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PETIÇÃO INICIAL

Para elaborar uma petição inicial pelo procedimento comum, lembre-se de seguir o roteiro
do art. 319 do Código de Processo Civil. Em síntese, deve conter:

AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU CONCILIAÇÃO


JUSTIÇA GRATUITA
Prevista no art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil, compreende tanto a pessoa natural como a
jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas processuais e honorários
advocatícios.
ATENÇÃO: A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão da gratuidade da
justiça (Art. 99, §4º, CPC).
RECURSO: Contra a decisão do juiz que indeferir a gratuidade ou a que acolher o pedido de sua revogação
caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida em sentença, contra qual caberá
apelação (art. 101, caput + 1.015, V do CPC).

ANOTAÇÕES:
CONTESTAÇÃO
A contestação é a forma de defesa do Réu em um processo de conhecimento. Lembre-se do ônus
da impugnação específica, ou seja, todos os fatos e pedidos do Autor devem ser contestados pelo Réu
(art. 336 e 341, CPC), sob pena de presunção de veracidade dos fatos.

ATENÇÃO: O ônus da impugnação específica não é aplicável ao defensor público, ao advogado


dativo e ao curador especial (art. 341, parágrafo único, do CPC).

PRAZO: O prazo para contestação é de 15 dias úteis (art. 335, caput, c/ c 219, CPC), cuidado com
as hipóteses de prazo em dobro. Fique atento: se for peça processual, lembre-se de abrir um tópico
para demonstrar a tempestividade e indique também os art. 219, 224, 230 e 231 do CPC.

PRELIMINARES: As preliminares de contestação estão previstas no art. 337 do CPC. Lembre-se de


alegá-las antes do mérito e incluir nos pedidos.

PEDIDOS: Não esqueça que na contestação o Réu deverá requerer a improcedência dos pedidos
formulados pelo Autor na petição inicial.
RECONVENÇÃO
A reconvenção ocorre quando o Réu se vale do mesmo processo para buscar não apenas a improcedência
do pedido do autor, mas uma pretensão, ou seja, um contra-ataque ao autor.

ATENÇÃO: a desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito
não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção (art. 343, §2º, do CPC).

Com o advento do Código de Processo de 2015, a reconvenção passa a ser alegada na própria
contestação, consoante previsão do art. 343, caput, do CPC. Mas atenção: o réu pode propor reconvenção
independentemente de oferecer contestação!

PROCESSO DE EXECUÇÃO
O título executivo deve representar uma obrigação líquida, certa e exigível! Verifique o rol dos títulos
executivos previstos no art. 784 do CPC e caso a peça processual seja uma ação de execução, observar o art.
798 do CPC, pois constam requisitos específicos!

EMBARGOS À EXECUÇÃO
Meio adequado para defesa do executado na ação fundada em título executivo extrajudicial. Trata-se de
uma petição inicial que segue os requisitos do art. 319 do Código de Processo Civil e deve ser distribuída por
dependência aos autos da execução. Atenção para os art. 914 e seguintes do Código de Processo Civil.

PRAZO: os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma do
art. 231 do CPC. OBSERVÇÃO: conforme previsão do §1º do art. 915 do Código de Processo Civil, fique atento:
quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do
respectivo comprovante de citação, SALVO no caso de cônjuges e de companheiros, quando será contado a
partir da juntada do último.

PARCELAMENTO: no prazo dos embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o


depósito de trinta por cento do valor da execução, acrescido de custas e honorários de advogado, o executado
poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 06 (seis) parcelas mensais, acrescidas de
correção monetária e juros de um por cento ao mês.

MATÉRIAS DE DEFESA DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO: fique ligado no art. 917 do CPC se a peça processual
for embargos à execução, pois ali estão elencadas as possíveis matérias de defesa!
EFEITO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO: Em regra, os embargos à execução não terão efeito suspensivo,
contudo, poderá ser requerido se demonstrado os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde
que a execução já esteja garantida (art. 919, caput c/c §1º, do CPC).

FRAUDE À EXECUÇÃO
X
FRAUDE CONTRA CREDORES
FRAUDE À EXECUÇÃO: Caracterizada quando o devedor se desfaz de seu patrimônio após a ciência da
ação de execução ou após a averbação prevista no art. 828 do Código de Processo Civil. O pedido de
reconhecimento da fraude à execução é realizado através de petição nos próprios autos da ação de execução.

FRAUDE CONTRA CREDORES: É um defeito do negócio jurídico previsto no art. 158 a 165 do Código Civil.
A ação adequada para atacar a fraude contra credores é a Ação Pauliana / Ação revocatória.

ANOTAÇÕES:
RECURSO PREVISÃO LEGAL CABIMENTO OBSERVAÇÃO

1) Decisões do art. 1.015 do CPC


decididas na sentença serão
impugnadas no recurso de apelação;
(§3º do art. 1009 do CPC);
Sentença (art. 203,
§1º, do CPC), seja com 2) § 1º do artigo 1009 do CPC: As
Art. 994, I e art. 1.009 ou sem resolução de questões resolvidas na fase de
APELAÇÃO do CPC mérito. Vide artigos conhecimento, se a decisão a seu
487 e 485 do CPC. respeito não comportar agravo de
instrumento, não são cobertas pela
preclusão e devem ser suscitadas em
preliminar de apelação,
eventualmente interposta contra a
decisão final, ou nas contrarrazões.

3) O capítulo da sentença que


confirmar, concede ou revoga a
tutela provisória é impugnável na
apelação. (art. 1.013, §5ª do CPC)
Rol do art. 1.015 do CPC e:
1) No julgamento antecipado parcial
do mérito e no julgamento parcial do
mérito (art. 354, parágrafo único e
art. 356, §5º, do CPC);
2) Art. 1.037, §13, I, do CPC;
3)Art. 1.027, §1º, do CPC;
4) Art. 1.015, parágrafo único, CPC:
também caberá agravo de
Decisões instrumento contra decisões
AGRAVO DE Art. 994, II e art. 1.015 interlocutórias (art. interlocutórias proferidas na fase de
INSTRUMENTO do CPC 203, §2º do CPC). liquidação de sentença ou de
cumprimento de sentença, no
processo de execução e no processo
de inventário.
5) Cuidar ainda outras situações que
a jurisprudência vem admitindo – por
exemplo, da decisão prevista no art.
550, §5º do CPC se julgado
procedente o pedido do juiz em
condenar o réu a prestar contas.
RECURSO PREVISÃO LEGAL CABIMENTO OBSERVAÇÃO

1) Art. 1.037, §13, II, do CPC;


2) Art. 1.030, I e III C/C §2º do CPC
(decisão que tange ao RESP ou
REXT).
3) Cuidar que cabe da decisão
monocrática, então, cabe,
Art. 994, III e 1.021 do Decisões monocráticas também, da decisão do relator
AGRAVO INTERNO CPC e outros proferidas pelo que concede ou nega efeito
conforme previsão de Relator. suspensivo ou antecipado de
cabimento. tutela recursal – conforme
enunciado 142 do FPPC.
4) Parágrafo único do artigo 136
do CPC;
5) Art. 1.035, §7º do CPC
6) Art. 1.036, §3º do CPC
1) Cuidar: conforme o parágrafo
único do art. 1.022 do CPC pode
Qualquer decisão, ser feita referência sobre a
EMBARGOS DE Art. 994, IV e 1.022 do desde que: omissa, omissão – art. 489 do CPC;
DECLARAÇÃO CPC. contraditória, obscura 2) Os embargos de declaração
ou com erro material. poderão ser opostos com o fim de
pré-questionamento (art. 1.025
do CPC).

ANOTAÇÕES:
RECURSO PREVISÃO LEGAL CABIMENTO OBSERVAÇÃO

1) Ao STF: art. 1.027, I do CPC – os


mandados de segurança, habeas data
e os mandados de injunção decididos
em única instância pelos tribunais
superiores quando denegatória a
decisão.
2) Ao STJ: art. 1.027, II do CPC – a) os
mandados de segurança decididos
em única instância pelos tribunais
No caso de decisões de regionais federais ou pelos tribunais
Art. 994, V e 1.027 do competência originária de justiça dos Estados e do Distrito
RECURSO CPC e art. 102, II e 105, dos Tribunais e, ainda, Federal e Territórios, quando
ORDINÁRIO II da Constituição cuidar o art. 109, II, da denegatória a decisão.
Federal. Constituição Federal. b) os processos em que forem partes
de um lado Estado estrangeiro ou
organismo internacional e, de outro,
Municípios ou pessoa residente ou
domiciliada no País.
OBS: Nestes casos (art. 1.027, II, “b”),
o agravo de instrumento (art. 1.015
do CPC) será dirigido ao STJ (art.
1.027, §1º, do CPC).
3) Cuidar o cabimento do recurso
ordinário também de acordo com o
artigo 102, II e 105, II ambos da
CF/88.
Contra decisões em única
Art. 994, VI e 1.029 do ou última instância do TJ - Exige pré-questionamento;
CPC e art. 105, III e ou TRF, conforme - Se a hipótese for divergência entre
RECURSO ESPECIAL alíneas da cabimento de acordo tribunais – observar o §1º do art.
Constituição Federal. com art. 105, III da CF/88. 1.029 do CPC.

STF: causas decididas em


Art. 994, VII e 1.029 do única ou última instância - Exige pré-questionamento
RECURSOS CPC e art. 102, III, “a, b, nas hipóteses do art. 102, - Exige repercussão geral (art. 102,
EXTRAORDINÁRIO c ou d” da Constituição III, da Constituição §3º da CF e art. 1.035 do CPC.
Federal. Federal.
RECURSO PREVISÃO LEGAL CABIMENTO OBSERVAÇÃO

Cabe agravo contra decisão do Não caberá Agravo em


presidente ou do vice-presidente Recurso Especial quando a
do tribunal recorrido que inadmitir decisão que inadmitir o Resp
AGRAVO EM Art. 994, VIII e 1.042 recurso extraordinário ou recurso ou Rext estiver fundada na
RECURSO ESPECIAL do CPC. especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento
OU EXTRAORDINÁRIO aplicação de entendimento firmado firmado em regime de
em regime de repercussão geral ou repercussão geral ou em
em julgamento de recursos julgamento de recursos
repetitivos. repetitivos, nestes casos,
caberá agravo interno.
É embargável o acórdão de órgão
fracionário que:
I – em recurso extraordinário ou em
recurso especial, divergir do
julgamento de qualquer outro
órgão do mesmo tribunal, sendo os
EMBARGOS DE Art. 994, IX e 1.043 acórdãos, embargados e
DIVERGÊNCIA do CPC. paradigma, de mérito;
II – em recurso extraordinário ou
em recurso especial, divergir do
julgamento de qualquer outro
órgão do mesmo tribunal, sendo
um acórdão de mérito e outro que
não tenha conhecido do recurso,
embora tenha apreciado a
controvérsia;

ANOTAÇÕES:
DIREITO CIVIL – CONTRATOS
➢ Não pode ser objeto de contratação a herança de pessoa viva. Caso isso aconteça, o
contrato é nulo (e não anulável).
➢ Um contrato reputa-se celebrado no lugar onde ele foi proposto.
➢ Os dois lados da relação contratual podem estabelecer que querem desfazer o contrato: o
chamado distrato, que também é conhecido por resilição bilateral.
➢ Quando há inadimplemento, é possível que a parte lesada opte entre pedir a resolução do
contrato mais perdas e danos ou então pedir o cumprimento mais perdas e danos. No entanto,
caso o devedor já tenha cumprido grande parte do contrato, poderá ser aplicada a teoria do
adimplemento substancial, em que não é possível que seja pedida a resolução mais perdas e danos
e sim, somente, o cumprimento mais perdas e danos.
➢ A venda de ascendente para descendente será válida, desde que o cônjuge de quem
vendeu, bem como demais descendentes tenham expressamente consentido. Caso não tenha
havido o consentimento, a venda será passível de anulação. O prazo é de 2 anos, segundo o artigo
179 do CC.
➢ A doação pode ser revogada por duas razões: ingratidão do donatário e descumprimento
de encargo.
➢ O comodato é o empréstimo de uso de bens infungíveis. Não é transferida a propriedade
do bem para o comodatário. No caso de o comodatário não devolver o bem no prazo estipulado,
o comodante poderá ajuizar ação de reintegração de posse.
➢ Caso seja uma locação, a ação cabível para retomar o imóvel é despejo.
➢ O mútuo é o empréstimo de consumo de bens fungíveis. A propriedade do bem é
transferida para o mutuário.
➢ O contrato de empreitada pode ser somente de mão-de-obra (empreitada de lavor) ou de
mão-de-obra e materiais (empreitada global). Se ocorrer diminuição no preço da mão-de-obra ou
preço dos materiais, superior a 10% do contratado, poderá o dono da obra, pedir uma redução de
preço ao empreiteiro.
➢ No contrato de mandato é possível que o mandatário seja alguém entre 16 e 18 anos, ou
seja, relativamente incapaz. Seria uma exceção, prevista no artigo 666 do CC, que traz tal
possibilidade.
➢ Contrato de seguro: Algumas súmulas importantes:

Súmula 620 STJ


A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento da indenização prevista em
contrato de seguro de vida.
Súmula 616 STJ
A indenização securitária é devida quando ausente a comunicação prévia do segurado acerca do
atraso no pagamento do prêmio, por constituir requisito essencial para a suspensão ou resolução
do contrato de seguro.

ANOTAÇÕES:
DIREITO CIVIL - PARTE GERAL

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES: são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os


atos da vida civil os menos de 16 anos. Desta forma, o ato só poderá ser praticado pelo
representante legal do absolutamente incapaz, sob pena de nulidade do ato, nos termos do art.
166, I, do Código Civil.

RELATIVAMENTE INCAPAZES: são incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de


os exercer: os maiores de dezesseis e menores de 18 anos; os ébrios habituais e os viciados em
tóxico; aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
os pródigos. A incapacidade relativa permite que o incapaz realize o ato, desde que esteja
assistido pelo representante legal.

RELACIONANDO COM A REGRA PROCESSUAL: O art. 71 do CPC/15 dispõe que o incapaz será
representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.

CUIDADO! Nas qualificações das peças, observar essa situação.


EMANCIPAÇÃO
a) Emancipação voluntária: Ocorre pela concessão dos pais – mediante escritura pública,
independentemente de homologação judicial, devendo o filho ter 16 anos completos. Necessidade
de Registro no Cartório de Registro Civil.

b) Emancipação judicial: É a emancipação concedida pelo juiz nos casos em que o menor está sob
tutela, sendo ouvido o tutor, se o menos contar com 16 anos completos. A emancipação judicial
também pode ser utilizada no caso de divergência entre os genitores no tocante à emancipação.
Necessidade de Registro no Cartório de Registro Civil.

c) Emancipação legal: Advém da disposição legal. Trata-se dos casos previstos nos incisos II, III, IV
e V do art. 5º do Código Civil.

ANOTAÇÕES:
DEFEITOS DOS NEGÓCIOS
JURÍDICOS
ERRO: a própria pessoa se engana. Previsão legal: art. 138 a 144 do Código Civil.

DOLO: é provocado por terceiro e não pelo sujeito enganado. Trata-se de um artifício malicioso pelo
qual uma das partes, visando prejudicar o outro, induz-lhe a celebração do negócio jurídico. Previsão
legal: 145 a 150 do Código Civil.

COAÇÃO: pressão física ou moral exercida sobre o negociante obrigando-o a assumir uma obrigação
que não deseja. A coação física gera a nulidade do negócio jurídica, enquanto a coação moral ou
psicológica gera a anulabilidade do negócio jurídico. Previsão legal: 151 a 155 do Código Civil.

LESÃO: premente necessidade ou inexperiência (elemento subjetivo) + onerosidade excessiva


(elemento objetivo). Previsão legal: art. 157 do Código Civil.

ESTADO DE PERIGO: situação de perigo conhecida pela parte (elemento subjetivo) + onerosidade
excessiva (elemento objetivo). O negócio jurídico eivado pelo estado de perigo é anulável (art. 171, II +
178, II do Código Civil). Fundamento legal: art. 156 do Código Civil.

FRAUDE A CREDORES: devedor que desfalca o patrimônio com intenção de prejudicar os credores.

Art. 158 = quando o devedor praticar atos de disposição gratuita ou remissão de dívidas e tornar-se
insolvente.

Art. 159 = quando o devedor já insolvente, pratica atos de disposição onerosa."

Previsão legal: art. 158 a 165 do Código Civil.

SIMULAÇÃO: declaração enganosa de vontade + praticar negócio diferente do pretendido. Previsão


legal: art. 167 do Código Civil. Tratar-se de hipótese de nulidade!
CASAMENTO

REGIME DE BENS

Regime de comunhão parcial de bens – Regime legal dispositivo: não havendo convenção de
regime, ou sendo nula ou ineficaz, aplica-se o regime de comunhão parcial de bens, na forma do art.
1.640 do Código Civil. Regra: não exige pacto antenupcial. Atentar às incomunicabilidades neste regime
– art. 1.659, Código Civil.

Separação obrigatória de bens – Regime legal obrigatório: esse regime de bens não exige pacto
antenupcial pois é uma imposição legal, na forma do art. 1.641 do Código Civil. É aplicável às pessoas
que contraírem casamento com a inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento,
aos maiores de 70 anos e àqueles que dependerem de suprimento ou autorização judicial para casar.

ATENÇÃO: aplicação da súmula 377 do STF.


Regime de comunhão universal de bens: Exigência de pacto antenupcial. Atenção para os bens
que não se comunicam neste regime – verificar art. 1.668 do Código Civil e dar atenção especial
aos frutos, visto que mesmo que de bens incomunicáveis, os frutos se comunicam, desde que
vencidos na constância do casamento, na forma do art. 1.669 do Código Civil.

Regime de participação final nos aquestos: Necessidade de pacto antenupcial. Durante o


casamento, pode-se dizer que há separação total de bens, contudo, no caso da dissolução da
sociedade conjugal, o regime fica próximo da comunhão parcial, visto que casa cônjuge terá direito
a uma participação naqueles bens adquiridos com a sua colaboração. Excluem-se da soma dos
patrimônios os bens previstos no art. 1.674 do Código Civil.

Regime de separação de bens: Exigência de pacto antenupcial. Separação absoluta de


patrimônios. Os cônjuges têm liberdade para alienar e gravar com ônus real seus bens (art. 1.687
e 1.647, caput, CC);

ATENÇÃO: Exigência de outorga uxória (da esposa) ou marital (do marido) - EXCETO no regime
de separação absoluta de bens (art. 1.647 do CC): a) Alienar ou gravar de ônus reais bens móveis;
b) Pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; c) prestar fiança ou aval; d) fazer
doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.

ANOTAÇÕES:
BEM DE FAMÍLIA

ALIMENTOS
Observar Lei nº 5.478/68 + art. 1.694 a 1.710 do CC
Características: personalíssimo, recíproco, periódico, incessível, irrenunciável, imprescritível,
impenhorável, incompensável e irrestituível.

Observar trinômio: possibilidade, necessidade, proporcionalidade.

ATENÇÃO: O prazo para executar alimentos já fixados é de dois anos, contudo, CUIDADO: art.
198, I, do CC: não corre prescrição contra o absolutamente incapaz. Art. 197, II, do CC: Não corre
prescrição entre ascendentes e descendentes durante o poder familiar.

EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS: A exoneração de alimentos não é automática: necessária


decisão judicial.

ALIMENTOS GRAVÍDICOS: Lei nº 11.804/2008. A legitimidade ativa é da gestante. Importante:


após o nascimento, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do
menor até que uma das partes solicite a sua revisão – art. 6º, parágrafo único, da Lei 11.804/2008.
Contestação: prazo de 05 dias, conforme art. 7º da Lei 11.804/2008.
EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO

RENÚNCIA DA HERANÇA

➢ Incompatível com a representação;


➢ Parte do herdeiro renunciante acresce ao herdeiro de mesma classe (filhos do renunciante não
herdam);
➢ Renúncia só pode ser feita após o óbito – art. 426 do CC;
➢ Não admissível renúncia parcial da herança.
SUCESSÃO LEGÍTIMA

ANOTAÇÕES:
CÓDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR
CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO DE CONSUMO

Ao solucionar uma questão da prova de 2ª Fase em Direito Civil, a primeira medida é identificar
se trata-se ou não de uma relação de consumo. Configurando uma relação de consumo, o Código
de Defesa do Consumidor deve ser aplicado prioritariamente. A relação será de consumo quando
presentes um fornecedor e um consumidor (ou equiparado).

As pessoas jurídicas e os profissionais (que adquirem para produzir outros produtos ou serviços)
não se enquadram perfeitamente no conceito de “destinatárias finais”, pois embora utilizem os
produtos ou serviços, os incorporam aos produtos e serviços que fornecem (economicamente não
há uma destinação final). A jurisprudência atualmente consolidada afirma que se essas pessoas
jurídicas ou profissionais forem vulneráveis (principalmente quando estão utilizando produtos e
serviços fora da sua área de atuação – atividade meio) podem ser equiparadas a consumidoras.
A Lei também determinou algumas EQUIPARAÇÕES: art. 2º, parágrafo único, do CDC (coletividade de
pessoas); art. 17 do CDC (vítimas dos acidentes de consumo) e art. 29 do CDC (vítimas de práticas
comerciais).
DISTINÇÃO ENTRE VÍCIO E FATO

A responsabilidade civil nas relações de consumo se subdivide em responsabilidade pelos


fatos dos produtos ou serviços (artigos 12/17 do CDC) e responsabilidade pelos vícios dos produtos
ou serviços (artigos 18/25 do CDC).

FATOS DOS PRODUTOS OU SERVIÇOS correspondem aos danos causados aos consumidores
ou equiparados em decorrência de defeitos nesses produtos ou serviços. São aquelas situações
que comprometem a segurança do consumidor (física, psíquica ou patrimonial). O prejuízo
extrapola o valor do próprio produto ou serviço defeituoso.

A pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prescreve
em cinco anos (art. 27 do CDC).

VÍCIOS NOS PRODUTOS OU SERVIÇOS correspondem a deficiências na qualidade ou


quantidade dos mesmos. O prejuízo do consumidor em caso de vícios não ultrapassa o valor do
próprio produto ou serviço.
Em regra (ressalvadas as situações do art. 18, § 3º, do CDC), uma vez identificado o vício, o
fornecedor (qualquer um deles, já que a responsabilidade é solidária) tem o prazo de até 30 dias
para sanar o vício, substituindo as partes viciadas.
Só após esse prazo o consumidor pode escolher entre uma das alternativas do art. 18, §1º, do
CDC. A reclamação pelos vícios submete-se ao prazo decadencial previsto no art. 26 do CDC.

ANOTAÇÕES:
GARANTIA NO DIREITO DO CONSUMIDOR
GARANTIA LEGAL: Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de
termo expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor.
Como o artigo não menciona prazo, a jurisprudência mais recente tem utilizado uma
expectativa mínima de durabilidade.
Dessa forma, se o produto apresenta um problema, sem que o consumidor tenha dado causa
a ele, em um período no qual ele ainda deveria funcionar plenamente (considerando uma
expectativa legítima de durabilidade), presume-se vício oculto: Art. 26, § 3°, do CDC: “Tratando-se
de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito”.
Assim, a partir da constatação do vício, considerando um produto durável, o consumidor tem
até 90 dia para reclamar (art. 26, CDC).
GARANTIA CONTRATUAL: É aquela "de fábrica" que é uma liberalidade do fornecedor. Quando
você vai na loja o vendedor diz "essa TV tem um ano de garantia". É a garantia que consta em um
"termo de garantia" e o fornecedor estipula os limites dela.
GARANTIA ESTENDIDA: É um seguro, que o consumidor pode ou não contratar. Se ele quiser
uma garantia especial, paga o valor estipulado e recebe o prazo correspondente de garantia. O
CDC não menciona a garantia estendida. O consumidor deve ser informado amplamente sobre
essa garantia.
GARANTIA CONTRATUAL COMPLEMENTAR À LEGAL: Art. 50. A garantia contratual é
complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Inexiste consenso doutrinário sobre a identificação precisa e/ou denominação dos elementos
ou pressupostos da responsabilidade civil. No entanto, é inquestionável para qualquer teoria
doutrinária que a responsabilidade civil não prescinde de dano, nexo de causalidade e
ato/fato/atividade relacionado(a) ao causador ou responsável. Doutrinadores contemporâneos,
mais atentos a crescente incidência de atividades de risco e da consequente responsabilização
objetiva, inserem o requisito culpa como elemento apenas da responsabilidade subjetiva.

A partir de tais pressupostos podemos definir como ato ilícito em sentido amplo aquele
contrário à lei ou ao direito (causar dano injusto a outra pessoa); já o dano é o prejuízo (moral ou
material – coletivo ou individual, estético ou a perda de uma chance) experimentado pela vítima;
nexo de causalidade é o vínculo lógico entre determinada conduta antijurídica do agente e o dano
experimentado pela vítima; por fim, a culpabilidade é um juízo de censura à conduta do agente,
de reprovabilidade pelo direito, decorrente de dolo, negligência, imprudência ou imperícia.
A responsabilização objetiva tem os mesmos pressupostos, exceto a culpabilidade. Diz-se que
a responsabilidade objetiva se dá independentemente de culpa.

O artigo 927 disciplina as duas espécies de responsabilidade civil:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
O ato ilícito em sentido estrito, que irá fundamentar a responsabilidade subjetiva, encontra-se
definido no art. 186 do CC:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito
e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

O artigo 187 dispõe sobre o abuso de direito:


Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.
O artigo 188 afasta a ilicitude do ato em algumas circunstâncias. Alguns autores denominam
“causas de justificação” outros excludentes de antijuridicidade.

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:


I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo
iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o
tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção
do perigo.

CUIDADO: independentemente da excludente de ilicitude, o dano causado em estado de


necessidade pode gerar o dever de indenizar (artigos 929 e 930).

NAS RELAÇÕES DE DIREITO CIVIL, COMO IDENTIFICAR SE A


RESPONSABILIDADE É OBJETIVA OU SUBJETIVA?

Comece sua análise pelo art. 927 do Código Civil. O caput remete ao art. 186 do CC (que
menciona culpa) e trata da responsabilidade subjetiva. O parágrafo único afirma que a
responsabilidade se dará independentemente de culpa quando a lei determinar ou quando a
atividade for de risco (responsabilidade objetiva). Assim você já identifica a responsabilidade
subjetiva por exclusão: Quando a lei não determinar que ela é objetiva ou quando não se tratar de
atividade de risco, será subjetiva.
Se a pergunta for sobre o direito das obrigações ou contratos, verifique o artigo
correspondente. Nesses temas o CC faz referência a exigência ou não de culpa, como nos artigos
239 e 667, por exemplo.
Se for sobre negócios jurídicos disciplinados por lei específica, olhe o que diz a lei (como o
direito do consumidor, por exemplo).
Os artigos do título "responsabilidade civil" também esclarecem diversas situações (é mais
provável que as perguntas sobre responsabilidade sejam sobre eles). Os artigos 929, 930, 931, 933,
936, 937 e 938 do CC tratam da responsabilidade objetiva.

QUAIS ARTIGOS QUE DEVO ANALISAR PARA COMPREENDER A


RELAÇÃO DA RESPONSABILIDADE CRIMINAL COM A
RESPONSABILIDADE CIVIL?

A responsabilidade civil é independente da criminal, exceto quando a materialidade e a autoria


já estiverem categoricamente decididas no juízo criminal, neste caso essa decisão faz coisa julgada
no juízo cível.

SÚMULAS STJ SOBRE


DANO MORAL PRESUMIDO

SÚMULA 388: A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.

SÚMULA 403: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
DIREITO CIVIL - OBRIGAÇÕES

Conceito: Segundo Álvaro Villaça de Azevedo “obrigação é a relação jurídica


transitória, de natureza econômica, pela qual o devedor fica vinculado ao credor, devendo
cumprir determinada prestação positiva ou negativa, cujo inadimplemento enseja a este
executar o patrimônio daquele para a satisfação de seu interesse”.

Sujeitos da obrigação: Elementos subjetivos são os sujeitos ou pessoas envolvidas


na relação jurídica obrigacional.

Sujeito ativo: é o beneficiário da obrigação, a quem a prestação é devida. É o credor,


aquele que tem o direito de exigir o cumprimento da obrigação.

Sujeito passivo: é aquele que deve cumprir a obrigação, pois assume o dever. É o
devedor.

Da classificação das obrigações

O Código Civil classifica as obrigações em de dar, de fazer, de não fazer e ainda


em alternativas, indivisíveis e solidárias.

Quanto ao objeto imediato (prestação) a obrigação pode ser positiva (dar ou fazer)
ou negativa (não fazer).

Embora não mencionadas diretamente, lembre-se das obrigações naturais,


aquelas que embora existam nãos são exigíveis, como as dívidas de jogo (art. 814).
COISA CERTA

DAR Indicada pelo


gênero e
COISA
INCERTA quantidade

POSITIVAS

FUNGÍVEL

OBRIGAÇÕES FAZER

INFUNGÍVEL

NEGATIVAS NÃO FAZER

A constituição da obrigação de dar não é suficiente para a transmissão do domínio.


O domínio da coisa móvel se transmite pela tradição (entrega física) e da coisa imóvel
pela escritura pública e o registro competente;

Na obrigação de dar a coisa pertence, até a tradição, ao devedor, ou seja, aquele


que tem o dever de entregá-la (art. 237, primeira parte);

A coisa perece para o dono (res perit domino).

Quando o legislador menciona a perda da coisa, está se referindo a perda total


(desaparecimento ou destruição), mas a coisa também pode ser perder parcialmente,
neste caso o legislador tratou da deterioração.

A perda da coisa antes da tradição sem culpa do devedor, acarreta a resolução da


obrigação; se com culpa do devedor, esse deve indenizar perdas e danos.
COM CULPA Equivalente + Perdas e danos

PERDA TOTAL

SEM CULPA Resolve-se a obrigação

Equivalente + Perdas e danos


COM CULPA OU Aceitar com abatimento + Perdas
e danos
PARCIAL

Resolve-se OU o credor a aceita com


SEM CULPA
abatimento

Obrigação de dar coisa incerta é aquela cuja prestação consiste em entregar um


bem que foi determinado apenas pelo gênero e quantidade. É o chamado bem
indeterminado, mas passível de determinação.

Obrigações divisíveis e indivisíveis: a indivisibilidade do objeto obrigacional é tema


muito importante e deve ser compreendido conjuntamente com a pluralidade de credores
e devedores e diferenciada da responsabilidade solidária.

Assim, sendo a obrigação divisível (como aquela em dinheiro, por exemplo)


presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou
devedores.
Obrigações solidárias: o artigo 264 traz o aspecto mais importante da solidariedade:
os credores têm o direito e os devedores respondem pela dívida toda.

Meios indiretos de extinção da obrigação:


Dação em Pagamento: quando o credor consente em receber coisa diversa da
devida (art. 356);

Imputação do Pagamento: quando o devedor indica a qual dos débitos oferece o


pagamento (quando obrigado a mais de um débito em relação ao mesmo credor);

Do pagamento com sub-rogação: quando transfere-se ao novo credor todos os


direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor
principal e os fiadores;

As obrigações também podem ser extintas sem que ocorra o pagamento. São
formas de extinção das obrigações sem pagamento:

Novação: quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e
substituir a anterior; quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o
credor; quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo,
ficando o devedor quite com este;

Compensação é o fenômeno por meio do qual se extingue obrigações pelo fato de


o credor de uma delas ter se tornado devedor da outra, e vice-versa.
Confusão: extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as
qualidades de credor e devedor;

Remissão: A remissão é o perdão de uma dívida, constituindo um direito exclusivo do


credor de exonerar o devedor;

Transação: quando as partes acordam em extinguir a obrigação, com a finalidade de


prevenir ou evitar litígios, fazendo concessões recíprocas.

Compromisso: No compromisso (ou arbitragem) as partes pretendem resolver litígio


envolvendo a obrigação mediante a nomeação de um ou mais árbitros de confiança das
partes.

Inadimplemento obrigacional
Inadimplemento relativo ou parcial Quando há o descumprimento parcial
(mora ou atraso) da obrigação (que ainda pode ser
cumprida).

Inadimplemento absoluto ou total Quando a obrigação não pode mais


ser cumprida, tornando-se inútil ao
credor.

ANOTAÇÕES:
Cláusula penal e das Arras

MULTA CONTRATUAL/PENA
CLÁUSULA PENAL
CONVENCIONAL

Arts. 408 a 416 do Código Civil.

INADIMPLEMENTO
INADIMPLEMENTO TOTAL
PARCIAL MORA

Multa moratória Multa compensatória

Punição pelo retardamento Prefixação perdas e danos

Cláusula penal OU perdas e


danos
Cumprimento e punição
(Art. 410 do Código Civil) A não
(Art. 411 do Código Civil) ser que as partes estipularam
de modo diferente.

ANOTAÇÕES:
EFEITOS DA POSSE

Ações Possessórias (mais conhecido dos efeitos da posse) – Possuidores diretos e indiretos
podem ajuizar as ações. As regras do processamento das ações são reguladas pelo CPC.
Detentor não tem legitimidade para ajuizamento das ações;
➢ Perda - esbulho: Ação de Reintegração de Posse;
➢ Incômodo/moléstia – Turbação: Ação de Manutenção de Posse;
➢ Ameaça: Interdito proibitório.

Atenção: A questão procedimental da defesa da posse é tratada no Código de Processo Civil.


As ações possessórias são ações do rito especial, previstas nos artigos 554 e seguintes do CPC.
Também há artigos específicos que tratam sobre legitimação e competência sobre ações
possessórias.

Frutos: Essa parte do CC depende em termos um possuidor de boa ou de má-fé:

*Art. 1.214 do CC – Boa-fé: tem direito aos frutos percebidos e as despesas de produção e
custeio.

*Art. 1.216 do CC – Má-fé: Tem direito as despesas de produção e custeio. Os frutos produzidos
e pendentes devem ser restituídos ao proprietário.

Perecimento (perda total) e deterioração (perda parcial):

*Art. 1.217 do CC – Boa-fé: possuidor não responde pelo perecimento ou deterioração, se não
deu causa;

*Art. 1.218 do CC - Má-fé: responde pelo perecimento ou deterioração ainda que acidentais,
salvo se comprovar que o fato ocorreria mesmo na posse do reivindicante.
Benfeitorias (vide Art. 96 do Código Civil, que traz classificação das benfeitorias em necessárias,
úteis e voluptuárias):

1.219: Boa-fé: retenção pelas benfeitorias necessárias e úteis e pode levantar as voluptuárias,
se não estragarem o bem.

1.220: Má-fé: Somente indenização pelas necessárias. Não tem direito à retenção.

ANOTAÇÕES:

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