Você está na página 1de 69

NONA AULA

12/05/2021
 DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO – ART. 101 DA LEI

Verificada QUALQUER DAS HIPÓTESES previstas no art. 98, a AUTORIDADE


COMPETENTE poderá determinar, DENTRE OUTRAS, as seguintes MEDIDAS:

 ENCAMINHAMENTO AOS PAIS OU RESPONSÁVEL, MEDIANTE TERMO DE


RESPONSABILIDADE;

 ORIENTAÇÃO, APOIO E ACOMPANHAMENTO TEMPORÁRIOS;

 MATRÍCULA E FREQÜÊNCIA OBRIGATÓRIAS EM ESTABELECIMENTO OFICIAL DE


ENSINO FUNDAMENTAL;

 INCLUSÃO EM SERVIÇOS E PROGRAMAS OFICIAIS OU COMUNITÁRIOS DE


PROTEÇÃO, APOIO E PROMOÇÃO DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE;
 REQUISIÇÃO DE TRATAMENTO MÉDICO, PSICOLÓGICO OU PSIQUIÁTRICO, EM
REGIME HOSPITALAR OU AMBULATORIAL;

 INCLUSÃO EM PROGRAMA OFICIAL OU COMUNITÁRIO DE AUXÍLIO, ORIENTAÇÃO E


TRATAMENTO A ALCOÓLATRAS E TOXICÔMANOS;

 ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL;

 INCLUSÃO EM PROGRAMA DE ACOLHIMENTO FAMILIAR;

 COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA.

O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e


excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não
sendo esta possível, para colocação em família substituta, NÃO IMPLICANDO
PRIVAÇÃO DE LIBERDADE.
 DAS MEDIDAS EMERGENCIAIS PARA PROTEÇÃO DE VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA OU ABUSO
SEXUAL, E O AFASTAMENTO DA CRIANÇA OU ADOLESCENTE DO CONVÍVIO FAMILIAR

Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para proteção de vítimas de


violência ou abuso sexual e das providências a que alude o art. 130 desta Lei, o
afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar é de competência
exclusiva da autoridade judiciária e importará na deflagração, a pedido do Ministério
Público ou de quem tenha legítimo interesse, de procedimento judicial contencioso, no
qual se garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício do contraditório e da
ampla defesa.
 DAS INSTITUIÇÕES QUE EXECUTAM PROGRAMAS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL,

Crianças e adolescentes somente poderão ser encaminhados ÀS INSTITUIÇÕES


QUE EXECUTAM PROGRAMAS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL, governamentais ou
não, por meio de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária, na
qual obrigatoriamente constará, dentre outros:

 SUA IDENTIFICAÇÃO E A QUALIFICAÇÃO COMPLETA DE SEUS PAIS OU DE SEU


RESPONSÁVEL, SE CONHECIDOS;

 O ENDEREÇO DE RESIDÊNCIA DOS PAIS OU DO RESPONSÁVEL, COM PONTOS DE


REFERÊNCIA;

 OS NOMES DE PARENTES OU DE TERCEIROS INTERESSADOS EM TÊ-LOS SOB SUA


GUARDA;

 OS MOTIVOS DA RETIRADA OU DA NÃO REINTEGRAÇÃO AO CONVÍVIO FAMILIAR.


 DO PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO

Imediatamente após o acolhimento da criança ou do adolescente, a entidade responsável pelo programa de acolhimento institucional
ou familiar ELABORARÁ UM PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO, visando à reintegração familiar, ressalvada a existência de ordem escrita e
fundamentada em contrário de autoridade judiciária competente, caso em que também deverá contemplar sua colocação em família
substituta, observadas as regras e princípios desta Lei.

 DA ELABORAÇÃO DO PLANO

O plano individual será elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa de atendimento e levará em
consideração a opinião da criança ou do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável.

 REQUISITOS DO PLANO

Constarão do plano individual, dentre outros:

 os resultados da avaliação interdisciplinar;

 os compromissos assumidos pelos pais ou responsável; e

 a previsão das atividades a serem desenvolvidas com a criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou responsável, com vista
na reintegração familiar ou, caso seja esta vedada por expressa e fundamentada determinação judicial, as providências a serem
tomadas para sua colocação em família substituta, sob direta supervisão da autoridade judiciária.
OBSERVAÇÃO SOBRE O ACOLHIMENTO

O ACOLHIMENTO FAMILIAR OU INSTITUCIONAL ocorrerá no local mais próximo à


residência dos pais ou do responsável e, como parte do processo de reintegração
familiar, sempre que identificada a necessidade, a família de origem será incluída em
programas oficiais de orientação, de apoio e de promoção social, sendo facilitado e
estimulado o contato com a criança ou com o adolescente acolhido.

 DA REINTEGRAÇÃO FAMILIAR

Verificada a possibilidade de REINTEGRAÇÃO FAMILIAR, o responsável pelo


programa de acolhimento familiar ou institucional fará imediata comunicação à
autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias,
decidindo em igual prazo.
 DA IMPOSSIBILIDADE DE REINTEGRAÇÃO DA CRIANÇA OU DO ADOLESCENTE À
FAMÍLIA DE ORIGEM

Em sendo constatada a IMPOSSIBILIDADE DE REINTEGRAÇÃO DA CRIANÇA OU DO


ADOLESCENTE À FAMÍLIA DE ORIGEM, após seu encaminhamento a programas
oficiais ou comunitários de orientação, apoio e promoção social, será enviado
relatório fundamentado ao Ministério Público, no qual conste a descrição
pormenorizada das providências tomadas e a expressa recomendação, subscrita
pelos técnicos da entidade ou responsáveis pela execução da política municipal de
garantia do direito à convivência familiar, para a destituição do PODER FAMILIAR, ou
destituição de TUTELA ou GUARDA.
 DO PROCEDIMENTO DA AÇÃO DE DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR

Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de 15 (quinze) dias para o ingresso com a
ação de destituição do poder familiar, salvo se entender necessária a realização de estudos
complementares ou de outras providências indispensáveis ao ajuizamento da demanda.

A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um cadastro contendo


informações atualizadas sobre as crianças e adolescentes em regime de acolhimento familiar e
institucional sob sua responsabilidade, com informações pormenorizadas sobre a situação jurídica
de cada um, bem como as providências tomadas para sua reintegração familiar ou colocação em
família substituta, em qualquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.

Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência
Social e os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência Social,
aos quais incumbe deliberar sobre a implementação de políticas públicas que permitam reduzir o
número de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar e abreviar o período de
permanência em programa de acolhimento.
 DIREITOS DO ADOLESCENTE

 Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato


infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
competente.

 O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão,


devendo ser informado acerca de seus direitos.

 A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido


serão incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à família
do apreendido ou à pessoa por ele indicada.

 Examinar-se-á, desde logo e sob pena de responsabilidade, a possibilidade de


liberação imediata.
 GARANTIAS DO ADOLESCENTE

Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem O DEVIDO PROCESSO


LEGAL.

São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:

 pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou


meio equivalente;

 igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e


produzir todas as provas necessárias à sua defesa;

 defesa técnica por advogado;

 assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;

 direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;

 direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do


procedimento.
 INTERNAÇÃO PROVISÓRIA

 A internação, ANTES DA SENTENÇA, pode ser determinada pelo PRAZO máximo


de QUARENTA E CINCO DIAS.

 A decisão deverá ser fundamentada e basear-se EM INDÍCIOS SUFICIENTES DE


AUTORIA e MATERIALIDADE, demonstrada a NECESSIDADE IMPERIOSA DA MEDIDA.

 O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação


compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de
confrontação, havendo dúvida fundada.
 DAS MEDIDAS SÓCIOEDUCATIVAS

 CONCEITO: É uma medida jurídica que, na legislação brasileira, se atribui aos


adolescentes autores de ato infracional.

 FINALIDADE: A medida socioeducativa é aplicada pela autoridade judiciária


como SANÇÃO e OPORTUNIDADE DE RESSOCIALIZAÇÃO.

ATENÇÃO

A SANÇÃO possui uma dimensão COERCITIVA, pois o adolescente é obrigado a


cumpri-la como sanção da sociedade.

Já a RESSOCIALIZAÇÃO possui uma dimensão EDUCATIVA, pois seu objetivo não


se reduz a punir o adolescente, mas a prepará-lo para o convívio social.
 MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS (QUAIS?) - ART. 112 DA LEI.

Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao


ADOLESCENTE as seguintes medidas:

 ADVERTÊNCIA;

 OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO;

 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE;

 LIBERDADE ASSISTIDA;

 INSERÇÃO EM REGIME DE SEMI-LIBERDADE;

 INTERNAÇÃO EM ESTABELECIMENTO EDUCACIONAL;

 QUALQUER UMA DAS PREVISTAS NO ART. 101, I A VI.


 DA ADVERTÊNCIA – art. 112, inciso I e art. 115 da lei

Consistirá em admoestação oral durante entrevista com juiz da Vara da Infância e


Juventude, aplicável às infrações de somenos importância com o fito de alertar os pais
para as atitudes do adolescente.
Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo
e assinada.

 DA OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO – art. 112, inciso II e art. 116 da lei

Será cabível nas lesões patrimoniais com o fito de despertar o senso de


responsabilidade do adolescente acerca do bem alheio.

Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade


poderá determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o
ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima.

Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por
outra adequada.
 DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE – ART. 112, INCISO III e art. 117 da
lei.

Consiste em uma forma de punição útil à sociedade, onde o infrator não é


subtraído ao convívio social, desenvolvendo tarefas proveitosas a seu aprendizado
e a necessidade social.

Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas


gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a
entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres,
bem como em programas comunitários ou governamentais.

Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do


adolescente, devendo ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas
semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não
prejudicar a freqüência à escola ou à jornada normal de trabalho.
 DA LIBERDADE ASSISTIDA – arts. 112, inciso IV e 118 e 119 da lei.

Será cabível quando se entender a desnecessariedade da internação de um lado


e uma maior necessidade de fiscalização e acompanhamento de outro. O
adolescente não é privado do convívio familiar, sofrendo apenas restrições a sua
liberdade e direitos.

A liberdade assistida possui NATUREZA DÚPLICE, qual seja a DE PUNIR PELOS ATOS
INFRACIONAIS PRATICADOS (condicionando sua liberdade a uma assistência
especializada que corresponde ao seu caráter coercitivo), e ao mesmo tempo tem o
caráter PEDAGÓGICO (ao se desenvolver com esses adolescentes políticas
diferenciadas, através da assistência dos órgãos competentes que são representados
pelos orientadores sociais instituídos através do ECA), para acompanhar o
adolescente no ambiente escolar, familiar, comunitário e etc.
 DO ARTIGO 118 E SEUS PARÁGRAFOS

O art. 118 do ECA determina em seu caput, que quando a medida se demonstrar
mais adequada, consistirá no ACOMPANHAMENTO, AUXÍLIO e ORIENTAÇÃO do
adolescente em conflito com a lei.

E quando esta for determinada, segundo o art. 118 § 1º, se designará pessoa
capacitada para o acompanhamento desse adolescente em suas atividades, esse
auxilio será feito através de um orientador social a ser indicado pela entidade
competente pelo programa de liberdade assistida.
 DO PRAZO DA MEDIDA DA LIBERDADE ASSISTIDA – art. 118, parágrafo segundo

A medida de liberdade assistida será fixada pelo PRAZO MÍNIMO DE SEIS MESES,
podendo ser PRORROGADA no caso de descumprimento do que for imposto, REVOGADA
quando o juiz achar necessário, ou SUBSTITUÍDA por outra medida quando esta não estiver
obtendo eficácia na sua aplicabilidade, sendo necessária a oitiva do ORIENTADOR,
MINISTÉRIO PÚBLICO e a DEFENSORIA.

Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais
adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.

§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual


poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento.

§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a
qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o
orientador, o Ministério Público e o defensor.
 DOS ENCARGOS DO ORIENTADOR – art. 119, da lei

Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade

competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros:

I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e

inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência

social;

II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente,

promovendo, inclusive, sua matrícula;

III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no

mercado de trabalho;

IV - apresentar relatório do caso.


 DA EFICÁCIA DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE LIBERDADE ASSISTIDA

A medida socioeducativa é aplicada quando não houver qualquer outra forma de

responsabilização do menor já que esta não deixa de ser uma punição pelo ato

infracional que este cometeu, estando à liberdade assistida incluída neste rol de medida

socioeducativa.

A liberdade assistida foi implantada no estatuto procurando dar ao menor meios mais

eficazes de ser reinserido da comunidade novamente, através de mecanismos diferentes

dos que já haviam sendo utilizados, o objetivo principal é que estes adolescentes não

voltassem mais a pratica de infrações e tivessem mais perspectiva de vida.


 DO REGIME DE SEMILIBERDADE – arts.112, inciso V e 120 da lei.

Pode ser determinado desde o início ou consistir em transição para o


semiaberto, em qualquer das duas hipóteses a medida deverá ser
acompanhada de escolarização e profissionalização.

Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o início,


ou como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de
atividades externas, independentemente de autorização judicial.

§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre


que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade.

§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber,


as disposições relativas à internação.
 DA INTERNAÇÃO (ESTABELECIMENTO EDUCACIONAl) – arts. 112, inciso VI e 121 a 125 da lei.

 REQUISITOS PARA A INTERNAÇÃO

A medida de internação só poderá ser aplicada quando:

 tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;

 por reiteração no cometimento de outras infrações graves;

 por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.

ATENÇÃO: EM NENHUMA HIPÓTESE SERÁ APLICADA A INTERNAÇÃO, HAVENDO OUTRA MEDIDA


ADEQUADA.

 DO LOCAL DO CUMPRIMENTO

A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto
daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, compleição física e
gravidade da infração.

Durante o período de internação, inclusive provisória, serão obrigatórias atividades pedagógicas.


 DO PRAZO DA INTERNAÇÃO

A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser

reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.

Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três

anos.

Atingido o limite estabelecido, o adolescente deverá ser liberado, colocado

em regime de semiliberdade ou de liberdade assistida.

A LIBERAÇÃO SERÁ COMPULSÓRIA AOS VINTE E UM ANOS DE IDADE.


OBSERVAÇÕES:

 Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o


Ministério Público.

 A determinação judicial poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária.

 O prazo de internação na hipótese descumprimento reiterado e injustificável da medida


anteriormente imposta não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo ser decretada
judicialmente após o devido processo legal.

 A medida de internação, NÃO COMPORTA PRAZO DETERMINADO uma vez que a reprimenda
adquire O CARÁTER DE TRATAMENTO REGENERADOR DO ADOLESCENTE.

 A internação constitui “MEDIDA PRIVATIVA DA LIBERDADE”, sujeita aos princípios DE BREVIDADE,


EXCEPCIONALIDADE e respeito à condição peculiar de PESSOA EM DESENVOLVIMENTO.

 Será permitida a realização de ATIVIDADES EXTERNAS, a critério da equipe técnica da entidade,


salvo expressa determinação judicial em contrário.
 DIREITOS DO ADOLESCENTE INTERNADO – art. 124 da lei

São DIREITOS DO ADOLESCENTE INTERNADO, entre outros, os seguintes:

 entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público;

 peticionar diretamente a qualquer autoridade;

 avistar-se reservadamente com seu defensor;

 ser informado de sua situação processual, sempre que solicitada;

 ser tratado com respeito e dignidade;

 permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicílio de seus pais
ou responsável;

 receber visitas, ao menos, semanalmente;

 corresponder-se com seus familiares e amigos;

 ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal;


 habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade;

 receber escolarização e profissionalização;

 realizar atividades culturais, esportivas e de lazer:

 ter acesso aos meios de comunicação social;

 receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje;

 manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-

los, recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder da

entidade;

 receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais indispensáveis à

vida em sociedade.
Observações:

 Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.

 A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive de


pais ou responsável, se existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade
aos interesses do adolescente.

 É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos, cabendo-lhe
adotar as medidas adequadas de contenção e segurança.
 PARÁGRAFOS DO ARTIGO 112 DA LEI

 art. 112, parágrafo primeiro - A medida aplicada ao adolescente levará em conta a


sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.

 art. 112, parágrafo segundo - Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida
a prestação de trabalho forçado.

 art. 112, parágrafo terceiro - Os adolescentes portadores de DOENÇA ou DEFICIÊNCIA


MENTAL receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às suas
condições.

 Art. 113 da lei - Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e 100.

 Art. 114 da lei - A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112
pressupõe a existência de provas suficientes da autoria e da materialidade da
infração, ressalvada a hipótese de remissão, nos termos do art. 127.

 Art. 114, parágrafo único da lei - A Advertência poderá ser aplicada sempre que
houver prova da materialidade e indícios suficientes da autoria.
 APURAÇÃO DO ATO INFRACIONAL – ARTS.171 a 190 DA LEI.

Na apuração do ato infracional se observa peculiaridades, pois trata-se de


procedimento diferente dos demais, já que estes são seres em desenvolvimento,
devendo respeitar essa condição.

É o caso adolescente que SOMENTE PODERÁ SER PRIVADO DE SUA LIBERDADE


EM FLAGRANTE DELITO OU POR ORDEM ESCRITA E FUNDAMENTADA DA AUTORIDADE
JUDICIÁRIA COMPETENTE, como estabelece o art. 106, ECA.

Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão EM


FLAGRANTE DE ATO INFRACIONAL ou POR ORDEM ESCRITA E FUNDAMENTADA DA
AUTORIDADE JUDICIÁRIA COMPETENTE. Parágrafo único. O adolescente tem direito
à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado
acerca de seus direitos.

A partir de então a lei 8.069/90, estabelece como será APURAÇÃO DO ATO


INFRACIONAL, com fundamentação nos artigos 171 a 190.
OBSERVAÇÃO:

DA CONDUÇÃO DO ADOLESCENTE – art. 178 da lei

O adolescente quando de sua condução ilícita, NÃO PODERÁ SER LEVADO EM


VEÍCULO POLICIAL OU SIMILAR FECHADO, como ocorre com os adultos são levados,
pois segundo o Estatuto este ato atenta CONTRA SUA DIGNIDADE E SUA INTEGRIDADE
FÍSICA OU MENTAL, essa é uma hipótese que descumprida pode acarretar
responsabilidade, conforme art. 178, ECA.
 DA PRISÃO EM FLAGRANTE

Quando se tratar de prisão em flagrante, o menor será encaminhado de imediato à autoridade


policial, sendo este na pessoa do delegado de polícia, fazendo assim com que se inicie a investigação
desse ato.

 DA PRISÃO EM FLAGRANTE DO ADOLESCENTE

PRIMEIRO PASSO

O adolescente só poderá SER PRESO EM FLAGRANTE quando se tratar de ato cometido COM
VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA A PESSOA, e quando da NÃO OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA OU GRAVE
AMEAÇA, será lavrado TERMO CIRCUNSTANCIADO, como assentado no art. 173 da referida lei.

 DA PRISÃO DO ADOLESCENTE QUE NÃO SEJA EM FLAGRANTE

Conforme explicitado o adolescente só poderá ser preso em flagrante delito, ocorre, porém que o
artigo 171 da referida lei, traz a possibilidade de apreensão do adolescente que não esteja em flagrante,
sendo que este será apreendido e encaminhado a autoridade judiciária, ou seja, ao juiz no qual será
responsável pelo procedimento de apuração dos atos infracionais cometidos pelo adolescente.
 NÃO LIBERAÇÃO DO ADOLESCENTE

Ocorre que há casos que NÃO É POSSÍVEL A LIBERAÇÃO DO ADOLESCENTE, seja


pela GRAVIDADE ATO PRATICADO ou pela GRANDE REPERCUSSÃO que este causa na
sociedade.

O que nos dias de hoje é bem comum, com a elevada quantidade de atos
infracionais cometidos por adolescente, atentando contra a vida, patrimônio entre
outros, o clamor social cresce devido ao grau de violência muitas vezes empregados
por esses menores.

NESSES CASOS O ADOLESCENTE PERMANECERÁ INTERNADO COM O FIM DE


PRESERVAR SUA INTEGRIDADE E A ORDEM PÚBLICA, diante disso a internação do
adolescente será no máximo de 24 horas não podendo este ser prolongado, como
dispõe art. 175, ECA.
 ATUAÇÃO DO MP

SEGUNDO PASSO

 Encerrados esses primeiros feitos da apuração do ato infracional, na hipótese do menor ser encaminhado para a
autoridade policial ou judiciária dependendo do caso concreto, O MINISTÉRIO PÚBLICO INICIA SUA ATUAÇÃO.

 Quando o adolescente é liberado pela autoridade policial, com o comparecimento dos pais ou responsáveis,
ficando, porém essa liberação condicionada a sua apresentação ao representante do Ministério Público, no
mesmo dia ou primeiro dia útil imediato, sob termo de compromisso conforme art. 175, ECA.

 Sendo que com a apresentação deste será feita a oitiva informal do adolescente pelo representante do
Ministério Público de forma verbal, e quando possível a também serão ouvidos pais ou responsáveis, vítima e
testemunhas, podendo todos os depoimentos serem reduzidos em um único termo em razão da informalidade
atribuída a esta oitiva, porém será sempre precedida do boletim de ocorrência, informações sobre os
antecedentes do adolescente entre outros, de acordo com o art. 179, ECA.

 Após o representante de o Ministério Público fazer a oitiva informal do adolescente, este pode tomar algumas
providências, sendo estas descritas no art. 180, ECA.

 No caso do não comparecimento o representante do ministério público notificará os pais ou responsáveis do


ocorrido para que o adolescente se apresente de imediato, sendo faculdade do promotor requisitar inclusive
força policial
 FASE JUDICIAL - TERCEIRO PASSO

A PRIMEIRA AUDIÊNCIA DO ADOLESCENTE

Passando por estes atos inicia-se a uma nova fase, QUE É A FASE JUDICIAL, determinando-se assim
A PRIMEIRA AUDIÊNCIA DO ADOLESCENTE, quando o MP representa e o juiz aceita o pedido de
representação em desfavor do menor em conflito com a lei.

 Onde serão ouvidos além do adolescente, os pais ou responsável deste acompanhados por seu
advogado, no qual serão notificados para comparecimento, e no caso de não serem localizados, o
juiz nomeará curador especial ao adolescente.

 Ademais, nesta primeira audiência é que será decidido sobre a decretação da internação ou se
quando necessária a sua manutenção, observando sempre que esta internação provisória não
poderá exceder os 45 dias.

 Se o adolescente que está em liberdade não for encontrado para comparecimento em audiência,
o processo ficará suspenso, até que este se apresente.

 Se comparecendo o adolescente, seus pais ou responsáveis desde logo, o juiz de direito procederá
com A OITIVA DOS MESMOS, sendo esta em audiência precedida pelo juiz guardando todas as
formalidades inerentes a esta lei. Podendo quando achar necessário a opinião de profissionais
qualificados como, psicólogos, assistentes sociais.
 Quando da realização da audiência de continuação da instrução e julgamento, ouvidas
as testemunhas quando arroladas pelo Ministério Público quando da representação e pelo
Defensor ou Advogado quando a defesa prévia serão produzidas as provas, podendo ser
ouvidas além das testemunhas outras pessoas que o juiz julgar necessário, juntamente com
o relatório da equipe interprofissional, são assistentes sociais, psicólogos, e outros.

 Passarão AOS DEBATES, primeiramente ao Ministério público concedido vinte minutos e


após o defensor com o mesmo tempo, sendo que este pode ser prorrogável para ambos
por mais dez minutos, e logo em seguida o juiz proferirá sentença.

 Se comprovado, inequivocamente, que o adolescente cometeu ato infracional ou


participou deste, será aplicada a medida socioeducativa mais adequada a este.

 Há casos, porém que não serão aplicadas quaisquer das medidas previstas no rol do art.
112, se o juiz entender não ser adequado e reconhecer em sentença alguns dos casos do
art. 189, ECA.
DA REMISSÃO – art. 188, da Lei

Podendo, ainda, nesta audiência ser concedida remissão, ouvindo o representante


do ministério público, sendo que a remissão como forma DE EXTINÇÃO OU SUSPENSÃO
do processo pode ser aplicada em qualquer tempo desde que seja antes da sentença
conforme art. 188, e quando esta for cumulada com medida socioeducativa só pode
ser concedida pelo juiz em consonância com súmula nº 108, STJ:

“A aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente pela prática de ato


infracional é da competência exclusiva do Juiz”.

De outra forma, no caso de entender que o ato é de alta gravidade e o


adolescente não tem advogado constituído nomeará defensor, e designará audiência
de continuação para que o defensor tome ciência do caso, tendo este o prazo de três
dias da data da audiência para a apresentação da defesa prévia e rol de testemunhas
quando houver.
DA INTERNAÇÃO PROVISÓRIA DO ADOLESCENTE,

 Quando for decretada A INTERNAÇÃO PROVISÓRIA DO ADOLESCENTE, esta não


poderá ser cumprida em estabelecimento prisional art. 185, devendo esta
internação ser cumprida em estabelecimento adequado as condições do menor.

 Quando não existir na comarca estabelecimento assim descrito, como ocorre em


comarcas menores onde não existe esse tipo de local exclusivo para adolescentes,
este deverá ser transferido de imediato a comarca mais próxima que possuir essas
características.

 Quando há impossibilidade de transferência de imediato, o adolescente


aguardará sua remoção em repartição policial, em instalações apropriadas e
separada dos demais adultos por no máximo cinco dias, passado esses dias e o
adolescente não tiver sido removido para lugar adequado este SERÁ POSTO EM
LIBERDADE.
 DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO – ARTS. 86 E SS DA LEI
Se orienta pelas normativas nacionais (Constituição Federal e Estatuto da
criança e do Adolescente) e internacionais das quais o Brasil é signatário
(Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, Sistema Global e Sistema
Interamericano dos Direitos Humanos; Regras Mínimas das Nações Unidas para
Administração da Justiça Juvenil – Regras de Beijing, Regras Mínimas das Nações
Unidas pra a Proteção dos Jovem Privados de Liberdade).
Por implicar em restrições a direitos e liberdade, o sistema socioeducativo,
cujas bases legais são a Constituição Federal e o ECA, tem como referência entre
outras leis secundárias, o direito penal e processual penal brasileiro. Destaque-se
que a utilização dessas leis secundárias sempre deve se dar em uma perspectiva
de ampliação dos direitos dos adolescentes, respeitando-se as especificidades
características da doutrina da proteção integral, inscrita na Constituição Federal e
no ECA.
Comuns às três esferas

 Estabelecer normas sobre o atendimento socioeducativo mediante


a edição de leis, decretos, resoluções (expedidas pelos Conselhos
do Direitos e Setoriais), portarias, instruções normativas e demais
atos normativos e administrativos;

 financiar, conjuntamente com os entes federativos, a execução de


programas e ações destinados ao atendimento inicial de
adolescente em processo de apuração de ato infracional ou que
esteja sob medida socioeducativa;

 Garantir a publicidade de todas as infrações pertinentes à


execução das medidas socioeducativas;

 Garantir transparência dos atos público pertinentes à execução das


medidas socioeducativas;
 fornecer, via Poder Executivo, os meios e os instrumentos
necessários ao pleno funcionamento dos respectivos Conselhos dos
Direitos da Criança e do Adolescente, respeitando os princípios da
paridade e do caráter deliberativo e controlador que regem os
órgãos;

 Elaborar aprovar junto ao competente Conselho dos Direitos da


Criança e do Adolescente o Plano de Atendimento Socioeducativo;

 Atuar a promoção e políticas que estejam em sintonia com os


princípios dos direitos humanos e contra racismo, a discriminação
racial, a xenofobia e intolerância correlatas;

 Implementar programas em parceria com a sociedade civil


organizada, ONG’s e instituições afins com o propósito de garantir os
direitos das populações e grupos discriminados, desfavorecidos ou
em situação de vulnerabilidade social.
Comuns aos Estados, Distrito Federal e Municípios.
 monitorar, supervisionar e avaliar sistema, a política, os programas e
as ações – sob a responsabilidade do ente federativo ou por ele
delegado – voltadas ao atendimento do adolescente desde o
processo de apuração do ato infracional até a aplicação e
execução de medida socioeducativa;

 fornecer, via Poder Executivo, os meios e os instrumentos


necessários ao pleno funcionamento do Plantão Interinstitucional
nos termos revistos no art. 88, V, do ECA;

 Proporcionar formação inicial e continuada sobre a temática


“Criança e Adolescente” para os servidores públicos e equipes das
entidades conveniadas envolvidas no atendimento ao adolescente
em conflito com a lei, especialmente às equipes de atendimento e
de órgão responsáveis pela execução de políticas de saúde,
educação, segurança e outras destinadas aos adolescentes.
 Submeter ao competente Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente os programas socioeducativos executados
diretamente pela administração pública.

 Viabilizar o acesso das entidades de defesa dos direitos da criança


e do adolescente e de direitos humanos em geral às Unidades de
atendimento socioeducativo que estejam sob as responsabilidade.

Específicas à esfera municipal


 1. Coordenar o Sistema Municipal de Atendimento Socioeducativo;

 2. Instituir, regular e manter o seu sistema de atendimento


socioeducativo, respeitadas as diretrizes gerais fixadas pela União e
pelo respectivo Estado;

 Elaborar o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo;

 Editar normas complementares para a organização e


funcionamento dos programas de seu sistema;
 Fornecer, via Poder Executivo, os meios e os instrumentos
necessários ao pleno exercício da função fiscalizadora do Conselho
Tutelar;
 Criar e manter o programa de atendimento para a execução das
medidas de meio aberto;

 Estabelecer consórcio intermunicipais, e subsidiariamente em


cooperação com o Estado, para desenvolvimento das medidas
socioeducativas de sua competência.

ÓRGÃO DE DELIBERAÇÃO
Conforme estabelecem a Constituição Federal e o ECA, na
tocante a infância e juventude, a responsabilidade para dispor sobre
formulação da política é compartilhada entre sociedade civil e Poder
Executivo. Os órgãos que detêm poder deliberativo sobre tal política
são os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A eles cabe também:

 Editar e acompanhar a implementação de políticas e planos,


existentes no três níveis de atenção ao adolescente submetido a
processo judicial de apuração de ato infracional (atendimento
inicial) e/ou sob medida socioeducativa;

 Promover e articular a realização de campanhas e ações, dirigidas


à sociedade em geral, que favoreçam desenvolvimento do
adolescente em conflito com a lei;

 Deliberar pela utilização de recursos do Fundo dos Direitos da


Criança e do Adolescente; e

 Participar do processo de elaboração do Plano Plurianual, da Lei de


Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual.
Órgão de gestão e execução da política
socioeducativa.

Os órgãos gestores do Sistema Socioeducativo, de natureza


pública-estatal devem estar vinculado, necessariamente, a área
responsável pela Política de Direitos Humanos. Os órgãos gestores, nos
respectivos âmbitos de atuação, são responsáveis por:

 coordenar, monitorar, supervisionar e avaliar a implantação e o


desenvolvimento do Sistema Socioeducativo, cumprindo-se o
deliberado pelo competente Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente. Para a realização de suas atividades de gestão e
execução pode valer-se de órgãos agregados à própria estrutura ou
de outras entidades estatais que mantenham parceria formal,
indicando as funções e as responsabilidades atinentes a cada órgão
público envolvido;

 Supervisionar tecnicamente as entidades de atendimento,


realizando, inclusive, processos de avaliação e monitoramento;
 Articular e facilitar a promoção da intersetorialidade em nível
governamental e com os demais poderes de fora a realizar uma
ação articulada e harmônica;

 Submeter ao competente Conselho dos Direitos da Criança e o


Adolescente qualquer mudança que se pretenda operar no Sistema
Socioeducativo em políticas, planos, programas e ações que os
componham;

 Estabelecer convênios, termos de parceria e outras formas de


contrato destinados ao atendimento de adolescentes em conflito
com a lei e sob medida socioeducativa;

 Publicizar, mensalmente, por meios eletrônicos e impresso, dados e


informações atualizados sobre o Sistema Socioeducativo;
 Emitir relatórios anuais com informações obtidas e condensadas a
partir do Sistema de Avaliação e Monitoramento;

 Prover e articular a realização de campanhas e ações, dirigidas à


sociedade em geral, que favoreçam o desenvolvimento de
adolescentes inseridos no SINASE.
ÓRGÃOS DE CONTROLE

UNIÃO: CONANDA; Controladoria Geral da União; Congresso


Nacional; Tribunal de Contas da União; Ministério Público e Poder
Judiciário.

ESTADO: CEDCA; Órgão de controle interno à Administração Estadual;


Poder Legislativo Estadual; Tribunal de Contas do Estado; Ministério
Público; Poder Judiciário e Conselho Tutelar.

MUNICÍPIO: CMDCA; Órgãos de controle interno à Administração


Municipal; Poder Legislativo Municipal; Tribunal ou Conselho de Contas
do Município, Ministério Público; Poder Judiciário e Conselho Tutelar.
EXTRA:
 DO MINISTÉRIO PÚBLICO – ARTS. 200 A 205 DA LEI
 DO ADVOGADO – ARTS. 206 E 207 DA LEI.
 DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS – ARTS.
225 A 258 DA LEI.
 DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS INERENTES À PESSOA HUMANA – “SER” EM
DESENVOLVIMENTO

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de TODOS OS DIREITOS


FUNDAMENTAIS INERENTES À PESSOA HUMANA, sem prejuízo da proteção
integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios,
todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes FACULTAR O
DESENVOLVIMENTO FÍSICO, MENTAL, MORAL, ESPIRITUAL E SOCIAL, EM
CONDIÇÕES DE LIBERDADE E DE DIGNIDADE.

PARÁGRAFO ÚNICO. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a TODAS


AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES, sem discriminação de nascimento, situação
familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica,
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie
as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
O artigo 3º do ECA é inovador ao estender o gozo de todos os direitos
fundamentais (CF, art. 5º, caput) inerentes à pessoa humana a crianças e
adolescentes. Antes do ECA, eles eram meros objetos de intervenção estatal.

Hoje, crianças e adolescentes passam a ser sujeitos de direitos.

O Estatuto também lhes assegura a proteção integral.

Isso representa dizer que será respeitada a sua condição de pessoa em


processo peculiar de desenvolvimento.

Sendo assim, quando o artigo 5º da CF diz que “Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza [...]”, e que “homens e mulheres são iguais
em direitos e obrigações” (inc. I), obviamente também estendeu essa igualdade
a crianças e adolescentes. Portanto, tal dispositivo aplica-se não só no âmbito do
direito material, como também no processual.

Vale dizer, todas as garantias processuais devem ser asseguradas.


 PRIORIDADES ABSOLUTAS – ART. 4 DA LEI

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder


público assegurar, com ABSOLUTA PRIORIDADE, a efetivação dos direitos referentes
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.

Art. 227, da CF. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à


criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além
de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.
A Constituição, no artigo 227, e o Estatuto, no artigo 4º, abarcam um dos princípios
norteadores da teoria da proteção integral, isto é, o princípio da prioridade absoluta,
que estabelece primazia para os infantes em todas as esferas de interesses.

Seja no campo judicial, extrajudicial, administrativo, social ou familiar, o interesse


infantojuvenil deve preponderar.

O artigo 4º do ECA elucida que essa prioridade deve ser assegurada pela família,
comunidade, sociedade em geral e pelo Poder Público, ou seja, existe uma
corresponsabilidade entre essas instituições em promovê-la, buscando a efetivação dos
direitos fundamentais dos infantes.

Observa-se que ter sido colocada a família como primeira entidade a ser
relacionada no rol das instituições convocadas a proteger os direitos de crianças e
adolescentes não foi mero acaso, pois, como se vê por todo esse ordenamento, as
ações voltadas aos benefícios destes devem ocorrer preferencialmente no âmbito
familiar.
Esta, portanto, também é a razão da ênfase dada ao direito à convivência familiar como um dos
direitos fundamentais a serem assegurados a crianças e adolescentes.

Além disso, o enunciado deste dispositivo está em consonância com o artigo 226 da CF, que
tem a família como base da sociedade, à qual são disponibilizados inúmeros mecanismos de
proteção.

Da mesma forma, o ECA prioriza ações voltadas à família, a exemplo dos artigos 19, § 3º, 23,
parágrafo único, 101, inciso IV e 129, incisos I a IV, a fim de promover os cuidados necessários aos
infantes.

Já o dever de todos em salvaguardar os direitos de crianças e adolescentes está vinculado aos


artigos 18 e 70 do ECA.

Aos estados e municípios foi reconhecida a competência de legislar concorrentemente a


respeito da “proteção à infância e à juventude”, como preceitua seu artigo 24, inc. XV, da
Constituição Federal de 1988.

Este preceito está ligado aos comandos estampados nos artigos 86 e 100 do ECA, incluídos pela
Lei 12.010, de 2009.
 A GARANTIA DE PRIORIDADE

ART. 4, Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a


proteção à infância e à juventude.

No parágrafo único, o legislador esmerou-se em dar um sentido concreto ao que


possa significar “garantia de prioridade absoluta”, expressada no caput do artigo 227
da CF e do artigo 4º do ECA, porém esse rol é apenas exemplificativo.
 primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

A alínea “a” tem como base o princípio 8 da Declaração dos Direitos da Criança de 1959, que
estabelece a primazia dos socorros e cuidados médicos a crianças e adolescentes em caso de
acidentes e catástrofes naturais, pelo fato de que sozinhos eles não têm condições de se proteger.

Nos artigos 4º, 5º, 18 e 70 do ECA, bem como no caput do artigo 227 da CF esse teor é
reforçado.

 precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

A “precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública”, estabelecida


na alínea “b”, embora seja de responsabilidade de todas as esferas do Poder Público, “compete
aos estados e municípios promoverem a adaptação de seus órgãos e programas às diretrizes e
princípios estabelecidos nesta Lei” (ECA, art. 259, parágrafo único).

Portanto, cabe aos órgãos locais a criação de mecanismos que assegurem o tratamento
especial e preferencial a crianças e adolescentes e suas respectivas famílias, a fim de priorizar
atendimentos como os da área de saúde, educação e judiciária. Não obstante a redação de tal
dispositivo parecer singela, ela guarda um relevante compromisso do poder público.
Apenas como exemplo, pode-se citar a criação de instalações de atendimento à
saúde adequadas, ou seja, um espaço físico agradável em que haja a possibilidade
de acolher crianças e adolescentes com prioridade e celeridade e que os estimule à
continuidade de tratamentos prolongados, bem como onde haja a oferta de
profissionais especializados para promover o acompanhamento de suas demandas.

Tais espaços devem ser distintos dos de atendimento em geral, a fim de não expô-los
a situações constrangedoras, ou que precisem competir com os atendimentos de
ordem geral.

Vale lembrar que a omissão do agente público é punível (ECA, art. 5º, c.c. os arts.
208 e 216).
 preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

As linhas de ação da política de atendimento estão elencadas no artigo 87, I


(políticas sociais básicas: saúde, educação, habitação, saneamento) e II (políticas
de assistência social), e nos artigos 101, 112 e 129 (políticas de proteção especial,
inclusive a prevenção, e socioeducativas) do ECA.

Convém lembrar que o parágrafo único do artigo 259 diz que compete aos estados e
municípios a promoção e a adaptação de seus órgãos e programas às diretrizes e
princípios estabelecidos pelo Estatuto, no sentido de dar atendimento prioritário e
preferencial à população infanto-juvenil, conforme estabelecem os artigos 227 da CF
e 4º do ECA.

Ou seja, não podem os órgãos públicos, invocando seu poder discricionário,


privilegiar área diversa em detrimento do atendimento aos direitos de crianças e
adolescente.
 Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a
proteção à infância e à juventude.

O preceito estabelecido pela alínea “d” do parágrafo único do artigo 4º do


Estatuto decorre do princípio constitucional da prioridade absoluta à criança e ao
adolescente.

Para o seu cumprimento, exige-se a adequação dos orçamentos públicos às


necessidades da população infanto-juvenil por meio da previsão de recursos para a
implantação de políticas públicas básicas, programas de assistência social, de
prevenção, de proteção especial e socioeducativos (ECA, arts. 87, 88, 90).

Os recursos devem estar de acordo com as demandas e prioridades de cada


estado/município, conforme for deliberado pelos Conselhos de Direitos da Criança e
do Adolescente, Conselhos Tutelares, Justiça da Infância e da Juventude e demais
órgãos de defesa dos direitos infanto-juvenis.
 PROIBIÇÕES E PUNIÇÕES

Art. 5º da lei - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de


NEGLIGÊNCIA, DISCRIMINAÇÃO, EXPLORAÇÃO, VIOLÊNCIA, CRUELDADE E OPRESSÃO,
punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.

Concretizou-se, em nível infraconstitucional, a necessidade de proteção da


dignidade da pessoa humana quando em peculiar estado de desenvolvimento. A
punição referida nesse artigo ocorrerá segundo os ditames do Estado, o que significa,
dentre outros aspectos, a possibilidade de responsabilização administrativa, civil e até
mesmo criminal, conforme o caso.

O artigo 5º, portanto, exige mecanismos específicos para que a criança e o


adolescente permaneçam a salvo de todo o tipo de violência.

E é somente através de políticas públicas, aplicadas tanto pelo Estado como pela
sociedade, ou seja, serviços especiais de prevenção e atendimento psicossocial às
vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão que se
poderão obter os resultados desejados nos termos dos artigos 86 e 87, III, desta lei.
 DA INTERPRETAÇÃO DA LEI

Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os FINS SOCIAIS a que ela se
dirige, as EXIGÊNCIAS DO BEM COMUM, OS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS,
E A CONDIÇÃO PECULIAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COMO PESSOAS EM
DESENVOLVIMENTO.

Os direitos alcançados pelas crianças e adolescentes têm uma enorme dimensão


social, visto que eles concederam subsídios para a formação íntegra de sua
personalidade; o legislador ainda acrescentou que, para a interpretação da lei, devem
ser levados em conta os direitos individuais e coletivos, bem como reconhece a
expansão evolutiva e cumulativa de interesses jurídicos contemplados no Estatuto.

Portanto, a Lei 8.069/90 sempre deverá ser interpretada no sentido de proteção e


integração dos infantes na família e na comunidade.

Da mesma forma, as eventuais medidas socioeducativas a que forem submetidos


crianças e adolescentes, como a internação, além de excepcionais e com a menor
brevidade possível, devem respeitar a condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento, requisito exposto no artigo 121 do ECA.
 NORMAS CORRELATAS

 LEI N. 13.257/2016

 LEI N. 13.798/2019 (ART. 8-A E PARÁGRAFO ÚNICO)

 LEI N. 13.845/2019 (ART. 53, INCISO V)

 LEI N. 13.840/2019 ( ART. 53-A)

 LEI N. 13.812/2019 (ART. 83 E PARÁGRAFO ÚINICO,

ALÍNEAS “a” e “b”)

 LEI N. 13.824/2019 (ART. 132)

 LEI N. 13.869/2019 (ART. 227–A E PARÁGRAFO ÚNICO)


 38 Lei no 12.513/2011

 46 Lei no 11.741/2008

 48 Lei no 11.722/2008

 49 Lei no 11.692/2008

 54 Lei no 11.129/2005

 57 Lei no 10.880/2004

 62 Lei no 10.515/2002

 63 Lei no 10.260/2001

 72 Lei no 8.680/1993

 73 Decreto no 6.629/2008

 89 Decreto no 6.093/2007

 93 Decreto no 5.840/2006

 95 Decreto no 5.490/2005
 Lei no 12.852/2013

Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os


princípios e diretrizes das

políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude –


SINAJUVE.

 Lei no 12.513/2011

Institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego


(Pronatec); altera as Leis no

 7.998, de 11 de janeiro de 1990, que regula o Programa do Seguro-


Desemprego, o Abono Salarial e institui o Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT), no 8.212, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre a
organização da Seguridade Social e institui Plano de Custeio, no 10.260,
de 12 de julho de 2001, que dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao
Estudante do Ensino Superior, e no 11.129, de 30 de junho de 2005, que
institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem); e dá
outras providências.
 Lei no 11.741/2008

Altera dispositivos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases
da

educação nacional, para redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação


profissional

técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos e da educação profissional e


tecnológica

 Lei no 11.722/2008

Dispõe sobre a criação do Dia Nacional do Teatro para a Infância e Juventude.

 Lei no 11.692/2008

Dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem, instituído pela Lei n° 11.129,

de 30 de junho de 2005; altera a Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004; revoga dispositivos das Leis

nos 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, 10.748, de 22 de outubro de 2003, 10.940, de 27 de agosto de

2004, 11.129, de 30 de junho de 2005, e 11.180, de 23 de setembro de 2005; e dá outras


providências.
 Lei no 11.129/2005

Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem; cria o Conselho Nacional da

Juventude – CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de

2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras providências.

 Lei no 10.880/2004

Institui o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar – PNATE e o Programa de Apoio

aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos, dispõe sobre o repasse

de recursos financeiros do Programa Brasil Alfabetizado, altera o art. 4o da Lei no 9.424, de 24 de

dezembro de 1996, e dá outras providências.

 Lei no 10.515/2002

Institui o 12 de agosto como Dia Nacional da Juventude.

 Lei no 10.260/2001

Dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior e dá outras providências.


 Lei no 8.680/1993

Institui a Semana Nacional do Jovem e dá outras providências.

 Decreto no 6.629/2008

Regulamenta o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem, instituído pela Lei no 11.129,

de 30 de junho de 2005, e regido pela Lei no 11.692, de 10 de junho de 2008, e dá outras providências.

 Decreto no 6.093/2007

Dispõe sobre a reorganização do Programa Brasil Alfabetizado, visando a universalização da

alfabetização de jovens e adultos de quinze anos ou mais, e dá outras providências.

 Decreto no 5.840/2006

Institui, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a

Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA, e dá outras providências.

 Decreto no 5.490/2005

Dispõe sobre a composição e funcionamento do Conselho Nacional de Juventude – CNJ, e dá outras

providências.
JOSÉ EDUY MELLO DE SOUZA

Você também pode gostar