as redes sociais são excelentes para chamar a atenção do público-alvo da
marca ou empresa. Isso porque elas reúnem milhões de usuários em sua plataforma e,
muitas vezes, o acesso constante às redes sociais já é parte essencial do dia a dia das
pessoas que navegam nelas por um tempo significativo, ficando assim mais vulneráveis
a informações ou anúncios presentes naquela plataforma.

O Facebook, por exemplo, conta com mais de 1,2 bilhões de perfis no mundo e,
justamente por isso, tornou-se uma ferramenta essencial nas estratégias de marketing
digital das marcas. Ainda assim, surpreendentemente, poucas empresas preocupam-se
em desenvolver estratégias reais de atuação nas redes sociais. Muitas delas, aliás,
limitam-se a criar perfis nas redes sociais e um cronograma de postagens apenas, pois
acreditam que já estão aplicando estratégias de tráfego orgânico e, assim, atraindo seu
público-alvo ou potenciais novos clientes.

Porém, o tráfego orgânico não é uma tarefa fácil e, como já vimos, gera custos com
investimentos maiores em produção de conteúdo. É necessário, assim, investimento
financeiro e o emprego de tempo para produzir conteúdo de qualidade, que seja
adequado aos objetivos da marca e direcionado ao seu público-alvo.

É primordial, portanto, entender seu público-alvo, seus interesses e comportamentos


nas redes sociais. São estas informações que auxiliam a criação de um conteúdo eficaz,

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que é capaz de atrair potenciais clientes para sua marca, e gerar mais tráfego orgânico
e, consequentemente, aumento das vendas.

Em geral, para aumentar o tráfego orgânico nas redes sociais é necessário, além de
uma aprofundada pesquisa do público-alvo da marca, seguir alguns passos, tais como:

• Postar conteúdo de qualidade, sempre almejando atingir o interesse do


público-alvo estudado;
• Postar na medida certa, tomando cuidados para não exagerar e sobrecarregar
as redes sociais com informações demais, mas, ao mesmo tempo, sem deixar a
página da marca desatualizada, sem postagens;
• Postar fora dos horários de pico, quando há menos postagens das marcas
concorrentes e a atenção do consumidor estará voltada somente para sua
marca;
• Postar links, fazendo de seu perfil um caminho para outros conteúdos
produzidos pela marca;
• Apostar em conteúdos com maior apelo visual, que atraiam o público-alvo e
chamem atenção, especialmente, vídeos, cujo consumo é grande nas redes;
• Compartilhar material didático, como infográficos, que parecem ser a
preferência de grande parte dos internautas;
• Fazer perguntas nas postagens das redes sociais, de modo a aumentar o
interesse dos consumidores e o engajamento nas postagens da marca;
• Focar na construção de uma comunidade, interagindo de forma mais próxima e
pessoal com os consumidores.

Seguindo esses passos, é possível aumentar o tráfego orgânico nas redes sociais da
marca e trazer mais consumidores para os produtos ou serviços anunciados.

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6.3 O uso do WhatsApp, Telegram e Messenger para o marketing

O WhatsApp, Telegram e Messenger são aplicativos utilizados diariamente por grande


parte da população, com finalidade comunicacional. E, como sempre ocorre com os
canais de comunicação, passaram também a ser empregados no marketing.

Atualmente, muitas empresas utilizam esses aplicativos como ferramentas de


comunicação com seus clientes, o que possibilita maior confiança e proximidade do
cliente com a marca e, consequentemente, o aumento das vendas. No entanto, utilizar
esse tipo de aplicativo de comunicação como instrumento de divulgação, atendimento
e suporte pós-venda também torna o contato com o consumidor mais simples e traz
uma série de vantagens à marca, como veremos abaixo:

1. Ampliação da rede de contatos da marca: A facilidade e o conforto que as


ferramentas de mensagem proporcionam ao contatar um consumidor
revolucionaram as trocas entre produtor e consumidor, uma vez que ao
receber uma mensagem da marca ou empresa, o mesmo pode respondê-la
quando achar melhor, sem ser incomodado com ligações em momentos
indesejados. E, como hoje em dia uma grande parte da população faz uso de
aplicativos de mensagens, é possível atingir um elevado número de pessoas e
ampliar a rede de contatos, compartilhando ideias, promoções ou lançamentos
de maneira prática e simples.
2. Pesquisa de mercado: Pela facilidade de sua utilização, os aplicativos de
mensagens também são bons recursos para que os clientes possam dar seu
feedback sobre a marca, produto ou serviço oferecido. Dessa maneira, é mais
fácil para a empresa realizar pesquisas de mercado, enviando ao consumidor
perguntas relacionadas a marca. Como já mencionamos acima, devido a
praticidade das ferramentas de mensagens, são maiores as chances de resposta
dos consumidores, diferente de um formulário via e-mail, por exemplo, que
exige do cliente maior disponibilidade de tempo para oferecer seu feedback.
3. SAC: Como na era da tecnologia as pessoas se acostumaram a ter tudo de
maneira rápida e imediata, a espera ou dificuldade em encontrar informações

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pode ser irritante para várias pessoas, logo, as ferramentas de mensagens
possibilitam que o consumidor não precise gastar minutos preciosos de seu dia
ao telefone com o SAC da empresa, nem mesmo necessite buscar no site da
marca, no meio de inúmeras informações, aquela que precisa no momento.
Dessa forma, a resposta está ao alcance das mãos do consumidor, em
aplicativos que ele usa regularmente em seu smartphone, que se tornaram
armas poderosas para suporte e atendimento ao cliente, de maneira prática, à
distância e com apenas um toque.
4. Vendas: É muito comum o emprego de aplicativos de mensagens nas vendas e,
inclusive, já existem inúmeras empresas que conectam seus sites com links de
venda diretamente em aplicativos, como o WhatsApp. Esse tipo de
comunicação simples, sem necessidade de resposta imediata, tem se tornado a
preferência de muitos consumidores, já que permite que o cliente entre em
contato direto com o vendedor ou representante da marca e tire todas as suas
dúvidas em relação ao serviço ou produto que pretende adquirir, sem, no
entanto, abrir mão de um certo distanciamento que permite ao consumidor a
liberdade de decidir pela compra na hora que achar melhor, sem precisar
tomar uma decisão naquele exato momento. Um aplicativo de mensagens
permite que o cliente negocie no seu próprio tempo, sem pressão ou ligações
indesejadas de vendedores.
5. Leads: Diversas marcas utilizam o Inbound Marketing, atraindo visitantes para
seu site, transformando-os em um lead ao conseguir que eles se inscrevam em
sua newsletter, por exemplo. Ainda assim, o e-mail não é o único canal de
comunicação com possíveis clientes em busca de informações, os aplicativos de
mensagens, também são ótimos na conversão de leads, pois permitem que o
cliente receba artigos, links, imagens, anúncios, informações de lançamentos,
etc., tornando as mensagens um modo de interagir e manter relacionamentos
com os consumidores. Portanto, é importante que a empresa não se prenda
unicamente aos métodos tradicionais, mas inove e forneça aos seus clientes
opções diversas e atualizadas.

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6. Ferramenta de interação: Os aplicativos de troca de mensagens também
podem ser considerados como redes sociais, visto que proporcionam interação
as pessoas. Portanto, as marcas podem utilizá-los a seu favor, aproximando-se
dos usuários e interagindo com eles de forma mais intimista, através de
atendimento personalizado ou da criação de grupos, que promovem o
compartilhamento de informações exclusivas e novidades aos usuários
participantes deles. Também é importante a troca de experiências, sendo
obrigação da marca sempre ouvir os consumidores, entender suas opiniões e
feedbacks, além de demonstrar o quanto eles são valorizados por ela,
aumentando, assim, a fidelidade à marca.
7. Divulgação: É muito importante utilizar as ferramentas de mensagens como
meios de divulgação de produtos e serviços da marca. Além disso, é possível
manter o consumidor atualizado quanto aos novos lançamentos, eventos e
promoções, mantendo a marca sempre no pensamento dos clientes. Porém,
deve-se ter cuidado para não tornar a divulgação invasiva, dominando a
privacidade do consumidor, realizando campanhas sem sua prévia solicitação.

Como visto acima, os aplicativos de mensagens são importantes ferramentas para


aproximar as marcas de seus consumidores, permitindo a divulgação da marca de
maneira prática e em canais utilizados constantemente pelos consumidores,
oferecendo comunicação dinâmica e moderna no contato da marca com seu público.

6.4 Os formatos para o YouTube

O YouTube é uma das redes sociais mais famosas do mundo, o que a torna essencial
para o marketing. Sua presença é mundial e seus usuários passam muitas horas
assistindo os vídeos de seus canais favoritos. Por ser uma plataforma democrática,
com uma infinidade de conteúdos, reúne um público-alvo variado, com interesse em
diversas áreas. Por isso, todo produto ou serviço existente pode ser anunciado nessa
plataforma, pois o mesmo encontrará um público que se interesse por ele.

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Nessa plataforma é possível criar publicidade visual, que será visualizada pelos
espectadores antes da exibição do vídeo que pretendem, de fato, assistir. Em alguns
tipos de propaganda, o usuário pode pular o anúncio após 5 segundos de exibição, por
isso é muito importante ganhar a atenção do usuário da plataforma para que ele se
interesse pelo anúncio completo e não abandone seu conteúdo. Nesses casos, o
próprio Youtube recomenda anúncios com até 30 segundos de duração, que prendem
a atenção do espectador e o faz se interessar pela marca. Essa é, obviamente, uma
excelente oportunidade de criar e difundir conteúdo através de campanhas de vídeo
marketing com a audiência.

O YouTube proporciona as empresas a criação de quatro diferentes tipos de anúncios,


cabe a marca escolher aquele que melhor atende suas necessidades e contempla seu
orçamento. São eles:

Anúncios Trueview: É o modelo de anúncio mais popular, trabalha com o índice de


CVP (custo por visualização) cujo papel é, basicamente, cobrar do anunciante apenas
quando o espectador assiste o anúncio completo do vídeo. Os anúncios trueview
podem ter diferentes formatos: os anúncios display, vistos à direita dos vídeos em
destaque na página inicial da plataforma, assim como na lista de sugestões de vídeos;
os anúncios superpostos, publicidades levemente transparentes na parte inferior dos
vídeos. Há dois tipos de anúncio trueview, anúncios que podem ser pulados após cinco
segundos de exibição e anúncios que não podem ser pulados, também conhecidos
como publicidades “in-Stream”, que deve ser vista em sua totalidade, com duração
entre 15 e 30 segundos. Ambos os anúncios podem ser inseridos antes, durante ou
depois do final do vídeo principal assistido pelo usuário.

Banners Default: Não são anúncios em vídeos, mas ainda assim estão dentro da
plataforma. É o tipo de publicidade paga por clique, que podem aparecer durante a
reprodução de um vídeo ou no resultado das buscas realizadas pelo usuário.

Masthead: Os anúncios em formato Masthead são muito similares aos banners, porém
são exibidos na página inicial da plataforma. Por isso, têm grande destaque já que
todos os usuários, ao abrirem o Youtube para reproduzir vídeo, verão o anúncio.

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Justamente por isso, são destinados a empresas com orçamento mais elástico, que
estão dispostas a pagar mais pela visibilidade garantida. Entre os tipos de anúncio
Masthead, podemos destacar os Mains Pages, cujos anúncios são feitos na parte
superior do site, durante 24 horas; e o de Vídeo, que também possibilita a reserva da
parte superior da página inicial pelo período de 24 horas, entretanto, nesse formato o
vídeo do anúncio é reproduzido por aproximadamente 30 segundos e, para que o
usuário veja sem final, deve clicar no vídeo e continuar assistindo.

Publicidade para Aparelhos Móveis: É o tipo de anúncio criado, especificamente, para a


visualização em celular e tablets. Os principais tipos são o Roadblock, que podem ser
vistos na página principal da plataforma e nas buscas de conteúdo; e o In-Stream,
anúncios reproduzidos automaticamente durante 15 segundos, no decorrer do vídeo
principal.

Além desses anúncios, outra estratégia interessante é criar um canal para a publicação
de vídeos da marca, com um conteúdo que fornece ao público informações acerca da
marca, produto ou serviço de divulgação. Isso permite que as ideias e conteúdos
compartilhados tenham maior tempo de duração e, caso a produção de conteúdo
consiga gerar vídeos informativos e dinâmicos, o público passará a vê-los como
verdadeiro entretenimento, e não apenas propaganda.

6.5 Big Data e seu uso nas redes sociais

Termo originário da Tecnologia da informação que envolve grandes conjuntos de


dados que devem ser processados e armazenados. Tal conceito incluí três bases:
velocidade, volume e variedade. Os dados no Big Data são capturados de variados
modos: sensores, satélites, câmera, redes sociais, contas em bancos, e são oriundos de
inúmeras fontes, mas a principal contribuinte é a Internet. São conjuntos gigantescos
de dados que não podem ser reunidos dentro um banco de dados comum gerado por
algum software. Esses dados são apresentados desestruturados e uma pequena parte
é separada para análise de acordo com a companhia interessada. O Big Data é
observado como um acontecimento baseado em três principais conceitos: tecnológico,
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pois se utiliza de variados e complexos algoritmos de coletas e manipulação de dados;
analítico, todos os dados são passíveis de comparação com o intuito de formar
padrões; e o mitológico, pois trata-se de algo novo, acredita-se que esse grande
conjunto de dados possui a capacidade de fornecer informações que não foram
alcançadas ainda. Além dessas três prerrogativas básicas, podemos, ainda, observar o
Big Data por meio de cinco facetas: a do volume, referente a quantidade absurda de
dados; da velocidade correspondente a esses dados criados e disseminados; a
variedade equivalente a diversidade das informações criadas; a veracidade relacionada
a verdade e confiabilidade dos dados gerados pelo Big Data; e por último, o valor que
está ligado ao quão útil esses dados são dentro de determinadas pesquisas.

O termo Big Data deve ser visto, sobretudo, sob a perspectiva do desenvolvimento de
novas ferramentas, métricas e estratégias com a finalidade de desenvolver novas
ideias que agreguem valor ao empreendimento. Deve ser visto também como um
conjunto de dados capaz de trazer vantagens competitivas ao ambiente corporativo
desdobrando um leque de possibilidades no mundo dos negócios.

Ao adotar o Big Data dentro dos ambientes digitais das marcas é possível melhorar as
experiências dos usuários em relação ao conteúdo. A Big Data pode auxiliar em:

Simplificar o cadastro

Cadastros são fundamentais durante compras on-line, porém demandam tempo e


paciência por parte do usuário, resultando, algumas vezes, na desistência da compra.
O Big Data ajuda, juntamente com os algoritmos, a reunir os dados dos clientes e
sugerir o preenchimento automático do cadastro com os dados recolhidos dos
usuários.

Melhoramento da experiência

O Big Data monitora todo comportamento e a experiência dos usuários nas páginas da
Web, transmitindo dados de acesso e, até de tempo de permanência nas páginas.
Permitindo, assim, sugerir produtos visitados para compradores indecisos.

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Intensificar o relacionamento entre cliente e marca

É necessário lembrar que o relacionamento da marca com o consumidor não termina


após a finalização da compra. Na verdade, é após ela que o Big Data começa, primeiro
acompanhando o ciclo de retorno do cliente, ou seja, do momento que ele compra na
loja, até o momento que ele retorna para uma possível nova compra, depois o Big Data
atua monitorando as possibilidades que a marca tem de gerar esse retorno.

Análise da concorrência

Além de monitorar possíveis clientes, o Big Data também é capaz de entender e


armazenar dados dos concorrentes, analisando dados de mercado importantes,
possibilitando até ajustes automáticos de preço de acordo com a variação dos
concorrentes.

Conclusão

Neste bloco, conhecemos as ferramentas que podem ser utilizadas no marketing


digital. Estudamos os anúncios em mídias sociais e aprendemos como os aplicativos de
mensagens podem ser ferramentas úteis no marketing. Também conhecemos alguns
formatos importantes de anúncios em vídeos do YouTube, além de descobrir como
funciona o sistema de Big Data dos grandes sites de busca. Assim, concluímos que a
publicidade nas redes sociais aproxima e cria laços entre a marca e o consumidor.
Estudamos, também, algumas das principais redes sociais atualmente.

Além disso, também aprendemos sobre o tráfego nas redes sociais, bem como as
diferenças entre tráfego orgânico, aquele que é o próprio consumidor quem acessa as
páginas da marca nas redes sociais, e o tráfego pago, anúncios pagos pela marca em
diversas redes sociais, com o objetivo de atrair clientes, bem como as principais
vantagens e desvantagens de cada um.

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Também estudamos as vantagens trazidas pelos aplicativos de troca de mensagens,
como WhatsApp, Telegram e Messenger, no marketing digital. Descobrimos que esses
aplicativos são ferramentas importantes no contato com o consumidor, trazendo
aproximação e praticidade nas relações entre a marca e o cliente.

A importância de anúncios no YouTube, uma das plataformas de vídeos mais vista no


mundo, com grande alcance de usuários, ficou clara. Também pudemos conhecemos
os quatro tipos de anúncios disponibilizados por ele em sua plataforma, bem como as
características de cada um deles.

Por fim, estudamos o Big Data, cujos dados são capturados de diversos modos, por
meio de sensores, satélites, câmera, redes sociais, contas em bancos, etc. Trata-se,
como vimos, de enormes conjuntos de dados, que são desestruturados e uma
pequena parte sua é separada para análise, de acordo com os interesses da pesquisa.

REFERÊNCIAS

E-COMMERCE NEWS. Pesquisa revela o comportamento do novo consumidor no e-


commerce. E-Commerce News, 17 abr. 2018. Disponível em: <https://bit.
ly/2JgRmZ6>. Acesso em: 6 ago. 2018.

FERREIRA JUNIOR, A. B. Marketing digital: uma análise do mercado. Curitiba:


InterSaberes, 2015.

STRAUSS, J. E-Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.

TURCHI, S. R. Estratégia de marketing digital e e-commerce. Rio de Janeiro: Atlas,


2018.

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