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12/05/2021
DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO – ART. 101 DA LEI
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL;
Imediatamente após o acolhimento da criança ou do adolescente, a entidade responsável pelo programa de acolhimento institucional
ou familiar ELABORARÁ UM PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO, visando à reintegração familiar, ressalvada a existência de ordem escrita e
fundamentada em contrário de autoridade judiciária competente, caso em que também deverá contemplar sua colocação em família
substituta, observadas as regras e princípios desta Lei.
DA ELABORAÇÃO DO PLANO
O plano individual será elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa de atendimento e levará em
consideração a opinião da criança ou do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável.
REQUISITOS DO PLANO
a previsão das atividades a serem desenvolvidas com a criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou responsável, com vista
na reintegração familiar ou, caso seja esta vedada por expressa e fundamentada determinação judicial, as providências a serem
tomadas para sua colocação em família substituta, sob direta supervisão da autoridade judiciária.
OBSERVAÇÃO SOBRE O ACOLHIMENTO
DA REINTEGRAÇÃO FAMILIAR
Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de 15 (quinze) dias para o ingresso com a
ação de destituição do poder familiar, salvo se entender necessária a realização de estudos
complementares ou de outras providências indispensáveis ao ajuizamento da demanda.
Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência
Social e os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência Social,
aos quais incumbe deliberar sobre a implementação de políticas públicas que permitam reduzir o
número de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar e abreviar o período de
permanência em programa de acolhimento.
DIREITOS DO ADOLESCENTE
ATENÇÃO
ADVERTÊNCIA;
LIBERDADE ASSISTIDA;
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por
outra adequada.
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE – ART. 112, INCISO III e art. 117 da
lei.
A liberdade assistida possui NATUREZA DÚPLICE, qual seja a DE PUNIR PELOS ATOS
INFRACIONAIS PRATICADOS (condicionando sua liberdade a uma assistência
especializada que corresponde ao seu caráter coercitivo), e ao mesmo tempo tem o
caráter PEDAGÓGICO (ao se desenvolver com esses adolescentes políticas
diferenciadas, através da assistência dos órgãos competentes que são representados
pelos orientadores sociais instituídos através do ECA), para acompanhar o
adolescente no ambiente escolar, familiar, comunitário e etc.
DO ARTIGO 118 E SEUS PARÁGRAFOS
O art. 118 do ECA determina em seu caput, que quando a medida se demonstrar
mais adequada, consistirá no ACOMPANHAMENTO, AUXÍLIO e ORIENTAÇÃO do
adolescente em conflito com a lei.
E quando esta for determinada, segundo o art. 118 § 1º, se designará pessoa
capacitada para o acompanhamento desse adolescente em suas atividades, esse
auxilio será feito através de um orientador social a ser indicado pela entidade
competente pelo programa de liberdade assistida.
DO PRAZO DA MEDIDA DA LIBERDADE ASSISTIDA – art. 118, parágrafo segundo
A medida de liberdade assistida será fixada pelo PRAZO MÍNIMO DE SEIS MESES,
podendo ser PRORROGADA no caso de descumprimento do que for imposto, REVOGADA
quando o juiz achar necessário, ou SUBSTITUÍDA por outra medida quando esta não estiver
obtendo eficácia na sua aplicabilidade, sendo necessária a oitiva do ORIENTADOR,
MINISTÉRIO PÚBLICO e a DEFENSORIA.
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais
adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a
qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o
orientador, o Ministério Público e o defensor.
DOS ENCARGOS DO ORIENTADOR – art. 119, da lei
social;
mercado de trabalho;
responsabilização do menor já que esta não deixa de ser uma punição pelo ato
infracional que este cometeu, estando à liberdade assistida incluída neste rol de medida
socioeducativa.
A liberdade assistida foi implantada no estatuto procurando dar ao menor meios mais
dos que já haviam sendo utilizados, o objetivo principal é que estes adolescentes não
DO LOCAL DO CUMPRIMENTO
A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto
daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, compleição física e
gravidade da infração.
anos.
A determinação judicial poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária.
A medida de internação, NÃO COMPORTA PRAZO DETERMINADO uma vez que a reprimenda
adquire O CARÁTER DE TRATAMENTO REGENERADOR DO ADOLESCENTE.
permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicílio de seus pais
ou responsável;
receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje;
manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-
entidade;
vida em sociedade.
Observações:
É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos, cabendo-lhe
adotar as medidas adequadas de contenção e segurança.
PARÁGRAFOS DO ARTIGO 112 DA LEI
art. 112, parágrafo segundo - Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida
a prestação de trabalho forçado.
Art. 113 da lei - Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e 100.
Art. 114 da lei - A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112
pressupõe a existência de provas suficientes da autoria e da materialidade da
infração, ressalvada a hipótese de remissão, nos termos do art. 127.
Art. 114, parágrafo único da lei - A Advertência poderá ser aplicada sempre que
houver prova da materialidade e indícios suficientes da autoria.
APURAÇÃO DO ATO INFRACIONAL – ARTS.171 a 190 DA LEI.
PRIMEIRO PASSO
O adolescente só poderá SER PRESO EM FLAGRANTE quando se tratar de ato cometido COM
VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA A PESSOA, e quando da NÃO OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA OU GRAVE
AMEAÇA, será lavrado TERMO CIRCUNSTANCIADO, como assentado no art. 173 da referida lei.
Conforme explicitado o adolescente só poderá ser preso em flagrante delito, ocorre, porém que o
artigo 171 da referida lei, traz a possibilidade de apreensão do adolescente que não esteja em flagrante,
sendo que este será apreendido e encaminhado a autoridade judiciária, ou seja, ao juiz no qual será
responsável pelo procedimento de apuração dos atos infracionais cometidos pelo adolescente.
NÃO LIBERAÇÃO DO ADOLESCENTE
O que nos dias de hoje é bem comum, com a elevada quantidade de atos
infracionais cometidos por adolescente, atentando contra a vida, patrimônio entre
outros, o clamor social cresce devido ao grau de violência muitas vezes empregados
por esses menores.
SEGUNDO PASSO
Encerrados esses primeiros feitos da apuração do ato infracional, na hipótese do menor ser encaminhado para a
autoridade policial ou judiciária dependendo do caso concreto, O MINISTÉRIO PÚBLICO INICIA SUA ATUAÇÃO.
Quando o adolescente é liberado pela autoridade policial, com o comparecimento dos pais ou responsáveis,
ficando, porém essa liberação condicionada a sua apresentação ao representante do Ministério Público, no
mesmo dia ou primeiro dia útil imediato, sob termo de compromisso conforme art. 175, ECA.
Sendo que com a apresentação deste será feita a oitiva informal do adolescente pelo representante do
Ministério Público de forma verbal, e quando possível a também serão ouvidos pais ou responsáveis, vítima e
testemunhas, podendo todos os depoimentos serem reduzidos em um único termo em razão da informalidade
atribuída a esta oitiva, porém será sempre precedida do boletim de ocorrência, informações sobre os
antecedentes do adolescente entre outros, de acordo com o art. 179, ECA.
Após o representante de o Ministério Público fazer a oitiva informal do adolescente, este pode tomar algumas
providências, sendo estas descritas no art. 180, ECA.
Passando por estes atos inicia-se a uma nova fase, QUE É A FASE JUDICIAL, determinando-se assim
A PRIMEIRA AUDIÊNCIA DO ADOLESCENTE, quando o MP representa e o juiz aceita o pedido de
representação em desfavor do menor em conflito com a lei.
Onde serão ouvidos além do adolescente, os pais ou responsável deste acompanhados por seu
advogado, no qual serão notificados para comparecimento, e no caso de não serem localizados, o
juiz nomeará curador especial ao adolescente.
Ademais, nesta primeira audiência é que será decidido sobre a decretação da internação ou se
quando necessária a sua manutenção, observando sempre que esta internação provisória não
poderá exceder os 45 dias.
Se o adolescente que está em liberdade não for encontrado para comparecimento em audiência,
o processo ficará suspenso, até que este se apresente.
Se comparecendo o adolescente, seus pais ou responsáveis desde logo, o juiz de direito procederá
com A OITIVA DOS MESMOS, sendo esta em audiência precedida pelo juiz guardando todas as
formalidades inerentes a esta lei. Podendo quando achar necessário a opinião de profissionais
qualificados como, psicólogos, assistentes sociais.
Quando da realização da audiência de continuação da instrução e julgamento, ouvidas
as testemunhas quando arroladas pelo Ministério Público quando da representação e pelo
Defensor ou Advogado quando a defesa prévia serão produzidas as provas, podendo ser
ouvidas além das testemunhas outras pessoas que o juiz julgar necessário, juntamente com
o relatório da equipe interprofissional, são assistentes sociais, psicólogos, e outros.
Há casos, porém que não serão aplicadas quaisquer das medidas previstas no rol do art.
112, se o juiz entender não ser adequado e reconhecer em sentença alguns dos casos do
art. 189, ECA.
DA REMISSÃO – art. 188, da Lei
ÓRGÃO DE DELIBERAÇÃO
Conforme estabelecem a Constituição Federal e o ECA, na
tocante a infância e juventude, a responsabilidade para dispor sobre
formulação da política é compartilhada entre sociedade civil e Poder
Executivo. Os órgãos que detêm poder deliberativo sobre tal política
são os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A eles cabe também:
Sendo assim, quando o artigo 5º da CF diz que “Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza [...]”, e que “homens e mulheres são iguais
em direitos e obrigações” (inc. I), obviamente também estendeu essa igualdade
a crianças e adolescentes. Portanto, tal dispositivo aplica-se não só no âmbito do
direito material, como também no processual.
O artigo 4º do ECA elucida que essa prioridade deve ser assegurada pela família,
comunidade, sociedade em geral e pelo Poder Público, ou seja, existe uma
corresponsabilidade entre essas instituições em promovê-la, buscando a efetivação dos
direitos fundamentais dos infantes.
Observa-se que ter sido colocada a família como primeira entidade a ser
relacionada no rol das instituições convocadas a proteger os direitos de crianças e
adolescentes não foi mero acaso, pois, como se vê por todo esse ordenamento, as
ações voltadas aos benefícios destes devem ocorrer preferencialmente no âmbito
familiar.
Esta, portanto, também é a razão da ênfase dada ao direito à convivência familiar como um dos
direitos fundamentais a serem assegurados a crianças e adolescentes.
Além disso, o enunciado deste dispositivo está em consonância com o artigo 226 da CF, que
tem a família como base da sociedade, à qual são disponibilizados inúmeros mecanismos de
proteção.
Da mesma forma, o ECA prioriza ações voltadas à família, a exemplo dos artigos 19, § 3º, 23,
parágrafo único, 101, inciso IV e 129, incisos I a IV, a fim de promover os cuidados necessários aos
infantes.
Este preceito está ligado aos comandos estampados nos artigos 86 e 100 do ECA, incluídos pela
Lei 12.010, de 2009.
A GARANTIA DE PRIORIDADE
A alínea “a” tem como base o princípio 8 da Declaração dos Direitos da Criança de 1959, que
estabelece a primazia dos socorros e cuidados médicos a crianças e adolescentes em caso de
acidentes e catástrofes naturais, pelo fato de que sozinhos eles não têm condições de se proteger.
Nos artigos 4º, 5º, 18 e 70 do ECA, bem como no caput do artigo 227 da CF esse teor é
reforçado.
Portanto, cabe aos órgãos locais a criação de mecanismos que assegurem o tratamento
especial e preferencial a crianças e adolescentes e suas respectivas famílias, a fim de priorizar
atendimentos como os da área de saúde, educação e judiciária. Não obstante a redação de tal
dispositivo parecer singela, ela guarda um relevante compromisso do poder público.
Apenas como exemplo, pode-se citar a criação de instalações de atendimento à
saúde adequadas, ou seja, um espaço físico agradável em que haja a possibilidade
de acolher crianças e adolescentes com prioridade e celeridade e que os estimule à
continuidade de tratamentos prolongados, bem como onde haja a oferta de
profissionais especializados para promover o acompanhamento de suas demandas.
Tais espaços devem ser distintos dos de atendimento em geral, a fim de não expô-los
a situações constrangedoras, ou que precisem competir com os atendimentos de
ordem geral.
Vale lembrar que a omissão do agente público é punível (ECA, art. 5º, c.c. os arts.
208 e 216).
preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
Convém lembrar que o parágrafo único do artigo 259 diz que compete aos estados e
municípios a promoção e a adaptação de seus órgãos e programas às diretrizes e
princípios estabelecidos pelo Estatuto, no sentido de dar atendimento prioritário e
preferencial à população infanto-juvenil, conforme estabelecem os artigos 227 da CF
e 4º do ECA.
E é somente através de políticas públicas, aplicadas tanto pelo Estado como pela
sociedade, ou seja, serviços especiais de prevenção e atendimento psicossocial às
vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão que se
poderão obter os resultados desejados nos termos dos artigos 86 e 87, III, desta lei.
DA INTERPRETAÇÃO DA LEI
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os FINS SOCIAIS a que ela se
dirige, as EXIGÊNCIAS DO BEM COMUM, OS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS,
E A CONDIÇÃO PECULIAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COMO PESSOAS EM
DESENVOLVIMENTO.
LEI N. 13.257/2016
46 Lei no 11.741/2008
48 Lei no 11.722/2008
49 Lei no 11.692/2008
54 Lei no 11.129/2005
57 Lei no 10.880/2004
62 Lei no 10.515/2002
63 Lei no 10.260/2001
72 Lei no 8.680/1993
73 Decreto no 6.629/2008
89 Decreto no 6.093/2007
93 Decreto no 5.840/2006
95 Decreto no 5.490/2005
Lei no 12.852/2013
Lei no 12.513/2011
Altera dispositivos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases
da
Lei no 11.722/2008
Lei no 11.692/2008
Dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem, instituído pela Lei n° 11.129,
de 30 de junho de 2005; altera a Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004; revoga dispositivos das Leis
Juventude – CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de
Lei no 10.880/2004
aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos, dispõe sobre o repasse
Lei no 10.515/2002
Lei no 10.260/2001
Decreto no 6.629/2008
Regulamenta o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem, instituído pela Lei no 11.129,
de 30 de junho de 2005, e regido pela Lei no 11.692, de 10 de junho de 2008, e dá outras providências.
Decreto no 6.093/2007
Decreto no 5.840/2006
Decreto no 5.490/2005
providências.
JOSÉ EDUY MELLO DE SOUZA