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homogêneas. A utilização da interrupção do acasalamento com feromônio • Fazer rotação de inseticidas com diferentes mecanismos de ação;
sexual sintético é uma alternativa viável para substituir/reduzir o emprego IRAC-BR • Caixa Postal, 168
• Utilizar a técnica de disrupção sexual para controle de B. salubricola e Cep: 13800-970 • Mogi Mirim • SP
de inseticidas. Fax (19) 3022 5736
G. molesta.
www.irac-br.org.br
Monitoramento da suscetibilidade
É muito importante realizar o monitoramento da suscetibilidade destes
Membros do IRAC:
Arysta LifeScience
tortricídeos aos inseticidas tradicionalmente utilizados, além das novas BASF S/A
CULTURA DA MACIEIRA
moléculas numa estratégia preventiva. Estas informações fornecem Bayer CropScience
subsídios para a implementação de um programa de manejo pró-ativo da Dow AgroSciences
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
resistência, com objetivo de detectar a resistência, antes que se observem Du Pont do Brasil S.A.
falhas no controle. As estratégias de manejo são eficientes quando a FMC Química do Brasil Ltda.
(A) FRUTIFCAÇÃO (C) DORMÊNCIA Iharabras S.A. Indústrias Químicas
freqüência de resistência ainda é baixa garantindo o aumento na vida útil
(D) BROTAÇÃO Milenia Agrociências S.A.
dos inseticidas. (B) COLHEITA + FLOR Monsanto do Brasil Ltda.
A detecção, monitoramento e manejo de populações de G. molesta e B. (A) Nufarm
salubricola resistentes a inseticidas permitirá o controle destas pragas de FRUTIFCAÇÃO Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.
maneira mais econômica, diminuindo o impacto do sistema de produção Sipcam – UPL
Bonagota salubricola Bonagota salubricola Sumitomo Chemical do Brasil
e melhorando a qualidade das frutas colaborando para manter os setores
produtivos de frutas de caroço e da macieira competitivos. Grapholita molesta Grapholita molesta
UPL do Brasil
Ministério da Agricultura e Abastecimento / CFA
Manejo da resistência de
Visando à necessidade de desenvolver programas pró-ativos de manejo
da resistência de insetos, de modo a garantir maior sustentabilidade dos Bonagota salubricola e
Consultores:
inseticidas para o controle destas pragas, o Laboratório de Resistência de
Artrópodes a Pesticidas do Departamento de Entomologia e Acarologia da
A B C D
Prof. Dr. Celso Omoto – ESALQ/USP Grapholita molesta
Prof. Dr. Raul Narciso C. Guedes – UFV
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) em parceria com
a Embrapa Uva e Vinho ,vem realizando pesquisas para gerar informações a inseticidas
básicas e aplicadas que permitam melhorar o manejo destes tortricídeos
nos pomares de macieira e pessegueiro em diferentes regiões produtoras
do país. Uma das metas do projeto é o monitoramento da suscetibilidade a Celso Omoto | Oscar Arnaldo Batista Neto e Silva | Daniel Bernardi
diversos inseticidas, visando estabelecer um programa de manejo pró-ativo ESALQ/USP, Piracicaba - SP - Agosto - 2012
da resistência. Marcos Botton
Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves-RS
DESCRIÇÃO O inseto pode ser encontrado ativo durante todo ano, mesmo nos meses Tabela 1.Parâmetros biológicos de Bonagota salubricola e Grapholita molesta explorados no manejo através da rotação de produtos químicos com modo
criada em dieta artificial em laboratório. Temperatura 25±1ºC; UR:70±10%; de ação diferenciados. Isto é muito importante pois diminui a possibilidade
mais frios, quando se observa a praga na vegetação presente no interior
fotofase de 14 horas(1) e 16 horas(2).
A lagarta-enroladeira da maçã dos pomares, frutos mumificados e nas folhas que ficaram presas às de evolução da resistência (desde que não haja resistência cruzada entre os
Bonagota salubricola e a mariposa plantas de macieira. A espécie apresenta elevado potencial biótico Duração média (dias) compostos utilizados na rotação). A resistência cruzada ocorre quando um
Parâmetro Biológico único mecanismo de defesa confere resistência a vários grupos químicos
oriental Grapholita molesta (Tabela 1) com um ciclo biológico (ovo – adulto) de aproximadamente Bonagota salubricola1 Grapholita molesta2
(Lepidoptera: Tortricidae) são 40 dias. Ovo 7,6 3,2 geralmente compostos relacionados.
importantes pragas de frutíferas de Lagarta 22,4 15,5
No contexto da rotação de produtos químicos, a utilização de lagarticidas
clima temperado no Brasil. G. molesta Adulto Pupa específicos em rotação com organofosforados devem ser priorizados. Como
Pupa 9,6 6,4
causa prejuízos principalmente em exemplo prático, o emprego de inseticidas reguladores de crescimento
Pré-oviposição 3,5 2,9 podem ser utilizados no inicio do ciclo, auxiliando na preservação de
macieira e pessegueiro enquanto
que B. salubricola ataca a macieira. Oviposição 15,3 14,4 inimigos naturais e aproveitando o seu efeito sobre as diversas fases
Longevidade dos adultos 13,0 22,9 de desenvolvimento dos tortricideos (ovos, lagartas e adultos). Já os
Para o controle destas espécies,
lagartas de G. molesta organofosforados podem ser empregados em fases de ocorrência conjunta
normalmente são realizadas Fecundidade (Nº de ovos/fêmea) 200,0 139,7
das lagartas com outras pragas destas culturas como Anastrepha fraterculus
pulverizações de inseticidas com destaque para os organofosforados e
(Diptera: Tephritidae).
piretróides. Embora novos grupos químicos tenham sido recentemente
introduzidos para o manejo destes tortricídeos, uma das principais
Possibilidade de evolução da resistência de Atualmente, a rotação de produtos para controle de B. salubricola e
Ovos Lagarta B. salubricola e G. molesta a inseticidas
preocupações dos técnicos e produtores é que o uso continuado do G. molesta em macieira e pessegueiro pode ser planejada em função do
controle químico possa selecionar populações de insetos resistentes. aumento no número de moléculas registradas para estas culturas (Tabela 2).
• Ausência de hospedeiros alternativos, no caso de G. molesta, os
Nesse sentido, é de grande importância implementar programas de quais poderiam servir como “área de refúgio” preservando indivíduos Tabela 2. Inseticidas autorizados para uso em macieira e pessegueiro para o manejo
Grapholita molesta suscetíveis; de lagartas (Agrofit, 2012).
manejo da resistência aos inseticidas com o objetivo de preservar a
Tanto em pomares de macieira quanto em pessegueiro, o dano • Elevado potencial biótico apresentando várias (4-7) gerações anuais;
vida útil dos novos e dos tradicionais grupos químicos utilizados pelos Grupo químico Sub-grupo químico Cultura
provocado por G. molesta ocorre nas brotações e nos frutos. As ou sítio de ação ou exemplo de Ingrediente Ativo
fruticultores. Devido à necessidade de implementação de um programa • Grande pressão de seleção exercida por inseticidas; primário ingrediente ativo
lagartas, ao atacarem as brotações, afetam a arquitetura das plantas, Macieira Pessegueiro
de manejo da resistência a inseticidas (MRI) nas culturas da macieira • Baixo número de moléculas inseticidas registrados para macieira e Fosmete, Malationa, R R
diminuindo a taxa fotossintética e, consequentemente, a produção. 1 Inibidores de
e do pessegueiro, a realização de estudos nessa área é de fundamental pessegueiro levando os produtores a utilizarem inseticidas de mesmo acetilcolinesterase
1B Organofosforados Fenitrotiona,
Em frutos, o ataque ocorre principalmente próximo ao pedúnculo ou Metidationa Clorpirifós
R NR
importância para manter a competitividade destes setores. grupo químico ou mesmo modo de ação repetidas vezes;
ao cálice, sendo que a lagarta penetra e destrói a polpa junto à região Deltametrina NR R
3 Moduladores de
carpelar. Os frutos atacados apresentam galerias internas e são canais de sódio
3A Piretróides Fenpropatrina R NR
totalmente depreciados para o comércio “in natura”. Os parâmetros manejo da resistência Etofenprox R R
causando grandes prejuízos a cultura da macieira. No entanto, também Adulto Pupa visam reduzir a pressão de seleção exercida por inseticidas 11 Disruptores
microbianos da
racionalizando seu uso ou utilizando táticas de controle alternativas Bacillus thuringiensis Bacillus thuringiensis R NR
pode ser encontrada na ameixeira, pereira e videira assim como em membrana do
mesêntero
hospedeiros alternativos como nabo, roseira, serralha e trevo. As ao controle químico.
15 Inibidores
lagartas alimentam-se das folhas e frutos. Nas folhas, as lagartas da formação de Benzoiluréias Lufenurom, Novalurom R R
fixam-se na face inferior das folhas, onde tecem teias sem causar Rotação de produtos químicos quitina, Lepidoptera
18 Agonista de
danos. Os principais prejuízos econômicos ocorrem quando as lagartas A resistência a inseticidas muitas vezes está associada a um custo receptores de Diacilhidrazinas Tebufenozida R R
constroem abrigos juntando folhas fixando-as aos frutos e/ou abrigando- adaptativo dos insetos resistentes. Isso significa que na ausência de ecdisteróides
portas para a entrada de patógenos. ocorre no inicio da evolução da resistência. Estes fatores devem ser R: Registrado - NR: Não registrado para a cultura.